CENTRO DE ESTUDOS SINDICAIS Os Clssicos das Cincias

  • Slides: 92
Download presentation
CENTRO DE ESTUDOS SINDICAIS

CENTRO DE ESTUDOS SINDICAIS

Os Clássicos das Ciências Sociais No século XIX, três pensadores desenvolveram teorias buscando explicar

Os Clássicos das Ciências Sociais No século XIX, três pensadores desenvolveram teorias buscando explicar a sociedade capitalista: Karl Marx , Emile Durkheim que continuou o positivismo de Augusto Comte e Max Weber. Estes três pensadores são denominados os clássicos da Sociologia. 18181883 18581917 18641920

A Sociologia ingressou na época do globalismo. [. . . ] As três teorias

A Sociologia ingressou na época do globalismo. [. . . ] As três teorias sociológicas que mais influenciam as interpretações da globalização são o funcionalismo, o marxismo e a teoria weberiana. [. . . ] Essas são três poderosas matrizes do pensamento científico na Sociologia, exercendo influências diretas e indiretas. Mesmo porque essas teorias nunca deixaram de contemplar o indivíduo, a ação social, o cotidiano e outras manifestações das diversidades da vida social. Estas teorias “fertilizam a maior parte de tudo o que se produz e se discute sobre as configurações e movimentos da sociedade global” Octavio Ianni

Qual a real importância de Marx, Durkheim e Weber? Têm somente um valor histórico

Qual a real importância de Marx, Durkheim e Weber? Têm somente um valor histórico para compreender o processo de formação da sociologia? Para que estudar os Clássicos? São fundamentais para compreender a sociedade atual? Têm apenas um valor didático ou realmente são importantes para a compreensão da vida social moderna?

POR QUE OS CLASSICOS? Do ponto de vista teórico: as obras dos clássicos possuem

POR QUE OS CLASSICOS? Do ponto de vista teórico: as obras dos clássicos possuem um valor muito maior do que os clássicos das rígidas ciências naturais. “Considero classico um escritor ao qual possamos atribuir as seguintes caracteristicas: Que seja considerado interprete autêntico e único de seu tempo, cuja obra seja utilizada como instrumento indispensável para compreendê-lo. Que seja sempre atual, de modo que cada época, ou mesmo cada geração, sinta a necessidade de relê-lo e, relendo-o, de reinterpretálo. Que tenha construído teorias-modelo das quais nos servimos continuamente para compreender a realidade, até mesmo uma realidade diferente daquela a partir da qual as tenha derivado e à qual as tenha aplicado, e que se tornaram, ao longo dos anos, verdadeira e proprias categorias mentais. ” Norberto Bobbio, Teoria Geral de Política

CONCEITOS BÁSICOS Dialética Socialismo Comunismo Modo de produção Forças de Produção Relações de Produção

CONCEITOS BÁSICOS Dialética Socialismo Comunismo Modo de produção Forças de Produção Relações de Produção Estado Infraestrutura Alienação Fetichismo da Mercadoria Valor de Uso Superestrutura Mercadoria Classes sociais Ideologia Força de Trabalho Valor de troca Maisvalia

CONCEITOS BÁSICOS FATO SOCIAL COERÇAO SOCIAL CONSCIÊNCIA COLETIVA SOLIDARIEDADE MEC NICA DIVISÃO SOCIAL DO

CONCEITOS BÁSICOS FATO SOCIAL COERÇAO SOCIAL CONSCIÊNCIA COLETIVA SOLIDARIEDADE MEC NICA DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO DIREITO REPRESSIVO SOLIDARIEDADE ORG NICA NORMAL E PATOLÓGICO DIREITO RESTITUTIVO ANOMIA SUICÍDIO

CONCEITOS BÁSICOS COMPREENSÃO SOCIAL AÇÃO SOCIAL PATRIMONIALISMO COMPREENS ÃO RACIONALIDADE VALORES TIPO IDEAL TIPOLOGIA

CONCEITOS BÁSICOS COMPREENSÃO SOCIAL AÇÃO SOCIAL PATRIMONIALISMO COMPREENS ÃO RACIONALIDADE VALORES TIPO IDEAL TIPOLOGIA DA DOMINAÇÃO LEGITIMA CARISMA SENTIDO TIPOLOGIA DA AÇÃO SOCIAL BUROCRACIA ÉTICA PROTESTANTE ETICA CALVINISTA arnaldolemos@uol. com. br

Os Clássicos da Sociologia Objeto da Sociologia Método Karl Marx (1818 – 1883) Classes

Os Clássicos da Sociologia Objeto da Sociologia Método Karl Marx (1818 – 1883) Classes Sociais Dialética Emile Durkheim (1857 – 1917) Fato Social Max Weber (1864 – 1920) Ação Social Explicação Compreensão Social

KARL MARX CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE ANÁLISE DA MERCADORIA

KARL MARX CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE ANÁLISE DA MERCADORIA

CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE Textos Básicos: 1848 1859 1863 O Manifesto Comunista Prefácio à

CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE Textos Básicos: 1848 1859 1863 O Manifesto Comunista Prefácio à Contribuição à Crítica da Economia Política O Capital

PRESSUPOSTOS PARA O CONHECIMENTO DA SOCIEDADE Conceito de Homem Conceito de Trabalho Conceito de

PRESSUPOSTOS PARA O CONHECIMENTO DA SOCIEDADE Conceito de Homem Conceito de Trabalho Conceito de História

CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE HOMEM ser de necessidades satisfação das necessidades produção de bens

CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE HOMEM ser de necessidades satisfação das necessidades produção de bens materiais TRABALHO

CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE Relações A ) com a Natureza (instrumentos de produção) +

CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE Relações A ) com a Natureza (instrumentos de produção) + B ) dos Homens entre si (divisão do trabalho) Feudal Relações de Produção Modo de Produção História Antigo Forças de Produção Capitalista

“A história humana é a história das relações dos homens com a natureza e

“A história humana é a história das relações dos homens com a natureza e dos homens entre si. ” Nesses dois tipos de relação aparece como intermediário um elemento essencial: O TRABALHO HUMANO Assim como Darwin havia descoberto a lei da evolução das espécies, Marx descobriu as leis da HISTÓRIA

INFRA-ESTRUTURA ECONÔMICA Forças de Produção (materiais) Relações de Produção (sociais) Modo de Produção O

INFRA-ESTRUTURA ECONÔMICA Forças de Produção (materiais) Relações de Produção (sociais) Modo de Produção O trabalho do homem, o trabalho do animal a serviço do homem, a natureza, os instrumentos de produção. Toda capacidade humana de produzir. São os modos específicos de organização do trabalho e da propriedade, devido a divisão do trabalho. Cada época histórica possui um conjunto de forças produtivas a que correspondem determinadas relações de produção.

CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE SUPER ESTRUTURA IDEOLÓGICA POLÍTICA JURÍDICA ESTADO DIREITO FORÇAS DE PRODUÇÃO

CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE SUPER ESTRUTURA IDEOLÓGICA POLÍTICA JURÍDICA ESTADO DIREITO FORÇAS DE PRODUÇÃO + RELAÇÕES DE PRODUÇÃO (MODO DE PRODUÇÃO) INFRA ESTRUTURA ECONÔMICA

CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE SUPER ESTRUTURA IDEOLÓGICA CONSCIÊNCIA POLÍTICA JURÍDICA ESTADO DIREITO FORÇAS DE

CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE SUPER ESTRUTURA IDEOLÓGICA CONSCIÊNCIA POLÍTICA JURÍDICA ESTADO DIREITO FORÇAS DE PRODUÇÃO + RELAÇÕES DE PRODUÇÃO (MODO DE PRODUÇÃO) INFRA ESTRUTURA ECONÔMICA EXISTÊNCIA

Prefácio à Contribuição à Crítica da Economia Política A explicação das formas jurídicas, políticas,

Prefácio à Contribuição à Crítica da Economia Política A explicação das formas jurídicas, políticas, espirituais e de consciência encontra-se na base econômica e material da sociedade, no modo como os homens estão organizados no processo produtivo “O modo de produção da vida material CONDICIONA o processo da vida social, política e espiritual em geral” “Não é a consciência do homem que DETERMINA a sua existência, mas ao contrário, é a sua existência que determina a sua consciência” “Ao mudar a base econômica revoluciona-se, mais ou menos, toda a imensa superestrutura erigida sobre ela”

CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE MPC RELAÇÕES DE PROPRIEDADE PROPRIETÁRIOS NÃO PROPRIETÁRIOS PROLETARIADO BURGUESIA CLASSE

CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE MPC RELAÇÕES DE PROPRIEDADE PROPRIETÁRIOS NÃO PROPRIETÁRIOS PROLETARIADO BURGUESIA CLASSE DOMINANTE CLASSE DOMINADA RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO

CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE SUPER ESTRUTURA IDEOLÓGICA CONSCIÊNCIA POLÍTICA JURÍDICA ESTADO DIREITO FORÇA DE

CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE SUPER ESTRUTURA IDEOLÓGICA CONSCIÊNCIA POLÍTICA JURÍDICA ESTADO DIREITO FORÇA DE PRODUÇÃO + RELAÇÕES DE PRODUÇÃO (MODO DE PRODUÇÃO) INFRA ESTRUTURA ECONÔMICA EXISTÊNCIA

Prefacio à Contribuição à Crítica da Economia Política A determinadas forças de produção correspondem

Prefacio à Contribuição à Crítica da Economia Política A determinadas forças de produção correspondem determinadas relações de produção que se expressam em relações jurídicas e que constituem um modo de produção FORÇAS DE PRODUÇÃO (FP) MODO DE PRODUÇÃO RELAÇÕES DE PRODUÇÃO (RP) As forças de produção são dinâmicas porque são dialéticas e as relações de produção não acompanham o ritmo de seu desenvolvimento As forças de produção se chocam com as relações de produção existentes, ou o que não é senão sua expressão jurídica, com as relações de propriedade dentro das quais se desenvolveram até ali. De formas de desenvolvimento das forças produtivas, estas relações se convertem em obstáculos a elas. E se abrem assim na época de revolução social.

CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE DETERMINISMO OU Determinismo: (relação de causalidade) : relação mecanicista e não

CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE DETERMINISMO OU Determinismo: (relação de causalidade) : relação mecanicista e não dialética CONDICIONAMENTO ? Condicionamento : é uma variável. corre o risco de ser flexível demais

ANÁLISE DA MERCADORIA 1. O duplo valor dos bens materiais • Valor de uso

ANÁLISE DA MERCADORIA 1. O duplo valor dos bens materiais • Valor de uso • Valor de troca 2. A determinação do valor de troca 3. Os processos históricos de troca 4. A força de trabalho como mercadoria 5. O processo da mais valia 6. O fetichismo da mercadoria

1. O duplo valor dos bens materiais homem necessidades satisfação Valor de uso produção

1. O duplo valor dos bens materiais homem necessidades satisfação Valor de uso produção de bens materiais Utilidade do bem material para o seu produtor valor dos bens Valor de troca Quando o bem produzido não tem valor de uso para o seu produtor e este o coloca no mercado para troca: MERCADORIA Toda mercadoria é essencialmente valor de troca, mas tem embutido nela um valor de uso

2. A determinação do valor de troca O que determina o valor de troca

2. A determinação do valor de troca O que determina o valor de troca de uma MERCADORIA ? QUANTIDADE ? NECESSIDADE ? FINALIDADE ? EQUIVALÊNCIA (valores iguais)

2. A determinação do valor de troca equivalência trabalho equivalência 02 horas 04 horas

2. A determinação do valor de troca equivalência trabalho equivalência 02 horas 04 horas tempo de trabalho necessário para a sua produção

2. A determinação do valor de troca Tempo de trabalho SOCIALMENTE necessário para a

2. A determinação do valor de troca Tempo de trabalho SOCIALMENTE necessário para a sua produção Tempo médio Socialmente Tempo social Exemplo : compra no supermercado Pacote de arroz = 10 reais O preço é o que aparece. O que significa? Trabalho da sociedade: ao trocar as mercadorias, há uma comparação de trabalho humano. Logo toda mercadoria expressa relações sociais

O que é comum a todas as mercadorias não é trabalho concreto de um

O que é comum a todas as mercadorias não é trabalho concreto de um ramo de produção determinado, não é o trabalho de um gênero particular, mas o trabalho humano abstrato, o trabalho humano geral. “Ao equiparar os seus diversos produtos na troca como valores, os homens equiparam os seus diversos trabalhos como trabalho humano. Não se dão conta, mas fazem-no”.

3. Os processos históricos de troca I) Processo Pré-Capitalista a) Processo de circulação simples

3. Os processos históricos de troca I) Processo Pré-Capitalista a) Processo de circulação simples (troca direta) A troca direta não dinamiza a troca M M Há necessidade de um equivalente geral b) Processo de circulação complexa (troca indireta) M D (equivalente geral) M O processo Pré-Capitalista não tem como objetivo o LUCRO

3. Os processos históricos de troca II) Processo Capitalista D M D+ Qual a

3. Os processos históricos de troca II) Processo Capitalista D M D+ Qual a vantagem ? Dinheiro tem valor de uso ? M D+++. . .

3. Os processos históricos de troca O processo précapitalista começa com M O processo

3. Os processos históricos de troca O processo précapitalista começa com M O processo capitalista começa com D a mercadoria é produto do trabalho o dinheiro é necessariamente produto do trabalho ?

Questão Básica De onde veio o dinheiro para o início do capitalismo? Comércio =

Questão Básica De onde veio o dinheiro para o início do capitalismo? Comércio = troca de mercadoria, conquista, pirataria, saque, exploração, suborno, fraude. . . “Se o dinheiro. . vem ao mundo com uma mancha congênita de sangue numa das faces, o capital vem pingando da cabeça aos pés, de todos os poros, sangue e lama” (Marx, O Capital, vol 1)

capitalismo máquina matéria prima (Capital constante) D + força de trabalho (Capital variável) M

capitalismo máquina matéria prima (Capital constante) D + força de trabalho (Capital variável) M D+

capitalismo No capitalismo a força de trabalho tornou-se uma mercadoria. Antes, o trabalhador era

capitalismo No capitalismo a força de trabalho tornou-se uma mercadoria. Antes, o trabalhador era dono de sua força de trabalho: camponeses e artesãos Camponeses = expulsos do campo Artesãos = destituídos de suas ferramentas

4. A força de trabalho como mercadoria Qual o valor desta mercadoria ? a)

4. A força de trabalho como mercadoria Qual o valor desta mercadoria ? a) o valor de uma mercadoria é determinado pelo tempo de trabalho necessário para que ela exista b) ora, a força de trabalho é uma mercadoria c) logo, o valor da força de trabalho é determinado pelos meios necessários para que ela exista d) ora, a força de trabalho não existe desvinculada de seu dono, o trabalhador e) Logo, o valor da força de trabalho é determinado pelos meios necessários para que o trabalhador exista f) ora, um dia o trabalhador vai morrer g) logo o valor da força de trabalho é determinado pelos meios necessários à subsistência do trabalhador e sua reprodução

capitalismo Enquanto cresce, estuda e trabalha, o homem consome uma certa quantidade de mercadorias,

capitalismo Enquanto cresce, estuda e trabalha, o homem consome uma certa quantidade de mercadorias, que pode ser medida em tempo de trabalho. MEDINDO ESTE VALOR, ESTAREMOS MEDINDO, INDIRETAMENTE, O VALOR DA FORÇA DE TRABALHO PORTANTO, O VALOR DA FORÇA DE TRABALHO É IGUAL AO VALOR DOS MEIOS DE SUBSISTÊNCIA, PRINCIPALMENTE GÊNEROS DE PRIMEIRA NECESSIDADE, INDISPENSÁVEIS À REPRODUÇÃO DA CLASSE OPERÁRIA Esse valor é pago no salário, que deve dar apenas para o estritamente necessário ao futuro trabalhador.

