Conceitos bsicos da Epidemiologia Prof HLCIO JUNIOR 1
Conceitos básicos da Epidemiologia Prof. HÉLCIO JUNIOR
1 - O que é Epidemiologia • Estudo dos padrões de ocorrência de doenças em populações humanas. • Evolução e desfecho de doenças em grupos populacionais. EPI=SOBRE DEMO=POPULAÇÃO LOGIA=ESTUDO • Clínica aborda a doença a nível individual.
1 - O que é Epidemiologia Compreendendo o conceito de epidemiologia Médico �Investigar alterações no organismo. �Exame clínico. �Solicita exames complementares. �Chega a um diagnóstico �Indica prescrição. • • • Epidemiologista Investigar o agravo na população. Freqüência e distribuição da doença. Informações – dados. Hipóteses de fatores determinantes. Associação fator-doença. Profilaxia.
1 - O que é Epidemiologia • Estudo da distribuição e determinantes relacionados à saúde de populações específicas descreve a saúde da população. Controle de problemas de saúde • Oferece subsídios para a medicina preventiva e curativa. • Foco nos indicadores positivos de saúde como promovê-la?
1 - O que é Epidemiologia Controle de problemas de saúde • Em epidemiologia, o problema tem origem quando doenças acometem grupos humanos. • Faz-se necessário de remover fatores ambientais contrários à saúde. • O alvo de um estudo epidemiológico é sempre uma população humana, que pode ser definida em termos geográficos ou outro qualquer.
1 - O que é Epidemiologia • Epidemiologia é uma ciência que utiliza métodos quantitativos para o estudo dos problemas de saúde. • Ramo da ciência que estuda, na população: ü A ocorrência; ü Distribuição; ü Fatores determinantes dos eventos relacionados a saúde.
1 - O que é Epidemiologia • Melhorar a saúde da população.
2 - Contexto histórico da Epidemiologia • Hipócrates: “pai da medicina”. Fatores ambientais podem influenciar o aparecimento de doenças. • “Que seu alimento seja seu remédio; que seu remédio seja seu alimento ”. • “Tuas forças naturais, as que estão dentro de ti, serão as que curarão suas doenças”.
2 - Contexto histórico da Epidemiologia • Somente no século XIX que a distribuição das doenças em grupos humanos específicos passou a ser medida em larga escala. • A abordagem epidemiológica que compara os coeficientes (ou taxas) de doenças em subgrupos populacionais tornou-se uma prática comum no final do século XIX e início do século XX. • A sua aplicação foi inicialmente feita visando o controle de doenças transmissíveis e, posteriormente, no estudo das relações entre condições ou agentes ambientais e doenças específicas. Na segunda metade do século XX, esses métodos foram aplicados para doenças crônicas não transmissíveis tais como doença cardíaca e câncer, sobretudo nos países industrializados.
2 - Contexto histórico da Epidemiologia • John Snow • Cólera água • Doença infecciosa intestinal aguda causada pelo Vibrio cholarae.
2 - Contexto histórico da Epidemiologia • John Snow identificou o local de moradia de cada pessoa que morreu por cólera em Londres entre 1848 -49 e 1853 -54. • A partir disso, Snow comparou o número de óbitos por cólera em áreas abastecidas por diferentes companhias. • Verificou que a taxa de morte foi mais alta entre as pessoas que consumiam água fornecida pela companhia Southwark.
2 - Contexto histórico da Epidemiologia • Baseado nessa sua investigação, Snow construiu a teoria sobre a transmissão das doenças infecciosas. Sugeriu que a cólera disseminada através da água contaminada. • Dessa forma, foi capaz de propor melhorias no suprimento de água, mesmo antes da descoberta do micro-organismo causador da cólera. • A pesquisa também teve impacto direto sobre as políticas públicas de saúde.
Ingestão de água contaminada Não higienização das mãos Não higienização dos utensílios Ingestão de alimentos crus ou mal lavados
2 - Contexto histórico da Epidemiologia • Associação entre condições ambientais e doenças específicas. • Epidemiologia moderna: hábito de fumar e câncer de pulmão (Doll Hill et al. , década de 50).
