HIPERMAGNESEMIA NO RECMNASCIDO Elaine Cristina Rey Moura Paula

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HIPERMAGNESEMIA NO RECÉM-NASCIDO Elaine Cristina Rey Moura Paula Veloso Aquino Coordenação: Dr. Paulo Roberto

HIPERMAGNESEMIA NO RECÉM-NASCIDO Elaine Cristina Rey Moura Paula Veloso Aquino Coordenação: Dr. Paulo Roberto Margotto Escola Superior de Ciências da Saúde/SES/DF

Caso Clínico p p Data: 12/04/06 Fº de M E S, 10 dias, Sexo:

Caso Clínico p p Data: 12/04/06 Fº de M E S, 10 dias, Sexo: masculino Data de nasc: 02/04/2006 Local: HRAS Mãe: Registro: 150565 -2 n n n p p G 8 P 7 A 1 idade: 40 anos Procedência: Luziânia - GO Pré-natal: 03 consultas Parto cesáreo (pré-eclampsia e bradicardia fetal) IG: 32 s+3 d APGAR: 8 / 9 Peso: 1460 g Estat: 40 cm PC: 24, 5 cm Esteróide pré-natal: n Celestone (betametasona) – 2 doses

Caso Clínico p RN pré-termo (32 s+3 d), AIG, nasceu com 1460 g, de

Caso Clínico p RN pré-termo (32 s+3 d), AIG, nasceu com 1460 g, de parto cesáreo indicado devido a sofrimento fetal agudo evidenciado por bradicardia fetal. Mãe apresentou préeclampsia durante gestação. Nasceu bem (APGAR = 8 / 9) porém evoluiu com desconforto respiratório. Foi colocado em CPAP nasal com Fi. O 2 de 40%, 8 l/ min, Sonda orogástrica (SOG) aberta e dieta oral zero.

Exame Físico BEG, pletórico, acianótico, taquidispneico, tiragens intercostais leves a moderadas, ativo. p Fontanelas

Exame Físico BEG, pletórico, acianótico, taquidispneico, tiragens intercostais leves a moderadas, ativo. p Fontanelas normotensas p Ap. resp. : MV rude p ACV: RCR 2 T, BNF p Abdome: semi-globoso, flácido, sem visceromegalias (VMG) p Membros: edema de prematuridade discreto p

Evolução p 02/04/06 n 16: 40 Raio x: Doença da Membrana Hialina leve 19:

Evolução p 02/04/06 n 16: 40 Raio x: Doença da Membrana Hialina leve 19: 30 p CPAP : Fi. O 2 a 30%, 6 l / min p FR: 72 irpm FC: 140 bpm p Eliminação de mecônio e diurese: 2, 97 ml/Kg/h p Hemograma e Gasometria: p n Hg: 15, 6 Ht: 44, 6 Plaq: 195. 000 Leuc: 7. 000 Seg: 65% Linf: 09% Bast: 04% Mono: 02% p. H: 7, 34 p. CO 2: 37, 2 p. O 2: 92, 4 HCO 3: 20, 6 BE: - 4, 8

Evolução p 03/04/06 1º ddv n 09: 00 (21 h de vida) Estável :

Evolução p 03/04/06 1º ddv n 09: 00 (21 h de vida) Estável : ventilatório e hemodinâmico p FR: 54 irpm, FC: 145 bpm, Sat. O 2: 93 - 96 p Distenção abdominal importante, alças visíveis à inspeção, sem VMG ou tumoração palpável, ausência de alterações do aspecto da parede abdominal. p HD: Membrana hialina Obstrução intestinal? p

Evolução p 03/04/06 1º ddv n 11: 30 p Gasometria: p. H: 7, 31

Evolução p 03/04/06 1º ddv n 11: 30 p Gasometria: p. H: 7, 31 p. CO 2: 41, 6 p. O 2: 49, 2 HCO 3: 20, 1 BE: - 4, 7 Raio X abdome: importante distenção de alças e ausência de gás no reto. p Cd: Ampicilina + Gentamicina (D 0) Colhido Hemocultura Solicitado Parecer da cirurgia pediátrica Nutrição Parenteral p

