MENINGOCOCCEMIA Elaine Cristina Rey Moura R 1 Pediatria

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MENINGOCOCCEMIA Elaine Cristina Rey Moura R 1 Pediatria – HRAS (2008) Orientador: Dr Bruno

MENINGOCOCCEMIA Elaine Cristina Rey Moura R 1 Pediatria – HRAS (2008) Orientador: Dr Bruno Vaz da Costa www. paulomargotto. com. br 7/5/2008

CASO CLÍNICO § § § Idade: 8 anos QP: Febre há 24 horas Relato

CASO CLÍNICO § § § Idade: 8 anos QP: Febre há 24 horas Relato do caso: Criança de 8 anos, com história de febre há 24 h, foi atendida por pediatra, que solicitou hemograma. Cerca de 2 h após, a criança retorna com outro pediatra. Pai relatava dor abdominal e em MMII. Ao exame: consciente, eupnéica, hipoativa, acianótica, com boa perfusão periférica, pulsos amplos e afebril (após administração de dipirona IM).

CASO CLÍNICO n n n AR, AC, oroscopia e otoscopia: sem alterações. Ausência de

CASO CLÍNICO n n n AR, AC, oroscopia e otoscopia: sem alterações. Ausência de sinais meníngeos. Presença de equimoses em MMII e poucas em tronco. Ausência de petéquias. Hemograma completo: 10. 800 leucócitos (20% bastões) e plaquetas: 86. 000/mm 3. Punção lombar: líquido normotenso e claro. Criança foi internada para observação, com hipótese diagnóstica de vasculite (PTI? Púrpura de Henoch Schoenlein? )

CASO CLÍNICO n Evolução: Cerca de 2 h após, paciente evoluiu com desorientação e

CASO CLÍNICO n Evolução: Cerca de 2 h após, paciente evoluiu com desorientação e coalescência das equimoses (em face). Após cerca de 1 h e 30 min, foi constatado o óbito.

DISCUSSÃO Púrpura + febre n HC: desvio à esq + trombocitopenia n HD: -

DISCUSSÃO Púrpura + febre n HC: desvio à esq + trombocitopenia n HD: - Púrpura de Henoch Schönlein? - Púrpura Trombocitopênica Idiopática? - Púrpura infecciosa? n

PÚRPURA DE HENOCH-SCHÖNLEIN n n n Púrpura vascular mais comum na faixa etária pediátrica

PÚRPURA DE HENOCH-SCHÖNLEIN n n n Púrpura vascular mais comum na faixa etária pediátrica ( 6 m aos 16 anos, mais freqüente aos 4 anos idade). Púrpura anafilactóide ou alérgica Púrpura não-trombocitopênica. Associa-se a sintomas articulares ou sistêmicos. Etiologia desconhecida. Antecedentes de IVAS ou por estreptococo B hemolítico grupo A.

PÚRPURA DE HENOCH-SCHÖNLEIN n n Clínica: púrpuras simétricas, predomínio em MMII, com distribuição ascendente.

PÚRPURA DE HENOCH-SCHÖNLEIN n n Clínica: púrpuras simétricas, predomínio em MMII, com distribuição ascendente. Lesões avermelhadas, com discreto relevo (púrpura palpável) acompanhadas de artralgia ou artrite, dor abdominal, cefaléia e hematúria.

PÚRPURA DE HENOCH-SCHÖNLEIN

PÚRPURA DE HENOCH-SCHÖNLEIN

PÚRPURA DE HENOCH-SCHÖNLEIN Laboratório: - hemograma e testes de hemostasia normais n Diagnóstico Definitivo:

PÚRPURA DE HENOCH-SCHÖNLEIN Laboratório: - hemograma e testes de hemostasia normais n Diagnóstico Definitivo: - Biópsia de pele: infiltrados inflamatórios característicos de vasculite leucocitoclástica. n Tratamento 6: - Sintomático. - Curso benigno, com resolução espontânea em 4 a 6 semanas. n 6 Silva LR, Mendonça DR, Moreira DEQ. Pronto Atendimento em Pediatria. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2006.

PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IDIOPÁTICA (PTI) n n Púrpura trombocitopênica adquirida decorrente de destruição plaquetária. Mais

PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IDIOPÁTICA (PTI) n n Púrpura trombocitopênica adquirida decorrente de destruição plaquetária. Mais comum antes do 4º ano vida. Evolução benigna e cura espontânea. Etiologia: Auto-anticorpos contra plaquetas -> fagocitose no baço e fígado -> trombocitopenia aguda. Petéquias e equimoses.

PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IDIOPÁTICA (PTI)

PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IDIOPÁTICA (PTI)

PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IDIOPÁTICA (PTI) Elevações espontâneas das plaquetas, sem tratamento, 1 a 2 sem

PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IDIOPÁTICA (PTI) Elevações espontâneas das plaquetas, sem tratamento, 1 a 2 sem após início do QC e normalização em 4 a 6 sem. n Laboratório: - Plaquetopenia intensa < 5. 000 plaqts - Prolongamento do tempo sangramento. - Leucocitose com neutrofilia ou atipia linfocitária, associada à infecção viral. - anemia - Mielograma: hiperplasia do setor megacariocítico. n

PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IDIOPÁTICA (PTI) n 6 Diagnóstico de exclusão das demais causas de trombocitopenia

PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IDIOPÁTICA (PTI) n 6 Diagnóstico de exclusão das demais causas de trombocitopenia por consumo periférico (hiperesplenismo, hepatopatia ou CID). 6 Silva LR, Mendonça DR, Moreira DEQ. Pronto Atendimento em Pediatria. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2006

PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IDIOPÁTICA (PTI) Tratamento 6: - Plaquetas < 20. 000 a 30. 000

PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IDIOPÁTICA (PTI) Tratamento 6: - Plaquetas < 20. 000 a 30. 000 – risco elevado de sangramentos ( risco de HIC em 1% casos) - Corticosteróides (sempre após a realização do mielograma): Prednisona 1 a 2 mg/kg/dia, por 3 a 4 sem, seguida de suspensão lenta e gradual. Ação: - bloqueio da fagocitose, - redução da síntese de auto-anticorpos, - aumento na produção plaquetária na medula óssea. n 6 Silva LR, Mendonça DR, Moreira DEQ. Pronto Atendimento em Pediatria. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2006.

PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IDIOPÁTICA (PTI) - Imunoglobulina Humana Intravenosa: 400 a 1000 mg/kg/dia, em 2

PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IDIOPÁTICA (PTI) - Imunoglobulina Humana Intravenosa: 400 a 1000 mg/kg/dia, em 2 a 5 dias consecutivos. Resposta imediata em 70 -90% casos. Alto custo e efeito transitório. Pode ser repetida a cada 3 sem, durante 3 ciclos. - Drogas imunossupressoras - Anticorpo monoclonal - Esplenectomia 6 Silva LR, Mendonça DR, Moreira DEQ. Pronto Atendimento em Pediatria. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2006.

DOENÇA MENINGOCÓCICA

DOENÇA MENINGOCÓCICA

DOENÇA MENINGOCÓCICA INTRODUÇÃO: - Neisseria meningitidis – bacilo gram negativo. - Presente nas vias

DOENÇA MENINGOCÓCICA INTRODUÇÃO: - Neisseria meningitidis – bacilo gram negativo. - Presente nas vias aéreas em portadores assintomáticos. - DOENÇA: penetra através da mucosa da nasofaringe e atinge a corrente sangüínea em indivíduos susceptíveis. - Pode evoluir como septicemia meningocócica (meningococcemia) ou meningite. n

DOENÇA MENINGOCÓCICA n n n 1 Meningite e meningococcemia discreta: menores concentrações da endotoxina

DOENÇA MENINGOCÓCICA n n n 1 Meningite e meningococcemia discreta: menores concentrações da endotoxina bacteriana e de meningococo no plasma e maiores no líquor -> leucocitose com desvio esquerda Meningococcemia importante: maior concentração de endotoxinas no plasma e queda do número de leucócitos. Meningococcemia fulminante: rápida proliferação do meningococo, aumento na produção de endotoxinas. Stephens DS, Greenwood B, Brandtzaeg P, Epidemic meningitis, meningococcaemia, and Neisseria meningitidis. Lancet, 2007; Vol 369, pag 2196 -2206.

