NDICE GERAL CAPTULO 1 A SEMENTEIRA DIRECTA CAPTULO

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ÍNDICE GERAL CAPÍTULO 1 A SEMENTEIRA DIRECTA CAPÍTULO 2 ALTERNATIVAS FORRAGEIRAS CAPÍTULO 3 INOVAÇÃO

ÍNDICE GERAL CAPÍTULO 1 A SEMENTEIRA DIRECTA CAPÍTULO 2 ALTERNATIVAS FORRAGEIRAS CAPÍTULO 3 INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO LEITEIRA CAPÍTULO 4 GESTÃO DE EFLUENTES NAS EXPLORAÇÕES LEITEIRAS CAPÍTULO 5 PREVENÇÃO E COMBATE DE DOENÇAS DE PLANTAS POR VIA BIOLÓGICA CAPÍTULO 6 NOVAS TÉCNICAS NO CONTROLO DE DOENÇAS DAS ÁRVORES CAPÍTULO 7 USO DE LEVEDURAS ENOLOGIA ENCAPSULADAS EM CAPÍTULO 8 A ERVA NA ALIMENTAÇÃO DO PORCO BÍSARO

CAPÍTULO 1 ● SEMENTEIRA DIRECTA Índice do Capítulo CAPÍTULO 1 A SEMENTEIRA DIRECTA :

CAPÍTULO 1 ● SEMENTEIRA DIRECTA Índice do Capítulo CAPÍTULO 1 A SEMENTEIRA DIRECTA : : Objectivos; : : Enquadramento; : : Agricultura de conservação; : : Sementeira directa; : : A técnica de sementeira directa (em resumo); : : Vantagens de utilização do sistema; : : Principais desvantagens de utilização do sistema.

CAPÍTULO 1 ● SEMENTEIRA DIRECTA Objectivos : : A Sementeira Directa como novo sistema

CAPÍTULO 1 ● SEMENTEIRA DIRECTA Objectivos : : A Sementeira Directa como novo sistema de mobilização do solo; : : Contribuição da Sementeira Directa, como novo sistema de mobilização do solo, para a Agricultura de Conservação; : : Agricultura de Conservação vs. Agricultura Convencional; : : Benefícios económicos e ambientais da sementeira directa para o planeta e para o agricultor.

CAPÍTULO 1 ● SEMENTEIRA DIRECTA Enquadramento : : Apesar de não ser uma técnica

CAPÍTULO 1 ● SEMENTEIRA DIRECTA Enquadramento : : Apesar de não ser uma técnica recente pode ser considerada uma nova prática na exploração agrícola em Portugal; : : As preocupações ambientais, a sustentabilidade dos sistemas de produção, as ajudas comunitárias inseridas nas Medidas Agro-Ambientais da PAC levam a uma evolução da agricultura tradicional para uma agricultura de conservação; : : Existem benefícios ambientais e económicos evidentes na prática deste tipo de mobilização do solo; : : A falta de informação sobre o sistema e a falta de competências para a sua implementação são as principais causas para que este sistema esteja a ser implementado no nosso país de forma lenta.

CAPÍTULO 1 ● SEMENTEIRA DIRECTA Agricultura de Conservação A Sementeira Directa é um dos

CAPÍTULO 1 ● SEMENTEIRA DIRECTA Agricultura de Conservação A Sementeira Directa é um dos sistemas que fazem parte daquilo a que se chama Agricultura de Conservação. Uma das definições mais Agricultura de Conservação: correntes de Consiste num conjunto de práticas que permitem o maneio do solo agrícola com a menor alteração possível da sua composição, estrutura e biodiversidade natural, defendendo-o dos processos de degradação (e. g. erosão do solo e compactação).

CAPÍTULO 1 ● SEMENTEIRA DIRECTA Sementeira Directa : : APOSOLO – Associação Portuguesa de

CAPÍTULO 1 ● SEMENTEIRA DIRECTA Sementeira Directa : : APOSOLO – Associação Portuguesa de Mobilização do Solo. www. aposolo. pt : : Definição: Por Sementeira Directa entende-se o sistema em que não existe mobilização do terreno previamente ao acto de sementeira. É o próprio semeador e, apenas na linha de sementeira, que provoca a mobilização mínima necessária para a introdução e o enterramento da semente.

CAPÍTULO 1 ● SEMENTEIRA DIRECTA A Técnica de Sementeira Directa (em resumo) : :

CAPÍTULO 1 ● SEMENTEIRA DIRECTA A Técnica de Sementeira Directa (em resumo) : : O solo deve estar coberto de resíduos (restolho/palha); : : É recomendável que pelo menos 30% esteja coberto para protecção do solo do impacto das chuvas; : : Deve ser aplicado um herbicida total, não residual, em pré-sementeira (por exemplo glifosato), para matar a vegetação espontânea; : : Esta operação deverá ser realizada próxima da data de sementeira; : : É muito importante que não ocorram falhas na sua aplicação, uma vez que podem levar a infestação das culturas, e por isso mesmo recomenda-se a utilização de pulverizadores com aplicadores de espuma.

CAPÍTULO 1 ● SEMENTEIRA DIRECTA A Técnica de Sementeira Directa (em resumo) : :

CAPÍTULO 1 ● SEMENTEIRA DIRECTA A Técnica de Sementeira Directa (em resumo) : : Segue-se a operação de sementeira com o semeador de Sementeira Directa que procede, apenas na linha de sementeira, à introdução e enterramento da semente; : : Estes semeadores têm como objectivo ter mecanismos de rompimento do solo; : : No caso da Sementeira Directa a adubação de fundo pode ser realizada de forma localizada se o semeador o permitir; : : Para o controlo de pragas, e tal como na sementeira tradicional, devem ser feitas aplicações de insecticidas na linha da cultura; : : Para o controlo das infestantes em pós-sementeira deve ser feita, consoante o tipo de infestação, a aplicação de herbicidas pós-emergência.

CAPÍTULO 1 ● SEMENTEIRA DIRECTA Vantagens de Utilização do Sistema AMBIENTAIS : : Contributo

CAPÍTULO 1 ● SEMENTEIRA DIRECTA Vantagens de Utilização do Sistema AMBIENTAIS : : Contributo para a conservação do solo e da água; : : Pode diminuir em cerca de 8 vezes a redução das perdas do solo por erosão e reduzir a taxa de mineralização da matéria orgânica; : : Menor poluição das águas superficiais e uma menor quantidade de água a utilizar pelo produtor; : : Diminuição do efeito de estufa, através da captação do carbono atmosférico no solo; : : Contributo para a menor alteração possível da estrutura e composição do solo e consequente aumento da biodiversidade natural.

CAPÍTULO 1 ● SEMENTEIRA DIRECTA Vantagens de Utilização do Sistema ECONÓMICAS : : Redução

CAPÍTULO 1 ● SEMENTEIRA DIRECTA Vantagens de Utilização do Sistema ECONÓMICAS : : Redução dos custos totais e dos custos variáveis, implicando um maior rendimento para os agricultores; : : Diminuição da mão de obra necessária e maior disponibilidade de mão de obra para a realização de outras tarefas; : : É apenas necessária uma passagem para a realização da sementeira contra duas ou mais operações de mobilização mais a de sementeira no sistema convencional; : : Poupança em combustível comparativamente ao sistema convencional; : : Poupanças obtidas são superiores aos custos extra deste sistema como a aplicação de herbicidas de pré-sementeira e a aquisição dos semeadores de Sementeira Directa.

CAPÍTULO 1 ● SEMENTEIRA DIRECTA Principais Desvantagens de Utilização do Sistema : : O

CAPÍTULO 1 ● SEMENTEIRA DIRECTA Principais Desvantagens de Utilização do Sistema : : O preço elevado dos semeadores. : : A falta de conhecimentos técnicos sobre a operação. : : A necessidade de um maior acompanhamento das culturas. Aspecto do semeador próprio para Sementeira Directa

CAPÍTULO 2 ● ALTERNATIVAS FORRAGEIRAS Índice do Capítulo CAPÍTULO 2 ALTERNATIVAS FORRAGEIRAS : :

CAPÍTULO 2 ● ALTERNATIVAS FORRAGEIRAS Índice do Capítulo CAPÍTULO 2 ALTERNATIVAS FORRAGEIRAS : : Objectivos; : : Pastagens naturais; : : Prados temporários; : : Prados permanentes; : : Forragens anuais de corte; : : Caracterização agronómica.