Evolução p 03/04/06 1º ddv n 14: 00 Hipoativo, eupneico, normocorado, normohidratado p Abdome

Evolução p 03/04/06 1º ddv n 14: 00 Hipoativo, eupneico, normocorado, normohidratado p Abdome distendido p Edema suprapúbico p n 14: 30 Toque retal, não apresentou evacuação. p HD: atresia ileal, íleo meconial p Cd: Solicitado Clister Opaco p

Evolução p 03/04/06 1º ddv n 15: 00 Queda Sat. O 2 até 60%

Evolução p 03/04/06 1º ddv n 15: 00 Queda Sat. O 2 até 60% p Aumentada Fi. O 2 : respiração superficial p Cd : Intubação orotraqueal + ventilação mecânica Fentanil 0, 5 mg / Kg / h p n 16: 00 p Clister Opaco: tampão de mecônio ao nível de descendente (eliminou mecônio após infusão de contraste

Evolução p 03/04/06 1º ddv n 17: 30 p Parecer da cirurgia: observar evolução

Evolução p 03/04/06 1º ddv n 17: 30 p Parecer da cirurgia: observar evolução e reavaliar no dia seguinte ou antes, se necessário Hg: 15, 0 Ht: 43, 6 Plaq: 142. 000 PCR: 0, 16 Leuc: 6. 200 p Seg: 67% p Bast: 01% p Linf: 30% p. Mono: 01% p. Eos: 01%

Evolução p 03/04/06 1º ddv n 18: 00 p n ↓ Fi. O 2

Evolução p 03/04/06 1º ddv n 18: 00 p n ↓ Fi. O 2 para 40% 21: 00 p FR: 40 irpm FC: 150 bpm p. H: 7, 31 p. CO 2: 41, 0 p. O 2: 49, 2 p HCO 3: 20, 1 BE: -4, 7 Sat. O 2: 91, 5% Cd: ↓ Fi. O 2 para 35%

Evolução p 04/04/06 2º ddv, ampi+genta – D 1 n 09: 00 (44 h

Evolução p 04/04/06 2º ddv, ampi+genta – D 1 n 09: 00 (44 h de vida) Evacuou 2 vezes, Abdome distendido p Hipoativo p Ictérico (++/4+) iniciada fototerapia p Cd: ampicilina + gentamicina (D 1) gluconato de Cálcio gasometria: p p. H: 7, 24 p. CO 2: 48 p. O 2: 59 HCO 3: 18, 9 BE: -5, 9 Sat O 2: 95, 1%

Evolução p 04/04/06 2º ddv, ampi+genta – D 1 n n U S transfontanelar:

Evolução p 04/04/06 2º ddv, ampi+genta – D 1 n n U S transfontanelar: hiperecogenicidade periventricular 18: 45 p Resultado de exames: Ca: 9, 0 mmol/l Na: 155 m. Eq/l K: 4, 8 m. Eq/l Mg: 3, 4 Cl: 127 m. Eq/l Bilirrubina Total: 8, 0 mg/% Indireta: 7, 7 mg% Cd: Suspensa nutrição parenteral Hidratação venosa p

Evolução p 04/04/06 2º ddv, ampi+genta – D 1 n 23: 00 : Discussão

Evolução p 04/04/06 2º ddv, ampi+genta – D 1 n 23: 00 : Discussão Mãe com pré-eclâmpsia severa recebeu sulfato de magnésio no pré-parto que foi suspenso por bradicardia fetal, sendo indicada cesárea. p RN apresentou íleo paralítico com menos de 24 h de vida. Na ocasião foi colhido sangue antes de inici. R nutrição parenteral e o Mg foi de 2, 7, caracterizando hipermagnesemia (>2, 5) p HD: Hipermagnesemia; íleo; hipoatividade; respiração superficial. p

