Epidemiologia Analtica Estudos transversais Site www epi uff

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Epidemiologia Analítica Estudos transversais Site: www. epi. uff. br

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O método Epidemiológico – estudos descritivos Epidemiologia descritiva: Observação da frequência e distribuição de

O método Epidemiológico – estudos descritivos Epidemiologia descritiva: Observação da frequência e distribuição de um evento relacionado à saúde-doença Hipertensão arterial Qual a frequência de hipertensão?

O método Epidemiológico – estudos analíticos Observação da frequência e distribuição de um evento

O método Epidemiológico – estudos analíticos Observação da frequência e distribuição de um evento relacionado à saúde-doença Formulação de hipóteses : Existe associação entre atividade física e hipertensão arterial. Atividade física aumenta ou diminui doença cardiovascular. Estudos epidemiológicos quantitativos com teste de hipóteses

Tipos de estudo epidemiológico (adaptado de Almeida Fº, 2003) Investigador Temporalidade População Tipo de

Tipos de estudo epidemiológico (adaptado de Almeida Fº, 2003) Investigador Temporalidade População Tipo de estudo Observacional Transversal Individual Estudo transversal Agregado Estudo ecológico Individual Estudo de coorte Longitudinal Estudo caso-controle Intervenção ou Experimental Longitudinal Agregado Série temporal (ecológico) Individual Ensaio clínico Agregado Ensaio comunitário

Tipo de estudos epidemiológicos observacionais A) “causa” (exposição) e “efeito” (desfecho) são mensurados em

Tipo de estudos epidemiológicos observacionais A) “causa” (exposição) e “efeito” (desfecho) são mensurados em um único momento no tempo. B) Parte-se da exposição (presente/ausente) e, em pelo menos em um momento posterior no tempo, mensura-se a ocorrência do desfecho nos dois grupos. C) Parte-se do desfecho (presente/ausente) e, através de uma fonte confiável, verifica-se a exposição (passado) nos dois grupos.

Tipo de estudos epidemiológicos observacionais A) “causa” (exposição) e “efeito” (desfecho) são Estudo transversal

Tipo de estudos epidemiológicos observacionais A) “causa” (exposição) e “efeito” (desfecho) são Estudo transversal mensurados em um único momento no tempo. B) Parte-se da exposição (presente/ausente) e, em Estudo de coorte pelo menos em um momento posterior no tempo, mensura-se a ocorrência do desfecho nos dois grupos. C) Parte do desfecho (presente/ausente) e, através Estudo caso controle de uma fonte confiável, verifica-se a exposição (passado) nos dois grupos.

Quadros et al. Inquérito epidemiológico em escolares: determinantes e prevalência de fatores de risco

Quadros et al. Inquérito epidemiológico em escolares: determinantes e prevalência de fatores de risco cardiovascular. Cad Saúde Pública. 2016; 32(2): e 00181514. Objetivo: descrever a prevalência e os fatores associados a condições de risco cardiovascular – dislipidemia, hiperglicemia e hipertensão - em escolares de ambos os sexos, com idades entre seis a 18 anos, alunos do 1 o ao 9 o ano do Ensino Fundamental e do 1 o ao 3 o ano do Ensino Médio das redes pública e particular do município.

Estudo Transversal População investigada em um só momento

Estudo Transversal População investigada em um só momento

Estudo Transversal Estudo de prevalência descritivo ou Inquérito

Estudo Transversal Estudo de prevalência descritivo ou Inquérito

Estudo transversal analítico • Explorar associação entre variáveis • Exposição Desfecho • Explorar associação

Estudo transversal analítico • Explorar associação entre variáveis • Exposição Desfecho • Explorar associação entre variáveis • Área de residência Hiperglicemia

Área rural: 6 Com hiperglicemia Sem hiperglicemia Observa-se entre os dois grupos por residência

Área rural: 6 Com hiperglicemia Sem hiperglicemia Observa-se entre os dois grupos por residência (fator ou exposição ou determinante) em qual a hiperglicemia (desfecho) foi mais frequente (prevalência). Área urbana: 68 Com hiperglicemia Sem hiperglicemia

Estudos transversais • Medida de frequência Hiper. G Sem hiper. G Total Frequência de