CAPÍTULO 2 ● ALTERNATIVAS FORRAGEIRAS Objectivos : : Classificação dos principais sistemas de produção

CAPÍTULO 2 ● ALTERNATIVAS FORRAGEIRAS Objectivos : : Classificação dos principais sistemas de produção de erva em Portugal; : : Comparação dos sistemas em termos das exigências quanto a solo e clima; : : Indicação das espécies forrageiras mais comuns com referência a necessidades e atributos; : : Indicação das espécies pecuárias mais adequadas ao aproveitamento dos tipos de produção de erva identificados. Os tipos de produção de erva são aqui divididos segundo: : : Natural (espontânea) vs. Semeada; : : Temporário vs. Permanente; : : Sequeiro vs. Regadio.

CAPÍTULO 2 ● ALTERNATIVAS FORRAGEIRAS Pastagens Naturais Zona Seca : : Área: 2 000

CAPÍTULO 2 ● ALTERNATIVAS FORRAGEIRAS Pastagens Naturais Zona Seca : : Área: 2 000 ha; : : Duração: Variável; : : Localização: zonas de baixa precipitação (< 700 mm); : : Solos: delgados (pouco produtivos); : : Produções: 1 a 2 t MS/ha (grande variabilidade); : : Espécies: predominantemente anuais (baixa incidência de leguminosas); : : Sistema de exploração: silvo-pastoril (aproveitamento sequencial com restolho e palhas, folhas e frutos, das árvores e arbustos, etc. ); : : Animais: ovinos, caprinos, bovinos. Zona Húmida : : Área: 530 000 ha; : : Localização: zonas montanhosas do Norte (lameiros) e Açores (> 300 m altitude); : : Solos: frequentemente mal drenados; : : Produções: 3 a 8 t MS/ha; : : Espécies: essencialmente perenes (azevém, Dactylis, trevo branco e trevo violeta, Lotus, etc. ) Sistema de exploração: pastoreio e corte para feno; : : Animais: bovinos.

CAPÍTULO 2 ● ALTERNATIVAS FORRAGEIRAS Prados Temporários SEQUEIRO : : Área: 30 000 ha

CAPÍTULO 2 ● ALTERNATIVAS FORRAGEIRAS Prados Temporários SEQUEIRO : : Área: 30 000 ha (potencial para aumentar); : : Duração: 2 a 6 anos; : : Localização: todo o país, em particular nas zonas de montado; : : Solos: pardos e vermelhos de xisto; : : Produções: 3 a 8 t MS/ha; : : Espécies: leguminosas anuais de ressementeira natural (trevo subterrâneo e trevo encarnado, luzerna, serradela. . . ), vivazes (trevo branco, T. fragiferum, Lotus, etc. ), e gramineas (Dactylis, Phalaris, azevém, etc. ); : : Sistema de exploração: agro-silvo-pastoril (rotações com cereais); : : Animais: ovinos (predominantemente) e bovinos. REGADIO a) À base de trevo branco : : Área: reduzida (potencial para aumentar); : : Localização: todo o país; : : Solos: medianamente ácidos; : : Espécies: trevo branco, festuca, Dactylis, azevém, T. fragiferum, Lotus, etc; : : Produções: 12 a 20 t MS/ha; Sistema de exploração: pastoreio de Mar/Abr a Out/Nov; eventualmente corte para feno em Maio-Junho; : : Animais: bovinos e ovinos de leite, bovinos de carne (em crescimento e engorda).

CAPÍTULO 2 ● ALTERNATIVAS FORRAGEIRAS Prados Temporários REGADIO b) À base de luzerna :

CAPÍTULO 2 ● ALTERNATIVAS FORRAGEIRAS Prados Temporários REGADIO b) À base de luzerna : : Área: reduzida (potencial para aumentar); : : Duração: 3 a 5 anos; : : Localização: Centro e Sul, essencialmente; : : Solos: neutros e bem drenados; : : Espécies: extremes (ou associadas com Dactylis); : : Produções: 16 a 25 t MS/ha; : : Sistema de exploração: normalmente para feno (5 a 8 cortes/ano); por vezes alternando com pastoreio; : : Animais: bovinos e ovinos de leite, bovinos de carne (em crescimento e engorda). REGADIO c) À base de trevo violeta : : Área: reduzida, com potencialidades no Norte; : : Duração: 2 a 3 anos; : : Localização: Centro e Norte; : : Solos: férteis, algo ácidos, bem drenados; : : Espécies: associado com azevém (L. italicum ou híbridos de L. Multiflorum*L. perenne); : : Produções: 15 a 18 ton MS/ha; : : Sistema de exploração: cortes múltiplos eventualmente alternando com pastoreio; : : Animais: bovinos.

CAPÍTULO 2 ● ALTERNATIVAS FORRAGEIRAS Prados Permanentes : : Área: 65 000 ha em

CAPÍTULO 2 ● ALTERNATIVAS FORRAGEIRAS Prados Permanentes : : Área: 65 000 ha em sequeiro (↑ 106 ha) e 10 000 ha em regadio (↑ 40 000 ha); : : Duração: normalmente mais de 20 -25 anos; : : Localização: todo o país; : : Solos: marginais para culturas arvenses; : : Espécies: as mais persistentes dos prados temporários; : : Produções: normalmente inferiores às dos prados temporários; : : Sistema de exploração: dependente da zona e condições do meio. Forragens Anuais de Corte SEQUEIRO : : Área: 50 000 ha; : : Localização: todo o país. a) Misturas: Centro e Sul: aveia*ervilhaca : : Sistema de exploração: corte único; : : Produções: 5 a 8 t MS/ha. Centro e Norte: Azevém anual associado a cereal precoce ou leguminosa : : Sistema de exploração: dois a três cortes, último corte para feno ou semente; : : Produções: 6 a 12 t MS/ha.

CAPÍTULO 2 ● ALTERNATIVAS FORRAGEIRAS Forragens Anuais de Corte SEQUEIRO b) Extremes: : :

CAPÍTULO 2 ● ALTERNATIVAS FORRAGEIRAS Forragens Anuais de Corte SEQUEIRO b) Extremes: : : Leguminosas: Lupinus luteus, T. incarnatum, Ornithopus Sp. (solos ácidos); Lathyrus cicera, Melilotus segetalis, etc; : : Produções: 3 a 7 t MS/ha; : : Gramineas: L. multiflorum, A. sativa, etc; : : Produções: 7 a 10 t MS/ha. REGADIO : : Produções: 8 a 15 t MS/ha; : : Animais: bovinos; a) Milho; b) Sorgo; c) Híbridos de sorgo e erva do sudão, para corte e/ou pastoreio (Sul). Caracterização Agronómica A caracterização das espécies, pratenses e forrageiras, mais frequentemente utilizadas (isoladas ou em consociação) em alimentação animal deve ser analisada pelo potencial utilizador como elemento de ajuda a uma tomada de decisão, nomeadamente as suas condições preferenciais de cultivo e de produtividade. Dentro das gramíneas podemos destacar: o azevém perene, o azevém anual, o dactilo, a festuca alta, a festuca dos prados, a alpista tuberosa. Dentro das leguminosas podemos destacar: a luzerna, o trevo branco, o trevo violeta, o trevo encarnado, o trevo subterrâneo, a tremocilha.

CAPÍTULO 3 ● INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO LEITEIRA Índice do Capítulo CAPÍTULO 3 INOVAÇÃO NA

CAPÍTULO 3 ● INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO LEITEIRA Índice do Capítulo CAPÍTULO 3 INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO LEITEIRA : : A informática na produção leiteira; : : Modo operatório; : : Potencialidades do Software; : : Esquema da organização do estábulo; : : Outras soluções informáticas na agricultura; : : Vantagens e custos do sistema; : : A ordenha robotizada - razões da sua utilização; : : Adaptação dos animais e tempo de trabalho. : : Posicionamento actual da robotização; : : Crescimento de vendas na empresa Dekaval; : : Princípios gerais;

CAPÍTULO 3 ● INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO LEITEIRA A Informática na Produção Leiteira A organização

CAPÍTULO 3 ● INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO LEITEIRA A Informática na Produção Leiteira A organização do estábulo, em particular quando estão presentes muitas dezenas ou mesmo centenas de animais obriga a que se disponha de programas informáticos específicos, que sejam capazes de, a todo o momento, dar informação segura ao produtor da situação do estábulo. A nível mundial há numerosas empresas que desenvolvem software de gestão de explorações agrícolas. a nível europeu podemos destacar a ISAGRI: www. isagri-portugal. com. No sector leiteiro estaca-se o software ISAleite para a gestão de efectivos. Com o ISAleite pode fazer-se a base de dados animais, classificando-os por classes por exemplo: vacas leiteiras, vacas de reforma, touros de cobrição, etc. ou ainda por idades. O registo é feito animal a animal podendo-se nomeadamente caracterizá-lo quanto a : partos, doenças, inseminações, etc.

