CASO CLNICO DOENAS EXANTEMTICAS NA INFANCIA Coordenao Dra

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CASO CLÍNICO DOENÇAS EXANTEMÁTICAS NA INFANCIA Coordenação: Dra. Carmen Lívia Professor Orientador: Carmen Lívia

CASO CLÍNICO DOENÇAS EXANTEMÁTICAS NA INFANCIA Coordenação: Dra. Carmen Lívia Professor Orientador: Carmen Lívia Internato de Pediatria Apresentação: Daniela Vinhaes, Bruna C. M. Guimarães e Natália Gontijo Faculdade de Medicina da Universidade Católica de Brasília, 29 de março de 2017 www. paulomargotto. com. br

 ID: ILSS, 4 anos, sexo feminino, natural da Cidade Ocidental-GO, procedente de Ceilândia-DF.

ID: ILSS, 4 anos, sexo feminino, natural da Cidade Ocidental-GO, procedente de Ceilândia-DF. Mãe: MAJ, 19 anos, vende pano de prato pintado. Pai: WAS, 20 anos, autônomo (biscateiro). QP: “está com bolinhas pelo corpo há 3 dias”

HDA: Pais relatam que há cerca de 03 dias, a criança iniciou com febre

HDA: Pais relatam que há cerca de 03 dias, a criança iniciou com febre baixa e o aparecimento de bolinhas de água pelo corpo, acompanhada de prurido. Elas começaram no rosto e tronco e depois se espalharam para a genitália, pernas e braços. De ontem para hoje a febre aumentou, acompanhada de tosse úmida, e notaram que algumas lesões da coxa direita estavam muito avermelhadas e com secreção amarelada. Pais referem casos semelhantes na Creche que a criança fica durante o dia. o

 Antecedentes gestacionais/parto/neonatal Paciente é a 1º filha. G 2 P 2 A 0,

Antecedentes gestacionais/parto/neonatal Paciente é a 1º filha. G 2 P 2 A 0, 6 consultas pré-natais com sorologias e urocultura negativas. Criança nascida de parto cesariana por bolsa rota, Capurro: 37 semanas, nasceu bem, chorou logo, teve icterícia neonatal e necessitou de fototerapia por dois dias, sendo liberada para casa, Apgar: 8/9, Peso=2, 4 kg, Estatura=46 cm, PC=32 cm; Amamentou exclusivamente no seio materno até seis meses de idade, e parou de mamar com dois anos.

 Crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor normais. Creche: fica em creche publica desde os dois

Crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor normais. Creche: fica em creche publica desde os dois anos de idade; Alimentação: na creche é orientada por nutricionista, e em casa segue o cardápio familiar; Cartão vacinal: BCG ao nascer, não tomou varicela; Nega internações, cirurgias, acidentes; Nega alergias medicamentosa ou alimentar; GECA por duas vezes e um episódio de OMA depois que foi para a Creche.

 Antecedentes familiares Pais: saudáveis Irmã de um ano saudável Antecedentes socioeconômicos Os pais

Antecedentes familiares Pais: saudáveis Irmã de um ano saudável Antecedentes socioeconômicos Os pais e os dois filhos moram no mesmo quintal que os avós, em uma casa de madeira com dois cômodos, um cozinha e uma banheiro fora de casa, água de poço, filtro de barro, rede de esgotos e luz elétrica presentes. Renda familiar mensal muito flutuante, depende do que o pai consegue e do que a mãe vende, em torno de R$ 1. 200, 00.

Sinais vitais: PA=80 X 40 mm. Hg; FR=32 irpm. FC=112 bpm. Temp. =39, 5

Sinais vitais: PA=80 X 40 mm. Hg; FR=32 irpm. FC=112 bpm. Temp. =39, 5 C Peso=14 Kg Paciente em regular estado geral, algo pálida, anictérica, hidratada, boa perfusão periférica.

Task Force Report on High Blood Pressure Education Program. Up. Date, 1987.

Task Force Report on High Blood Pressure Education Program. Up. Date, 1987.

