METODOLOGIA DA PESQUISA JURDICA DELMO MATTOS DA SILVA

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METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA DELMO MATTOS DA SILVA

METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA DELMO MATTOS DA SILVA

Objetivos da disciplina o Desenvolver a autonomia do aluno para aprender a planejar, realizar,

Objetivos da disciplina o Desenvolver a autonomia do aluno para aprender a planejar, realizar, avaliar as pesquisas científicas, a fim de buscar soluções para a área de conhecimento de sua formação profissional. o Promover as capacidades de análise crítica e reflexiva do aluno sobre a importância do rigor metodológico e da pesquisa científica para se realizar transformações positivas na sociedade.

O que é Pesquisa? o Segundo Gil (2007, p. 17), pesquisa é definida como:

O que é Pesquisa? o Segundo Gil (2007, p. 17), pesquisa é definida como: o (. . . ) procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa desenvolve-se por um processo constituído de várias fases, desde a formulação do problema até a apresentação e discussão dos resultados.

Pesquisa científica o A pesquisa científica é a pesquisa conduzida seguindo regras e convenções

Pesquisa científica o A pesquisa científica é a pesquisa conduzida seguindo regras e convenções da ciência. Isso significa que é baseada na lógica, na razão e na análise sistemática de evidências. o De forma ideal, o modelo científico dita que os mesmos ou outros pesquisadores devem conseguir reproduzir a pesquisa, chegando a conclusões similares (embora isso nem sempre seja possível ou viável). o A pesquisa deve também contribuir para o conhecimento cumulativo de uma área ou um assunto. Esse modelo de pesquisa científica se encaixa melhor em ciências naturais, como física ou química. o Na área de ciências sociais, que lida com pessoas como agentes sociais e membros de comunidades, o modelo científico precisa ser adaptado e modificado e, em alguns casos, abandonado.

Pesquisa em ciências sociais o A pesquisa em ciências sociais é conduzida utilizando métodos

Pesquisa em ciências sociais o A pesquisa em ciências sociais é conduzida utilizando métodos e tradições da ciência social, que difere das ciências naturais por tratar de pessoas e de seus comportamentos sociais; pessoas são menos previsíveis que fenômenos inumanos. o Pessoas podem saber a respeito de uma pesquisa realizada sobre elas e, portanto, deixarem de ser objetos puramente passivos; podem reagir aos resultados da pesquisa e alterar seu comportamento de acordo com eles. o Pessoas em diferentes lugares no mundo e em diferentes épocas agem de forma diferente. O mundo social está em constante mudança, de modo que raramente é possível reproduzir uma pesquisa em uma época diferente ou em um local diferente e obter resultados similares.

Ciências naturais e ciências humanas o As ciências naturais e as ciências humanas tratam

Ciências naturais e ciências humanas o As ciências naturais e as ciências humanas tratam de objetos que não se parecem nem de longe. o Com efeito, seus objetos são muito diferentes, por seu grau de complexidade e por sua facilidade de serem identificados e observados com precisão. Isso se percebeu com certa rapidez.

A complexidade dos fatos humanos o Os fatos humanos são, por outro lado, mais

A complexidade dos fatos humanos o Os fatos humanos são, por outro lado, mais complexes que os fatos da natureza. Emile Durkheim, um dos pais do positivismo nas ciências humanas, estimava que se devia "considerar os fatos sociais como coisas“ e que a mente apenas poderia compreender tais fatos "com a condição de sair de si mesma, pela via da observação e de experimentações". o Ora, a simples observação dos fatos humanos sociais traz problemas que não se encontram nas ciências naturais. Por exemplo: o que se deve observar para compreender o fenômeno da evasão escolar no ensino fundamental?

0 pesquisador e um ator o Se, em ciências humanas, os fatos dificilmente podem

0 pesquisador e um ator o Se, em ciências humanas, os fatos dificilmente podem ser considerados como coisas, uma vez que os objetos de estudo pensam, agem e reagem, que são atores podendo orientar a situação de diversas maneiras, e igualmente o caso do pesquisador: ele também e um ator agindo e exercendo sua influencia.

Claude Bernard e o papel do pesquisador o “O observador deve ser o fotografo

Claude Bernard e o papel do pesquisador o “O observador deve ser o fotografo do fenômeno, sua observação deve representar exatamente a natureza. Deve observar sem qualquer ideia preconcebida; a mente do observador deve ficar passiva, ou seja, deve calar-se; ele escuta a natureza e escreve o que esta Ihe dita. [. . . ] Eu diria que o cientista põe questões para a natureza; mas que, assim que esta fala, ele deve se calar; deve constatar o que ela responde. Escutá-la ate o fim e em todas as situações, submeter-se a suas decisões”. (Introduction a 1'etude de la medecine experimental 1865. )

A medida da verdade o O fato de o pesquisador em ciências humanas ser

A medida da verdade o O fato de o pesquisador em ciências humanas ser um ator que influencia seu objeto de pesquisa, e do objeto de pesquisa, por sua vez, ser capaz de um comportamento voluntario e consciente, conduz a uma construção de saber cuja medida do verdadeiro difere da obtida em ciências naturais.

Neutralidade e subjetividade o Frente aos fatos sociais, o pesquisador não é capaz de

Neutralidade e subjetividade o Frente aos fatos sociais, o pesquisador não é capaz de ser absolutamente objetivo. Ele tem suas preferências, inclinações, interesses particulares, caprichos, preconceitos, interessa-se por eles e os avalia com base num sistema de valores pessoais. o Diferentemente do pesquisador que atua no mundo das coisas físicas - que não se encontra naturalmente envolvido com o objeto de seu estudo -, o cientista social, ao tratar de fatos como criminalidade, discriminação social ou evasão escolar, está tratando de uma realidade que pode não lhe ser estranha. Seus valores e suas crenças pessoais o informam previamente acerca do fenômeno, indicando se é bom ou mau, justo ou injusto. o E é com base nessas pré-concepções que irá abordar o objeto de seu estudo. É pouco provável, portanto, que ele seja capaz de tratá-lo com absoluta neutralidade. Na verdade, nas ciências sociais, o pesquisador é mais do que um observador objetivo: é um ator envolvido no fenômeno.

Problematização o Na acepção científica, “problema é qualquer questão não resolvida e que é

Problematização o Na acepção científica, “problema é qualquer questão não resolvida e que é objeto de discussão, em qualquer domínio do conhecimento” (GIL, 1999, p. 49).

Resposta à pesquisa o Problema, para Kerlinger (1980, p. 35), “é uma questão que

Resposta à pesquisa o Problema, para Kerlinger (1980, p. 35), “é uma questão que mostra uma situação necessitada de discussão, investigação, decisão ou solução”. o Simplificando, problema é uma questão que a pesquisa pretende responder. o Todo o processo de pesquisa irá girar em torno de sua solução.

Exemplos de problemas o Como exemplos de problemas de pesquisa, Gil (1999) arrola questões

Exemplos de problemas o Como exemplos de problemas de pesquisa, Gil (1999) arrola questões para as quais ainda não se tem respostas: - Qual é a relação entre crime e a cultura? - Qual a causa dos principais homicídios na cidade de São Luís?

o A formulação de um problema tem relação com as indagações: o - como

o A formulação de um problema tem relação com as indagações: o - como são as coisas? ; o - quais as suas causas? ; e o - quais as suas conseqüências?

Escolha do problema da PESQUISA o Muitos fatores determinam a escolha de um problema

Escolha do problema da PESQUISA o Muitos fatores determinam a escolha de um problema de pesquisa. Para Rudio (2000), o pesquisador, neste momento, deve fazer as seguintes perguntas: - o problema é original? - o problema é relevante? - ainda que seja “interessante”, é adequado para mim? - tenho possibilidades reais para executar tal pesquisa? - existem recursos financeiros que viabilizarão a execução do projeto? - terei tempo suficiente para investigar tal questão?

Problema é FOCO o O problema sinaliza o foco que você dará à pesquisa.

Problema é FOCO o O problema sinaliza o foco que você dará à pesquisa. Geralmente você considera na escolha deste foco: - A relevância do problema: o problema será relevante em termos científicos quando propiciar conhecimentos novos à área de estudo e, em termos práticos, a relevância refere-se aos benefícios que sua solução trará para a humanidade, país, área de conhecimento, etc. ; - A oportunidade de pesquisa: você escolhe determinado problema considerando a possibilidade de obter prestígio ou financiamento.