CAPÍTULO 3 ● INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO LEITEIRA Potencialidades de Software Seguindo dia a produção

CAPÍTULO 3 ● INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO LEITEIRA Potencialidades de Software Seguindo dia a produção total de leite através do controlo do tanque, todos os valores de produção anormais podem rapidamente ser analisados. Permite optimizar a quota leiteira, pois faz a simulação da produção de leite de cada animal e dos movimentos dos animais (vendas, compras, partos, etc. ). Permite prever o consumo total de forragem e de concentrado para vários meses o que faz com que a gestão da compra dos alimentos e das forragens seja mais rigorosa. Através do plano reprodutivo permite acompanhar os acontecimentos para determinado período (partos, secagens, retorno dos cios, diagnósticos de gestação, etc. ). Permite calcular a complementação alimentar para cada animal baseando-se nos objectivos estipulados para cada animal, tendo em conta a curva de lactação, meses de gestação, etc. O que faz com que cada animal seja optimizado em termos do seu potencial e com menor custo.

CAPÍTULO 3 ● INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO LEITEIRA Potencialidades de Software O software pode ser

CAPÍTULO 3 ● INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO LEITEIRA Potencialidades de Software O software pode ser desenvolvido à medida da exploração e do seu efectivo. Para se poder analisar as potencialidades deste software podemos enumerar algumas das edições que faz: : : Balanço individual da reprodução; : : Fichas de historial; : : Fichas individuais com toda a informação do animal; : : Planeamento reprodutivo; : : Árvores genealógicas; : : Síntese nosológica e sanitária; : : Lista das vendas, mortes, abates, etc; : : O utilizador pode, ainda, personalizar as suas edições. A grande vantagem da utilização deste tipo de software é a possibilidade de cruzar um sem fim de parâmetros. No limite pode mesmo determinar-se o lucro por dia de vida de cada animal.

CAPÍTULO 3 ● INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO LEITEIRA Outras Soluções Informáticas na Agricultura Em Portugal

CAPÍTULO 3 ● INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO LEITEIRA Outras Soluções Informáticas na Agricultura Em Portugal a utilização generalizada das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s) está ainda numa fase de arranque, sobretudo quando comparada com outros países europeus ou com os EUA. : : os robots de ordenha, no caso da produção leiteira; : : os sistemas GPS (Global Positioning System) que permitem fazer a gestão de áreas e de parcelas, via satélite; : : a domótica que permite fazer a gestão de inúmeros recursos ao nível das explorações através de um controlo remoto, da Internet ou de um telemóvel; : : os programas informáticos para gestão contabilística que fazem o controlo técnico e financeiro das empresas. São exemplos de instrumentos que podem em muito melhorar a eficiência das explorações agrícolas e facilitar em muito o trabalho dos agricultores. A APDITCA – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação na Agricultura é a entidade que tem como missão a promoção do conhecimento, estudo e uso das tecnologias de informação e comunicação na agricultura e na comunidade rural em geral – investigação, educação, extensão, agro-indústrias, empresas agrícolas e desenvolvimento rural. www. agriculturadigital. org

CAPÍTULO 3 ● INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO LEITEIRA A Ordenha Robotizada – Razões da sua

CAPÍTULO 3 ● INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO LEITEIRA A Ordenha Robotizada – Razões da sua Utilização Na produção Leiteira, a operação da ordenha é uma das mais importantes, implicando exigentes cuidados na sua execução. É também a mais absorvente em termos de trabalho, visto que se realiza no mínimo 2 vezes por dia e durante todos os dias do ano, incluindo Domingos e Feriados. O tempo gasto é muito significativo, mesmo em salas de ordenha de grande rendimento, porque a operação completa (condução de animais, preparação do úbere, mungição e higiene final), ocupa sempre por dia algumas horas. A ordenha tradicional faz-se a horas determinadas, não tendo em conta, por assim dizer, a maior ou menor disponibilidade da vaca para o efeito. É, pois, uma ordenha OBRIGATÓRIA. A introdução do Robot na ordenha, permite o livre acesso das vacas ás horas que mais desejem, tendo, por isso, um carácter VOLUNTÁRIO.

CAPÍTULO 3 ● INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO LEITEIRA Posicionamento Actual da Robotização A robotização da

CAPÍTULO 3 ● INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO LEITEIRA Posicionamento Actual da Robotização A robotização da ordenha está a implantar-se em vários países da Europa, nomeadamente em Espanha, França, Itália, Escandinávia, etc. , e dirige-se especialmente a estábulos de média dimensão (50 – 70 vacas ou um ou dois múltiplos de 70) visto que os modelos que existem actualmente no mercado, têm em média uma capacidade de mungição de 50 – 70 animais. Em estábulos de grande dimensão com centenas de animais, a opção robot deve ser bem reflectida, porque implicaria a aquisição de vários módulos com enormes custos de investimento. Há várias empresas no mercado que comercializam esse equipamento e lhe dão depois a devida assistência. Das que conhecemos em Espanha são de salientar a Delaval e Lely Espanha que dominam a maior quota de mercado. Num e noutro caso, as vendas têm subido significativamente.

CAPÍTULO 3 ● INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO LEITEIRA Crescimento de Vendas na Empresa De. Laval

CAPÍTULO 3 ● INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO LEITEIRA Crescimento de Vendas na Empresa De. Laval Gráfico – Evolução das vendas de robots de ordenha em Espanha na empresa De. Laval. (extraído de documento de divulgação Notícias de VMS (Março 2004)). A empresa Lely France apresenta o seu equipamento com o nome ASTRONAUT, sobre o qual dispõe de um vídeo que pode ser fornecido a eventuais interessados.

CAPÍTULO 3 ● INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO LEITEIRA Princípios Gerais Os esquemas que a seguir

CAPÍTULO 3 ● INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO LEITEIRA Princípios Gerais Os esquemas que a seguir se apresentam, adaptadas e traduzidos da publicação VMS (Voluntary Milking) De. Laval dão ideia da complexidade do equipamento que constitui o ROBOT e as respectivas funções de cada um dos seus componentes (fig. 3. 1 a 3. 5). Figura 3. 1 - O robot da De. Laval O VMS (modelo da De. Laval) é um robot de ordenha evolutiva de uma nova geração É uma solução compacta concebida para trazer maior conforto e bem estar ao rebanho. Esta solução permite uma ordenha mais rápida, sem prejudicar a qualidade do leite.

CAPÍTULO 3 ● INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO LEITEIRA Princípios Gerais Figura 3. 2 - Ordenha

CAPÍTULO 3 ● INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO LEITEIRA Princípios Gerais Figura 3. 2 - Ordenha por quarto, mede o débito, a produção e a condutividade por quarto. Figura 3. 4 - A tetina de lavagem dos tetos assegura a lavagem, através de jactos de água morna e ar que estimulam e secam os tetos. Figura 3. 3 - Limpeza das tetinas. Lavagem e desinfecção interior e exterior das tetinas após cada vaca ser ordenhada. Figura 3. 5 - Braço multifuncional. Inclui a tetina de lavagem, coloca as tetinas nos tetos, sustenta-os durante a ordenha e desinfecta no final.