ACV- RCR 2 T, BNF, sem sopros; Aparelho respiratório: FR-32 irpm, roncos disseminados nos

ACV- RCR 2 T, BNF, sem sopros; Aparelho respiratório: FR-32 irpm, roncos disseminados nos dois HT, estertores subcrepitantes em ambas as bases pulmonares; ABD-globoso, distendido, indolor à palpação superficial e profunda, com lesões vesiculosas e bolhosas espalhadas aleatoriamente; MMII: ausência de edema; Otoscopia e oroscopia: sem alterações. Presença de lesões vesiculosas e bolhosas no rosto, pescoço, tórax e genitália. Uma das lesões da coxa direita medindo aproximadamente 2 cm de diâmetro, encontra-se com halo hiperemiado e centro com conteúdo purulento.

Conduta Inicial: 1 - Solicitado internação; 2 - Iniciado HV – Holiday; 3 -

Conduta Inicial: 1 - Solicitado internação; 2 - Iniciado HV – Holiday; 3 - Dieta para a idade; 4 - Inciciado Ceftriaxona (100 mg/kg/dia) - uma vez por dia, IV; 5 - Banho com permanganato de potássio; 6 - Curativo na lesão da coxa - com neomicina pomada.

Solicitado Hemograma VHS Hemocultura Cultura da secreção da coxa direita Radiografia de tórax

Solicitado Hemograma VHS Hemocultura Cultura da secreção da coxa direita Radiografia de tórax

ANALISANDO O CASO Explique suscintamente a fisiopatologia e epidemiologia da doença. Como é feita

ANALISANDO O CASO Explique suscintamente a fisiopatologia e epidemiologia da doença. Como é feita a proteção contra a doença? Como deve ser feito o tratamento neste caso? A internação foi bem indicada? Justifique. Qual o risco de infecção secundária durante a doença? Justifique. Este caso teve uma evolução habitual ou houve complicação? A antibioticoterapia iniciada foi correta? Quanto aos contactantes, quais as medidas devem ser adotadas? O que foi mais relevante neste caso?

QUAL O PROVÁVEL DIAGNÓSTICO DO CASO ACIMA?

QUAL O PROVÁVEL DIAGNÓSTICO DO CASO ACIMA?

VARICELA

VARICELA

Explique suscintamente a fisiopatologia e epidemiologia da doença.

Explique suscintamente a fisiopatologia e epidemiologia da doença.

INTRODUÇÃO A varicela é uma infecção viral primária, aguda, altamente contagiosa, caracterizada por surgimento

INTRODUÇÃO A varicela é uma infecção viral primária, aguda, altamente contagiosa, caracterizada por surgimento de exantema. Em crianças, geralmente, é uma doença benigna e auto-limitada. Etiologia: Vírus Varicela-Zóster (VVZ). Subfamília: alfa-herpesvirinae. Família: Herpesviridae. Incubação: 10 a 21 dias. Transmissão: por aerossol, contágio direto e pela transmissão vertical. v 2 dias antes do início do exantema até todas as lesões se tornarem crostas. Isolamento respiratório e de contato.

EPIDEMIOLOGIA No Brasil, a vacina passou a ser disponibilizada em caráter universal para todos

EPIDEMIOLOGIA No Brasil, a vacina passou a ser disponibilizada em caráter universal para todos pelo MS dentro do PNI apenas em 2013. A incidência no Brasil é estimada em cerca de 3. 000 de casos ao ano. A doença pode ocorrer no ano inteiro mas há um aumento do numero de casos no final do inverno e inicio da primavera. A doença é bastante contagiosa e a transmissão no ambiente domestico para os suscetíveis é de 65 a 86%.

EPIDEMIOLOGIA No Brasil, entre 2000 e 2013 foram notificados 7. 113 casos de varicela.

EPIDEMIOLOGIA No Brasil, entre 2000 e 2013 foram notificados 7. 113 casos de varicela. No mesmo período foram registradas 3. 244 internações no Brasil. O ano de 2013 foi o ano com mais registros de casos e 2000 com menor. Faixa etária mais internada foi de 1 a 4 anos. Foram registrados 1503 casos de óbitos por varicela com ou sem complicações com destaque de 1 a 4 anos. Em 2003 foi registrado o maior número de óbitos e em 2009 e 2013 os menores números.