Formulação do problema de pesquisa o - O problema deve ser formulado como pergunta,

Formulação do problema de pesquisa o - O problema deve ser formulado como pergunta, para facilitar a identificação do que se deseja pesquisar; o - O problema tem que ter dimensão viável: deve ser restrito para permitir a sua viabilidade. O problema formulado de forma ampla poderá tornar inviável a realização da pesquisa; o - O problema deve ter clareza: os termos adotados devem ser definidos para esclarecer os significados com que estão sendo usados na pesquisa; o - O problema deve ser preciso: além de definir os termos é necessário que sua aplicação esteja delimitada.

Como deve ser formulado um problema? o - Assunto: Recursos Humanos Tema: Perfil ocupacional

Como deve ser formulado um problema? o - Assunto: Recursos Humanos Tema: Perfil ocupacional Problema: Qual é o perfil ocupacional dos trabalhadores em transporte urbano?

Como deve ser formulado um problema? o - Assunto: Finanças Tema: Comportamento dos investidores

Como deve ser formulado um problema? o - Assunto: Finanças Tema: Comportamento dos investidores Problema: Quais os comportamentos dos investidores no mercado de ações de São Paulo?

Como deve ser formulado um problema? o - Assunto: Recursos Humanos Tema: Incentivos e

Como deve ser formulado um problema? o - Assunto: Recursos Humanos Tema: Incentivos e desempenhos Problema: Qual é a relação entre incentivos salariais e desempenho dos trabalhadores?

Como deve ser formulado um problema? o Assunto: Organizações Tema: Cultura organizacional Problema: Qual

Como deve ser formulado um problema? o Assunto: Organizações Tema: Cultura organizacional Problema: Qual é a relação entre cultura organizacional e o desempenho funcional dos administradores?

Fixando o aprendizado! o “Aqui você deve formular (como uma indagação, pergunta, questão) o

Fixando o aprendizado! o “Aqui você deve formular (como uma indagação, pergunta, questão) o problema fundamental que você está se propondo a tratar, a clarificar e até a oferecer respostas, dependendo o tipo de pesquisa. Pense que o resultado de seu esforço de investigação será justamente a resposta encontrada por você no decorrer dessa tarefa. Em qualquer pesquisa sempre vamos nos defrontar com o estudo da(s) causas(s) e/ou do(s) efeito(s) do problema. Assim, preste atenção sobre o que você pretende investigar: causas, efeitos ou os dois”. (grifo do autor). MEZZAROBA, Orides; MONTEIRO, Cláudia Servilha. Manual de Metodologia da Pesquisa no Direito. São Paulo: Saraiva, 2003, p. 200.

O que é uma Hipótese? o Uma vez formulado o problema, é proposta uma

O que é uma Hipótese? o Uma vez formulado o problema, é proposta uma resposta suposta, provável e provisória (hipótese), que seria o que ele acha plausível como solução do problema.

Hipótese o Hipóteses são suposições colocadas como respostas plausíveis e provisórias para o problema

Hipótese o Hipóteses são suposições colocadas como respostas plausíveis e provisórias para o problema de pesquisa. o As hipóteses são provisórias porque poderão ser confirmadas ou refutadas com o desenvolvimento da pesquisa.

A função da Hipótese o O papel fundamental da hipótese na pesquisa é sugerir

A função da Hipótese o O papel fundamental da hipótese na pesquisa é sugerir explicações para os fatos. Essas sugestões podem ser a solução para o problema. o Podem ser verdadeiras ou falsas, mas, sempre que bem elaboradas, conduzem à verificação empírica, que é o propósito da pesquisa científica

Classificando as Hipóteses o Hipótese básica: É a afirmação escolhida por você como a

Classificando as Hipóteses o Hipótese básica: É a afirmação escolhida por você como a principal resposta ao problema proposto. A hipótese básica pode adquirir diferentes formas, tais como: - “afirma, em dada situação, a presença ou ausência de certos fenômenos; - se refere à natureza ou características de dados fenômenos, em uma situação específica; - aponta a existência ou não de determinadas relações entre fenômenos; - prevê variação concomitante, direta ou inversa, entre fenômenos, etc”.

Classificando as Hipóteses o Hipótese secundária: São afirmações complementares e significam outras possibilidades de

Classificando as Hipóteses o Hipótese secundária: São afirmações complementares e significam outras possibilidades de resposta para o problema. Podem: - “abarcar em detalhes o que a hipótese básica afirma em geral; - englobar aspectos não-especificados na hipótese básica; - indicar relações deduzidas da primeira; - decompor em pormenores a afirmação geral; - apontar outras relações possíveis de serem encontradas, etc”.

Validade das hipóteses o Para uma hipótese ser válida, são necessários algumas características ou

Validade das hipóteses o Para uma hipótese ser válida, são necessários algumas características ou critérios. Lakatos & Marconi (1991) listaram algumas dessas características. Elas estão descritas a seguir: *consistência lógica: o enunciado das hipóteses não pode ter contradições e deve ter compatibilidade com o corpo de conhecimentos científicos; *verificabilidade: devem ser passíveis de verificação; *simplicidade: devem ser parcimoniosas evitando enunciados complexos; *relevância: devem ter poder preditivo e/ou explicativo; *apoio teórico: devem ser baseadas em teoria para ter maior probabilidade de apresentar genuína contribuição ao conhecimento científico; *especificidade: devem indicar as operações e previsões a que elas devem ser expostas; plausibilidade e clareza: devem propor algo admissível e que o enunciado possibilite o seu entendimento; *profundidade, fertilidade e originalidade: devem especificar os mecanismos aos quais obedecem para alcançar níveis mais profundos da realidade, favorecer o maior número de deduções e expressar uma solução nova para o problema.

Como se obter uma Hipótese? As hipóteses surgem de diferentes fontes: o Observação: o

Como se obter uma Hipótese? As hipóteses surgem de diferentes fontes: o Observação: o estabelecimento de relações entre os fatos do dia-a-dia é que fornece os indícios para a solução dos problemas propostos. o Resultados de outras pesquisas: estas hipóteses geralmente conduzem a conhecimentos mais amplos que aqueles decorrentes da simples observação. Uma hipótese assim baseada demonstra que o estudo anterior a confirma. o Teorias: estas hipóteses proporcionam ligação clara com o conjunto mais amplo de conhecimentos das ciências. Intuição: hipóteses derivadas de simples palpites ou de intuição.

Como formular hipóteses? o Assunto: Finanças Tema: O investidor diante do risco e o

Como formular hipóteses? o Assunto: Finanças Tema: O investidor diante do risco e o retorno dos investimentos - Problema: Como descobrir carteiras (conjunto de aplicações) que apresentem os maiores retornos esperados para os níveis de risco aceitáveis para o investidor? Hipóteses Hipótese Básica Com a teoria de carteiras (de Markowitz), é possível combinar aplicações em ativos para obter carteiras de maiores retornos para vários níveis de risco. Hipóteses Secundárias O modelo de precificação de ativos (CAPM) permite a obtenção de uma relação linear válida de equilíbrio, entre retorno esperado e risco para todos os ativos. Com a curva de utilidade do investidor e a relação risco/retorno do modelo CAPM, é possível determinar a carteira ótima desse investidor.

Hipótese em Direito o o Considerando a problemática da adoção por casais homoafetivos no

Hipótese em Direito o o Considerando a problemática da adoção por casais homoafetivos no direito brasileiro tem-se a seguinte hipótese: A Constituição Federal, em seu artigo 226, § 3º faz menção do que vem a ser entidade familiar, ou seja, esta reconhecida como união estável entre homem e mulher. Interpretando-se o § 3º artigo 226 da Constituição Federal como exemplificativo, tendo em vista a mentalidade social e a do legislador na época de sua elaboração, entende-se a união homoafetiva constituidora de entidade familiar, tal como a família monoparental, formada pelos ascendentes e descendentes; e a família formada por apenas os irmãos. Devido ao fato de todos os tipos de convivência acima relatados preencherem os requisitos do artigo 2º, da lei 9278/96; podem estes serem plenamente considerados como união estável. Requisitos para adoção são encontrados no caput do artigo 42 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A orientação sexual de uma pessoa não interfere em nenhum desses requisitos, estando apenas elencados que os adotantes devem ser maiores de 21 anos de idade, não importando seu estado civil.