ENGELS, situação dos trabalhadores (…) mais desmoralizante que a miséria é, para os operários,

ENGELS, situação dos trabalhadores (…) mais desmoralizante que a miséria é, para os operários, a insegurança de sua vida, a necessidade de viver cada dia com um salário sem saber o que lhe acontecerá na manhã seguinte – em suma, aquilo que faz deles proletários. (…) O proletário, por seu turno, que só possui de seus próprios braços, que consome à noite o que ganhou durante o dia, que está inteiramente sujeito ao acaso, que não tem nenhuma garantia futura de assegurar-se os meios mais elementares de subsistência – em função de uma crise ou de um capricho do patrão pode ficar desempregado -, está reduzido à condição mais revoltante, mais desumana que se pode imaginar (…) o proletário está abandonado a si mesmo e, ao mesmo tempo, está impossibilitado de empregar sua força de modo a valer-se dela para viver (…) Ele sofre todas as combinações possíveis e deve ser grato à sorte se, por algum tempo, conseguir salvar sua pele”[2].

capitalismo É esse o circulo vicioso do capitalismo, em que o assalariado vende a

capitalismo É esse o circulo vicioso do capitalismo, em que o assalariado vende a sua força de trabalho para sobreviver e o capitalista lhe compra a força de trabalho para enriquecer. A razão do circulo vicioso esta no processo de MAIS VALIA

5. O processo da mais valia Primeiro Modo Hipótese: 08 horas Tempo Necessário: o

5. O processo da mais valia Primeiro Modo Hipótese: 08 horas Tempo Necessário: o tempo de trabalho necessário para produzir mercadorias cujo valor é igual ao valor da força de trabalho Tempo Excedente: o tempo de trabalho que excede, que vale mais que a força de trabalho: mais valia. O trabalhador, embora tenha feito juridicamente um contrato de trabalho de 08 horas, trabalha 04 horas de graça Mais Valia Absoluta: Se o capitalista exigir aumento das horas, ainda que pague mais, estará aumentando a mais valia: Mais Valia Relativa: Se o capitalista investir em novas tecnologias diminuirá o tempo necessário estará aumentando a mais valia

5. O processo da mais valia Segundo Modo Exemplo Matéria Prima Produção de um

5. O processo da mais valia Segundo Modo Exemplo Matéria Prima Produção de um par de sapatos = 100 unid de moeda Desgaste Instrumentos = 20 unid de moeda Salário Diário = 30 unid de moeda Como o capitalista obtém o lucro? Não é no âmbito da compra e venda É no âmbito da produção O valor de um par de sapatos é a soma de todos os valores representados pelas diversas mercadorias que entraram na produção

5. O processo da mais valia 09 horas de trabalho 01 par a cada

5. O processo da mais valia 09 horas de trabalho 01 par a cada 03 horas Nessas 03 h o trabalhador cria uma quantidade de valor correspondente ao seu salário Nas outras 06 h produz mais mercadorias que geram um valor maior do que lhe foi pago na forma de salário

5. O processo da mais valia Meios de Produção 120 + + salário 30

5. O processo da mais valia Meios de Produção 120 + + salário 30 = 150 Meios de Produção 120 + + salário x 03 30 = 390 = 130 03

MAIS VALIA Ao final da jornada, o trabalhador recebe 30 unidades de moeda e

MAIS VALIA Ao final da jornada, o trabalhador recebe 30 unidades de moeda e o seu trabalho rendeu o dobro ao capitalista: 20 unidades de moeda em cada um dos pares de sapato. Este valor a mais não retorna ao operário: incorpora-se ao produto e é apropriado pelo capitalista Assim como um boi produz mais do que consome e enriquece o seu dono, a classe trabalhadora produz mais valia do que consome e enriquece os proprietários dos meios de produção. Os trabalhadores são os bois do sistema capitalista

SAMBA DA MAIS VALIA Sergio Silva Síntese de muitas determinações A realidade social é

SAMBA DA MAIS VALIA Sergio Silva Síntese de muitas determinações A realidade social é feita de contradições Mas a árvore não pode esconder o arvoredo Vem um grande analista e revela o segredo Da acumulação de capital É mais valia pra cá É mais valia pra lá Capitalismo é selvagem e global É mais valia pra cá É mais valia pra lá Tempo roubado do trabalho social Mercadoria é alienação Trabalho e salário, a danação A grana diz: trabalho sozinha A fórmula é d –m - d’ Síntese de muitas determinações a realidade brasileira é feita de contradições Mas o grande analista indicou o caminho Ninguém pode vencer esta luta sozinho É luta de classe e exploração Tem a novela, meu bem, E tem a Xuxa também

Tem a novela, meu bem, E tem a Xuxa também Pro demitido tem no

Tem a novela, meu bem, E tem a Xuxa também Pro demitido tem no Jornal Nacional Tem desemprego, meu bem, E tem a dengue também Desigualdade e tortura federal No Brasil tudo foi ti-ti-ti Todo mundo pensando do Gianotti à Chauí Mas agora é hora de transformação O Carnaval traz nossa revolução Síntese de muitas determinações A realidade social é feita de contradições Mas a árvore não pode esconder o arvoredo Vem o grande analista e revela o segredo Da acumulação de capital O Manifesto falou, O comunista escutou Tem que seguir o movimento popular O grande mestre mostrou A grande escola ensinou De ver o samba no pé se revoltar Lá no Rio, os herdeiros da filosofia Descobriram o pandeiro e a cuíca vazia Mas agora é hora de transformação O Carnaval traz nossa revolução

O FETICHISMO DA MERCADORIA FETICHISMO Adoração ou culto de fetiches FETICHE Objeto animado ou