FISIOPATOLOGIA Vírus nas secreções respiratórias e líquido das lesões cutâneas Via aérea por aerossóis

FISIOPATOLOGIA Vírus nas secreções respiratórias e líquido das lesões cutâneas Via aérea por aerossóis e contato direto Inoculado na mucosa do trato respiratório superior + tecidos linfóides Replicação Período de incubação Primeira viremia subclínica Virús no sistema reticuloendotelial Alguns dias + segunda viremia Disseminação cutânea Próximo ao fim da incubação Transmite antes do aparecimento do exantema. Vírus transportado para a mucosa respiratória

FISIOPATOLOGIA VVZ é capaz de causar infecção primária, latente e recorrente. Infecção primária quadro

FISIOPATOLOGIA VVZ é capaz de causar infecção primária, latente e recorrente. Infecção primária quadro de varicela. Primoinfecção latente nos gânglios sensoriais reativação replicação nervos até a pele (dermátomo) herpes-zoster. Doença autolimitada: resposta imune celular contém a replicação viral.

CLÍNICA • Fase prodrômica: • Crianças menores costumam não apresentar. • Crianças maiores: febre

CLÍNICA • Fase prodrômica: • Crianças menores costumam não apresentar. • Crianças maiores: febre moderada, mal-estar, adinamia, anorexia e dor abdominal. • Fase exantemática: • Distribuição centrípeta e disseminação centrífuga. • Inicio: couro-cabeludo, face e tronco. • Máculas eritematosas pruriginosas pápulas vesículas pústulas crostas. • POLIMORFISMO REGIONAL!

CLÍNICA

CLÍNICA

DIAGNÓSTICO Diagnóstico clínico costuma ser bem simples. Avaliação complementar: Leucopenia nas 1ª 72 horas

DIAGNÓSTICO Diagnóstico clínico costuma ser bem simples. Avaliação complementar: Leucopenia nas 1ª 72 horas após o inicio do exantema linfocitose. Enzimas hepáticas ficam levemente aumentadas (75% dos casos). Pleocitose linfocitica liquórica e aumento da proteinorraquia (complicações neurológicas). Identificação do VVZ por PCR da lesão cutânea. Avaliação citológica da lesão (teste de Tzanck) pode surgerir o diagnóstico (células gigantes multinucleadas). Anticorpos: Aumento do Ig. G: útil para avaliar exposição prévia. Métodos pra Ig. M não são confiáveis e por isso não são muito utilizados.

Como é feita a proteção contra a doença?

Como é feita a proteção contra a doença?

PREVENÇÃO Vacina antivaricela (vírus vivo atenuado) – via subcutânea. Aos 12 meses: 1ª dose

PREVENÇÃO Vacina antivaricela (vírus vivo atenuado) – via subcutânea. Aos 12 meses: 1ª dose das vacinas tri plice viral (SCR) e varicela em administrac o es separadas, ou com a vacina quádrupla viral (SCRV). Aos 15 meses: 2ª dose, preferencialmente com a vacina quádrupla viral (SCRV), com intervalo mínimo de três meses da última dose de varicela e SCR ou SCRV. Dose única: altamente eficaz para prevenção de formas graves da doença. Segunda dose: eficaz contra formas leves em crianças vacinadas com uma dose.

PREVENÇÃO Particularidades: Tetra viral: Está disponível para crianças até 4 anos, 11 meses e

PREVENÇÃO Particularidades: Tetra viral: Está disponível para crianças até 4 anos, 11 meses e 29 dias; após essa faixa etária administrar só a tríplice viral. Em surto de varicela em ambiente hospitalar ou em área indígena, utilize a vacina varicela monovalente (atenuada) a partir dos 9 meses. Não administre tal vacina simultaneamente com a vacina febre amarela (atenuada) e estabeleça o intervalo mínimo de 30 dias, salvo em situações especiais que impossibilitem manter o intervalo indicado.

PNI

PNI

Como deve ser feito o tratamento neste caso?

Como deve ser feito o tratamento neste caso?