Objetivos o Os objetivos constituem a finalidade de um trabalho científico, ou seja, a

Objetivos o Os objetivos constituem a finalidade de um trabalho científico, ou seja, a meta que se pretende atingir com a elaboração da pesquisa. o São eles que indicam o que um pesquisador realmente deseja fazer.

Objetivos gerais o São as metas de longo alcance, as contribuições que se desejam

Objetivos gerais o São as metas de longo alcance, as contribuições que se desejam oferecer com a execução da pesquisa. o Em geral, o primeiro e maior objetivo do pesquisador é o de obter uma resposta satisfatória ao seu problema de pesquisa.

Verbos utilizados o o o o o analisar, explicar, saber, entender, identificar, descrever, aprender,

Verbos utilizados o o o o o analisar, explicar, saber, entender, identificar, descrever, aprender, julgar, compreender, conhecer Os enunciados objetivos devem começar com um verbo no infinitivo e este verbo deve indicar uma ação passível de mensuração.

Estrutura do objetivo geral

Estrutura do objetivo geral

Objetivos específicos o O objetivo geral será a síntese do que se pretende alcançar,

Objetivos específicos o O objetivo geral será a síntese do que se pretende alcançar, e os objetivos específicos explicitarão os detalhes e serão desdobramentos do objetivo geral.

Revisão de literatura o A revisão de literatura refere-se à fundamentação teórica que você

Revisão de literatura o A revisão de literatura refere-se à fundamentação teórica que você irá adotar para tratar o tema e o problema de pesquisa. Por meio da análise da literatura publicada você irá traçar um quadro teórico e fará a estruturação conceitual que dará sustentação ao desenvolvimento da pesquisa. o A revisão de literatura resultará do processo de levantamento e análise do que já foi publicado sobre o tema e o problema de pesquisa escolhidos. Permitirá um mapeamento de quem já escreveu e o que já foi escrito sobre o tema e/ou problema da pesquisa.

Objetivos da Revisão de Literatura o Para Luna (1997), a revisão de literatura em

Objetivos da Revisão de Literatura o Para Luna (1997), a revisão de literatura em um trabalho de pesquisa pode ser realizada com os seguintes objetivos: o Determinação do “estado da arte”: o pesquisador procura mostrar através da literatura já publicada o que já sabe sobre o tema, quais as lacunas existentes e onde se encontram os principais entraves teóricos ou metodológicos; o Revisão teórica: você insere o problema de pesquisa dentro de um quadro de referência teórica para explicá-lo. Geralmente acontece quando o problema em estudo é gerado por 38 uma teoria, ou quando não é gerado ou explicado por uma teoria particular, mas por várias.

Função o Obter informações sobre a situação atual do tema ou problema pesquisado; o

Função o Obter informações sobre a situação atual do tema ou problema pesquisado; o Conhecer publicações existentes sobre o tema e os aspectos que já foram abordados; o Verificar as opiniões similares e diferentes a respeito do tema ou de aspectos relacionados ao tema ou ao problema de pesquisa.

Metodologia científica o É um conjunto de abordagens, técnicas e processos utilizados pela ciência

Metodologia científica o É um conjunto de abordagens, técnicas e processos utilizados pela ciência para formular e resolver problemas de aquisição objetiva do conhecimento, de uma maneira sistemática.

Método o Methodos significa uma investigação que segue um modo ou uma maneira planejada

Método o Methodos significa uma investigação que segue um modo ou uma maneira planejada e determinada para conhecer alguma coisa; procedimento racional para o conhecimento seguindo um percurso previamente fixado.

A importância do método o A escolha do método condiciona as técnicas que serão

A importância do método o A escolha do método condiciona as técnicas que serão utilizadas no decorrer da pesquisa. o O método é como uma via de acesso: indica a direção.

REQUISITOS DO MÉTODO CIENTÍFICO o O emprego do método científico implica, portanto, a existência

REQUISITOS DO MÉTODO CIENTÍFICO o O emprego do método científico implica, portanto, a existência dos seguintes elementos: o Hipótese operante: é a proposição que deve ser demonstrada. Uma hipótese é uma tentativa de generalização de uma explicação sobre o fato observado, cuja validade deve ser comprovada de forma científica.

O método é. . . o Observação e registro de dados: é feita por

O método é. . . o Observação e registro de dados: é feita por meio de critérios definidos e precisos. Para que o controle da observação seja possível é preciso especificar as unidades de número e medida que serão utilizadas como parâmetro para a avaliação da hipótese. o Sem uma determinação dos instrumentos de medida e da maneira como eles deverão ser empregados em todos os momentos da investigação, torna-se impossível a elaboração de uma interpretação precisa dos dados.

Método é. . . o Classificação e organização dos dados: para viabilizar a interpretação,

Método é. . . o Classificação e organização dos dados: para viabilizar a interpretação, todas as informações ou todos os dados recolhidos devem ser ordenados dentro de critérios precisos e uniformes para permitir a análise dos resultados.

Conhecimento científico o Científico é o ato relativo à ciência ou que tem o

Conhecimento científico o Científico é o ato relativo à ciência ou que tem o rigor da ciência. Sobre ciência o Aurélio diz que é o 1. Conjunto metódico de conhecimentos obtidos mediante a observação e experiência. 2. Saber e habilidades que se adquire para o bom desempenho de certas atividades. 3. Informação, conhecimento. (FERREIRA, 2008, p. 145).

Conhecimento científico o Científico é o ato relativo à ciência ou que tem o

Conhecimento científico o Científico é o ato relativo à ciência ou que tem o rigor da ciência. Sobre ciência o Aurélio diz que é o 1. Conjunto metódico de conhecimentos obtidos mediante a observação e experiência. 2. Saber e habilidades que se adquire para o bom desempenho de certas atividades. 3. Informação, conhecimento. (FERREIRA, 2008, p. 145).

Pesquisa e Método o Ao unirmos os dois termos, vamos estabelecer um novo conceito:

Pesquisa e Método o Ao unirmos os dois termos, vamos estabelecer um novo conceito: pesquisa científica, que é uma forma sistemática da aplicação do método científico. o O objetivo fundamental é pesquisar e descobrir respostas para problemas através do emprego de procedimentos científicos.

O que é CIÊNCIA?

O que é CIÊNCIA?

Trabalho Científico o O trabalho científico, propriamente dito, é avaliado, segundo Demo (1991), pela

Trabalho Científico o O trabalho científico, propriamente dito, é avaliado, segundo Demo (1991), pela sua qualidade política e pela sua qualidade formal. Qualidade política refere-se fundamentalmente aos conteúdos, aos fins e à substância do trabalho científico. o Qualidade formal diz respeito aos meios e formas usados na produção do trabalho. Refere-se ao domínio de técnicas de coleta e interpretação de dados, manipulação de fontes de informação, conhecimento demonstrado na apresentação do referencial teórico e apresentação escrita ou oral em conformidade com os ritos acadêmicos.

Classificação das pesquisas o Antes de se classificar a pesquisa, é interessante verificar o

Classificação das pesquisas o Antes de se classificar a pesquisa, é interessante verificar o conceito de pesquisa sob a ótica de instituições que financiam pesquisa no País. o FINEP (2010), a pesquisa pode ser considerada como a aquisição de novos conhecimentos, geralmente envolvendo experimentação e, também, atividades que poderiam ser denominadas de censo, levantamento de dados ou coleta de informações. Cada tipo de pesquisa tem um porquê e para cada tipo existem certas etapas específicas que devem ser seguidas.

Classificação da pesquisa o FINEP (2010) classifica a pesquisa em três categorias: o Pesquisa

Classificação da pesquisa o FINEP (2010) classifica a pesquisa em três categorias: o Pesquisa básica; o Pesquisa aplicada; o Pesquisa de desenvolvimento experimental.

Classificação da pesquisa com relação ao objeto o Existe a necessidade de fazer uma

Classificação da pesquisa com relação ao objeto o Existe a necessidade de fazer uma distinção entre objeto e objetivo. O objeto diz o quê quer fazer, enquanto que o objetivo diz para quer fazer. Exemplos: o - objeto: Construção de um protótipo de uma cadeira de rodas paraplégicos de baixo custo; o - objetivo: Tornar a cadeira de rodas acessível à população de baixa renda.

Classificação da pesquisa com relação à forma de abordagem o Forma de abordagem refere-se

Classificação da pesquisa com relação à forma de abordagem o Forma de abordagem refere-se ao tipo de análise e tratamento dos dados. Com relação à abordagem, a pesquisa pode ser pesquisa qualitativa ou quantitativa.