O FETICHISMO DA MERCADORIA FETICHISMO Adoração ou culto de fetiches FETICHE Objeto animado ou inanimado, feito pelo homem ou produzido pela natureza, ao qual o homem da o caráter de sagrado e presta culto MARX FREUD (1856 – 1939) (1818 – 1883) A aplicação do processo de fetichismo ao comportamento individual: fetiches sexuais A aplicação do processo do fetichismo ao comportamento social: a mercadoria e o dinheiro são fetiches

O que é MERCADORIA ? Trabalho humano concentrado e não pago. Ao trocar mercadorias,

O que é MERCADORIA ? Trabalho humano concentrado e não pago. Ao trocar mercadorias, o homem compara trabalho humano. A mercadoria expressa, pois, relações sociais Aparece como uma coisa dotada de valor de uso (utilidade) e de valor de troca (preço) Exemplo de relações: a mercadoria 3, 00 se relaciona com a mercadoria sabonete Gessy, a mercadoria 200, 00 se relaciona com a mercadoria menino-que -faz-pacotes As coisas-mercadorias começam a se relacionar umas com as outras como se fossem sujeitos sociais, dotados de vida própria: 01 apartamento estilo “mediterrâneo” = um modo de viver 01 cigarro marca X = um estilo de vida 01 calça jeans griffe X = um vida jovem

O FETICHISMO DA MERCADORIA As coisas-mercadorias aparecem como sujeitos sociais, dotados de vida própria

O FETICHISMO DA MERCADORIA As coisas-mercadorias aparecem como sujeitos sociais, dotados de vida própria e os homens-mercadorias aparecem como coisas A mercadoria é um fetiche no sentido religioso da palavra: uma coisa que existe por si e em si A mercadoria, como fetiche, tem poder sobre seus crentes COMO ENTÃO APARECEM AS RELAÇÕES SOCIAIS DE TRABALHO ? As relações sociais de trabalho aparecem como relações materiais entre as pessoas e como relações sociais entre coisas Os homens são transformados em coisas e as coisas são transformadas em “gente”

O FETICHISMO DA MERCADORIA Os homens são transformados em coisas: trabalhador Uma coisa chamada

O FETICHISMO DA MERCADORIA Os homens são transformados em coisas: trabalhador Uma coisa chamada força de trabalho uma coisa chamada mercadoria que possui outra coisa chamada preço proprietário uma coisa chamada capital que possui outra coisa chamada capacidade de ter lucros. E a coisas são transformadas em “gente”: Produzir, distribuir, comerciar, acumular, consumir, investir, poupar, trabalhar = funcionam e operam sozinhas, por si mesmas, independente dos homens que as realizam Desaparecem os seres humanos, ou melhor, eles existem sob a forma de coisas: reificação (Lucaks)

“Chegou, enfim, um tempo em que tudo o que os homens haviam considerado inalienável

“Chegou, enfim, um tempo em que tudo o que os homens haviam considerado inalienável se tornou objeto de troca, de tráfico e podia vender-se. O tempo em que as próprias coisas que até então eram coparticipadas mas jamais trocadas; dadas, mas jamais vendidas; adquiridas mas jamais compradas — virtude, amor, opinião, ciência, consciência etc — em que tudo passou para o comércio. O tempo da corrupção geral, da venalidade universal, ou, para falar em termos de economia política, o tempo em que qualquer coisa, moral ou física, uma vez tornada valor venal, é levada ao mercado para receber um preço, no seu mais justo valor”. Karl Marx, A Miséria da Filosofia

Questões Finais Por que os homens conservam essa realidade ? Como se explica que

Questões Finais Por que os homens conservam essa realidade ? Como se explica que não percebam a reificação ? Como entender que o trabalhador não se revolte contra uma situação na qual não só lhe foi roubada a condição humana, mas ainda é explorado naquilo que faz ? Como explicar que essa realidade nos apareça como natural, normal, racional, aceitável ? De onde vem o obscurecimento da existência das contradições e dos antagonismos sociais ? De onde vem a não percepção da existência das contradições e dos antagonismos sociais ? A resposta a essas questões nos conduz diretamente ao fenômeno da ALIENAÇÃO e da IDEOLOGIA

ALIENAÇÃO Alienar um imóvel CAPITALISMO alienum = alheio - outro Vender = separar o

ALIENAÇÃO Alienar um imóvel CAPITALISMO alienum = alheio - outro Vender = separar o proprietário da propriedade ALIENAÇÃO ECONÔMICA Os trabalhadores são expropriados seus meios de produção da vida material e do saber do qual dependia a fabricação de um produto e a própria posição social do artesão O capitalismo reduziu o trabalhador à execução de tarefas simplificadas, parciais e repetitivas na linha de produção da fábrica O trabalhador só aprende que deve trabalhar para receber o salário e viver, pois esta é a percepção que tem da realidade na vida cotidiana O trabalho é percebido pelo trabalhador como algo fora de si, que pertence a outros. Daí adquire uma consciência falsa do mundo em que vive: IDEOLOGIA

IDEOLOGIA É aquele sistema ordenado de idéias e concepções, de normas e de regras

IDEOLOGIA É aquele sistema ordenado de idéias e concepções, de normas e de regras (com base no qual as leis jurídicas são feitas) que obriga os homens a comportarem-se segundo a vontade do “sistema”, como se estivessem se comportando segundo sua própria vontade A ideologia dominante numa dada época histórica é a ideologia da classe dominante nessa época. Ao contrário de outras épocas históricas (escravidão e servidão), no capitalismo o trabalhador acha que é justo que ele seja separado do produto de seu trabalho, mediante o pagamento de seu salário. Para Marx, o salário não remunera todo o trabalho, pois uma parte é apropriada pelo capitalista e se transforma em lucro. O trabalhador não percebe isso por causa da ideologia que é uma concepção de mundo gerada pela classe dominante e assumida pela classe dominada como se fosse sua.