MENINGOCOCCEMIA EPIDEMIOLOGIA: - Meningite isolada tem melhor prognóstico do que a meningococcemia. - Mais

MENINGOCOCCEMIA EPIDEMIOLOGIA: - Meningite isolada tem melhor prognóstico do que a meningococcemia. - Mais comum em meninos durante a infância. Esta relação diminui com a idade. - Maior incidência: 6 m a 2 anos. Estes pacientes perderam os anticorpos maternos e ainda não amadureceram seu sistema imunitário humoral. - Segundo pico incidência: adolescência (agrupamentos). n

MENINGOCOCCEMIA FATORES DE RISCO: Contato íntimo com paciente com doença invasiva; Doença respiratória viral

MENINGOCOCCEMIA FATORES DE RISCO: Contato íntimo com paciente com doença invasiva; Doença respiratória viral recente; Fumante; Asplenia anatômica ou funcional; Susceptibilidade determinada geneticamente: - variações genéticas de opsoninas que participam da ativação do complemento. - baixos níveis de TNF e altos níveis de IL-10, associamse a doença meningocócica fatal. - mutações em fatores de coagulação, aumentam o risco de complicações trombóticas. n

MENINGOCOCCEMIA FISIOPATOLOGIA: - Ativação e estimulação contínua do sistema imune através da liberação de

MENINGOCOCCEMIA FISIOPATOLOGIA: - Ativação e estimulação contínua do sistema imune através da liberação de citocinas: - ação direta da bactéria; - liberação de endotoxinas da parede bacteriana; - indiretamente, pela ativação de células inflamatórias. n

MENINGOCOCCEMIA QUADRO CLÍNICO 2: - Febre - Exantema: - maculopapular -> púrpura ou petéquias

MENINGOCOCCEMIA QUADRO CLÍNICO 2: - Febre - Exantema: - maculopapular -> púrpura ou petéquias em 80% casos. - 13% dos pacientes o exantema permanece maculopapular - 7% não ocorre exantema. n 2 Faust S, Cathie. K. Meningococcal Infections. www. emedicine. com

MENINGOCOCCEMIA - Vômitos; Cefaléia; Mialgia; Dor abdominal; Taquicardia; Hipotensão; Extremidades frias; Nível de consciência

MENINGOCOCCEMIA - Vômitos; Cefaléia; Mialgia; Dor abdominal; Taquicardia; Hipotensão; Extremidades frias; Nível de consciência (normal no início do quadro)

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MENINGOCOCCEMIA n n Confusão mental, extremidades frias e aumento da taquicardia -> CHOQUE. Os

MENINGOCOCCEMIA n n Confusão mental, extremidades frias e aumento da taquicardia -> CHOQUE. Os sintomas de septicemia e meningite podem ocorrer juntos, dificultando a distinção do quadro de depressão do nível de consciência devido à hipotensão (septicemia) ou à hipertensão intracraniana pela meningite 2. 2 Faust S, Cathie. K. Meningococcal Infections. www. emedicine. com

MENINGOCOCCEMIA ALTERAÇÕES BÁSICAS: 1) Extravasamento capilar: - aumento maciço da permeabilidade vascular -> perda

MENINGOCOCCEMIA ALTERAÇÕES BÁSICAS: 1) Extravasamento capilar: - aumento maciço da permeabilidade vascular -> perda de albumina e outras proteínas plasmáticas -> hipovolemia; - fisiopatologia: hipótese – meningococo e os neutrófilos causem perda na carga negativa do endotélio vascular -> diminuindo a rejeição do endotélio à albumina -> escape albumina. - a reposição volêmica deve ser vigorosa nas primeiras horas, pode resultar em edema agudo de pulmão, (ventilação mecânica), já que a reposição volêmica é essencial. n

MENINGOCOCCEMIA 2) Coagulopatia: - tendência à hemorragia e trombose na microvasculatura da pele ->

MENINGOCOCCEMIA 2) Coagulopatia: - tendência à hemorragia e trombose na microvasculatura da pele -> amputação de membros e dedos - Mecanismos: - lesão endotelial -> agregação plaquetária + vasoconstrição -> trombose intravascular - baixos níveis de proteína C - redução da função do sistema fibrinolítico (diminuição do plasminogênio e aumento dos níveis do inibidor do ativador do plasminogênio).