CAPÍTULO 3 ● INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO LEITEIRA Modo Operatório A filosofia subjacente a este

CAPÍTULO 3 ● INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO LEITEIRA Modo Operatório A filosofia subjacente a este novo processo de ordenha (ordenha voluntária), implica a total liberdade das vacas se deslocarem á ordenha, quando o desejarem. Tal varia de vaca para vaca, podendo atingir as 4 ordenhas, mas situando-se em média ao longo da lactação entre 2, 8 a 3, 2 ordenhas. É assim fundamental que sejam criados ao nível do estábulo, as melhores condições de espaço e de acesso ao robot para que os animais se sintam confortavelmente atraídos pela operação pelo que, a existência de bebedouros e comedouros é fundamental. O esquema da figura 3. 6 a seguir apresentado retirado da informação que nos chegou da De. Laval Espanhola, revela a organização que deve presidir ao nível do estábulo nomeadamente prevendo o trânsito em redor do equipamento.

CAPÍTULO 3 ● INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO LEITEIRA Esquema da Organização do Estábulo A) Porta

CAPÍTULO 3 ● INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO LEITEIRA Esquema da Organização do Estábulo A) Porta Anti-Retorno Facilita a utilização e permanência no VMS e regulariza o trânsito em redor do VMS. B) Porta Separadora Isolamento das vacas a tratar, Efectuado pelo VMS. Ganho de tempo e menor stress para as vacas. C) Porta Inteligente Assegura melhor tráfego por vaca e por dia, maior regularidade facilitando ao mesmo tempo o acesso à manjedooura.

CAPÍTULO 3 ● INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO LEITEIRA Vantagens e Custos do Sistema A robotização

CAPÍTULO 3 ● INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO LEITEIRA Vantagens e Custos do Sistema A robotização da ordenha, como sistema de ordenha voluntária trás grandes vantagens, particularmente no que respeita ao conforto dos animais e á menor existência de mão de obra. Também no que respeita à Qualidade do leite, pela eficácia e cuidado com que a operação é feita, pode verificar-se também uma significativa melhoria. Também o aumento da produção, pelo facto de se realizarem em média mais ordenhas, pode ter algum significado, atingindo por vezes valores da ordem dos 15%. É, porém, um equipamento dispendioso, cujo investimento deve ser, por isso mesmo, cuidadosamente ponderado, além de que deve ter sempre presente a necessidade duma boa assistência técnica para ocorrência de situação de avarias, muito embora o empenhamento esteja concebido para as reduzir ao máximo.

CAPÍTULO 3 ● INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO LEITEIRA Adaptação dos Animais e Tempo de Trabalho

CAPÍTULO 3 ● INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO LEITEIRA Adaptação dos Animais e Tempo de Trabalho O trabalho prévio de adaptação das vacas ao robot pode ser feito de diversas maneiras. Assim, na opinião de alguns agricultores, as vacas só devem entrar no robot no próprio dia do parto e logo após a sua ocorrência. Para outros agricultores, é conveniente começar essa adaptação alguns dias antes do parto (por vazes mesmo algumas semanas), incentivando as vacas a passar pelo equipamento através da disponibilidade de alimento concentrado. O tempo de trabalho gasto na assistência à ordenha robotizada, deve ser contabilizado, porque a presença humana, embora em tarefas muito diferentes é necessária. Estudos realizados pela empresa LELY com o seu equipamento ASTRONAUT, chegaram à conclusão que o produtor não necessita em média mais de 30 minutos por dia para assistência ao respectivo equipamento.

CAPÍTULO 4 ● GESTÃO DE EFLUENTES NAS EXPLORAÇÕES LEITEIRAS Índice do Capítulo CAPÍTULO 4

CAPÍTULO 4 ● GESTÃO DE EFLUENTES NAS EXPLORAÇÕES LEITEIRAS Índice do Capítulo CAPÍTULO 4 GESTÃO DE EFLUENTES NAS EXPLORAÇÕES LEITEIRAS : : Justificação; : : Quantificação e caracterização dos chorumes; : : Valor fertilizante dos chorumes; : : Gestão de efluentes;

CAPÍTULO 4 ● GESTÃO DE EFLUENTES NAS EXPLORAÇÕES LEITEIRAS Justificação : : Intensificação dos

CAPÍTULO 4 ● GESTÃO DE EFLUENTES NAS EXPLORAÇÕES LEITEIRAS Justificação : : Intensificação dos sistemas de produção leiteira; : : Acumulação de grandes quantidades de dejectos; : : Dificuldade de os utilizar completamente, ou reciclar, a nível da exploração; : : Necessidade de atenuação dos impactos ambientais negativos que o sector origina; : : Necessidade de armazenar, tratar e utilizar os dejectos (chorumes) em condições de segurança.

CAPÍTULO 4 ● GESTÃO DE EFLUENTES NAS EXPLORAÇÕES LEITEIRAS Quantificação e Caracterização dos Chorumes

CAPÍTULO 4 ● GESTÃO DE EFLUENTES NAS EXPLORAÇÕES LEITEIRAS Quantificação e Caracterização dos Chorumes : : A quantidade de chorumes produzidos depende do sistema de exploração; : : Valores médios de referência: 18 -23 m 3 de chorume, veiculando 120 -150 kg de azoto, por vaca e por ano; : : O tratamento dos chorumes facilita o seu aproveitamento diminuindo os riscos ambientais; : : A acidificação e a contaminação dos solos por nitratos, potássio, fósforo e outros elementos deve ser controlada; : : O risco de contaminação das águas por nitratos deve ser suprimido; : : O desenvolvimento de maus cheiros e a ocorrência de moscas e outros insectos nocivos deve ser atenuado.

CAPÍTULO 4 ● GESTÃO DE EFLUENTES NAS EXPLORAÇÕES LEITEIRAS Valor Fertilizante dos Chorumes :

CAPÍTULO 4 ● GESTÃO DE EFLUENTES NAS EXPLORAÇÕES LEITEIRAS Valor Fertilizante dos Chorumes : : Fonte de nutrientes para as plantas; : : Corrector orgânico para os solos; : : Possível fonte de contaminação microbiológica do meio; : : Aplicação oportuna e rápida penetração no solo atenuam perdas e riscos ambientais; : : Considerações sobre as características físico-químicas dos chorumes e o seu valor fertilizante; : : Influência das técnicas de aplicação.

CAPÍTULO 4 ● GESTÃO DE EFLUENTES NAS EXPLORAÇÕES LEITEIRAS Gestão dos Efluentes : :

CAPÍTULO 4 ● GESTÃO DE EFLUENTES NAS EXPLORAÇÕES LEITEIRAS Gestão dos Efluentes : : Separação das fracções sólida e líquida; : : Equipamentos mecânicos de separação; : : Tratamentos da fracção líquida; : : Tratamentos da fracção sólida; : : Tratamentos dos efluentes a nível das explorações (aspectos recapitulativos).

CAPÍTULO 5 ● PREVENÇÃO E COMBATE DE DOENÇAS DE PLANTAS POR VIA BIOLÓGICA Índice

CAPÍTULO 5 ● PREVENÇÃO E COMBATE DE DOENÇAS DE PLANTAS POR VIA BIOLÓGICA Índice do Capítulo CAPÍTULO 5 PREVENÇÃO E COMBATE DE DOENÇAS DE PLANTAS POR VIA BIOLÓGICA : : O combate a fungos e outros parasitas da raiz das plantas; : : Cuidados na aplicação; : : Doses de aplicação; : : Controlo biológico; : : Modo de acção. : : A solarização; : : Prejuízos em espécies de grande importância económica; : : As razões práticas da aplicação de fungos antagonistas;

CAPÍTULO 5 ● PREVENÇÃO E COMBATE DE DOENÇAS DE PLANTAS POR VIA BIOLÓGICA O

CAPÍTULO 5 ● PREVENÇÃO E COMBATE DE DOENÇAS DE PLANTAS POR VIA BIOLÓGICA O combate a Fungos e Outros Parasitas da Raíz das Plantas Os estragos provocados por fungos e outros parasitas de raiz podem ser extremamente importantes. Os meios de luta por via química têm-se revelado em muitos casos ineficazes. A infecção das raízes por fungos do género Trichoderma spp pode, em certos casos, ser um meio de luta e de controlo por via biológica.