EMILE DURKHEIM DIVISÃO DO TRABALHO SOCIAL ANOMIA E PATOLOGIA SOCIAL

EMILE DURKHEIM DIVISÃO DO TRABALHO SOCIAL ANOMIA E PATOLOGIA SOCIAL

A preocupação em estabelecer normas que justifiquem a manutenção da sociedade capitalista A Divisão

A preocupação em estabelecer normas que justifiquem a manutenção da sociedade capitalista A Divisão do Trabalho Social

A Divisão do Trabalho Social Em sua obra A Divisão do Trabalho Social procura

A Divisão do Trabalho Social Em sua obra A Divisão do Trabalho Social procura compreender as repercussões da divisão do trabalho e do aumento do individualismo na integração social. Durkheim tenta entender o funcionamento da sociedade da mesma forma que a Biologia entende o funcionamento de um corpo. Cada indivíduo tem uma função a cumprir que é importante funcionamento de todo o corpo social. para o

A Divisão do Trabalho Social Divisão Social do trabalho vem a ser a especialização

A Divisão do Trabalho Social Divisão Social do trabalho vem a ser a especialização de funções entre os indivíduos de uma sociedade. Quanto mais for especializada sua atividade, mais o membro de uma sociedade passa a depender dos outros membros. Daí o efeito mais importante da divisão do trabalho não é o seu aspecto econômico (aumento de produtividade) mas a integração e a união entre os membros, que Durkheim denomina SOLIDARIEDADE.

SOLIDARIEDADE SOCIAL

SOLIDARIEDADE SOCIAL

SOCIEDADE PRE-CAPITALISTA SOCIEDADE CAPITALISTA Tradicional Moderna Não diversificada Diversificada Pré-industrial Industrial Semelhanças de funções:

SOCIEDADE PRE-CAPITALISTA SOCIEDADE CAPITALISTA Tradicional Moderna Não diversificada Diversificada Pré-industrial Industrial Semelhanças de funções: união Especialização de funções: dependência Simples Complexa Causa da coesão social: união Pouca divisão do trabalho Causa da coesão social: dependência Solidariedade mecânica Muita divisão do trabalho Solidariedade orgânica

divisão do trabalho pouco desenvolvida Não havia um grande número de especializações Solidariedade Mecânica

divisão do trabalho pouco desenvolvida Não havia um grande número de especializações Solidariedade Mecânica As pessoas se uniam não porque dependiam do trabalho das outras mas porque tinham a mesma religião, as mesmas tradições, os mesmos sentimentos, os mesmos valores consciência coletiva era forte e pesava sobre o comportamento de todos. Predominava o Direito Repressivo (Penal) pois o crime feria os sentimentos coletivos.

Há divisão de trabalho porque há mais especialização de funções. . O que une

Há divisão de trabalho porque há mais especialização de funções. . O que une as pessoas é a interdependência das funções sociais. Solidariedade Orgânica A consciência coletiva é fraca pois é difusa, difundindo-se pelas diversas instituições Predomina o Direito Restitutivo (Civil) , pois a função do Direito mais do que punir o criminoso, é restabelecer a ordem que foi violada.

As causa sociais do aumento da divisão do trabalho nas sociedade complexas decorre de

As causa sociais do aumento da divisão do trabalho nas sociedade complexas decorre de uma combinação de fatores que envolvem : o volume populacional e a densidade natural e moral da população um aumento do volume da população Causas do aumento da divisão do trabalho uma maior aproximação dos membros da sociedade no espaço físico uma maior comunicação e interdependência dos indivíduos no espaço social

Durkheim admite que a Solidariedade Orgânica é superior à Mecânica, pois ao se especializarem

Durkheim admite que a Solidariedade Orgânica é superior à Mecânica, pois ao se especializarem as funções , a individualidade de certo modo é ressaltada, permitindo maior liberdade de ação Segundo Durkheim, o aumento da diferenciação social e das especializações é fruto de um processo de evolução das sociedades mais simples e tradicionais para as sociedades modernas

FATO PATOLÓGICO E ANOMIA O crescente desenvolvimento da industria e da tecnologia faz com

FATO PATOLÓGICO E ANOMIA O crescente desenvolvimento da industria e da tecnologia faz com que Durkheim tivesse uma visão otimista sobre o futuro do capitalismo. O capitalismo é uma sociedade perfeita, pois a maior divisão de trabalho aumenta a especialização de funções que aumenta a dependência, tendo maior solidariedade. Como explicar os problemas sociais, tais como favela, criminalidade, suicídio, fome, miséria, poluição, desemprego? A crise da sociedade é moral. Ou as normas estão falhando (fato patológico) normas (anomia) ou há ausência de

FATO PATOLÓGICO A sociedade, como todo organismo, apresenta estados normais e patológicos, saudáveis e

FATO PATOLÓGICO A sociedade, como todo organismo, apresenta estados normais e patológicos, saudáveis e doentios. Fato Social Normal quando se encontra generalizado na sociedade ou desempenha alguma função social importante. Fato Social Patolológico aquele que se encontra fora dos limites permitidos pela ordem social e pela moral vigente

Para Durkheim, um fenômeno quando agride os preceitos morais, pode ser considerado normal desde

Para Durkheim, um fenômeno quando agride os preceitos morais, pode ser considerado normal desde que encontrado na sociedade de forma generalizada desde que não coloque em risco a integração social. . Considerou o crime um fato social normal porque é encontrado em todas as sociedades e serve de parâmetro para a sociedade. Se o crime põe em risco a integração social é considerado patológico

ANOMIA E REGRAS SOCIAIS Situação de falta de normas num contexto social. Significa uma

ANOMIA E REGRAS SOCIAIS Situação de falta de normas num contexto social. Significa uma mudança social, crise de valores (contestação de regras de comportamento) e crise de legitimidade do poder político e do sistema jurídico.