Pesquisa quantitativa o a) Pesquisa quantitativa: utiliza-se de parâmetros estatísticos, para analisar os dados.

Pesquisa quantitativa o a) Pesquisa quantitativa: utiliza-se de parâmetros estatísticos, para analisar os dados. Tudo é transformado em números. Exemplos:

Pesquisa qualitativa o b) Pesquisa qualitativa: a pesquisa qualitativa usa a subjetividade que não

Pesquisa qualitativa o b) Pesquisa qualitativa: a pesquisa qualitativa usa a subjetividade que não pode ser traduzida em números. É mais descritiva. o Exemplo:

Classificação objetivos da pesquisa quanto aos o Por objetivos entende-se aquilo que se deseja

Classificação objetivos da pesquisa quanto aos o Por objetivos entende-se aquilo que se deseja atingir com a pesquisa. Nesse contexto, a pesquisa pode ser exploratória, descritiva e explicativa. o a) Pesquisa exploratória: visa proporcionar maior familiaridade com o assunto, com o problema, para maior conhecimento ou para construir hipóteses. o Exemplo: pesquisa bibliográfica e pesquisa na internet.

Pesquisa descritiva o b) Pesquisa descritiva: visa identificar e descrever as características de determinada

Pesquisa descritiva o b) Pesquisa descritiva: visa identificar e descrever as características de determinada população, indivíduo, local, máquina, empresa ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. o “A pesquisa descritiva observa, registra, analisa e correlaciona fatos e fenômenos (variáveis) sem manipulá-los” (BERVIAN, 2002, p. 66). o Exemplo: levantamento e estudo de campo.

Conhecimento científico o Científico é o ato relativo à ciência ou que tem o

Conhecimento científico o Científico é o ato relativo à ciência ou que tem o rigor da ciência. Sobre ciência o Aurélio diz que é o 1. Conjunto metódico de conhecimentos obtidos mediante a observação e experiência. 2. Saber e habilidades que se adquire para o bom desempenho de certas atividades. 3. Informação, conhecimento. (FERREIRA, 2008, p. 145).

Pesquisa e Método o Ao unirmos os dois termos, vamos estabelecer um novo conceito:

Pesquisa e Método o Ao unirmos os dois termos, vamos estabelecer um novo conceito: pesquisa científica, que é uma forma sistemática da aplicação do método científico. o O objetivo fundamental é pesquisar e descobrir respostas para problemas através do emprego de procedimentos científicos.

O que é CIÊNCIA?

O que é CIÊNCIA?

Trabalho Científico o O trabalho científico, propriamente dito, é avaliado, segundo Demo (1991), pela

Trabalho Científico o O trabalho científico, propriamente dito, é avaliado, segundo Demo (1991), pela sua qualidade política e pela sua qualidade formal. Qualidade política refere-se fundamentalmente aos conteúdos, aos fins e à substância do trabalho científico. o Qualidade formal diz respeito aos meios e formas usados na produção do trabalho. Refere-se ao domínio de técnicas de coleta e interpretação de dados, manipulação de fontes de informação, conhecimento demonstrado na apresentação do referencial teórico e apresentação escrita ou oral em conformidade com os ritos acadêmicos.

Classificação das pesquisas o Antes de se classificar a pesquisa, é interessante verificar o

Classificação das pesquisas o Antes de se classificar a pesquisa, é interessante verificar o conceito de pesquisa sob a ótica de instituições que financiam pesquisa no País. o FINEP (2010), a pesquisa pode ser considerada como a aquisição de novos conhecimentos, geralmente envolvendo experimentação e, também, atividades que poderiam ser denominadas de censo, levantamento de dados ou coleta de informações. Cada tipo de pesquisa tem um porquê e para cada tipo existem certas etapas específicas que devem ser seguidas.

Classificação da pesquisa o FINEP (2010) classifica a pesquisa em três categorias: o Pesquisa

Classificação da pesquisa o FINEP (2010) classifica a pesquisa em três categorias: o Pesquisa básica; o Pesquisa aplicada; o Pesquisa de desenvolvimento experimental.

Classificação da pesquisa com relação ao objeto o Existe a necessidade de fazer uma

Classificação da pesquisa com relação ao objeto o Existe a necessidade de fazer uma distinção entre objeto e objetivo. O objeto diz o quê quer fazer, enquanto que o objetivo diz para quer fazer. Exemplos: o - objeto: Construção de um protótipo de uma cadeira de rodas paraplégicos de baixo custo; o - objetivo: Tornar a cadeira de rodas acessível à população de baixa renda.

Classificação da pesquisa com relação à forma de abordagem o Forma de abordagem refere-se

Classificação da pesquisa com relação à forma de abordagem o Forma de abordagem refere-se ao tipo de análise e tratamento dos dados. Com relação à abordagem, a pesquisa pode ser pesquisa qualitativa ou quantitativa.

Pesquisa quantitativa o a) Pesquisa quantitativa: utiliza-se de parâmetros estatísticos, para analisar os dados.

Pesquisa quantitativa o a) Pesquisa quantitativa: utiliza-se de parâmetros estatísticos, para analisar os dados. Tudo é transformado em números. Exemplos:

Pesquisa qualitativa o b) Pesquisa qualitativa: a pesquisa qualitativa usa a subjetividade que não

Pesquisa qualitativa o b) Pesquisa qualitativa: a pesquisa qualitativa usa a subjetividade que não pode ser traduzida em números. É mais descritiva. o Exemplo:

Classificação objetivos da pesquisa quanto aos o Por objetivos entende-se aquilo que se deseja

Classificação objetivos da pesquisa quanto aos o Por objetivos entende-se aquilo que se deseja atingir com a pesquisa. Nesse contexto, a pesquisa pode ser exploratória, descritiva e explicativa. o a) Pesquisa exploratória: visa proporcionar maior familiaridade com o assunto, com o problema, para maior conhecimento ou para construir hipóteses. o Exemplo: pesquisa bibliográfica e pesquisa na internet.

Pesquisa descritiva o b) Pesquisa descritiva: visa identificar e descrever as características de determinada

Pesquisa descritiva o b) Pesquisa descritiva: visa identificar e descrever as características de determinada população, indivíduo, local, máquina, empresa ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. o “A pesquisa descritiva observa, registra, analisa e correlaciona fatos e fenômenos (variáveis) sem manipulá-los” (BERVIAN, 2002, p. 66). o Exemplo: levantamento e estudo de campo.

Pesquisa explicativa o c) Pesquisa explicativa: visa explicar, analisar e avaliar os fatores que

Pesquisa explicativa o c) Pesquisa explicativa: visa explicar, analisar e avaliar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Aprofunda o conhecimento da realidade. o Explica a razão, o “porquê” das coisas. o Exemplo: pesquisa experimental e estudo de caso.

Classificação da pesquisa conforme os procedimentos técnicos o Delineamento refere-se aos procedimentos técnicos adotados

Classificação da pesquisa conforme os procedimentos técnicos o Delineamento refere-se aos procedimentos técnicos adotados para fazer a pesquisa. o Para Gil (2002), conforme este critério, a pesquisa pode ser classificada, dentre outras, em: pesquisa bibliográfica, documental, estudo de caso, estudo de campo, levantamento, quase experimental, pesquisa ação, etc.

Pesquisa bibliográfica o a) Pesquisa bibliográfica: é a busca sistemática de conhecimento sobre o

Pesquisa bibliográfica o a) Pesquisa bibliográfica: é a busca sistemática de conhecimento sobre o assunto, do que já existe, o que os diferentes autores já discutiram, propuseram ou realizaram. Elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e, atualmente, com material disponibilizado na Internet. o Exemplo: Que tipos de programas de educação ambiental já existem no RS? Como são os procedimentos já usados? Onde ocorrem estes programas? Quais foram os resultados da implantação destes programas?

Pesquisa documental o b) Pesquisa documental: é semelhante à pesquisa bibliográfica, porém as fontes

Pesquisa documental o b) Pesquisa documental: é semelhante à pesquisa bibliográfica, porém as fontes são documentos como diários, gravações, memorandos, ofícios, tabelas estatísticas que, em geral, não foram mostrados para o grande público. o Exemplo: dados históricos (que não constam em livros, jornais, etc) sobre a cidade FF, aqueles encontrados em museus, acervos particulares de pessoas de fotos da cidade FF.