CAPÍTULO 5 ● PREVENÇÃO E COMBATE DE DOENÇAS DE PLANTAS POR VIA BIOLÓGICA Controlo

CAPÍTULO 5 ● PREVENÇÃO E COMBATE DE DOENÇAS DE PLANTAS POR VIA BIOLÓGICA Controlo Biológico Controlo biológico pode ser definido como a utilização de inimigos biológicos naturais no controlo a pestes. Pretende-se, por esta via, a manipulação activa de organismos antagonistas no sentido de reduzir a densidade populacional das pestes, para níveis não significativos. A técnica que se pretende introduzir, baseia-se na possibilidade de encontrar fungos antagonistas que possam infectar as raízes das plantas e destruir os micelios dos agentes causadores das doenças.

CAPÍTULO 5 ● PREVENÇÃO E COMBATE DE DOENÇAS DE PLANTAS POR VIA BIOLÓGICA A

CAPÍTULO 5 ● PREVENÇÃO E COMBATE DE DOENÇAS DE PLANTAS POR VIA BIOLÓGICA A Solarização Entre outros, a solarização é um meio de luta cultural utilizada no combate aos inimigos das culturas, que são veiculadas pelo solo. A elevação dos valores das temperaturas que se verificam no solarizado, atingindo valores sub-letais e letais para os propágulos dos agentes fitopatogénicos e sementes de infestantes, constitui a causa directa de destruição daqueles inimigos. É porém, um método impraticável em grandes áreas, sendo porém bastante eficaz ao nível de viveiros ou de pequenas áreas.

CAPÍTULO 5 ● PREVENÇÃO E COMBATE DE DOENÇAS DE PLANTAS POR VIA BIOLÓGICA Prejuízos

CAPÍTULO 5 ● PREVENÇÃO E COMBATE DE DOENÇAS DE PLANTAS POR VIA BIOLÓGICA Prejuízos em Espécies de Grande Importância Económica Nas fruteiras e na vinha, além de outras espécies, os prejuízos causados ao nível da raiz ou do colo podem ser altamente significativos, para não falar também nas chamadas doenças do lenho. São de salientar o caso da Nogueira (Phytophthora spp), castanheiros – a conhecida doença da tinta (Phytophthora cinnamoni) e nas vinhas os estragos causados na raiz pelos fungos (Armillaria mellea e Rosellinia necatrix). É evidente que o caminho mais eficaz para domínio destas doenças, deve ser o melhoramento genético, mas temos que ter a noção de que em geral esses trabalhos são demorados e muito exigentes. Entretanto há que buscar outras soluções, mesmo que não totalmente eficazes, que ajudem a resolver problemas que praticamente inviabilizam certas culturas.

CAPÍTULO 5 ● PREVENÇÃO E COMBATE DE DOENÇAS DE PLANTAS POR VIA BIOLÓGICA As

CAPÍTULO 5 ● PREVENÇÃO E COMBATE DE DOENÇAS DE PLANTAS POR VIA BIOLÓGICA As Razões Práticas da Aplicação de Fungos Antagonistas Algumas estirpes de fungos têm a capacidade de colonizar e crescer nas raízes enquanto se desenvolvem. Essas estirpes podem ser adicionadas ao solo ou às sementes por qualquer método. Uma vez entrando em contacto com as raízes elas colonizam a superfície da raíz ou cortex dependendo da estirpe. Sendo assim, se adicionadas como tratamento de sementes, as melhores estirpes irão colonizar as superfícies das raízes mesmo que estas estejam a uma profundidade de 1 metro ou mesmo mais e podem persistir em número significativo até 18 meses após a sua aplicação. No entanto, nem todas as estirpes têm essa capacidade.

CAPÍTULO 5 ● PREVENÇÃO E COMBATE DE DOENÇAS DE PLANTAS POR VIA BIOLÓGICA Cuidados

CAPÍTULO 5 ● PREVENÇÃO E COMBATE DE DOENÇAS DE PLANTAS POR VIA BIOLÓGICA Cuidados na Aplicação O produto TRIANUM G, fabricado pela empresa Koppert Biological System, sediada na Holanda e comercializada em Portugal pela empresa CAMPOESTE - Torres Vedras, é um produto promotor do crescimento que contém esporos de fungo Trichoderma harzianum. É apresentado em cubos de plástico de 10 litros contendo 5 kg de grânulos, ou então em sacos de papel contendo 18 kg dos mesmos grânulos. Recomenda-se que deve ser mantido em local seguro, fora do alcance de crianças e separadamente de alimentos e bebidas em local fresco e seco. Recomenda-se ainda que durante a sua aplicação o operador não deve comer, beber, nem fumar e deve munir-se do uso de máscara, luvas e roupa protectora.

CAPÍTULO 5 ● PREVENÇÃO E COMBATE DE DOENÇAS DE PLANTAS POR VIA BIOLÓGICA Doses

CAPÍTULO 5 ● PREVENÇÃO E COMBATE DE DOENÇAS DE PLANTAS POR VIA BIOLÓGICA Doses da Aplicação Aplicar 750 g por m 3 de substracto quando se aplica pela 1. ª vez. Se houver aplicações regulares de TRIANUM-G deve reduzir-se para uma dose de aplicação de 75 g/m 3 de substracto promovendo uma distribuição uniforme por todo o substracto. O TRIANUM-G desenvolve-se bem dentro duma amplitude bastante grande de temperaturas (10 – 34ºC) e também com um p. H de 4 – 8, na maioria dos diferentes tipos de solos e sobre as raízes de uma grande variedade de culturas. É compatível com a maioria dos fertilizantes químicos, fungicidas, fertilizantes líquidos, insecticidas e acaricidas.

CAPÍTULO 5 ● PREVENÇÃO E COMBATE DE DOENÇAS DE PLANTAS POR VIA BIOLÓGICA Modo

CAPÍTULO 5 ● PREVENÇÃO E COMBATE DE DOENÇAS DE PLANTAS POR VIA BIOLÓGICA Modo de Acção Como se referiu, o TRIANUM-G aumenta a resistência das plantas em relação a algumas doenças e pragas e aumenta ainda a absorção dos nutrientes. Pode assim favorecer o crescimento das raízes e da parte aérea das plantas e ainda, pela germinação dos seus esporos, pode parasitar as raízes das plantas evitando assim o desenvolvimento de agentes patogénicos no solo. Também, em certos casos, pode ele próprio parasitar os próprios fungos patogénicos. Pode ser espalhado no solo, através de pulverizador ou cisterna, de modo o mais uniformemente possível. Uma escaraficação cruzada com os sulcos o mais próximo uns dos outros, pode ser uma via técnica para assegurar essa distribuição. É de referir que há ainda muito pouca experiência no país quanto a esta técnica. Alguns agricultores estão iniciando a sua aplicação, embora ainda sem resultados palpáveis em muitos casos.

CAPÍTULO 6 ● NOVAS TÉCNICAS DE CONTROLO DE DOENÇAS NAS ÁRVORES Índice do Capítulo

CAPÍTULO 6 ● NOVAS TÉCNICAS DE CONTROLO DE DOENÇAS NAS ÁRVORES Índice do Capítulo CAPÍTULO 6 NOVAS TÉCNICAS NO CONTROLO DE DOENÇAS DAS ÁRVORES : : O injector de árvores; : : Esquema do injector de árvores; : : A Phytophthora; : : Como actua o injector de árvores; : : Instruções para aplicação do método; : : Algumas notas finais sobre o “injector de árvores”.

CAPÍTULO 6 ● NOVAS TÉCNICAS DE CONTROLO DE DOENÇAS NAS ÁRVORES O Injector de

CAPÍTULO 6 ● NOVAS TÉCNICAS DE CONTROLO DE DOENÇAS NAS ÁRVORES O Injector de Árvores Esta técnica, pretende – tal como referimos anteriormente – prevenir ou tratar algumas doenças do lenho ou da raiz, como aquelas que ocorrem em várias espécies de marcada importância económica, entre elas no castanheiro (Phytophthora cinnamoni), na nogueira (Phytophthora spp), no pessegueiro e na ameixieira – o conhecido “mal de chumbo, (Stereum purpureum). É evidente que devem continuar a ser recomendados cuidados culturais preventivos que, a serem cuidadosa e repetidamente aplicados, podem ir controlando algumas doenças. A nova técnica que aqui se apresenta, se bem que ainda muito pouco testado no nosso país – a que podemos chamar, em tradução livre “injector de árvores” pode ser uma alternativa interessante para a prevenção e/ou combate a doenças para os quais os métodos convencionais se têm mostrado ineficazes.

