UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CURSO DE GRADUAO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO A DIST NCIA Operações

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO A DIST NCIA Operações e Logística Rolf Hermann Erdmann

Unidade 7 Produção e o Planejamento e Controle da Produção Objetivo Conhecer um sistema

Unidade 7 Produção e o Planejamento e Controle da Produção Objetivo Conhecer um sistema de Planejamento e Controle da Produção (PCP), desde as etapas de planejamento até as operações cotidianas da programação.

Produção As atividades de produção podem ser decompostas em uma parte técnica, que executa

Produção As atividades de produção podem ser decompostas em uma parte técnica, que executa as tarefas, e outra que oferece suporte, a gerencial. O PCP se insere na segunda parte, projetando o que deve ser feito, acionando e exercendo os devidos controles.

Planejamento e Controle da Produção é um sistema que determina os rumos da produção

Planejamento e Controle da Produção é um sistema que determina os rumos da produção e a acompanha, exercendo os respectivos controles.

O que compete ao Planejamento, à Programação e ao Controle da Produção? O que,

O que compete ao Planejamento, à Programação e ao Controle da Produção? O que, como e quanto dizem respeito a questões relativas a horizontes longos e, portanto, fazem parte do planejamento.

Respostas a serem dadas pela Programação e Controle Quanto produzir até quando?

Respostas a serem dadas pela Programação e Controle Quanto produzir até quando?

Respostas a serem dadas pela Programação e Controle Qual a necessidade de materiais?

Respostas a serem dadas pela Programação e Controle Qual a necessidade de materiais?

Respostas a serem dadas pela Programação e Controle Quando, quais os prazos?

Respostas a serem dadas pela Programação e Controle Quando, quais os prazos?

Respostas a serem dadas pela Programação e Controle Onde e com que produzir?

Respostas a serem dadas pela Programação e Controle Onde e com que produzir?

Respostas a serem dadas pela Programação e Controle Em que sequência? Com quais recursos?

Respostas a serem dadas pela Programação e Controle Em que sequência? Com quais recursos? Quando iniciar a execução da ordem?

Respostas a serem dadas pela Programação e Controle As quantidades e a qualidade foram

Respostas a serem dadas pela Programação e Controle As quantidades e a qualidade foram alcançadas?

As funções do Planejamento da Produção • Projeto do Produto; • Projeto do Processo;

As funções do Planejamento da Produção • Projeto do Produto; • Projeto do Processo; • Definição das Quantidades a produzir.

Projeto do Produto

Projeto do Produto

Projeto do Produto

Projeto do Produto

Projeto do Processo • Análise do produto • Decisão entre comprar ou fabricar •

Projeto do Processo • Análise do produto • Decisão entre comprar ou fabricar • Decisões do processo • Posição do processo e projeto de ferramenta • Fichas de encaminhamento/operações/ de processo

Projeto do Processo

Projeto do Processo

Definição das quantidades O PCP necessita de vários tipos de informação, dentre elas a

Definição das quantidades O PCP necessita de vários tipos de informação, dentre elas a definição da quantidade de produtos a ser produzida.

A definição das quantidades advém da: Capacidade produtiva: variável interna à empresa. Projeção de

A definição das quantidades advém da: Capacidade produtiva: variável interna à empresa. Projeção de demanda: mercado, variável externa.

Capacidade produtiva • Consulta a dados históricos de produção; • Expressão da capacidade em

Capacidade produtiva • Consulta a dados históricos de produção; • Expressão da capacidade em número de horas para produzir; • Consideração da capacidade do recurso-gargalo para um só produto; • Idem para mais de um produto quando eles forem similares; • Acumulação da carga para os recursos disponíveis; • Determinação da capacidade por simulação; e • Programação linear.

Projeção de demanda A projeção da demanda pode ser feita por avaliação qualitativa e

Projeção de demanda A projeção da demanda pode ser feita por avaliação qualitativa e quantitativa. Um exemplo de avaliação quantitativa é a previsão da sazonalidade. É destinada àqueles produtos cuja demanda tem comportamento cíclico. É o caso de sistemas de produção vinculados a condições climáticas, safras, período escolar e outros fatores determinantes da demanda como também das possibilidades de oferta.

Projeção de demanda

Projeção de demanda

Unidade 8 Programação e Controle da Produção – Generalidades e Técnicas Objetivo Conhecer as

Unidade 8 Programação e Controle da Produção – Generalidades e Técnicas Objetivo Conhecer as formas de programação e controle e os instrumentos de expressão gráfica que auxiliam a programação e o controle.

Programação e controle da produção – Generalidades e Técnicas A programação da produção é

Programação e controle da produção – Generalidades e Técnicas A programação da produção é o ato de estabelecer antecipadamente as atividades da produção. Associado à programação, está o controle, que acompanha a produção, tomando informações para subsidiar as correções.