Pesquisa experimental o c) Pesquisa experimental: está relacionada a experimentar, gerar inovações, testar materiais,

Pesquisa experimental o c) Pesquisa experimental: está relacionada a experimentar, gerar inovações, testar materiais, elaborar e formular novos elementos, simular eventos, fazer estudos de laboratório, estudos com protótipos, estudos de amostras criteriosas (JUNG, 2004). Para ser pesquisa experimental, precisa apresentar as propriedades: manipulação das variáveis; amostragem aleatória; coleta de dados imparcial e controle das variáveis pelo pesquisador (GIL, 2002, p. 48). o Exemplo: verificação prática da relação entre a dureza dos aços e o teor de carbono.

Levantamento de dados o d) Levantamento: quando a pesquisa envolve a interrogação direta das

Levantamento de dados o d) Levantamento: quando a pesquisa envolve a interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Podem ser usados questionários, formulários, ou entrevistas. o Pode se tratar de um censo ou usar uma amostra representativa da população. Faz análise quantitativa das respostas. É um tipo de pesquisa bem abrangente, mas não muito profunda. Para a aplicação do questionário não é necessária a presença do pesquisador, pode ser uma outra pessoa que aplica o questionário. o Exemplo: levantamento sobre o consumismo nas diferentes classes sociais no RS (pode-se usar um questionário).

Estudo de campo o e) Estudo de campo: faz a pesquisa no lugar de

Estudo de campo o e) Estudo de campo: faz a pesquisa no lugar de origem onde ocorrem os fenômenos. Usa procedimentos de coleta de dados, observações, entrevistas, etc. É menos abrangente, mas tem maior profundidade. o Exemplo: estudo dos pássaros encontrados nos arredores da escola XXX.

Estudo de caso o f) Estudo de caso: quando envolve o estudo profundo a

Estudo de caso o f) Estudo de caso: quando envolve o estudo profundo a fim de esgotar o assunto relativo a um indivíduo ou uma família, um grupo de pessoas, uma máquina, uma decisão, um programa, um processo de implantação, a economia de uma determinada região ou cidade, um grupo de animais ou só um único animal, um grupo de pessoas, ou uma única pessoa, um grupo de empresas, etc. , de maneira que seja permitido um profundo e detalhado conhecimento.

Pesquisa-ação: o Pesquisa-ação: quando é concebida e realizada com pesquisa sobre os problemas que

Pesquisa-ação: o Pesquisa-ação: quando é concebida e realizada com pesquisa sobre os problemas que afligem uma comunidade associada com uma ação ou com a resolução de um problema do coletivo. o Os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. o Exemplo: Programa de reestruturação do bairro X com relação aos seus principais problemas existentes.

Pesquisa QUALITATIVA o A pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim,

Pesquisa QUALITATIVA o A pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização, etc.

Pensando. . . o Os pesquisadores que utilizam os métodos qualitativos buscam explicar o

Pensando. . . o Os pesquisadores que utilizam os métodos qualitativos buscam explicar o porquê das coisas, exprimindo o que convém ser feito, mas não quantificam os valores e as trocas simbólicas nem se submetem à prova de fatos, pois os dados analisados são não-métricos (suscitados e de interação) e se valem de diferentes abordagens.

A Realidade é IMPORTANTE o Na pesquisa qualitativa, o cientista é ao mesmo tempo

A Realidade é IMPORTANTE o Na pesquisa qualitativa, o cientista é ao mesmo tempo o sujeito e o objeto de suas pesquisas.

Valores e atitudes o Para Minayo (2001), a pesquisa qualitativa trabalha com o universo

Valores e atitudes o Para Minayo (2001), a pesquisa qualitativa trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis.

Pesquisa explicativa o c) Pesquisa explicativa: visa explicar, analisar e avaliar os fatores que

Pesquisa explicativa o c) Pesquisa explicativa: visa explicar, analisar e avaliar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Aprofunda o conhecimento da realidade. o Explica a razão, o “porquê” das coisas. o Exemplo: pesquisa experimental e estudo de caso.

Classificação da pesquisa conforme os procedimentos técnicos o Delineamento refere-se aos procedimentos técnicos adotados

Classificação da pesquisa conforme os procedimentos técnicos o Delineamento refere-se aos procedimentos técnicos adotados para fazer a pesquisa. o Para Gil (2002), conforme este critério, a pesquisa pode ser classificada, dentre outras, em: pesquisa bibliográfica, documental, estudo de caso, estudo de campo, levantamento, quase experimental, pesquisa ação, etc.

Pesquisa bibliográfica o a) Pesquisa bibliográfica: é a busca sistemática de conhecimento sobre o

Pesquisa bibliográfica o a) Pesquisa bibliográfica: é a busca sistemática de conhecimento sobre o assunto, do que já existe, o que os diferentes autores já discutiram, propuseram ou realizaram. Elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e, atualmente, com material disponibilizado na Internet. o Exemplo: Que tipos de programas de educação ambiental já existem no RS? Como são os procedimentos já usados? Onde ocorrem estes programas? Quais foram os resultados da implantação destes programas?

Pesquisa documental o b) Pesquisa documental: é semelhante à pesquisa bibliográfica, porém as fontes

Pesquisa documental o b) Pesquisa documental: é semelhante à pesquisa bibliográfica, porém as fontes são documentos como diários, gravações, memorandos, ofícios, tabelas estatísticas que, em geral, não foram mostrados para o grande público. o Exemplo: dados históricos (que não constam em livros, jornais, etc) sobre a cidade FF, aqueles encontrados em museus, acervos particulares de pessoas de fotos da cidade FF.

Pesquisa experimental o c) Pesquisa experimental: está relacionada a experimentar, gerar inovações, testar materiais,

Pesquisa experimental o c) Pesquisa experimental: está relacionada a experimentar, gerar inovações, testar materiais, elaborar e formular novos elementos, simular eventos, fazer estudos de laboratório, estudos com protótipos, estudos de amostras criteriosas (JUNG, 2004). Para ser pesquisa experimental, precisa apresentar as propriedades: manipulação das variáveis; amostragem aleatória; coleta de dados imparcial e controle das variáveis pelo pesquisador (GIL, 2002, p. 48). o Exemplo: verificação prática da relação entre a dureza dos aços e o teor de carbono.

Levantamento de dados o d) Levantamento: quando a pesquisa envolve a interrogação direta das

Levantamento de dados o d) Levantamento: quando a pesquisa envolve a interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Podem ser usados questionários, formulários, ou entrevistas. o Pode se tratar de um censo ou usar uma amostra representativa da população. Faz análise quantitativa das respostas. É um tipo de pesquisa bem abrangente, mas não muito profunda. Para a aplicação do questionário não é necessária a presença do pesquisador, pode ser uma outra pessoa que aplica o questionário. o Exemplo: levantamento sobre o consumismo nas diferentes classes sociais no RS (pode-se usar um questionário).

Estudo de campo o e) Estudo de campo: faz a pesquisa no lugar de

Estudo de campo o e) Estudo de campo: faz a pesquisa no lugar de origem onde ocorrem os fenômenos. Usa procedimentos de coleta de dados, observações, entrevistas, etc. É menos abrangente, mas tem maior profundidade. o Exemplo: estudo dos pássaros encontrados nos arredores da escola XXX.

Estudo de caso o f) Estudo de caso: quando envolve o estudo profundo a

Estudo de caso o f) Estudo de caso: quando envolve o estudo profundo a fim de esgotar o assunto relativo a um indivíduo ou uma família, um grupo de pessoas, uma máquina, uma decisão, um programa, um processo de implantação, a economia de uma determinada região ou cidade, um grupo de animais ou só um único animal, um grupo de pessoas, ou uma única pessoa, um grupo de empresas, etc. , de maneira que seja permitido um profundo e detalhado conhecimento.

Pesquisa-ação: o Pesquisa-ação: quando é concebida e realizada com pesquisa sobre os problemas que

Pesquisa-ação: o Pesquisa-ação: quando é concebida e realizada com pesquisa sobre os problemas que afligem uma comunidade associada com uma ação ou com a resolução de um problema do coletivo. o Os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. o Exemplo: Programa de reestruturação do bairro X com relação aos seus principais problemas existentes.

Pesquisa QUALITATIVA o A pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim,

Pesquisa QUALITATIVA o A pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização, etc.