Evolução p 05/04/06 3º ddv, ampi+genta – D 2 n 05: 45 Gluconato de

Evolução p 05/04/06 3º ddv, ampi+genta – D 2 n 05: 45 Gluconato de cálcio p Furosemida p n 09: 00 Melhora da atividade p Não evacuou p Estímulo retal: saída de moderada quantidade de mecônio p Abdome distendido p

Evolução p 05/04/06 3º ddv, ampi+genta – D 2 n 12: 00 Raio X

Evolução p 05/04/06 3º ddv, ampi+genta – D 2 n 12: 00 Raio X abdome: progressão do contraste. Ausência de sinais de pneumoperitônio ou extravasamento do contraste. p Ex. Fís. – roncos difusos p n 17: 00 p Resultado de exames: Bt: 10, 2 Na: 138 m. Eq/l mg/% K: 3, 9 m. Eq/l BI: 9, 6 mg/% p Cd: fototerapia azul Cl: 109 m. Eq/l Mg: 2, 0 Ca: 8, 7 mmol/l

Evolução p 05/04/06 3º ddv, ampi+genta – D 2 n Raio X: tórax: transparência

Evolução p 05/04/06 3º ddv, ampi+genta – D 2 n Raio X: tórax: transparência pulmonar preservada p Abdome: alças dilatadas, contraste em reto, sigmóide e cólon descendente (clister opaco há 1 dia) p n n Muito hipoativo gasometria p. H: 7, 49 p. CO 2: 28, 8 p. O 2: 43, 0 HCO 3: 24, 6 BE: -0, 6 Sat. O 2: 91, 9%

Evolução p 06/04/06 4º ddv, ampi+genta – D 3 n 20: 00 Importante distenção

Evolução p 06/04/06 4º ddv, ampi+genta – D 3 n 20: 00 Importante distenção abdominal, pela brilhante e vascularização aumentada, pouco depressível e doloroso p Pneumoperitôneo p Indicada cirurgia p

Evolução p 07/04/06 5º ddv (1º DPO) ampi+genta - D 4, Metronidazol - D

Evolução p 07/04/06 5º ddv (1º DPO) ampi+genta - D 4, Metronidazol - D 1 n Laparotomia (início 23: 45 – 06/04/06) Grande quantidade e gás na cavidade p Ausência de conteúdo intestinal livre p Alças de íleo e cólon contendo mecônio espesso firmemente aderido à mucosa intestinal p Não evidenciada abertura em estômago ou intestino. p Realizada lavagem intestinal com soro fisiológico p

Evolução p 07/04/06 5º ddv (1º DPO) ampi+genta - D 4, Metronidazol - D

Evolução p 07/04/06 5º ddv (1º DPO) ampi+genta - D 4, Metronidazol - D 1 n 09: 30 Abdome: globoso mas depressível cicatriz cirúrgica sob curativo p Pesquisa de fibrose cística (teste do pezinho ampliado) p Gasometria: p p. H: 7, 28 p. CO 2: 44, 8 p. O 2: 78, 4 p HCO 3: 19, 9 BE: -5, 0 Sat. O 2: 98, 1% Raio X de abdome: pequena quantidade e contraste em intestino grosso. Sem imagem de pneumoperitônio

Evolução p 07/04/06 5º ddv (1º DPO) ampi+genta - D 4, Metronidazol - D

Evolução p 07/04/06 5º ddv (1º DPO) ampi+genta - D 4, Metronidazol - D 1 n 21: 40 Hipocorado (++ / 4+) p Não evacuou p Hb: 12, 1 Glicemia: 134 Na: 129 m. Eq/l (? ) K: 03 m. Eq/l Cl: 99 m. Eq/l Cd: Concentrado de hemácias + plasma Correção do K+ p