MENINGOCOCCEMIA 3) Falência do miocárdio: - presença de fatores depressores do miocárdio, ainda não

MENINGOCOCCEMIA 3) Falência do miocárdio: - presença de fatores depressores do miocárdio, ainda não identificados - redução na fração de ejeção - aumento da troponina - ritmo de galope - PVC elevada - hepatomegalia

MENINGOCOCCEMIA n n n n LABORATÓRIO: Leucocitose (leucopenia indica pior prognóstico); Proteína C reativa

MENINGOCOCCEMIA n n n n LABORATÓRIO: Leucocitose (leucopenia indica pior prognóstico); Proteína C reativa elevada Distúrbios metabólicos: hipocalemia, hipomagnesemia, hiperglicemia e acidose metabólica. Teste do látex: alta sensibilidade e especificidade, porém altas taxas de falso-negativos. Reação em cadeia de polimerase (sangue ou líquor) -> rápido diagnóstico Culturas de sangue, garganta ou aspirados de pele, podem ajudar no diagnóstico, mas podem ser negativos após uso de antibióticos.

MENINGOCOCCEMIA PUNÇÃO LOMBAR: - Confirma a presença de meningite, identifica a bactéria causadora e

MENINGOCOCCEMIA PUNÇÃO LOMBAR: - Confirma a presença de meningite, identifica a bactéria causadora e a sensibilidade antibiótica. - Neutrófilos: 100 a 60. 000 céls/ml (PMN) - Proteínas: 100 a 1. 000 mg/ml - Glicose: < 60% glicemia - Gram: + em até 60% casos, mesmo após uso de antibiótico; pode ser negativo em caso de uso anterior prolongado de antibiótico. n

MENINGOCOCCEMIA n - CONTRA-INDICAÇÕES – PUNÇÃO LOMBAR 2: Convulsões focais ou prolongadas Sinais neurológicos

MENINGOCOCCEMIA n - CONTRA-INDICAÇÕES – PUNÇÃO LOMBAR 2: Convulsões focais ou prolongadas Sinais neurológicos focais Exantema purpúrico ou petequial extenso ECG < 13 Pupilas dilatadas ou assimétricas Reflexos oculoencefálicos alterados Descerebração ou decorticação Alterações da coagulação Papiledema Hipertensão Sinais de herniação iminente: pulso lento, aumento da PA, respiração irregular. 2 Faust S, Cathie. K. Meningococcal Infections. www. emedicine. com

MENINGOCOCCEMIA n TRATAMENTO: OBJETIVO: - Combate à infecção, ao choque e à hipertensão intracraniana

MENINGOCOCCEMIA n TRATAMENTO: OBJETIVO: - Combate à infecção, ao choque e à hipertensão intracraniana -

MENINGOCOCCEMIA n - INDICADORES DE GRAVIDADE: Choque Ausência de meningite Exantema rapidamente progressivo Leucopenia

MENINGOCOCCEMIA n - INDICADORES DE GRAVIDADE: Choque Ausência de meningite Exantema rapidamente progressivo Leucopenia Coagulopatia Deterioração do nível de consciência.

MENINGOCOCCEMIA ANTIBIÓTICOS: Iniciados imediatamente quando há suspeita de doença meningocócica. Não esperar exames confirmatórios.

MENINGOCOCCEMIA ANTIBIÓTICOS: Iniciados imediatamente quando há suspeita de doença meningocócica. Não esperar exames confirmatórios. Efeitos 1: - Líquor: morte do meningococo após 3 -4 h da infusão EV. - Redução em 50% das endotoxinas plasmáticas após 2 h da infusão EV. n 1 Stephens DS, Greenwood B, Brandtzaeg P, Epidemic meningitis, meningococcaemia, and Neisseria meningitidis. Lancet, 2007; Vol 369, pag 2196 -2206.