Programação e controle da produção – etapas • Definir as quantidades a serem produzidas;

Programação e controle da produção – etapas • Definir as quantidades a serem produzidas; • Calcular as quantidades e as datas em que os materiais serão necessários; • Determinar as datas em que cada etapa deverá acontecer e as respectivas capacidades demandadas, ajustando carga e capacidade entre si; • Emitir/liberar/sequenciar/destinar as ordens; • Controlar a produção.

Programação e controle da produção - princípios • orientada por períodos de tempo; •

Programação e controle da produção - princípios • orientada por períodos de tempo; • por tamanhos de lote; • para manutenção de estoques; • para carga de máquina; • para elaboração de um produto especial; • para atendimento de um cliente ou um lote específico; • para o cálculo de recursos necessários.

Os instrumentos que auxiliam a Programação e o Controle • Quadro de programação •

Os instrumentos que auxiliam a Programação e o Controle • Quadro de programação • Rede • Gráfico de montagem • Ficha de carga • Gráfico de Gantt

Quadro de programação

Quadro de programação

Programa de atividades para construir a rede

Programa de atividades para construir a rede

Rede Figura 24: Rede de planejamento. Fonte: Erdmann (2007).

Rede Figura 24: Rede de planejamento. Fonte: Erdmann (2007).

Gráfico de montagem Figura 25: Exemplo de uma montagem. Fonte: Erdmann (2007).

Gráfico de montagem Figura 25: Exemplo de uma montagem. Fonte: Erdmann (2007).

Ficha de carga OK. Substituido.

Ficha de carga OK. Substituido.

Gráfico de Gantt

Gráfico de Gantt

Programação e Controle da Produção – Técnicas Programação orientada pelas restrições – OPT; Técnica

Programação e Controle da Produção – Técnicas Programação orientada pelas restrições – OPT; Técnica orientada para cálculo de recursos – MRP/ MRP-II; Programação para a minimização de estoques – Kanban.

A Técnica do OPT O OPT (Optimized Production Technology), baseada na teoria das restrições,

A Técnica do OPT O OPT (Optimized Production Technology), baseada na teoria das restrições, é uma técnica de programação e controle da produção focada na racionalização do fluxo da produção.

A Técnica do OPT O seu fundamento básico é estar orientado pelo recurso de

A Técnica do OPT O seu fundamento básico é estar orientado pelo recurso de menor capacidade (o gargalo), do processo produtivo.

A Técnica do OPT – principais termos Recursos: são os elementos necessários à produção

A Técnica do OPT – principais termos Recursos: são os elementos necessários à produção de um produto (pessoas, máquinas, espaço físico etc. ). Recurso Gargalo (RG): é aquele recurso que, mesmo utilizado todo o tempo, não consegue produzir o suficiente para manter o recurso sucessivo trabalhando, assim como não consegue absorver os produtos do recurso anterior. Recursos Não Gargalo (RNG): são os recursos que têm disponibilidade de tempo para produzir além do exigido. Pulmão (time-buffer): são os chamados estoques protetores ou de segurança, que têm por finalidade garantir a não interrupção da produção no recurso gargalo.

Regras que regem a teoria das restrições A taxa de utilização de um recurso

Regras que regem a teoria das restrições A taxa de utilização de um recurso não gargalo é determinada por alguma restrição do sistema (gargalo), e não deve haver, a princípio, preocupação com a capacidade do recurso que ficará ociosa além daquela que equivale à do gargalo.

Regras que regem a teoria das restrições Utilizar um recurso e ativá-lo são dois

Regras que regem a teoria das restrições Utilizar um recurso e ativá-lo são dois casos diferentes e significa que a quantidade produzida será processada na mesma velocidade dos outros recursos, enquanto ativá-lo implica em fazê-lo funcionar em velocidade que pode ser maior do que a dos demais, gerando estoques indesejados.

Regras que regem a teoria das restrições Devemos balancear o fluxo e não a

Regras que regem a teoria das restrições Devemos balancear o fluxo e não a capacidade: a preocupação inicial do programador deve ser a adequação do sistema à capacidade das restrições, tal como o sistema se apresentar.

Regras que regem a teoria das restrições O lote de transferência não é igual

Regras que regem a teoria das restrições O lote de transferência não é igual ao lote de processamento: o lote de processamento é o total a ser produzido. Podemos subdividi-lo convenientemente em lotes menores (de transferência), que permitem antecipar a entrega de partes do lote e, assim, aproveitar melhor a capacidade instalada.