Pensando. . . o Os pesquisadores que utilizam os métodos qualitativos buscam explicar o

Pensando. . . o Os pesquisadores que utilizam os métodos qualitativos buscam explicar o porquê das coisas, exprimindo o que convém ser feito, mas não quantificam os valores e as trocas simbólicas nem se submetem à prova de fatos, pois os dados analisados são não-métricos (suscitados e de interação) e se valem de diferentes abordagens.

A Realidade é IMPORTANTE o Na pesquisa qualitativa, o cientista é ao mesmo tempo

A Realidade é IMPORTANTE o Na pesquisa qualitativa, o cientista é ao mesmo tempo o sujeito e o objeto de suas pesquisas.

Valores e atitudes o Para Minayo (2001), a pesquisa qualitativa trabalha com o universo

Valores e atitudes o Para Minayo (2001), a pesquisa qualitativa trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis.

Contato direito o A pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como fonte direta de

Contato direito o A pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como fonte direta de dados e o pesquisador como seu principal instrumento. o A pesquisa qualitativa supõe o contato direto e prolongado do pesquisador com o ambiente e a situação que está sendo investigada via de regra, por meio do trabalho intensivo de campo.

Dica de livros!

Dica de livros!

As características da pesquisa qualitativa são: o Objetivação do fenômeno; hierarquização das ações de

As características da pesquisa qualitativa são: o Objetivação do fenômeno; hierarquização das ações de descrever, compreender, explicar, precisão das relações entre o global e o local em determinado fenômeno; o Observância das diferenças entre o mundo social e o mundo natural; respeito ao caráter interativo entre os objetivos buscados pelos investigadores, suas orientações teóricas e seus dados empíricos; o Busca de resultados os mais fidedignos possíveis; oposição ao pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências.

Limites e riscos da pesquisa qualitativa o Excessiva confiança no investigador como instrumento de

Limites e riscos da pesquisa qualitativa o Excessiva confiança no investigador como instrumento de coleta de dados; o Riscos de que a reflexão exaustiva acerca das notas de campo possa representar uma tentativa de dar conta da totalidade do objeto estudado, além de controlar a influência do observador sobre o objeto de estudo; o Falta de detalhes sobre os processos através dos quais as conclusões foram alcançadas; o Falta de observância de aspectos diferentes sob enfoques diferentes;

Abordagem qualitativa

Abordagem qualitativa

Características da pesquisa QUALITATIVA o Objetivação do fenômeno, hierarquização das ações descrever, compreender, explicar,

Características da pesquisa QUALITATIVA o Objetivação do fenômeno, hierarquização das ações descrever, compreender, explicar, precisão das relações entre o global e o local em determinado fenômeno, observância das diferenças entre o mundo social e o mundo natural, respeito ao caráter interativo entre os objetivos buscados pelos investigadores, suas orientações teóricas e seus dados empíricos, busca de resultados os mais fidedignos possíveis, oposição ao pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências.

Recursos da pesquisa QUALITATIVA o Os recursos mais usados na pesquisa qualitativa são as

Recursos da pesquisa QUALITATIVA o Os recursos mais usados na pesquisa qualitativa são as entrevistas semiestruturadas em profundidade, observação em campo (observar o comportamento do consumidor, por exemplo), entrevistas por telefone, etc. o A pesquisa qualitativa é ótima para analisar em profundidade dados ANTERIORMENTE quantificados e já estabelecidos. Neste tipo de pesquisa, a interpretação especializada é outra característica fundamental.

Tipos de pesquisa QUALITATIVA o. Entre as várias formas que pode assumir uma pesquisa

Tipos de pesquisa QUALITATIVA o. Entre as várias formas que pode assumir uma pesquisa qualitativa, destacam-se a pesquisa do tipo etnográfico e o estudo de caso.

Pesquisa etnográfica o A etnografia como abordagem de investigação científica traz algumas contribuições para

Pesquisa etnográfica o A etnografia como abordagem de investigação científica traz algumas contribuições para o campo das pesquisas qualitativas que se interessam pelo estudo das desigualdades e exclusões sociais.

De onde surge a ETNOGRAFIA? o Etnografia é a especialidade da antropologia, que tem

De onde surge a ETNOGRAFIA? o Etnografia é a especialidade da antropologia, que tem por fim o estudo e a descrição dos povos, sua língua, raça, religião, e manifestações materiais de suas atividades, é parte ou disciplina integrante da etnologia é a forma de descrição da cultura material de um determinado povo.

Objeto da PESQUISA ETNOGRÁFICA o Preocupar-se com uma análise holística ou dialética da cultura,

Objeto da PESQUISA ETNOGRÁFICA o Preocupar-se com uma análise holística ou dialética da cultura, isto é, a cultura não é vista como um mero reflexo de forças estruturais da sociedade, mas como um sistema de significados mediadores entre as estruturas sociais e a ação humana.

Como se FAZ ETNOGRAFIA? o O "objeto" de pesquisa agora "sujeito" é considerado como

Como se FAZ ETNOGRAFIA? o O "objeto" de pesquisa agora "sujeito" é considerado como "agência humana" imprescindível no ato de "fazer sentido" das contradições sociais; o Compreende o estudo, pela observação direta e por um período de tempo, das formas costumeiras de viver de um grupo particular de pessoas: um grupo de pessoas associadas de alguma maneira, uma unidade social representativa para estudo, seja ela formada por poucos ou muitos elementos. Por exemplo: uma vila, uma escola, um hospital, etc.

PRATICANDO ETNOGRAFIA o. A imersão no campo provoca uma ruptura com as formas tradicionais

PRATICANDO ETNOGRAFIA o. A imersão no campo provoca uma ruptura com as formas tradicionais de fazer pesquisa e leva a considerar o investigador como participante do contexto de investigação. o A posição do pesquisador que participa, de alguma forma, das atividades do campo de estudo, o torna consciente de que o campo tem um movimento complexo e de que não é um experimento em que se possa controlar variáveis. o Martínez e Vásquez (1995), quando analisam contribuições atuais da etnografia nas escolas, chegam a afirmar que um dos aportes dessa abordagem é a tomada de consciência do lugar que o pesquisador ocupa em sua própria pesquisa, quando o pesquisador se concebe como mais um ator dentro das situações que observa.

o A “imersão no campo”, o “olhar” considerando o outro, a atenção nas relações

o A “imersão no campo”, o “olhar” considerando o outro, a atenção nas relações e a visão de contexto. . . Pensamos que essas são características importantes da pesquisa etnográfica e que permanecem nas pesquisas realizadas nas escolas a partir desse enfoque. o A conjugação dessas características possibilita privilegiar o que é aparentemente secundário.

Observação ETNOGRÁFICA o Segundo Cervo & Bervian (2002, p. 27), “observar é aplicar atentamente

Observação ETNOGRÁFICA o Segundo Cervo & Bervian (2002, p. 27), “observar é aplicar atentamente os sentidos físicos a um amplo objeto, para dele adquirir um conhecimento claro e preciso”. o Para esses autores, a observação é vital para o estudo da realidade e de suas leis. Sem ela, o estudo seria reduzido a “[. . . ] à simples conjetura e simples adivinhação”.

Observação PARTICIPANTE o Com base em Minayo 3 e Becker 36, destacam-se as seguintes

Observação PARTICIPANTE o Com base em Minayo 3 e Becker 36, destacam-se as seguintes características da observação participante: o • Processo pelo qual se mantém a presença do observador numa situação social com a finalidade de realizar uma investigação científica. • O observador está em relação face a face com os observados e, ao participar da vida deles no seu cenário natural, colhe dados. • O observador é parte do contexto sob observação, ao mesmo tempo modificando e sendo modificado por esse contexto. o • Serve para compreender uma organização específica ou um problema substantivo e para estudar ou levantar hipóteses.

IMPORTANTE o Martins (2008, p. 24) salienta que o observador deve ter competência para

IMPORTANTE o Martins (2008, p. 24) salienta que o observador deve ter competência para observar e obter dados e informações com imparcialidade, sem contaminá-los com suas próprias opiniões e interpretações. Paciência, imparcialidade e ética são atributos necessários ao pesquisador.

Etapas da OBSERVAÇÃO Segundo Minayo, a observação participante baseia-se nas seguintes premissas metodológicas: a.

Etapas da OBSERVAÇÃO Segundo Minayo, a observação participante baseia-se nas seguintes premissas metodológicas: a. preparação teórica. b. relativização das hipóteses diante das evidências no campo. c. Integração do pesquisador no campo.