Evolução p 08/04/06 6º ddv (2º DPO) ampi+genta - D 5, Metronidazol – D

Evolução p 08/04/06 6º ddv (2º DPO) ampi+genta - D 5, Metronidazol – D 2 n 08: 00 Piora acentuada da distenção abdominal p Hipoativo ( Sat O 2 = 90%) p n 08: 30 p n Punção abdominal com saía de grande quantidade de ar e imediata diminuição de sua distenção (Sat. O 2 = 99%) 14: 15 Extubação (ventilação mecânica levando a pneumoperitônio ? ) Hood (Fi. O 2: 30%) p Sat O 2 = 97%, FR: 50 irpm, sem desconforto resp. p

Evolução p 09/04/06 7º ddv (3º DPO) ampi+genta – D 6, Metronidazol – D

Evolução p 09/04/06 7º ddv (3º DPO) ampi+genta – D 6, Metronidazol – D 3 n 08: 15 Não eliminou mecônio após a cirurgia p Ativo e reativo ao manuseio p Respiração e hemodinâmica estáveis p Cd: clister com Fluimucil p n 18: 30 Piora da distensão abdominal p Feita punção com descompressão instantânea (saída apenas de ar) p

Evolução p 10/04/06 8º ddv (4º DPO) ampi+genta – D 7, Metronidazol – D

Evolução p 10/04/06 8º ddv (4º DPO) ampi+genta – D 7, Metronidazol – D 4 09: 20 2 evacuações p Distensão abdominal moderada p n 11: 00 Raio X de abdôme: Volumoso pneumoperitôneo. Pobreza de gás dentro das alças intestinais. Restos de contraste no cólon. p Cirurgia pediátrica: fazer contraste iodado por SOG e realizar radiografias seriadas. Contatar se evidencia de fístula ou sinais de peritonite. p

Evolução p 10/04/06 8º ddv (4º DPO) ampi+genta – D 7, Metronidazol – D

Evolução p 10/04/06 8º ddv (4º DPO) ampi+genta – D 7, Metronidazol – D 4 n 15: 00 Paciente estável p Iniciada infusão de contraste por SOG p n 18: 10 p n 21: 20 p n Raio X abdome: pneumoperitôneo + pequena quantidade de contraste no estômago Raio X abdome: persiste pneumoperitôneo 23: 50

Evolução p 10/04/06 8º ddv (4º DPO) ampi+genta – D 7, Metronidazol – D

Evolução p 10/04/06 8º ddv (4º DPO) ampi+genta – D 7, Metronidazol – D 4 n 23: 50 p p Raio X abdome: bexiga contrastada (urografia ? ) 11/04/06 9º ddv (5º DPO) ampi+genta – D 8, Metronidazol – D 4 n 00: 15 Discussão: contraste injetado EV ? p Cd: Suspenso novas radiografias anteriormente programadas Discutir caso p

Evolução p 11/04/06 9º ddv (5º DPO) ampi+genta – D 8, Metronidazol – D

Evolução p 11/04/06 9º ddv (5º DPO) ampi+genta – D 8, Metronidazol – D 4 n Avaliação cirurgia pediátrica: Paciente apresentando extravasamento do contraste para a cavidade abdominal com absorção peritoneal e excreção pelo trato urinário perfuração no Trato gastrintestinal. p Cd: Indicada laparotomia exploradora p n 09: 00 Paciente evoluiu sem intercorrências p Aguardando procedimento cirúrgico p

Evolução p 11/04/06 9º ddv (5º DPO) ampi+genta – D 8, Metronidazol – D

Evolução p 11/04/06 9º ddv (5º DPO) ampi+genta – D 8, Metronidazol – D 4 Laparotomia exploradora Pneumoperitôneo + ruptura gástrica p Gastrorrafia p Desenho feito pelo cirurgião

Evolução p 11/04/06 9º ddv (5º DPO) ampi+genta – D 8, Metronidazol – D

Evolução p 11/04/06 9º ddv (5º DPO) ampi+genta – D 8, Metronidazol – D 4 n 18: 05 UTIN Ventilação mecânica por TOT p FR: 42 irpm (Fi. O 2: 100%), Sat. O 2: 98% p FC: 118 bpm p Cd: Fi. O 2 para 40% p n 20: 00 Hipoativo p Não urinou p