Estudos transversais • Medida de frequência Hiper. G Sem hiper. G Total Frequência de hiper. G Área urbana Área rural 68 796 864 6 269 275

Prevalência Hiper. G Sem hiper. G Total Prevalência de hiper. G Área urbana Área

Prevalência Hiper. G Sem hiper. G Total Prevalência de hiper. G Área urbana Área rural 68 796 864 7, 9 6 269 275 2, 2

Estudos transversais • Existe associação entre exposição e desfecho? • Compara-se a prevalência do

Estudos transversais • Existe associação entre exposição e desfecho? • Compara-se a prevalência do desfecho nos dois grupos: expostos e não expostos Prevalência de hiper. G na área urbana • Razão de prevalências= Prevalência de hiper. G na área rural

Como medir associação entre exposição e desfecho? • Posso quantificar o quanto morar em

Como medir associação entre exposição e desfecho? • Posso quantificar o quanto morar em área urbana aumenta ou diminui a frequência de hiperglicemia? Anemia Área urbana Razão de prevalências 8, 0 / 2, 3= Área rural 2, 3 3, 48

Medida de associação – Razão de prevalências – RP Prevalência da hiperglicemia em escolares

Medida de associação – Razão de prevalências – RP Prevalência da hiperglicemia em escolares da área urbana (expostos) • Razão de prevalências (RP)= Prevalência da No caso => RP= 3, 48 Como interpreto? • E se a RP fosse = 1? • E se fosse = 0, 5? hiperglicemia em escolares da área rural (não-expostos)

Estudos transversais Associação ou Causalidade? Escolares com adiposidade periférica elevada têm 3 x prevalência

Estudos transversais Associação ou Causalidade? Escolares com adiposidade periférica elevada têm 3 x prevalência de hiperglicemia daqueles com adiposidade normal. A adiposidade causa hiperglicemia? A hiperglicemia causa adiposidade?

Critérios de Hill • Quanto mais critérios forem preenchidos, maior a chance de esta

Critérios de Hill • Quanto mais critérios forem preenchidos, maior a chance de esta associação ser de "causa e efeito“ : • Força da associação: quanto mais forte uma associação, mais provável que seja causal. • Consistência: a relação deve ser condizente com os achados de outros estudos • Especificidade: exposição específica causa a doença • Temporalidade: causa deve ser anterior à doença • Gradiente biológico (efeito dose-resposta): deve ser em gradiente, proporcional • Plausibilidade biológica: A associação deve ter uma explicação plausível, concordante com o nível atual de conhecimento do processo patológico • Coerência: os achados devem seguir o paradigma da ciência atual • Evidências experimentais: Mudanças na exposição mudam o padrão da doença • Analogia: com outra doença ou com outra exposição Bradford-Hill, Austin. (1965). "The Environment and Disease: Association or Causation? ". 'Proceedings of the Royal Society of Medicine' 58: 295– 300. PMID 14283879.

Estudos transversais • Pode ser medida a associação entre exposição e desfecho, mas há

Estudos transversais • Pode ser medida a associação entre exposição e desfecho, mas há limitação para causalidade. • Não há temporalidade, um critério importante para estabelecer causalidade.

Principal problema do estudo transversal Causalidade reversa Para algumas variáveis, não se pode afirmar

Principal problema do estudo transversal Causalidade reversa Para algumas variáveis, não se pode afirmar quem foi causa ou consequência.

Análise bruta e ajustada primeira abordagem

Análise bruta e ajustada primeira abordagem

Confundimento exposição desfecho Idade dislipidemia fator sexo É um outro fator que, de forma

Confundimento exposição desfecho Idade dislipidemia fator sexo É um outro fator que, de forma independente, é risco ou proteção para o desfecho. Este fator está relacionado com a exposição (maior ou menor frequência entre os expostos) Este fator não faz parte da cadeia causal entre a exposição e o desfecho

“Controle” do confundimento • A) Análise estratificada Estima-se a razão de prevalências de anemia

“Controle” do confundimento • A) Análise estratificada Estima-se a razão de prevalências de anemia em quem apresentou/não apresentou diarreia para cada grupo de idade • B) Regressão múltipla Y=a+bx 1+bx 2+e O efeito de cada x (idade, diarreia) sobre Y (anemia) é estimado independentemente!!!!