Roteiro de observação o o(s) ambiente(s) (interno e externo) • conteúdo e localização dos

Roteiro de observação o o(s) ambiente(s) (interno e externo) • conteúdo e localização dos itens no espaço; • relação entre o ambiente interno e externo; • relação das pessoas com o espaço; • distância/proximidade entre pessoas de um grupo num dado espaço; • distância com relação ao observador; • modificação na espacialidade ao longo do período de observação.

o(s) comportamento(s) das pessoas no grupo • postura corporal; • as normas de conduta

o(s) comportamento(s) das pessoas no grupo • postura corporal; • as normas de conduta explícitas e implícitas; • toques; • contato visual.

a(s) linguagem(ns) • verbal e não verbal; • tom de voz; • vocabulário êmicoa.

a(s) linguagem(ns) • verbal e não verbal; • tom de voz; • vocabulário êmicoa. § “Êmico “[…] é o conhecimento próprio do indivíduo pertencente a uma cultura determinada, expresso na lógica interna do seu sistema de conhecimento. ” 55 (p. 37).

o(s) relacionamento(s) • as pessoas observadas entre si; • as pessoas observadas com o

o(s) relacionamento(s) • as pessoas observadas entre si; • as pessoas observadas com o observador; • o comportamento/participação do próprio observador nos eventos observados; • como as ações dos informantes se relacionam com o que eles dizem que fazem.

o(s) tempo(s) em que ocorrem os processos observados • ciclo curto ou ciclo longo;

o(s) tempo(s) em que ocorrem os processos observados • ciclo curto ou ciclo longo; • sequência dos eventos; • diferentes momentos do objeto investigado.

O Diário de campo o Para que a observação participante se consolide como uma

O Diário de campo o Para que a observação participante se consolide como uma técnica de pesquisa, faz-se necessário que haja uma anotação sistemática em diário de campo ou arquivo eletrônico das [. . . ] impressões pessoais que vão se modificando com o tempo, resultados de conversas informais, observações de comportamentos contraditórios com as falas, manifestações dos interlocutores quanto aos vários pontos investigados, dentre outros aspectos 3 (p. 295).

Dicas de livros!

Dicas de livros!

Estudo de caso Um estudo de caso pode ser caracterizado como um estudo de

Estudo de caso Um estudo de caso pode ser caracterizado como um estudo de uma entidade bem definida como um programa, uma instituição, um sistema educativo, uma pessoa, ou uma unidade social. Visa conhecer em profundidade o como e o porquê de uma determinada situação que se supõe ser única em muitos aspectos, procurando descobrir o que há nela de mais essencial e característico. O pesquisador não pretende intervir sobre o objeto a ser estudado, mas revelá-lo tal como ele o percebe. O estudo de caso pode decorrer de acordo com uma perspectiva interpretativa, que procura compreender como é o mundo do ponto de vista dos participantes, ou uma perspectiva pragmática, que visa simplesmente apresentar uma perspectiva global, tanto quanto possível completa e coerente, do objeto de estudo do ponto de vista do investigador (FONSECA, 2002, p. 33).

o Segundo Araújo et al. (2008) o estudo de caso trata-se de uma abordagem

o Segundo Araújo et al. (2008) o estudo de caso trata-se de uma abordagem metodológica de investigação especialmente adequada quando procuramos compreender, explorar ou descrever acontecimentos e contextos complexos, nos quais estão simultaneamente envolvidos diversos fatores.

Características básicas de um Estudo de Caso Fenómeno observado no seu ambiente natural; Dados

Características básicas de um Estudo de Caso Fenómeno observado no seu ambiente natural; Dados recolhidos utilizando diversos meios (Observações diretas e indiretas, entrevistas, questionários, registos de áudio e vídeo, diários, cartas, entre outros); Uma ou mais entidades (pessoa, grupo, organização) são analisadas; A complexidade da unidade é estudada aprofundadamente; Pesquisa dirigida aos estágios de exploração, classificação e desenvolvimento de hipóteses do processo de construção do conhecimento;

 Os resultados dependem fortemente do poder de integração do investigador; Podem ser feitas

Os resultados dependem fortemente do poder de integração do investigador; Podem ser feitas mudanças na seleção do caso ou dos métodos de recolha de dados à medida que o investigador desenvolve novas hipóteses; Pesquisa envolvida com questões "como? " e "porquê? " ao contrário de “o quê? ” e “quantos? ” Por outro lado, Coutinho & Chaves (2002, apud ARAÚJO et al. 2008) fazem referência a cinco características básicas de um estudo de caso, que são: É“um sistema limitado”, e tem fronteiras “em termos de tempo, eventos ou processos” e que “nem sempre são claras e precisas” (CRESWELL, 1994. In: COUTINHO & CHAVES, 2002: 224, apud ARAÚJO et al. 2008); É um caso sobre “algo”, que necessita ser identificado para conferir foco e direção à investigação (COUTINHO & CHAVES, 2002: 224, apud ARAÚJO et al. 2008);

Objetivos de um Estudo de Caso o O objetivo é compreender o evento em

Objetivos de um Estudo de Caso o O objetivo é compreender o evento em estudo e ao mesmo tempo desenvolver teorias mais genéricas a respeito do fenómeno observado; o O objetivo é relatar os fatos como sucederam, descrever situações ou factos, proporcionar conhecimento acerca do fenómeno estudado e comprovar ou contrastar efeitos e relações presentes no caso.

Quatro aplicações para o Método do Estudo de Caso: o De forma sintética, YIN

Quatro aplicações para o Método do Estudo de Caso: o De forma sintética, YIN (1989) apresenta Para explicar ligações causais nas intervenções na vida real que são muito complexas para serem abordadas pelos 'surveys' ou pelas estratégias experimentais; o Para descrever o contexto da vida real no qual a intervenção ocorreu; o Para fazer uma avaliação, ainda que de forma descritiva, da intervenção realizada; Para explorar aquelas situações onde as intervenções avaliadas não possuam resultados claros e específicos.

Tipos de estudo de casos o Os estudos de caso mais comuns são os

Tipos de estudo de casos o Os estudos de caso mais comuns são os que têm o foco em uma unidade – um indivíduo (caso único e singular, como o “caso clínico”) ou múltiplo, nos quais vários estudos são conduzidos simultaneamente: vários indivíduos, várias organizações, por exemplo.

Objetivos o São úteis também na exploração de novos processos ou comportamentos, novas descobertas,

Objetivos o São úteis também na exploração de novos processos ou comportamentos, novas descobertas, porque têm a importante função de gerar hipóteses e construir teorias. o Ou ainda, pelo fato de explorar casos atípicos ou extremos para melhor compreender os processos típicos. A utilidade também é evidenciada em pesquisas comparativas, quando é essencial compreender os comportamentos e as concepções das pessoas em diferentes localidades ou organizações.

Elaboração de estudo de caso o Os casos podem ser reais ou fictícios. Os

Elaboração de estudo de caso o Os casos podem ser reais ou fictícios. Os reais exigem muito cuidado na atribuição de declarações, que devem ser devidamente documentadas. Casos fictícios dão mais liberdade ao autor, mas isso não significa que possam abordar situações irreais. o Ao contrário, o caso posto como fictício deve, de fato, expressar situações já vividas por servidores públicos no desempenho de suas funções.

o Durante a escolha do tema, deve ser bem delineado o problema, os atores

o Durante a escolha do tema, deve ser bem delineado o problema, os atores envolvidos e onde se passa. Esse é o eixo inicial para a construção da narrativa. o O caso é essencialmente um instrumento pedagógico que deve servir para o aprendizado de como agir em situações reais e de quais podem ser as consequências das ações.

Desenvolvimento do estudo de caso o Uma vez definidos o tema e o foco

Desenvolvimento do estudo de caso o Uma vez definidos o tema e o foco para o caso, que deve estar colado ao objetivo de aprendizagem do curso em que será utilizado, deve-se partir para o trabalho bibliográfico e para a realização de entrevistas, quando necessárias. A pesquisa bibliográfica auxilia a entender melhor o tema a ser tratado e as abordagens teóricas sobre ele, inclusive na definição de atores relevantes para a fase de entrevistas. Estas servem para elucidar diferentes pontos de vista sobre o caso, reflexões e detalhes da história do caso, bem como garantir a veracidade e a fidedignidade das informações. A escolha do entrevistado deve levar em consideração o tipo de informação que se deseja obter. Muitas vezes, dirigentes sabem muito menos do dia a dia das equipes do que um técnico mais envolvido no processo.