TRATAMENTO Medidas gerais Tratamento antiviral específico

TRATAMENTO Medidas gerais Tratamento antiviral específico

MEDIDAS GERAIS Analgésicos e antitérmicos (não usar salicilatos). Anti-histamínicos. Soluções antissépticas tópicas. Se infecção

MEDIDAS GERAIS Analgésicos e antitérmicos (não usar salicilatos). Anti-histamínicos. Soluções antissépticas tópicas. Se infecção bacteriana 2ª de pele: antibióticos. S. pyogenes: penicilina. S. aureus: oxacilina ou cefalosporina de 1ª geração.

TRATAMENTO ANTIVIRAL ESPECÍFICO: Droga de escolha: Aciclovir. Indicações: Pacientes com potencial ou que desenvolveram

TRATAMENTO ANTIVIRAL ESPECÍFICO: Droga de escolha: Aciclovir. Indicações: Pacientes com potencial ou que desenvolveram complicações. Via de administração: VO (tratamento ambulatorial). IV (tratamento hospitalar).

VO (TRATAMENTO AMBULATORIAL) Adolescente > 12 anos e não gestante. Criança > 12 meses

VO (TRATAMENTO AMBULATORIAL) Adolescente > 12 anos e não gestante. Criança > 12 meses que tenha: 2º caso no mesmo domicílio. Doença pulmonar ou cutânea crônica. Uso de corticoide inalatório ou sistêmico em dose não imunossupressora. Uso crônico de salicilato. Dose: 20 mg/kg/dose (máx 800 mg), 4 doses/dia, por 5 dias. Iniciar: 24 h (ideal) ou no máx 72 h após início do exantema.

IV (TRATAMENTO HOSPITALAR) Imunodeprimido (mesmo se > 72 h de rash). Uso de corticoide

IV (TRATAMENTO HOSPITALAR) Imunodeprimido (mesmo se > 72 h de rash). Uso de corticoide sistêmico em dose imunossupressora. Mulher gestante complicação*. Qualquer indivíduo com sinais de comprometimento sistêmico (complicação). Recém-nascido (varicela neonatal). Varicela progressiva (em geral são os imunodeprimidos). 
 Dose: 500 mg/m 2/dose, 8/8 h, por 7 dias ou até 48 h após surgimento da última lesão ativa.

TRATAMENTO DO CASO CLÍNICO Medidas gerais: Solução antisséptica tópica (permanganato de potássio). Ceftriaxona +

TRATAMENTO DO CASO CLÍNICO Medidas gerais: Solução antisséptica tópica (permanganato de potássio). Ceftriaxona + neomicina pomada (infecção bacteriana 2ª de pele). Terapia antiviral específica: Aciclovir. Indicação: presença de complicação. Via de administração: IV (tratamento hospitalar). Qualquer indivíduo com sinais de comprometimento sistêmico da infecção (ex: pneumonia).

A internação foi bem indicada? Justifique. Qual o risco de infecção secundária durante a

A internação foi bem indicada? Justifique. Qual o risco de infecção secundária durante a doença? Justifique. Este caso teve uma evolução habitual ou houve complicação?

EVOLUÇÃO DA DOENÇA Complicações (grupos de risco) Benigna e autolimitada Pele Pulmão Sangue SN

EVOLUÇÃO DA DOENÇA Complicações (grupos de risco) Benigna e autolimitada Pele Pulmão Sangue SN

COMPLICAÇÕES CUT NEAS Infecção bacteriana secundária (5%): Complicação mais comum. Agentes: GAS (estreptococo B-hemolítico

COMPLICAÇÕES CUT NEAS Infecção bacteriana secundária (5%): Complicação mais comum. Agentes: GAS (estreptococo B-hemolítico do grupo A ou S. pyogenes); S. aureus. Formas de apresentação: Impetigo, celulite, abscessos cutâneos, linfadenite ou erisipela. Casos mais graves: fasciíte necrosante e choque tóxico. Suspeitar se: Reaparecimento de febre 3 -4 dias após início do exantema; Hiperemia de base mais evidente; Cicatriz (retrospectiva).

COMPLICAÇÕES HEMATOLÓGICAS Trombocitopenia (1 -2%): Manifesta-se com Raramente tem petéquias isoladas. vesículas hemorrágicas, sangramento

COMPLICAÇÕES HEMATOLÓGICAS Trombocitopenia (1 -2%): Manifesta-se com Raramente tem petéquias isoladas. vesículas hemorrágicas, sangramento intestinal ou hematúria.

COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS Ataxia cerebelar ou cerebelite aguda (1: 4. 000): Alteração da marcha, do

COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS Ataxia cerebelar ou cerebelite aguda (1: 4. 000): Alteração da marcha, do equilíbrio, da fala, incoordenação e nistagmo. Resolução espontânea em 24 -72 h. Meningoencefalite (1: 50. 000): Cefaléia, rigidez nucal, alteração do nível de consciência e convulsões. Síndrome de Reye: Encefalopatia + hepatite provocadas pela ingestão de salicilatos em paciente geneticamente predisposto. Podem acontecer antes, concomitante ou após o exantema!

COMPLICAÇÕES PULMONARES Pneumonia viral: Ocorre 1 -6 dias após o início do exantema. Rx

COMPLICAÇÕES PULMONARES Pneumonia viral: Ocorre 1 -6 dias após o início do exantema. Rx de tórax: infiltrados intersticiais, nodulares, presença de derrame pleural etc. QC: tosse, taquidispneia, cianose, dor pleurítica e hemoptise. É rara em paciente imunocompetente! Pneumonia bacteriana: Principal causa de óbito em crianças com varicela! QC: febre persistente após 3 -4 dias do início do exantema com tosse e dispneia.

COMPLICAÇÕES DO CASO CLÍNICO A internação foi bem indicada: Presença de complicação sistêmica (infecção

COMPLICAÇÕES DO CASO CLÍNICO A internação foi bem indicada: Presença de complicação sistêmica (infecção bacteriana 2ª de pele + pneumonia). Risco de infecção 2ª durante a doença: Complicação mais comum (5%). Este caso teve complicação: Quadro habitual é benigno e autolimitado.

A antibioticoterapia iniciada foi correta?

A antibioticoterapia iniciada foi correta?

INFECÇÃO BACTERIANA SECUNDÁRIA Havendo infecção secundária, recomenda-se o uso de antibióticos sistêmicos. Gram positivo

INFECÇÃO BACTERIANA SECUNDÁRIA Havendo infecção secundária, recomenda-se o uso de antibióticos sistêmicos. Gram positivo Streptococcus pyogenes Staphylococcus aureus

INFECÇÃO BACTERIANA SECUNDÁRIA Ceftriaxona: Cefalosporina de 3ª geração. Ativo contra grande parte dos cocos

INFECÇÃO BACTERIANA SECUNDÁRIA Ceftriaxona: Cefalosporina de 3ª geração. Ativo contra grande parte dos cocos gram-positivos; boa atividade contra gram- negativos. S. pneumoniae. Oxacilina : Penicilina. Gram positivos: principalmente S. Aureus. Vancomicina + Clindamicina.

Quanto aos contactantes, quais as medidas devem ser adotadas?

Quanto aos contactantes, quais as medidas devem ser adotadas?

CONTACTANTES Contatos significativos com varicela: Contato domiciliar contínuo; Permanência junto com o doente durante

CONTACTANTES Contatos significativos com varicela: Contato domiciliar contínuo; Permanência junto com o doente durante pelo menos uma hora em ambiente fechado; Contato hospitalar: pessoas internadas no mesmo quarto do doente ou que tenham mantido com ele contato direto prolongado: auxiliares ou técnicos de enfermagem.

TRANSMISSÃO Período de transmissibilidade: 1 a 2 dias antes da erupção até 5 dias

TRANSMISSÃO Período de transmissibilidade: 1 a 2 dias antes da erupção até 5 dias após o surgimento do primeiro grupo de vesículas. Enquanto houver vesículas, a infecção é possível. Modo de transmissão: pessoa a pessoa, através de contato direto ou através de secreções respiratórias e, raramente, através de contato com lesões. Transmitida indiretamente através de objetos contaminados com secreções de vesículas e membranas mucosas de pacientes infectados.

TRANSMISSÃO Os casos domiciliares secundários de varicela podem ter evolução mais grave do que

TRANSMISSÃO Os casos domiciliares secundários de varicela podem ter evolução mais grave do que o caso índice, pela aquisição de maior inóculo do VVZ.

PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO Vacinação de bloqueio; Imunoglobulina hiperimune; Isolamento.

PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO Vacinação de bloqueio; Imunoglobulina hiperimune; Isolamento.

PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO Vacinação de bloqueio: Controle de surtos em hospitais; Imunocompetentes > 12 meses,

PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO Vacinação de bloqueio: Controle de surtos em hospitais; Imunocompetentes > 12 meses, sem contraindicação à vacina, devem receber a vacina antivaricela até 120 horas(5 dias) após a exposição. A vacina varicela para utilização em surtos está disponível apenas para bloqueio em ambiente hospitalar (segundo normas do PNI).

PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO Imunoglobulina humana antivaricela-zoster(IGHAV): Deve ser utilizada em, no máximo, até 96 horas(4

PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO Imunoglobulina humana antivaricela-zoster(IGHAV): Deve ser utilizada em, no máximo, até 96 horas(4 dias) após ter ocorrido o contato, o mais precocemente possível. Dose: Dose única de 125 UI para cada 10 kg de peso (dose mínima: 125 UI, dose máxima: 625 UI). Depende do atendimento de três condições: 1) Suscetibilidade; 2) Contato significativo; 3) Condição especial de risco.

PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO 1. Comunicante suscetível: a)Pessoas imunocompetentes e imunodeprimidos sem história bem definida da

PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO 1. Comunicante suscetível: a)Pessoas imunocompetentes e imunodeprimidos sem história bem definida da doença e/ou de vacinação anterior. b)Pessoas com imunodepressão celular grave, independentemente de história anterior de varicela 2. Contato significativo: a)Contato domiciliar contínuo: permanência com o doente durante pelo menos 1 hora em ambiente fechado. b)Contato hospitalar: pessoas internadas no mesmo quarto do doente ou que tenham mantido com ele contato direto prolongado, de pelo menos 1 hora.

PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO 3. Suscetível seja pessoa com risco especial de varicela grave: a) b)

PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO 3. Suscetível seja pessoa com risco especial de varicela grave: a) b) c) d) e) f) Crianças ou adultos imunodeprimidos. Menores de 1 ano em contato hospitalar com VVZ. Gestantes. Recém-nascidos de mães nas quais o início da varicela ocorreu nos cinco últimos dias de gestação ou ate 48 horas depois do parto. Recém-nascidos prematuros, com 28 ou mais semanas de gestação, cuja mãe nunca teve varicela. Recém-nascidos prematuros, com menos de 28 semanas de gestação (ou com menos de 1. 000 g ao nascimento), independentemente de história materna de varicela.

PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO Ambiente Hospitalar: Vacina varicela para as pessoas imunocompetentes suscetíveis (pacientes, acompanhantes e

PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO Ambiente Hospitalar: Vacina varicela para as pessoas imunocompetentes suscetíveis (pacientes, acompanhantes e profissionais de saúde), até 120 horas após o contato com o caso índice (vacinação de bloqueio). Imunoglobulina humana varicela zoster para as crianças menores de 12 meses de idade, gestantes suscetíveis e imunocomprometidos, até 96 horas após o contato com o caso índice.

PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO Isolamento: respiratório e de contato. Quarto privativo; Máscara N 95(susceptíveis). Higiene das

PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO Isolamento: respiratório e de contato. Quarto privativo; Máscara N 95(susceptíveis). Higiene das mãos antes e após o contato com paciente e ambiente.

O que foi mais relevante neste caso?

O que foi mais relevante neste caso?

PONTOS RELEVANTES Atraso vacinal. Ambiente de vulnerabilidade?

PONTOS RELEVANTES Atraso vacinal. Ambiente de vulnerabilidade?

PONTOS RELEVANTES Proteção nos vacinados expostos a contatos domiciliares: aproximadamente 70%, e >95% contra

PONTOS RELEVANTES Proteção nos vacinados expostos a contatos domiciliares: aproximadamente 70%, e >95% contra formas graves da doença. A vacina é muito bem tolerada. Os efeitos adversos mais frequentes são a dor e eritema no local da injeção, ocorre 20% das crianças e 25 a 35% dos adolescentes. A varicela, se ocorrer nos vacinados, é de menor intensidade (síndrome “varicela-like”).