ANOMIA Carência de regulamentação social, ausência de regras sociais. As crises econômicas e conflitos

ANOMIA Carência de regulamentação social, ausência de regras sociais. As crises econômicas e conflitos capital-trabalho se devem a uma situação de anomia. . Atribui essa crise moral às mudanças rápidas ocorridas na sociedade no final do século XIX e ao descompasso entre o avanço material e as normas morais e jurídicas. Ao estudar o suicidio, refere-se ao suicídio anômico que acontece devido ao enfraquecimento das regras morais. Tal estado deanomia se deve à propria sociedade que apresenta uma situação de desregramento levando os indivíduos a pedrderem a noção dos fins individuais e dos limites

ANOMIA EM DURKHEIM Aparece na análise que Durkheim faz do suicídio: as causas do

ANOMIA EM DURKHEIM Aparece na análise que Durkheim faz do suicídio: as causas do suicídio seriam sociais, dependendo do maior ou menor grau de coesão social. Três tipos de suicídio: EGOÍSTA Falta de integração ALTRUÍSTA Excesso de integração ANÔMICO Falta de limites e regras

MAX WEBER RELIGIÃO E CAPITALISMO

MAX WEBER RELIGIÃO E CAPITALISMO

RELIGIÃO E CAPITALISMO POR QUE O CAPITALISMO SE DESENVOLVEU APENAS NO OCIDENTE ? arnaldolemos@uol.

RELIGIÃO E CAPITALISMO POR QUE O CAPITALISMO SE DESENVOLVEU APENAS NO OCIDENTE ? arnaldolemos@uol. com. br

E POR QUE NO OCIDENTE SE DESENVOLVEU MAIS NOS PAÍSES PROTESTANTES ?

E POR QUE NO OCIDENTE SE DESENVOLVEU MAIS NOS PAÍSES PROTESTANTES ?

RELIGIÃO E CAPITALISMO “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo” (1904) ESPIRITO DO

RELIGIÃO E CAPITALISMO “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo” (1904) ESPIRITO DO CAPITALSIMO ÉTICA PROTESTANTE ETICA DA SALVAÇÃO ETICA CALVINISTA ASCETISMO RACIONALIDADE BUSCA RACIONAL DO LUCRO VALORIZAÇÃO DA PROFISSÃO DISCIPLINA PARCIMÔNIA DISCRIÇÃO POUPANÇA arnaldolemos@uol. com. br

O ESPIRITO DO É marca da cultura ocidental CAPITALISMO O “impulso para o ganho”

O ESPIRITO DO É marca da cultura ocidental CAPITALISMO O “impulso para o ganho” ou a “ânsia de lucro” nada tem a ver em si com o capitalismo RACIONALIDADE Há dois elementos no capitalismo ocidental: a formação de um mercado de trabalho formalmente livre o uso da contabilidade racional Sem estes dois elementos, a moderna organização racional da empresa capitalista não seria arnaldolemos@uol. com. br viável no Ocidente.

O ESPIRITO DO CAPITALISMO “Espírito do Capitalismo” : um conjunto de convicções e valores

O ESPIRITO DO CAPITALISMO “Espírito do Capitalismo” : um conjunto de convicções e valores defendidos pelos primeiros mercadores e industriais capitalistas RACIONALIDADE Para Weber, as atitudes envolvidas no espírito capitalismo tinham sua origem na teologia protestante arnaldolemos@uol. com. br

ETICA PROTESTANTE ETICA CALVINISTA Weber relaciona o papel do protestantismo, principalmente da ética calvinista,

ETICA PROTESTANTE ETICA CALVINISTA Weber relaciona o papel do protestantismo, principalmente da ética calvinista, na formação do comportamento típico do capitalismo ocidental moderno. levou, ao extremo, a noção de predestinação : o homem é salvo por vontade de Deus. Nenhum homem merece a salvação porque ninguém é digno dela. A salvação existe para a maior glória de Deus. arnaldolemos@uol. com. br

No protestantismo, o termo “vocação” passou a significar “profissão” ETICA CALVINISTA O homem é

No protestantismo, o termo “vocação” passou a significar “profissão” ETICA CALVINISTA O homem é “chamado” por Deus não apenas para que tenha uma atitude contemplativa, mas sim para cumprir sua missão no mundo através do trabalho e de sua profissão O calvinismo difunde uma ética segundo a qual o homem deve manter uma contabilidade diária de seu tempo. O desperdício do tempo é pecado pois o homem deve empregá-lo para servir a Deus e assegurar o seu lugar de “eleito” arnaldolemos@uol. com. br

A ETICA PROTESTANTE A vivência espiritual da doutrina e da conduta religiosa exigida pelo

A ETICA PROTESTANTE A vivência espiritual da doutrina e da conduta religiosa exigida pelo protestantismo organizou uma maneira de agir econômica, necessária para a realização de um lucro sistemático e racional. E O ESPIRITO DO CAPITALISMO Weber descobre que os valores do protestantismo, como a disciplina ascética, a poupança, a austeridade, a vocação, o dever e a propensão ao trabalho atuavam de maneira decisiva sobre os indivíduos arnaldolemos@uol. com. br