Possíveis perguntas para as entrevistas o Perguntas de caráter descritivo, do tipo “o que”,

Possíveis perguntas para as entrevistas o Perguntas de caráter descritivo, do tipo “o que”, “quem”, “como” e “onde”. Principalmente o como será o foco das entrevistas, que fornecerão informações para o relato e para o alinhamento entre questões teóricas e o caso em questão. n Que contratempos surgiram/podem surgir? n Quais são as áreas envolvidas? n Quem são as pessoas envolvidas? n Há conflitos? n Como acontece/aconteceu o desenrolar do processo? n Quais são/foram os pontos críticos? n Quais as facilidades? n Quais as dificuldades?

Redigindo o caso o Introdução Define o problema a ser examinado e explica os

Redigindo o caso o Introdução Define o problema a ser examinado e explica os parâmetros ou as limitações da situação; deve despertar interesse e curiosidade. o Visão Geral/Análise Onde/quando/por quê; fornece detalhes sobre atores envolvidos e organizações; identifica questões profissionais, técnicas ou teóricas etc. ; o caso deve ser rico em nuances contextuais: cenários, personalidades, culturas, urgência das questões etc. o Relato da Situação Descreve as ações, pode incluir declarações dos atores e suas relações; deve deixar claro o período temporal ou a cronologia do caso; é importante saber onde os eventos importantes ocorrem, com a identificação clara de locais e das instituições. o Problemas do caso Geralmente um ou dois problemas que requerem análise para resolver uma questão específica; devem ser apresentados de forma clara; podem assumir três formas: a) apresentam uma situação e perguntam aos alunos o que fariam a seguir; b) definem uma tarefa, como, por exemplo, pedir aos alunos para elaborar relatório recomendando uma ação; c) ilustram um cenário e pedem aos alunos que analisem as falhas e recomendem como a situação deveria ser abordada. o o *Estrutura válida tanto para casos longos como para casos curtos, guardadas as proporções e a complexidade de cada possibilidade

o Análise qualitativa de casos – Checklist o o o Há um desafio colocado?

o Análise qualitativa de casos – Checklist o o o Há um desafio colocado? Os problemas e dilemas da situação foram contextualizados? Um bom caso deve desafiar os alunos a criar uma solução com uma ou mais decisões tomadas; os problemas não devem ter resposta certa ou óbvia. Um bom caso deve provocar os alunos a pensar sob várias perspectivas. Que teorias ou conceitos pretendem ser ensinados por meio do caso? Os elementos políticos que influenciaram na situação foram explicitados? O caso se prestaria a uma abordagem de ensino e aprendizagem interessante (ex. : encenações, simulações)? Quais? Para quais cursos ou outras abordagens o caso poderia ser utilizado? O caso deve ser tão breve quanto possível. Um bom caso deve fornecer informações suficientes para que os alunos possam analisar, de maneira eficaz e eficiente, os fatos relevantes. O caso tem informações suficientes para uma boa análise?

o o o o O caso não deve produzir qualquer diagnóstico ou prognóstico. Não

o o o o O caso não deve produzir qualquer diagnóstico ou prognóstico. Não há resposta certa, solução única. Um bom caso deve promover habilidades tanto de análise como de síntese. O caso deve ser orientado para decisões e movido para a ação. Os alunos são motivados quando têm que converter análise em ação. Quais foram as fontes utilizadas? Elas foram múltiplas? Houve entrevistas? Informanteschave? O caso identifica o ator ou atores que influenciaram nas ações, devem resolver o problema e/ou devem tomar as decisões? O leitor poderá se ver no papel do tomador de decisões ou em outros papéis? Existe tensão dinâmica suficiente no caso para produzir pontos de vista controversos e competitivos? O caso é atraente (contém um insight surpreendente; prazos fatais, conflitos, oportunidades e ameaças atraem o leitor rapidamente para o caso)? Um caso, especialmente aquele documente situações reais, não deve ser visto simplesmente como autopromoção da parte do autor ou da organização patrocinadora. O caso possui uma nota pedagógica? Ela está bem estruturada?

Questionário como instrumentos da PESQUISA QUALITATIVA o São três os caminhos principais para compreender

Questionário como instrumentos da PESQUISA QUALITATIVA o São três os caminhos principais para compreender o comportamento humano no contexto das ciências sociais empíricas: o (1) observar o comportamento que ocorre naturalmente no âmbito real; o (2) criar situações artificiais e observar o comportamento ante tarefas definidas para essas situações; o (3) perguntar às pessoas sobre o que fazem (fizeram) e pensam (pensaram).

Instrumentos de COLETA DE DADOS

Instrumentos de COLETA DE DADOS

A COLETA DE DADOS o A coleta de dados compreende o conjunto de operações

A COLETA DE DADOS o A coleta de dados compreende o conjunto de operações por meio das quais o modelo de análise é confrontado aos dados coletados.

o O que coletar? Os dados a serem coletados são aqueles úteis para testar

o O que coletar? Os dados a serem coletados são aqueles úteis para testar as hipóteses. o Eles são determinados pelas variáveis e pelos indicadores. Podemos chamá-los de dados pertinentes

o Com quem coletar? Trata-se a seguir de recortar o campo das análises empí-ricas

o Com quem coletar? Trata-se a seguir de recortar o campo das análises empí-ricas em um espaço geográfico e social, bem como num espaço de tempo. o De acordo com o caso, o pesquisador poderá estudar a população total ou somente uma amostra representativa (quantitativamente) ou ilustrativa (qualitativamente) dessa população.

o Como coletar? Esta terceira questão refere-se aos instrumentos de coleta de dados, que

o Como coletar? Esta terceira questão refere-se aos instrumentos de coleta de dados, que comporta três operações: Conceber um instrumento capaz de fornecer informações adequadas e necessárias para testar as hipóteses; por exemplo, um questionário ou um roteiro de entrevistas ou de observações. o Testar o instrumento antes de utilizá-lo sistematicamente para se assegurar de seu grau de adequação e de precisão. o Colocá-lo sistematicamente em prática e proceder assim à coleta de dados pertinentes.

Questionário o Fink & Kosecoff (1985) definem survey, termo inglês geralmente traduzido como levantamento

Questionário o Fink & Kosecoff (1985) definem survey, termo inglês geralmente traduzido como levantamento de dados, como “método para coletar informação de pessoas acerca de suas ideias, sentimentos, planos, crenças, bem como origem social, educacional e financeira” (p. 13).

Para que serve um QUESTIONÁRIO? o Um questionário é extremamente útil quando um investigador

Para que serve um QUESTIONÁRIO? o Um questionário é extremamente útil quando um investigador pretende recolher informação sobre um determinado tema. o Através da aplicação de um questionário a um público -alvo constituído, por exemplo, de alunos, é possível recolher informações que permitam conhecer melhor as suas lacunas, bem como melhorar as metodologias de ensino podendo, deste modo, individualizar o ensino quando necessário.

Vantagens do questionário o a) possibilita atingir grande número de pessoas, mesmo que estejam

Vantagens do questionário o a) possibilita atingir grande número de pessoas, mesmo que estejam dispersas numa área geográfica muito extensa, já que o questionário pode ser enviado pelo correio; o b) implica menores gastos com pessoal, posto questionário não exige o treinamento dos pesquisadores; o c) garante o anonimato das respostas; d) permite que as pessoas o respondam no momento em que julgarem mais conveniente; o e) não expõe os pesquisadores à influência das opiniões e do aspecto pessoal do entrevistado.

Desvantagens do questionário o o o a) exclui as pessoas que não sabem ler

Desvantagens do questionário o o o a) exclui as pessoas que não sabem ler e escrever, o que, em certas circunstâncias, conduz a graves deformações nos resultados da investigação; b) impede o auxílio ao informante quando este não entende corretamente as instruções ou perguntas; c) impede o conhecimento das circunstâncias em que foi respondido, o que pode ser importante na avaliação da qualidade das respostas; d) não oferece a garantia de que a maioria das pessoas devolvam-no devidamente preenchido, o que pode implicar a significativa diminuição da representatividade da amostra; e) envolve, geralmente, número relativamente pequeno de perguntas, porque é sabido questionários muito extensos apresentam alta probabilidade de não serem respondidos; f) proporciona resultados bastante críticos em relação à objetividade, pois os itens podem ter significados diferentes para cada sujeito pesquisado.