PONTOS RELEVANTES Varicela grave: Paciente com febre alta (maior que 38ºC) e lesões cutâneas

PONTOS RELEVANTES Varicela grave: Paciente com febre alta (maior que 38ºC) e lesões cutâneas polimorfas (pápulas, vesículas, pústulas, crostas) que tenha sido hospitalizado ou evoluiu complicações ou óbito e pertença a um dos seguintes grupos: recém-nascidos, adolescentes, adultos, pacientes imunodeprimidos e gestantes.

PONTOS RELEVANTES Surtos de varicela: ocorrência de um número de casos acima do limite

PONTOS RELEVANTES Surtos de varicela: ocorrência de um número de casos acima do limite esperado, com base nos anteriores, ou casos agregados em instituições, creches, escolas e hospitais pediátricos.

NOTIFICAÇÃO Casos graves; Surto; Óbito. Devem ser notificados e registrados através do Sistema Nacional

NOTIFICAÇÃO Casos graves; Surto; Óbito. Devem ser notificados e registrados através do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN), por meio da Ficha de Notificação Individual ou Ficha de Investigação de Surto.

Diagnósticos Diferenciais

Diagnósticos Diferenciais

DOENÇAS EXANTEMÁTICAS Doenças Idade + comum Pródromos Clínica Complicações Sarampo Lactente até adulto Febre,

DOENÇAS EXANTEMÁTICAS Doenças Idade + comum Pródromos Clínica Complicações Sarampo Lactente até adulto Febre, conjuntivite com fotofobia, tosse e manchas de Koplik. Exantema morbiliforme craniocaudal e descamação furfurácea, tosse é o último a sumir OMA, pneumonia Escarlatina 5 a 15 anos Faringite Língua em morango branco e morango vermelho/framboesa micropapular/áspero (em lixa), sinais de Filatov e de Pastia, descamação lamelar nas extremidades Supurativas Febre Reumática GNPE Rubéola Crianças até adultos Febre baixa, mal estar, linfadenomegalia E. Maculopapularóseo craniocaudal, sinal de Forchheimer Artropatia, Síndrome da rubéola congênita Eritema infeccioso 5 a 15 anos 1ª fase: face esbofeteada, 2ª: exantema rendilhado e 3ª: recidiva do exantema por estímulos Outras doenças: Artropatia, crise aplásica transitória, anemia persistente, hidropsia fetal, s. de luvas e meias, etc. Maculopapular em tronco e pescoço após fim da febre Crise febril (convulsão) (morbilivírus, f. paramyxovírus) (S. pyogenes) (rubivírus, f. togavírus) (Parvovírus B 19) Exantema súbito (herpevirus 6 e 7 ) --- 6 meses a 3 anos (mais lactentes) Febre alta que some em crise

OBRIGADA!

OBRIGADA!

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Portal da Saúde (SUS), MS. Programa Nacional de Imunizações, MS. Infecção pelo

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Portal da Saúde (SUS), MS. Programa Nacional de Imunizações, MS. Infecção pelo Vírus Varicela-Zoster: considerações diagnósticas e terapêuticas, SBP. Ministe rio da Sau de, Secretaria de Vigila ncia em Sau de, Departamento de Vigilância Epidemiolo gica. Doenc as infecciosas e parasita rias: guia de bolso 8. ed. rev. , 2010. MELO, Vivianne Vieira; DUARTE, Izabel de Paula; SOARES, Amanda Queiroz. Guia de Antimicrobianos. Goiânia, UFG, 2012. Nelson. Tratado de Pediatria, 19ª ed – 2013. Junior D. C. , Burns D. A. R, Lopez F. A. , Sociedade Brasileira de Pediatria. Tratado de Pediatria, 3ª ed – 2015. Protocolo de vigilância epidemiológica da varicela. Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, 2015.

OBRIGADA! Ddos. Natalia Gontijo, Vinicius M. Vilela, Bruna Cabral M. Guimarães, Daniela Vinhaes dos

OBRIGADA! Ddos. Natalia Gontijo, Vinicius M. Vilela, Bruna Cabral M. Guimarães, Daniela Vinhaes dos Reis e Lais D. de Freitas Universidade Católica de Brasília