Evolução p 11/04/06 9º ddv (5º DPO) ampi+genta – D 8, Metronidazol – D

Evolução p 11/04/06 9º ddv (5º DPO) ampi+genta – D 8, Metronidazol – D 4 20: 10 p. H: 7, 29 p. CO 2: 31, 2 p. O 2: 74, 1 p Gasometria: p Exames pós – operatórios: Hg: 10, 3 Ht: 29, 3 Plaq: 223. 000 p HCO 3: 16 BE: -10, 8 Sat. O 2: 97, 2% Na: 131 m. Eq/l Ca: 9, 31 mmol/l K: 6, 1 m. Eq/l (hemolisado Mg: 1, 47 +) Cd: concenttrado de hemácias

Evolução p 12/04/06 10º ddv (6º DPO), (2º DPO – gastrorrafia) ampi+genta– D 9,

Evolução p 12/04/06 10º ddv (6º DPO), (2º DPO – gastrorrafia) ampi+genta– D 9, Metronidazol – D 5 n 09: 00 Respiração e hemodinâmica estáveis p Cd: dieta zero + ranitidina Nutrição parenteral com sulfato de Mg p n 16: 00 Paciente estável ventilatório e hemodinâmico p Abdome globoso, flácido , sem visceromegalia ou tumoração, cicatriz cirúrgica com bom aspecto p Edema generalizado (+ /4+) p

Pré-eclâmpsia e Hipermagnesemia

Pré-eclâmpsia e Hipermagnesemia

PRÉ-ECL MPSIA p p p DEFINIÇÃO: Pré-eclâmpsia é uma doença multissistêmica específica da gestação,

PRÉ-ECL MPSIA p p p DEFINIÇÃO: Pré-eclâmpsia é uma doença multissistêmica específica da gestação, caracterizada pelo desenvolvimento de hipertensão e proteinúria após 20 semanas de gestação. DIAGNÓSTICO: Hipertensão arterial: Pressão sistólica 140 mm. Hg ou pressão diastólica 90 mm. Hg após a 20ª semana de gestação em mulher com níveis pressóricos normais anteriormente à gestação. Proteinúria: 0, 3 g/24 horas ou 1+ em amostra

- FISIOPATOLOGIA: § Causa desconhecida. § Teorias: Problemas de implantação placentária e do nível

- FISIOPATOLOGIA: § Causa desconhecida. § Teorias: Problemas de implantação placentária e do nível de invasão trofoblástica. § Principal alteração: - Intenso vasoespasmo perfusão sistêmica. perfusão placentária (insuficiência placentária) RCIU

Tratamento Definitivo: parto p Durante o parto, prevenir convulsões e p Controlar a hipertensão.

Tratamento Definitivo: parto p Durante o parto, prevenir convulsões e p Controlar a hipertensão. p Sulfato de magnésio: escolha para prevenir e tratar convulsões – dose de ataque de 6 g EV, seguida por infusão contínua de 2 g/hora. p Anti-hipertensivos são recomendados nos casos de pré-eclâmpsia grave – Hidralazina e Labetalol (mais usados). p

Conseqüências da Pré-eclâmpsia p CRESCIMENTO INTRA-UTERINO RESTRITO: n n Adaptação fetal à carência de

Conseqüências da Pré-eclâmpsia p CRESCIMENTO INTRA-UTERINO RESTRITO: n n Adaptação fetal à carência de oxigênio e nutrientes em decorrência da insuficiência placentária. O feto procura manter intactas as funções cardíacas, cerebral e supra-renal em detrimento do sistema músculo-esquelético e do armazenamento de glicose e de gorduras. Redistribuição do fluxo sangüíneo para os órgãos vitais: CENTRALIZAÇÃO Conseqüências: Síndrome da Angústia Respiratória (SAR), hemorragia pulmonar, enterocolite necrotizante, hemorragia digestiva e Síndrome de Aspiração Meconial (SAM).