Regras que regem a teoria das restrições Uma hora obtida no recurso gargalo é

Regras que regem a teoria das restrições Uma hora obtida no recurso gargalo é uma hora aproveitada para o todo; só um aumento na capacidade do gargalo é capaz de aumentar a capacidade do sistema como um todo, ou seja, o ritmo da produção (capacidade na unidade de tempo) é ditado pelo gargalo. Obter ganho no recurso não gargalo de nada serve: maior capacidade nestes recursos apenas aumenta sua ociosidade. O lote de processamento deve ser variável; o seu tamanho decorre de custos de preparação, necessidades do fluxo e dos recursos envolvidos (gargalo ou não).

Regras que regem a teoria das restrições Os gargalos determinam o fluxo e também

Regras que regem a teoria das restrições Os gargalos determinam o fluxo e também os estoques do sistema de produção: os estoques, antes do gargalo, são necessários para minimizar qualquer possibilidade de interrupção de sua atividade, pois, como já vimos, isso significa prejuízo na produção de todo o conjunto.

Exemplo de aplicação do OPT (produção de alimentos) Figura 27: Fluxo de fabricação da

Exemplo de aplicação do OPT (produção de alimentos) Figura 27: Fluxo de fabricação da lasanha. Fonte: Erdmann (2007).

Exemplo de aplicação do OPT (produção de alimentos) OK. Substituido.

Exemplo de aplicação do OPT (produção de alimentos) OK. Substituido.

A programação para o recurso gargalo (forno) Figura 28: Programação para trás e para

A programação para o recurso gargalo (forno) Figura 28: Programação para trás e para frente na fabricação da lasanha. Fonte: Erdmann (2007, p. 155).

Unidade 9 Programação e Controle da Produção – Técnicas Objetivo Conhecer as formas de

Unidade 9 Programação e Controle da Produção – Técnicas Objetivo Conhecer as formas de programação e controle e os instrumentos de expressão gráfica que auxiliam a programação e o controle.

A Técnica do MRP/MRP-II O MRP calcula os recursos de material necessários. O MRP-II

A Técnica do MRP/MRP-II O MRP calcula os recursos de material necessários. O MRP-II acrescenta a preocupação com outros recursos, como os tempos necessários a cada etapa.

MRP x MRP II O MRP-II (Manufacturing Resources Planning), ou planejamento de recursos de

MRP x MRP II O MRP-II (Manufacturing Resources Planning), ou planejamento de recursos de manufatura, é uma evolução do MRP, diferenciando-se fundamentalmente pela inclusão de um módulo de cálculo de capacidade, o CRP (Capacity Requirements Planning), ou planejamento das necessidades de capacidade.

A Técnica do MRP/MRP-II Fixada uma data final (de entrega do produto), a quantidade

A Técnica do MRP/MRP-II Fixada uma data final (de entrega do produto), a quantidade e realizadas as considerações de projeto (produto e processo), o que inclui os lead times (tempo de ressuprimento de um item), e a verificação de estoques, devemos calcular as datas e as quantidades a serem finalizadas em cada uma das partes da estrutura.

Exemplo de aplicação Figura 29: Estrutura do produto X. Fonte: Erdmann (2007).

Exemplo de aplicação Figura 29: Estrutura do produto X. Fonte: Erdmann (2007).

Ref. à Figura 29 A estrutura do produto X (item pai) tem em Y

Ref. à Figura 29 A estrutura do produto X (item pai) tem em Y 1 e Y 2 seus itens-filhos. O item-filho Y 1, por sua vez, tem como filhos os itens Z 1 e Z 2. Um produto final X requer uma unidade do item-filho Y 1, o qual, por sua vez, consome seis unidades de Z 1 e uma unidade de Z 2. Além disso, cada unidade de X necessita também de quatro unidades de Y 2 para ser finalizada.

Ref. à Figura 29 - Lead times (para até dez unidades de produto final):

Ref. à Figura 29 - Lead times (para até dez unidades de produto final): • Montagem de X: 5 períodos • Submontagem de Y 1: 4 períodos • Aquisição de Z 1: 2 períodos • Fabricação de Z 2: 4 períodos • Fabricação de Y 2: 7 períodos.

Gráfico de montagem de X, considerados os lead-times Figura 31: Gráfico de montagem de

Gráfico de montagem de X, considerados os lead-times Figura 31: Gráfico de montagem de X. Fonte: Erdmann (2007, p. 159).

Disponibilidade de estoques Item (produto final ou componente) Data Disponibilidades líquidas *número de dias

Disponibilidade de estoques Item (produto final ou componente) Data Disponibilidades líquidas *número de dias antes da **disponibilidades caso as entrega do produto final em que movimentações ocorram conforme o o componente deve estar programado disponível Produto final X Zero 1 Submontado Y 1 -5 2 Componente Z 1 -9 5 Componente Z 2 -9 4 Componente Y 2 -5 - Tabela 9: Disponibilidade de estoques. Fonte: Erdmann (2007).