CAPÍTULO 6 ● NOVAS TÉCNICAS DE CONTROLO DE DOENÇAS NAS ÁRVORES Esquema de Injector

CAPÍTULO 6 ● NOVAS TÉCNICAS DE CONTROLO DE DOENÇAS NAS ÁRVORES Esquema de Injector de Árvores Injector da marca Chem. Jet Trading. Legenda: 1 – Pega 2 – Sistema de montagem 3 – Câmara com marcação de volume 5, 10, 15 e 20 ml. 4 – Extremidade que vai penetrar na árvore e de saída da solução (a) Sistema de segurança

CAPÍTULO 6 ● NOVAS TÉCNICAS DE CONTROLO DE DOENÇAS NAS ÁRVORES A Phytophthora Uma

CAPÍTULO 6 ● NOVAS TÉCNICAS DE CONTROLO DE DOENÇAS NAS ÁRVORES A Phytophthora Uma das doenças que mais estragos provoca em várias espécies fruteiras, nomeadamente no castanheiro e na nogueira é a Phytophthora. O que é a Phytophthora? É uma doença oriunda do Sudoeste da Ásia. É um fungo de raiz que pode atacar e provocar a morte de numerosas espécies de grande importância económica. Refira-se o caso particular do castanheiro no nosso país, a vulgar Tinta , que é provocada pela espécie Phytophthora cinnamoni. Desenvolve-se geralmente em zonas: : : Onde a pluviosidade é superior a 500 mm; : : Em condições de humidade entre 15 – 30ºC; : : Em solos pobres em nutrientes e matéria orgânica e de textura ligeira; : : p. H neutro; : : Com dificuldades de drenagem; : : Presença de plantas susceptíveis de infecção.

CAPÍTULO 6 ● NOVAS TÉCNICAS DE CONTROLO DE DOENÇAS NAS ÁRVORES Como Actua o

CAPÍTULO 6 ● NOVAS TÉCNICAS DE CONTROLO DE DOENÇAS NAS ÁRVORES Como Actua o Injector de Árvores A tecnologia do emprego do “injector de árvores” pode ser, de algum modo, comparável ao sistema de circulação de sangue no corpo humano. O “injector de árvores” permite lançar o fluido na seiva da planta e levá-lo às áreas de tecidos afectados ou a proteger. Tal é atingido debaixo duma leve pressão dada pela mola existente na seringa. A injecção com grande pressão pode danificar as células e prejudicar a circulação da seiva impedindo que o produto químico alcance as áreas dos tecidos afectados. Pode ainda ser contraproducente uma vez que o produto químico pode ser forçado na árvore quando esta não está pronta para o absorver.

CAPÍTULO 6 ● NOVAS TÉCNICAS DE CONTROLO DE DOENÇAS NAS ÁRVORES Instruções para Aplicação

CAPÍTULO 6 ● NOVAS TÉCNICAS DE CONTROLO DE DOENÇAS NAS ÁRVORES Instruções para Aplicação do Método Deve ser aplicado no tronco e ramos de espessura superior a 50 mm. Previamente devem ser feitos o número apropriado de furos na árvore com uma verruma de 4, 2 mm (figura) e os furos devem ter 30 a 50 mm de profundidade. De seguida introduz-se o produto químico específico para a doença a combater ou prevenir, puxando o embolo até ao volume de produto indicado com a mão direita enquanto a mão esquerda segura o injector girando depois ½ para a direita para prender na segurança. Após o injector estar bem seguro no furo, libertar o embolo da segurança para que a mola deixe a solução entrar na árvore. A injecção completa deverá demorar cerca de 5 – 25 minutos. Se a injecção se tornar lenta, deixar o injector na árvore para o dia seguinte.

CAPÍTULO 6 ● NOVAS TÉCNICAS DE CONTROLO DE DOENÇAS NAS ÁRVORES Algumas Notas Finais

CAPÍTULO 6 ● NOVAS TÉCNICAS DE CONTROLO DE DOENÇAS NAS ÁRVORES Algumas Notas Finais Sobre o “Injector de Árvores” Para determinar o número aconselhável de injecções, o produto a utilizar e as quantidades e concentrações a usar, seguir as instruções do fabricante. Seguindo este mesmo princípio de injecção na árvore, existe comercialmente outro tipo de injectores comercializados pela empresa Sidewinder Tree Injectors, que consiste num berbequim que incorpora todas as fases do método, ou seja, a perfuração com broca, a injecção e tem ainda a particularidade de tapar os furos com fichas plásticas que evita qualquer contacto com o produto adicionado. Não há, ao que julgamos saber, experiências em Portugal sobre este método. Sabe-se, porém, de bons resultados obtidos no controlo á Phyphophtora cinnamoni, na Austrália na espécie Eucalyptus marginata.

CAPÍTULO 7 ● USO DE LEVEDURAS ENCAPSULADAS EM ENOLOGIA Índice do Capítulo CAPÍTULO 7

CAPÍTULO 7 ● USO DE LEVEDURAS ENCAPSULADAS EM ENOLOGIA Índice do Capítulo CAPÍTULO 7 USO DE LEVEDURAS ENCAPSULADAS EM ENOLOGIA : : Vantagens da utilização do método; : : Prática de utilização; : : Uso de leveduras encapsuladas em enologia; : : Leveduras encapsuladas o que são? : : Alguns dados de acidez na região dos vinhos verdes; : : Utilização de leveduras encapsuladas para o fabrico de espumantes; : : Vantagens e o modo de aplicação; : : Prevenções a ter em conta. : : Princípios gerais para aplicação da Schyzosaccharomyces Pombe na desadificação de vinhos;

CAPÍTULO 7 ● USO DE LEVEDURAS ENCAPSULADAS EM ENOLOGIA Uso de Leveduras Encapsuladas em

CAPÍTULO 7 ● USO DE LEVEDURAS ENCAPSULADAS EM ENOLOGIA Uso de Leveduras Encapsuladas em Enologia A Redução da acidez dos vinhos por via biológica, recorrendo à utilização de leveduras encapsuladas do género Schizosaccharomyces pombe, é uma nova tecnologia, a aplicar durante a fermentação ou mesmo mais tarde nos vinhos, pelo facto de, através dela, se conseguir reduzir, ao nível desejado, o ácido málico existente nos vinhos. Também é possível utilizar leveduras encapsuladas para produzir espumantes realizando a 2. ª fermentação evitando a etapa de removimento. Neste caso a levedura utilizada é a Saccharomyces bayanus. A necessidade de redução da acidez fixa, em certos anos e em particular em certas regiões, é hoje uma necessidade indiscutível para corresponder à s exigências do consumidor, que cada vez mais deseja vinhos macios, rejeitando claramente os vinhos mais ácidos.

CAPÍTULO 7 ● USO DE LEVEDURAS ENCAPSULADAS EM ENOLOGIA Leveduras Encapsuladas o que são?

CAPÍTULO 7 ● USO DE LEVEDURAS ENCAPSULADAS EM ENOLOGIA Leveduras Encapsuladas o que são? Consiste em reduzir microorganismos numa matriz de um polímero semirígido de alginato de cálcio permeável às trocas de substratos e metabolitos entre o meio e os microorganismos. O alginato de cálcio é um produto natural extraído de algas marinhas. É caracterizado pela sua capacidade de gelificar em presença de cloreto de cálcio, transportando-se em alginato de cálcio. A desidratação das leveduras imobilizadas permite aumentar significativamente o seu tempo de conservação. O produto resultante, de transporte e aplicação mais fáceis, apresenta-se sob a forma de esferas com cerca de 2 mm de diâmetro em estado seco.

CAPÍTULO 7 ● USO DE LEVEDURAS ENCAPSULADAS EM ENOLOGIA Alguns Dados de Acidez na

CAPÍTULO 7 ● USO DE LEVEDURAS ENCAPSULADAS EM ENOLOGIA Alguns Dados de Acidez na Região dos Vinhos Verdes Na região dos vinhos verdes, em particular, é muito frequente o aparecimento de vinhos muito ácidos, em particular em certos anos, em certas castas e também quando a instalação da vinha e/ou as técnicas de maneio não são as mais aconselháveis. Para contrariar este excesso de acidez, a técnica frequentemente utilizada, baseia-se na aplicação de bicarbonato de potássio durante o processo fermentativo ou mais tarde no próprio vinho ou ainda a indução da fermentação malolática por bactérias seleccionadas ou finalmente o consumo de ácido málico com bactérias lácticas. No caso particular da redução do ácido tartárico pela aplicação de bicabornato de potássio nem sempre se consegue obter a redução desejada. Nos vinhos verdes, a casta vinhão (nos tintos) e a casta Loureiro, em certos anos apresentam-se de tal modo com acidez elevada que se torna imprescindível reduzi-la.