USO DE SULFATO DE MAGNÉSIO NO TRATAMENTO DA PRÉECL MPSIA

USO DE SULFATO DE MAGNÉSIO NO TRATAMENTO DA PRÉECL MPSIA

Magnésio p p p 4º cátion mais prevalente no organismo e O 2º mais

Magnésio p p p 4º cátion mais prevalente no organismo e O 2º mais prevalente no meio intracelular; Cofator essencial em processo enzimáticos que envolvem transferências de fosfatos em nucleotídeos trifosfatados – transformação de ATP em ADP; atua na regulação da função mitocondrial no metabolismo energético, protéico e na síntese de ácidos nucléicos; atua nas contrações musculares e na neurotransmissão; Necessidade diária basal: 0. 12 a 0. 25 mmol/kg por dia (0, 28 a 0, 58 mg/Kg/dia);

Magnésio p p Em RN: 1 mmol por dia (2, 34 mg = 2

Magnésio p p Em RN: 1 mmol por dia (2, 34 mg = 2 m. Eq); Leite materno contém aproximadamente 1, 6 mmol/L de Mg. Toxicidade do Mg afeta os sistemas neuromuscular, respiratório, cardiovascular e metabólico. A variabilidade dos sinais e sintomas dependem dos seus níveis séricos. RN freqüentemente apresentam letargia, sonolência, hipotonia e diminuição na sucção.

Hipermagnesemia no Recém-Nascido - DEFINIÇÃO: Magnésio sérico > 2, 5 mg% (mg/d. L) p

Hipermagnesemia no Recém-Nascido - DEFINIÇÃO: Magnésio sérico > 2, 5 mg% (mg/d. L) p CAUSAS: p n n uso de sulfato de magnésio em gestantes com pré-eclâmpsia; uso de laxativos ou antiácidos, que contenham magnésio, para os recém-nascidos.

Hipermagnesemia no Recém-Nascido p p p Ações do Magnésio: Gastrointestinal: pode o peristaltismo intestinal

Hipermagnesemia no Recém-Nascido p p p Ações do Magnésio: Gastrointestinal: pode o peristaltismo intestinal afetando as células musculares lisas ou excitabilidade fibras nervosas musculares. Neuromuscular: inibe a liberação de acetilcolina na junção neuromuscular – fraqueza e hipotonia (hipomagnesemia) e paralisia e hiporreflexia (hipermagnesemia) Causa depressão respiratória por provocar fraqueza ou paralisia dos músculos respiratórios. Cardiovascular: bloqueadora dos canais de cálcio. Diminui condução elétrica do coração Hipotensão. Supressão da produção de paratormônio e da 1, 25(OH)2 D Raquitismo e aumento do cálcio sérico.

Hipermagnesemia no Recém-Nascido p Manifestações Clínicas mais comuns: n n n Diminuição do trânsito

Hipermagnesemia no Recém-Nascido p Manifestações Clínicas mais comuns: n n n Diminuição do trânsito intestinal; Retenção de resíduos gástricos com distensão abdominal; Atraso na liberação de mecônio (síndrome do tampão meconial); Perfuração intestinal; Arritmias.

Concentração Magnésio Sérico mmol/L 1, 5 a 4, 5 5, 0 a 7, 0

Concentração Magnésio Sérico mmol/L 1, 5 a 4, 5 5, 0 a 7, 0 > 7, 0 Sinais Clínicos mg/d. L 3, 64 a 10, 9 Eritema, náuseas, vômitos, bradicardia, prolongamento intervalo QT no ECG, hipotensão, sedação, hiporreflexia, hipotonia 12, 16 a 17 Paralisia muscular, hipoventilação, estupor, hipotensão, condução AV anormal, disritmias ventriculares > 17 Coma, depressão respiratória, bloqueio AV total, parada cardíaca em assistolia