Dia do mês Data 1 2 -13 -12 3 -11 4 -10 5 -9

Dia do mês Data 1 2 -13 -12 3 -11 4 -10 5 -9 6 -8 7 -7 8 -6 9 -5 10 -4 11 -3 12 -2 13 -1 14 0 Necessidades brutas 10 Recebimentos programados 9 Estoque projetado e disponível Ordens liberadas 1 1 1 1 0 9 (tempo de reposição = 5 períodos; estoque de segurança = 0) Tabela 10: Programação da produção do produto final X. Fonte: Erdmann (2007).

Programação Orientada para a Minimização de Estoques – A Técnica Kanban é um registro

Programação Orientada para a Minimização de Estoques – A Técnica Kanban é um registro de autorização da produção. (REID; SANDERS 2005, p. 125).

Componentes da técnica Kanban Cartão: elemento sinalizador (móvel) que contém informações sobre especificação do

Componentes da técnica Kanban Cartão: elemento sinalizador (móvel) que contém informações sobre especificação do produto e quantidades a serem produzidas ou transportadas. Painel: local de fácil visualização cujos cartões são afixados em faixas (linhas, colunas) específicas no sentido de indicar a necessidade de produzir ou transportar, bem como o respectivo nível de urgência. Contêiner: recipiente proporcional ao tamanho de lote a ser produzido ou movimentado. Ponto de estocagem: local onde são depositados os materiais transportados ou produzidos, respectivamente, na entrada do centro consumidor ou na saída do centro de trabalho produtor.

Tipos de cartões O cartão de transporte é o elo entre dois postos de

Tipos de cartões O cartão de transporte é o elo entre dois postos de trabalho sucessivos. O cartão afixado no quadro de Kanban de transporte significa uma ordem de reabastecimento à qual corresponderá um contêiner vazio. O cartão de produção (ou de processo) autoriza a produção de um novo lote, correspondente a um contêiner.

Cálculo do número de cartões (de produção + transporte) n = D. (Te +

Cálculo do número de cartões (de produção + transporte) n = D. (Te + Tp). (1 + α) A onde: n = número de cartões. D = demanda do centro consumidor por dia (ou outra unidade). A = tamanho do lote (ou contêiner).

Cálculo do número de cartões (de produção + transporte) nº de cartões de transporte

Cálculo do número de cartões (de produção + transporte) nº de cartões de transporte nº de cartões de produção

Exemplo D (demanda diária): 450 unidades (réguas). Tp (tempo de produção): 40 min. (0,

Exemplo D (demanda diária): 450 unidades (réguas). Tp (tempo de produção): 40 min. (0, 0833 dia). Te (tempo de espera): 12 min. (0, 025 dia). p = (margem de segurança na produção): 45 %. e (margem de segurança movimentação): 35 %. A (quantidade de peças por contêiner): 6 unidades (réguas). O dia de trabalho é de 8 horas ou 480 minutos.

Níveis de segurança • Os níveis de segurança foram estimados com base no nível

Níveis de segurança • Os níveis de segurança foram estimados com base no nível de confiança, tanto no processo de movimentação como para o de produção. • O nível de segurança de espera ( e) foi estimado em 35%. • Já o de produção ( p), em 45%, por ser antiquado o maquinário existente. Contudo, ambos são considerados altos e, na medida do melhoramento dos processos, devemos baixá-los.

Kanban O Kanban diferencia-se dos métodos usuais por acionar a produção de maneira inversa.

Kanban O Kanban diferencia-se dos métodos usuais por acionar a produção de maneira inversa. As ordens de produção são entregues somente ao último posto de trabalho, que começa a “puxar” os postos anteriores.

igura 34: Mapofluxograma (uso de dois cartões kanban). Fonte: Erdmann (2007).

igura 34: Mapofluxograma (uso de dois cartões kanban). Fonte: Erdmann (2007).

Kanban de um só cartão De acordo com Schonberger (1992 , p. 177 -178),

Kanban de um só cartão De acordo com Schonberger (1992 , p. 177 -178), o cartão único passa a ser o cartão de transporte. Esse sistema significa que o consumidor “puxa”, enquanto o fornecedor “empurra” a produção.

, o que significa três cartões de transporte (ou movimentação).

, o que significa três cartões de transporte (ou movimentação).

 Figura 35: Mapofluxograma (uso de somente um cartão de kanban) – modelo de

Figura 35: Mapofluxograma (uso de somente um cartão de kanban) – modelo de relação entre dois postos de trabalho. Fonte: Erdmann (2007).