MENINGOCOCCEMIA Idade Antibiótico Obeservação Neonato Ampicilina e Cefotaxima 1 a 3 meses Ampicilina e

MENINGOCOCCEMIA Idade Antibiótico Obeservação Neonato Ampicilina e Cefotaxima 1 a 3 meses Ampicilina e Cefotaxima com ou sem Vancomicina* * Suspeita de pneumococo resistente Lactentes > 3 meses, Crianças e adultos Cefotaxima ou Ceftriaxona, com ou sem Vancomicina* Casos confirmados de meningococcemia Penicilina Pacientes alérgicos: Cefotaxima ou Ceftriaxona

MENINGOCOCCEMIA CHOQUE: Extremidades frias, enchimento capilar prolongado e taquicardia. 1) Reposição Volêmica 2: SF

MENINGOCOCCEMIA CHOQUE: Extremidades frias, enchimento capilar prolongado e taquicardia. 1) Reposição Volêmica 2: SF 0, 9%, em bolus de 20 ml/kg, repetido até redução da FC e melhora da perfusão periférica. Se necessários volumes de 100 a 200 ml/kg. Estes pacientes necessitam de suporte ventilatório. Monitorização contínua da FC, PA, tempo de enchimento capilar, amplitude da pressão de pulso, dosagem de lactato e saturação venosa mista, pelo extravasamento capilar contínio, mesmo após estabilização. n 2 Faust S, Cathie. K. Meningococcal Infections. www. emedicine. com

MENINGOCOCCEMIA 2) Intubação endotraqueal e Ventilação Assistida 2: - Indicação: sinais de choque persistente,

MENINGOCOCCEMIA 2) Intubação endotraqueal e Ventilação Assistida 2: - Indicação: sinais de choque persistente, mesmo após infusão > 40 ml/kg -> risco de edema agudo de pulmão. - Monitorização rigorosa e instalação de suporte ventilatório. 2 Faust S, Cathie. K. Meningococcal Infections. www. emedicine. com

MENINGOCOCCEMIA n - - - 3) Suporte inotrópico 2: Pacientes que não respondem à

MENINGOCOCCEMIA n - - - 3) Suporte inotrópico 2: Pacientes que não respondem à reposição volêmica. Noradrenalina – veia central Dopamina – 10 a 20 mcg/kg/min – veia periférica Dobutamina – 10 a 20 mcg/kg/min Adrenalina, se persistir a hipotensão, 0, 1 a 0, 5 mcg/kg/min 2 Faust S, Cathie. K. Meningococcal Infections. www. emedicine. com

MENINGOCOCCEMIA 4) Correção dos distúrbios da coagulação e anemia 2: - Hb < 7,

MENINGOCOCCEMIA 4) Correção dos distúrbios da coagulação e anemia 2: - Hb < 7, 0: concentrado hemácias - Plaquetas - manter 20. 000 a 50. 000, sem sangramento evidente - > 50. 000 a 100. 000, em caso de sangramento. 2 Faust S, Cathie. K. Meningococcal Infections. www. emedicine. com

MENINGOCOCCEMIA 5) Hipertensão Intracraniana: - Deve ser considerada na presença de diminuição nível de

MENINGOCOCCEMIA 5) Hipertensão Intracraniana: - Deve ser considerada na presença de diminuição nível de consciência, sinais neurológicos focais, hipertensão, bradicardia e agitação.

MENINGOCOCCEMIA CONDUTA 2: - Suporte básico - Antibióticos - Reposição volêmica - Manitol 0,

MENINGOCOCCEMIA CONDUTA 2: - Suporte básico - Antibióticos - Reposição volêmica - Manitol 0, 25 mg/kg EV, durante 10 min, seguidos de furosemida 1 mg/kg - Intubação e ventilação – com uso de sedação, relaxantes musculares e cabeceira elevada - Correção dos distúrbios bioquímicos 2 Faust S, Cathie. K. Meningococcal Infections. www. emedicine. com

MENINGOCOCCEMIA Terapia experimental para meningococcemia: - Agentes anti-endotoxinas - Anticorpos monoclonais contra TNF -