CAPÍTULO 7 ● USO DE LEVEDURAS ENCAPSULADAS EM ENOLOGIA Princípios Gerais para a Aplicação

CAPÍTULO 7 ● USO DE LEVEDURAS ENCAPSULADAS EM ENOLOGIA Princípios Gerais para a Aplicação da Schyzosaccharomyces Pombe na Desadificação de Vinhos Conhecem-se 4 espécies de leveduras do género Schizosaccharomyces: japonicus, octosporus, malilevoraus e pombe, que quando colocadas num mosto em início ou já em fermentação ou mesmo no vinhão, são capazes de provocar o consumo do ácido málico, convertendo-o em etanol e dióxido de carbono, consumo esse a um nível superior ao obtido através da conhecida fermentação maloláctica. Dessas 4 espécies a Schizosaccharomyces pombe revelou-se ser capaz de provocar a fermentação malo-alcoólica antes da fermentação alcoólica, em simultâneo com ela ou mesmo já com vinho elaborado. Porém, a aplicação da referida levedura poderia provocar gostos indesejáveis, pelo que se aplica protegida por gel de alginato de cálcio utilizados desidratados dentro de sacos de nylon que se introduzem pelas bocas das cubas e que permitem a livre actuação no seio do mosto nas cubas ou do vinho graças à dimensão dos poros dos referidos sacos (2 microns de diâmetro) mas que impedem a sua saída após a realização no mosto das uvas ou no vinho.

CAPÍTULO 7 ● USO DE LEVEDURAS ENCAPSULADAS EM ENOLOGIA Vantagem da Utilização do Método

CAPÍTULO 7 ● USO DE LEVEDURAS ENCAPSULADAS EM ENOLOGIA Vantagem da Utilização do Método Recomenda-se que ao nível da exploração vitivinícola, a evolução da acidez na uva vá sendo monitorizada, para dentro do possível, ser decidida a data mais correcta da vindima. Em particular na região dos vinhos verdes, em nosso entendimento, a decisão, se bem tomada, pode ser fundamental, quanto aos aspectos fundamentais ligados ao álcool possível e á acidez fixa. Tendo em vista a acidez fixa, poderá ser ou não decidida a necessidade de correcção da acidez e a que níveis. A desacidificação por via biológica com a utilização de leveduras encapsuladas de Schizosaccharomyces pombe é uma prática que pode ajudar a resolver o problema. No caso particular da região dos vinhos verdes, nos últimos 2 anos, em várias explorações em que se procedeu à desacidificação biológica nos mostos, revelou-se suficiente fazer essa operação em apenas 20% dos referidos mostos, procedendo-se depois à lotação dos vinhos que se revelaram excessivamente ácidos e como tal tinham necessidade de ser corrigidos.

CAPÍTULO 7 ● USO DE LEVEDURAS ENCAPSULADAS EM ENOLOGIA Prática de Utilização A Empresa

CAPÍTULO 7 ● USO DE LEVEDURAS ENCAPSULADAS EM ENOLOGIA Prática de Utilização A Empresa Proenol –Indústria Biotecnológica, Lda – com sede em V. N. de Gaia, tem sido pioneira em Portugal na preparação destas leveduras, comercializa um produto denominado PRO-MALIC que, sobre a sua aplicação se fazem as seguintes recomendações: : : Quantidade de aplicação – 500 g/pipa de 500 litros; : : A quantidade a aplicar deve ser introduzida dentro dum saco apropriado que a empresa fornece, fechando-se de seguida; : : De seguida preparar uma solução açucarada empregando por cada quilograma de PRO-MALIC – 5 L de água a 35 -37ºC e 200 g de açúcar; : : Introduzir o saco nessa solução açucarada onde deve permanecer durante cerca de 4 horas (para o caso de aplicação no mosto).

CAPÍTULO 7 ● USO DE LEVEDURAS ENCAPSULADAS EM ENOLOGIA Prática de Utilização Ao fim

CAPÍTULO 7 ● USO DE LEVEDURAS ENCAPSULADAS EM ENOLOGIA Prática de Utilização Ao fim desse tempo o saco deve ser retirado e se a diferença entre a temperatura da solução e a do mosto for inferior a 10ºC, o saco pode ser introduzido no mosto através do bocal da cuba e preso por um fio resistente. Se a diferença for superior será conveniente adicionar à solução água fria suficiente para que essa diferença baixe para menos de 10ºC para evitar um choque térmico que pode prejudicar o trabalho das leveduras. Deve ser verificado se o saco penetra na totalidade, se tal não acontecer deverá ser introduzido no saco um peso inócuo para o vinho e que obrigue o saco a mergulhar na totalidade. As leveduras encapsuladas podem permanecer durante toda a fermentação nas cubas, tudo dependendo da redução que se pretende obter da acidez fixa como antes se referiu. Aconselha-se, por isso, uma monitorização da acidez fixa para que a decisão a tomar quanto à altura de retirada do saco esteja de acordo com a acidez que se pretende obter no mosto ou no vinho. As leveduras também podem ser aplicadas nos vinhos, visto que resistem a níveis de sulfuroso livre de cerca de 30 mg/L e ao álcool existente.

CAPÍTULO 7 ● USO DE LEVEDURAS ENCAPSULADAS EM ENOLOGIA Utilização de Leveduras Encapsuladas para

CAPÍTULO 7 ● USO DE LEVEDURAS ENCAPSULADAS EM ENOLOGIA Utilização de Leveduras Encapsuladas para o Fabrico de Espumantes Com esta tecnologia pretende-se produzir espumantes, substituindo a adição de leveduras livres por leveduras encapsuladas para a realização da 2. ª fermentação, evitando a etapa de removimento (o conhecido remuage). A tecnologia consiste na incorporação no seio do vinho, depois de convenientemente preparado para o efeito, nomeadamente no que respeita à dose de SO 2 livre, de leveduras do género Saccharomyces devidamente desidratadas protegidas por uma matriz de um polímero permeável à troca de substratos e metabolitos entre o meio e os microorganismos (leveduras encapsuladas). A Empresa Proenol, tem desenvolvido essa tecnologia à escala industrial, apresentando o produto PRO ELIF em forma de pequenas esferas em que as leveduras (Saccharomyces bayanus) estão imobilizadas em alginato e desidratadas para inoculação directa. Essas esferas de diâmetro médio de 2 mm, são a resultante da encapsulação da levedura em alginato de cálcio, depois de devidamente desidratadas.

CAPÍTULO 7 ● USO DE LEVEDURAS ENCAPSULADAS EM ENOLOGIA Vantagens e Modo de Aplicação

CAPÍTULO 7 ● USO DE LEVEDURAS ENCAPSULADAS EM ENOLOGIA Vantagens e Modo de Aplicação Através desta tecnologia pode evitar-se a sempre demorada etapa de removimento dos vinhos, pois que as leveduras imobilizadas introduzidas, como tem uma densidade sujeita à densidade do vinho, caem rapidamente para o gargalo da garrafa depois de invertida, permitindo a remoção rápida das leveduras concentradas no respectivo gargalo. A sua aplicação deve obedecer a normas rigorosas para que se obtenham os resultados desejados. Dose de aplicação – 1, 5 g/garrafa de PRO ELIF, introduzindo as esferas na garrafa antes ou depois do enchimento, antes ou depois da introdução do açúcar no vinho para 2ª fermentação. Após a aplicação do açúcar, das leveduras e eventualmente de nutrientes da fermentação, as garrafas devem ser fechadas por cápsula apropriada e permanecerem em seguida, durante 6 – 7 meses, a uma temperatura entre 10 – 15 ºC para que se realize a respectiva fermentação. Após esse tempo e controlado o nível de fermentação, as garrafas são invertidas, caindo para o gargalo as esferas, sendo facilmente retiradas por um método de refrigeração do gargalo. Seguem-se as operações finais de eventual acerto de açúcar e finalmente as operações de introdução da rolha e respectivo arame protector e finalmente a cápsula e respectivos rótulos.