Tratamento da Hipermagnesemia: p p p Suspensão de administração exógena de Mg; Monitoramento das

Tratamento da Hipermagnesemia: p p p Suspensão de administração exógena de Mg; Monitoramento das funções cardiorespiratórias – identificação precoce de apnéia, hipotensão e bradicardia e instituição de terapêutica imediata. Hidratação adequada Hipotensão – Fluidos intravenosos inicialmente e agentes vasopressores, se necessário. Monitorar outros eletrólitos (Ca, K e fosfatos)

Tratamento da Hipermagnesemia: Se hipermagnesemia > 2, 5 mmol/L ( 6 mg/d. L) Gluconato

Tratamento da Hipermagnesemia: Se hipermagnesemia > 2, 5 mmol/L ( 6 mg/d. L) Gluconato de Cálcio 10% (antagonista do Mg) – 1 mg/Kg EV p Lavagem gástrica – intoxicação oral p Diuréticos: Furosemida – 1 a 2 mg/Kg EV (acelera a excreção do Mg) p Casos graves com depressão respiratória: exsangüíneo transfusão com sangue com citrato (forma um complexo com o Mg acelerando a sua remoção). p Casos pacientes anúricos com hipermagnesia severa Hemodiálise p

Obrigada!

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Referências Bibliográficas 1. 2. 3. 4. 5. Sullivan JE, Berman BW. Hypermagnesemia with lethargy

Referências Bibliográficas 1. 2. 3. 4. 5. Sullivan JE, Berman BW. Hypermagnesemia with lethargy and hypotonia due to administration of magnesium hydroxide to a 4 -week old infant. Arch Pediatr Adolesc Med. 2000; 154: 1272 -1274. Ovid Full Text Bibliographic Links [Context Link] Narchi H. Delayed intestinal transit and arrhythmias due to iatrogenic neonatal hypermagnesemia. Int Pediatr. In press. [Context Link] Golzarian J, Scott HWJ, Richards WO. Hypermagnesemiainduced paralytic ileus. Dig Dis Sci. 1994; 39: 1138 -1142. Bibliographic Links [Context Link] Hill WC, Gill PJ, Katz M. Maternal paralytic ileus as a complication of magnesiumsulfate to colysis. Am J Perinatol. 1985; 2: 47 -48. Bibliographic Links [Context Link] Sokal MM, Koenigsberger MR, Rose JS, Berdon WE, Santulli TV. Neonatal hypermagnesemia and the meconium-plug syndrome. N Engl J Med. 1972; 286: 823825. Bibliographic Links [Context Link]

Referências Bibliográficas 6. 7. 8. 9. 10. Brand JM, Greer FR. Hypermagnesemia and intestinal

Referências Bibliográficas 6. 7. 8. 9. 10. Brand JM, Greer FR. Hypermagnesemia and intestinal perforation following antacid administration in a premature infant. Pediatrics. 1990; 85: 121 -124. Bibliographic Links [Context Link] MONTENEGRO, REZENDE. Obstetrícia Fundamental. 9ªed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. 8. WAGNER, L. K. Diagnosis and Manegement of Preeclampsia. American Family Physician, New Mexico, v. 70, n. 12, p. 2317 -2324. Dez 2004. SIBAI, B. M. Diagnosis and Manegement of Gestational Hypertension and Preeclampsia. American College of Obstetricians and Gynecologists, Ohio, v. 102, n. 1, p. 181192. Jul 2003. Margotto, P. R. Assistência ao Recém-Nascido de Risco. 2 a. ed. Hospital Anchieta, Brasília, 2006

Consulte: Distúrbios metabólicos e eletrolíticos no recém-nascido Autor (s): Paulo R. Margotto DISTÚRBIOS METABÓLICOS

Consulte: Distúrbios metabólicos e eletrolíticos no recém-nascido Autor (s): Paulo R. Margotto DISTÚRBIOS METABÓLICOS Autor (s): Paulo R Margotto / Albaneide Formiga