MENINGOCOCCEMIA Terapia experimental para meningococcemia: - Agentes anti-endotoxinas - Anticorpos monoclonais contra TNF - Corticóides, como antagonistas na ação dos leucócitos – 5 a 10 mg/kg/dia de 8/8 h, com dose máx total de 300 mg/dia OBS: Nenhum desta condutas provou redução de morbimotalidade 2. n 2 Faust S, Cathie. K. Meningococcal Infections. www. emedicine. com

MENINGOCOCCEMIA n - - TRATAMENTO CIRÚRGICO: Fasciotomia – casos severos de gangrena periférica e

MENINGOCOCCEMIA n - - TRATAMENTO CIRÚRGICO: Fasciotomia – casos severos de gangrena periférica e síndrome compartimental, preserva membros e dedos. Amputação precoce deve ser evitada.

MENINGOCOCCEMIA Prevenção – Quimioprofilaxia: - INDICAÇÕES: - Todos os contatos familiares - Contatos durante

MENINGOCOCCEMIA Prevenção – Quimioprofilaxia: - INDICAÇÕES: - Todos os contatos familiares - Contatos durante 7 dias de doença: - creches ou jardim de infância - secreções: beijo, uso de escova de dentes, talheres ou estreito contato social - Ressuscitação boca a boca ou contato durante intubação endotraqueal - Dormir ou comer no mesmo cômodo que o paciente. n

MENINGOCOCCEMIA 2 Antibiótico Idade Dose Rifampicina Adulto > 1 mês < 1 mês 600

MENINGOCOCCEMIA 2 Antibiótico Idade Dose Rifampicina Adulto > 1 mês < 1 mês 600 mg 12/12 h por 2 dias 10 mg/kg 12/12 h por 2 dias 5 mg/kg 12/12 h por 2 dias Ceftriaxona > 15 anos < 15 anos 250 mg IM – dose única 125 mg IM – dose única Ciproflaxacina > 18 anos 500 mg – dose única Faust S, Cathie. K. Meningococcal Infections. www. emedicine. com

MENINGOCOCCEMIA IMUNIZAÇÃO: 1) Vacina Conjugada quadrivalente (A, C, Y, W-135): - 11 -12 anos

MENINGOCOCCEMIA IMUNIZAÇÃO: 1) Vacina Conjugada quadrivalente (A, C, Y, W-135): - 11 -12 anos - alunos que vivem em alojamentos conjuntos - imunodeprimidos 2) Vacina conjugada meningococo C: - lactentes a partir 2 meses; - < 1 ano: 3 doses, intervalo 1 mês - > 1 ano: dose única. - indicada para contatos familiares e membros da equipe de saúde expostos a secreções orais. n

MENINGOCOCCEMIA n - - Medidas para melhorar o prognóstico: Reconhecimento e tratamento imediatos, com

MENINGOCOCCEMIA n - - Medidas para melhorar o prognóstico: Reconhecimento e tratamento imediatos, com ênfase na terapia contra o choque e uso precoce de antibióticos. Considerar que qualquer criança com exantema petequial ou purpúrico, que não desaparecem à digito-pressão, como sendo doença meningocócica e instituir tratamento.

Obrigada!

Obrigada!

Referências Bibliográficas 1) 2) 3) 4) 5) 6) Stephens DS, Greenwood B, Brandtzaeg P,

Referências Bibliográficas 1) 2) 3) 4) 5) 6) Stephens DS, Greenwood B, Brandtzaeg P, Epidemic meningitis, meningococcaemia, and Neisseria meningitidis. Lancet, 2007; Vol 369, pag 2196 -2206. Faust S, Cathie. K. Meningococcal Infections. www. emedicine. com; Kumar, A, Gaur, AH. Meningitis Bacterial. www. emedicine. com; Branco RG, Amoretti CF, Tasker RC. Meningococcal disease and meningitis. JPediatr (Rio J) 2007; 83 (2 Suppl): S 46 -53. Farhat CK, Marques SR. Doença Meningocócica. In: Farhat CK, Carvalho LHFR, Succi RCM, editores. Infectologia pediátrica. São Paulo: Atheneu; 2007. p. 413 – 429. Silva LR, Mendonça DR, Moreira DEQ. Pronto Atendimento em Pediatria. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2006.