CAPÍTULO 7 ● USO DE LEVEDURAS ENCAPSULADAS EM ENOLOGIA Prevenções a ter em Conta

CAPÍTULO 7 ● USO DE LEVEDURAS ENCAPSULADAS EM ENOLOGIA Prevenções a ter em Conta : : O vinho deve ter características que permita uma estabilidade tartárica e proteica; : : Deve ser previamente filtrado através de uma membrana de 0, 4 m. ; : : Não deve apresentar mais de 15 mg de SO 2 livre e menos de 80 mg/L de cálcio; : : Segundo recomendação do fabricante, as embalagens devem ser conservadas a uma temperatura entre 2 – 4ºC; : : Após a abertura da embalagem o produto deve ser aplicado imediatamente.

CAPÍTULO 8 ● A ERVA NA ALIMENTAÇÃO DO PORCO BÍSARO Índice do Capítulo CAPÍTULO

CAPÍTULO 8 ● A ERVA NA ALIMENTAÇÃO DO PORCO BÍSARO Índice do Capítulo CAPÍTULO 8 A ERVA NA ALIMENTAÇÃO DO PORCO BÍSARO : : Objectivos; : : Os porcos e a erva; : : A erva e as silagens; : : Os porcos e os seus produtos; : : Cabanas para porcos; : : Conclusões gerais; : : Inovações tecnológicas.

CAPÍTULO 8 ● A ERVA NA ALIMENTAÇÃO DO PORCO BÍSARO Objectivos : : Criar

CAPÍTULO 8 ● A ERVA NA ALIMENTAÇÃO DO PORCO BÍSARO Objectivos : : Criar modelos de utilização de alimentos de baixo custo produzidos na exploração; : : Avaliar as fases de desenvolvimento dos porcos em que este tipo de alimentos possa ser utilizado com ganhos económicos; : : Criar alternativas interessantes ao porco industrial do ponto de vista do ambiente, da qualidade da carne e do bem-estar animal; : : Criar alternativas às explorações leiteiras familiares e de pequena dimensão, reconvertendo-as para sistemas de produção de carne de porco com aproveitamento quase integral dos seus recursos.

CAPÍTULO 8 ● A ERVA NA ALIMENTAÇÃO DO PORCO BÍSARO Os Porcos e a

CAPÍTULO 8 ● A ERVA NA ALIMENTAÇÃO DO PORCO BÍSARO Os Porcos e a Erva O consumo de erva pelos porcos sempre foi prática corrente em Portugal antes da introdução dos sistemas intensivos. O estudo da utilização das forragens verdes e conservadas (particularmente silagens) por suínos está a suscitar interesse crescente, em especial nos países do centro e do norte da Europa. A sustentabilidade dos sistemas produtivos, a defesa do ambiente, a resposta às preferências dos consumidores, a adaptação a exigências legais crescentes por parte da União Europeia são algumas das razões que justificam estes estudos.

CAPÍTULO 8 ● A ERVA NA ALIMENTAÇÃO DO PORCO BÍSARO Os Porcos e a

CAPÍTULO 8 ● A ERVA NA ALIMENTAÇÃO DO PORCO BÍSARO Os Porcos e a Erva Alguns dos estudos que devem ser aprofundados são: : : tipos de forragens a utilizar; : : épocas mais favoráveis de corte e de utilização; : : técnicas de conservação da erva, nomeadamente por ensilagem; : : mistura com alimentos produzidos localmente; : : efeito da dieta sobre o desempenho reprodutivo ou o crescimento, o rendimento da carcaça e a qualidade da carne.

CAPÍTULO 8 ● A ERVA NA ALIMENTAÇÃO DO PORCO BÍSARO A Erva e as

CAPÍTULO 8 ● A ERVA NA ALIMENTAÇÃO DO PORCO BÍSARO A Erva e as Silagens Na região de Entre Douro e Milho (onde se situa o estudo em que versa este capítulo) é usual utilizar-se a erva em alimentação animal, sob a forma conservada, em particular como silagem. Quais as espécies forrageiras mais adequadas para a produção de silagens para alimentação de porcos? E quais as técnicas de ensilagem? Na região de Entre Douro e Minho as espécies que têm demonstrado maior capacidade de adaptação às condições agro-ecológicas da região e aos sistemas de exploração da terra são: de luzerna, trevo violeta, trevo encarnado, azevém e milho. As forragens, excepto o milho, devem ser utilizadas em fases muito jovens, com ligeira pré-secagem (aprox. 27% de matéria seca) e devem ser cortadas em troços muito curtos (aprox. 1 -2 cm) para fácil deglutição pelos porcos e para fácil mistura com outros alimentos. O milho deve ser ensilado com cerca de 35% de matéria seca, om o grão particamente formado e também em troços curtos. As silagens podem ser feitas em silos convencionais, em big-bales ou em mangas de plástico.

CAPÍTULO 8 ● A ERVA NA ALIMENTAÇÃO DO PORCO BÍSARO Os Porcos e os

CAPÍTULO 8 ● A ERVA NA ALIMENTAÇÃO DO PORCO BÍSARO Os Porcos e os seus Produtos A qualidade das silagens pode ser apreciada através do aumento de peso dos porcos e da composição das suas carcaças. Geralmente esta avaliação é realizada nos porcos com pesos vivos entre 50 -60 e os 100 kg para raças precoces e entre 70 a 115 -120 kg para os de raças autóctones. Os níveis de silagem a utilizar nas dietas podem atingir, sem quebras consideráveis de rendimentos, os 3035% da matéria seca total ingerida. A qualidade da carne é aferida pela determinação de parâmetros físicos, químicos e sensoriais. Estes parâmetros são geralmente avaliados sobre o músculo Longissimus dorsi.

CAPÍTULO 8 ● A ERVA NA ALIMENTAÇÃO DO PORCO BÍSARO Cabanas para Porcos Os

CAPÍTULO 8 ● A ERVA NA ALIMENTAÇÃO DO PORCO BÍSARO Cabanas para Porcos Os estudos realizados, no Entre Douro e Minho, tiveram como inovação a manutenção dos porcos em sistema camping, tal como é praticado noutros países com condições edafo-climáticas em certos aspectos menos favoráveis que as da região norte de Portugal, como por exemplo na Grã-Bretanha. Foram concebidas e construídas cabanas adaptadas ao tipo de animal e às condições climáticas.

CAPÍTULO 8 ● A ERVA NA ALIMENTAÇÃO DO PORCO BÍSARO Conclusões Gerais Os maiores

CAPÍTULO 8 ● A ERVA NA ALIMENTAÇÃO DO PORCO BÍSARO Conclusões Gerais Os maiores consumos de forragens pelos porcos observam-se com: : : Erva jovem, relativamente húmida (MS ≤ 27%), com teores baixos de fibra; : : Silagens de erva jovem e em troços curtos (≤ 0, 8 cm); : : Silagens de milho com teores elevados de amido, mas em troços curtos (≤ 0, 8 cm). Os ensaios mostraram ser possível alimentar porcos Bísaro, nas fases de acabamento (70 a 110 -115 kg) e de gestação, com até cerca de 1/3 de alimentos fibrosos na dieta, nomeadamente silagens de milho ou de erva, com ganhos económicos interessantes. A utilização de alimentos fibrosos na alimentação de porcos bísaro contribuiu para (i) uma imagem diferenciada dos produtos; (ii) alterações na composição da carcaça (carcaças mais magas) e (iii) alterações na qualidade e na aptidão tecnológica da carne.

CAPÍTULO 8 ● A ERVA NA ALIMENTAÇÃO DO PORCO BÍSARO Inovações Tecnológicas : :

CAPÍTULO 8 ● A ERVA NA ALIMENTAÇÃO DO PORCO BÍSARO Inovações Tecnológicas : : Construção de cabanas adaptadas a novos sistemas de exploração; : : Novas técnicas de ensilagem de alimentos fibrosos para porcos; : : Caracterização dos produtos e dos sistemas de produção para a certificação com IGP; : : Contribuição para a importância dos diferentes critérios de selecção do porco da raça Bísara, com destaque para os relacionados com a melhor utilização de alimentos fibrosos (forragens), em particular apetência e capacidade de ingestão.