A ETICA PROTESTANTE E O objetivo do capitalismo é aumentar a riqueza alcançada, aumentar

A ETICA PROTESTANTE E O objetivo do capitalismo é aumentar a riqueza alcançada, aumentar o capital. Esse processo de enriquecimento constitui uma indicação segura de que se está “predestinado” O ESPIRITO DO CAPITALISMO O calvinismo traz a formação de uma nova mentalidade, um ethos (visão de mundo) propício ao capitalismo, em oposição ao “alheamento” e à atitude contemplativa do catolicismo. arnaldolemos@uol. com. br

Desprendimento dos bens materiais deste mundo CATOLICISMO Trabalho como verdadeira maldição, somente para sobrevivência

Desprendimento dos bens materiais deste mundo CATOLICISMO Trabalho como verdadeira maldição, somente para sobrevivência e não como meio de salvação A contemplação como elemento fundamental arnaldolemos@uol. com. br

A vocação como sinônimo de profissão A realização de uma vocação por meio do

A vocação como sinônimo de profissão A realização de uma vocação por meio do trabalho PROTESTANTISMO Renúncia de todos os prazeres do desperdício do tempo e da ociosidade Valorização positiva do trabalho e da riqueza criada pelo trabalho Reinvestimento da riqueza: assegurar o lugar de eleito, de “salvo” arnaldolemos@uol. com. br

O capitalismo é a cristalização objetiva destas premissas teológicas e éticas, segundo as quais

O capitalismo é a cristalização objetiva destas premissas teológicas e éticas, segundo as quais o homem, em virtude de seu trabalho e da riqueza criada por este trabalho, encontra um modo completo e sensível de conquistar sua salvação individual. arnaldolemos@uol. com. br

- O importante neste mundo é trabalhar para criar riqueza e criar riqueza não

- O importante neste mundo é trabalhar para criar riqueza e criar riqueza não para o desfrute pessoal e esbanjamento, mas para que se crie novamente trabalho. Esta é a base da salvação do homem. - Esta mentalidade acabou configurando a tipologia do empresário moderno. arnaldolemos@uol. com. br

ATUALIDADE DOS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA arnaldolemos@uol. com. br

ATUALIDADE DOS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA arnaldolemos@uol. com. br

Quando a globalização se constitui como “emblema da Sociologia”, as teorias sociológicas que ainda

Quando a globalização se constitui como “emblema da Sociologia”, as teorias sociológicas que ainda predominam, em suas implicações metodológicas e epistemológicas, são o funcionalismo, a teoria weberiana e o marxismo: arnaldolemos@uol. com. br

O marxismo, o funcionalismo e a teoria weberiana são “ as três poderosas matrizes

O marxismo, o funcionalismo e a teoria weberiana são “ as três poderosas matrizes do pensamento científico que nunca deixaram de contemplar o indivíduo, a ação social, o cotidiano e outras manifestações das diversidades da vida social” Estas teorias “fertilizam a maior parte de tudo o que se produz e se discute sobre as configurações e movimentos da sociedade global” (Octavio Ianni) arnaldolemos@uol. com. br

Karl Marx (1818 -1883), embora não tenha nenhuma preocupação em definir uma ciência específica

Karl Marx (1818 -1883), embora não tenha nenhuma preocupação em definir uma ciência específica para estudar a sociedade, procurou entender a sociedade capitalista a partir de seus princípios constitutivos e de seu desenvolvimento Emile Durkheim (1858 -1917) procurou insistentemente definir o caráter científico da Sociologia, dedicando-se a delimitar e a investigar um grande número de temas. Já Max Weber (1864 -1920) elaborou o seu pensamento num momento específico do desenvolvimento capitalista da Alemanha, buscando analisar o seu processo burocratizado e racionalista. arnaldolemos@uol. com. br

marxista (ou históricocultural As tres vertentes durkheimiana (ou funcionalista weberiana (ou compreensiva) vão inspirar

marxista (ou históricocultural As tres vertentes durkheimiana (ou funcionalista weberiana (ou compreensiva) vão inspirar outros pensadores que, refletindo sobre a realidade em que viveram, mesclando-se ou não contribuições de diferentes linhas teóricas, demonstraram a possibilidade de responder aos desafios do homem contemporâneo.

Para Marx, a preocupação é conjunto dos indivíduos inseridos nas classes sociais. Três modos

Para Marx, a preocupação é conjunto dos indivíduos inseridos nas classes sociais. Três modos diferentes de se posicionar diante da mesma questão Para Durkheim, a sociedade é tudo e o individuo deve ser submetido ao que é geral. Para Weber, o individuo e sua ação são os elementos constitutivos das ações sociais.

Marx : serve de inspiração a muitos autores modernos dedicados a interpretar as configurações

Marx : serve de inspiração a muitos autores modernos dedicados a interpretar as configurações e os movimentos da sociedade global, baseados no principio da contradição. Durkheim : está presente no estruturalismo e na teoria sistêmica, pois autores modernos redescobrem o principio da causação funcional com o qual nasceram e desenvolveram os funcionalismo e os neofuncionalismos. Weber : torna-se presente na medida em que multiplicam os estudos sobre a mundialização e a racionalização do mundo, a ocidentalização de outras sociedades, tribos, nações e nacionalidades. arnaldolemos@uol. com. br