2 - Contexto histórico da Epidemiologia • Estudo de doenças crônicas. • Diversos fatores contribuem para o aparecimento de doenças. Multicausalidade
2 - Contexto histórico da Epidemiologia • Epidemiologia de doenças transmissíveis. MALÁRIA Agente: Plasmodium Transmissão: fêmea do mosquito Anopheles. Sintomas: febre, dores de cabeça. Tratamento: anti-malária. Distribuição: região Amazônica (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins).
ESQUISSOSTOMOSE Agente: Schistosoma/caramujo. Transmissão: verme em rios e lagos. Sintomas: vermelhidão, urticária na pele, náusea, cefaleia, dor abdominal, fraqueza. Tratamento: antiparasitários.
ESQUISSOSTOMOSE Fases da doença: ü Na fase aguda (a mais comum), a doença se manifesta por meio de vermelhidão e coceira cutâneas, febre, fraqueza, náusea e vômito. O indivíduo pode, também, ter diarreias, alternadas ou não por constipações intestinais. ü Na fase crônica, fígado e baço podem aumentar de tamanho. Hemorragias, com liberação de sangue em vômitos e fezes, e aumento do abdome (barriga-d’água) são outras manifestações possíveis. Diagnóstico: exame de fezes, biópsia do intestino e exame de sangue (anticorpos específicos).
POLIOMIELITE Agente: Polivírus. Transmissão: oral-oral/oral-fecal. Sintomas: febre, náuseas, vômitos, dores abdominais, paralisia. Tratamento: antibióticos, fisioterapia, cirurgia ortopédica. HANSENÍASE Agente: Mycobacterium leprae Transmissão: gotículas de saliva ou secreção nasal. Sintomas: danos severos ao nervo e à pele. Tratamento: antibióticos.
HANSENÍASE • • Hoje, em todo o mundo, o tratamento é oferecido gratuitamente, e há várias campanhas para a erradicação na doença. Quando não tratada torna-se preocupante. Afeta primordialmente a pele, mas pode afetar também os olhos, os nervos periféricos e, eventualmente, outros órgãos. periféricos • • Os países com maiores incidência são os menos desenvolvidos ou com condições precárias de higiene e superpopulação. Em 2011, o Ministério da Saúde registrou no Brasil mais de 33 mil casos da doença. Sequelas: úlceras, perda da força muscular e deformidades (mãos em garra, pé caído).
HANSENÍASE • ü ü Sintomas: Perda de sensibilidade térmica; Sensação de formigamento (Parestesias); Perda de pelos; Ausência de transpiração. • Pode lesionar o nervo da área afetada, causando dormência e perda do tônus muscular. • Pode haver alteração na musculatura esquelética causando deformidades nos membros. • ü ü ü Classificações: Hanseníase Tuberculóide Hanseníase Borderline Hanseníase Virchowiana Aumento da gravidade Nas formas mais brandas o tratamento dura em torno de 6 meses. Nas formas mais graves, em torno de um ano.
HANSENÍASE • Classificações: ü A hanseníase, para fins de tratamento, pode ser classificada em: Paucibacilar: de 1 a 5 lesões de pele(baixa carga de bacilos) Multibacilar: > de 5 lesões de pele (alta carga de bacilos). Forma infectante da doença ü Assim que a pessoa começa o tratamento deixa de transmitir a doença. A pessoa com hanseníase não precisa ser afastada do trabalho, nem do convívio familiar.
3 - Área de atuação • Alvo do estudo epidemiológico população humana Conjunto de pessoas de uma determinada área População Grupo Subgrupo
3 - Área de atuação Genética Ambiente Saúde
3 - Área de atuação Ambiente Fatores biológicos Fatores químicos Fatores físicos Fatores psicológicos Comportamento Estilo de vida
3 - Área de atuação • Autoridades de saúde precisam conhecer as doenças que existem na comunidade. • Epidemiologistas: avaliam a eficiência dos serviços de saúde.
4 - Conquistas da Epidemiologia DEFICIÊNCIA DO IODO • Sal iodado utilizado em 1915 na Suíça. • Produção para inúmeros países em 1924. • Evolui para dificuldade de engolir e respirar. glândula tireoide aumentada.
4 - Conquistas da Epidemiologia AIDS/HIV • Primeiros casos detectados na África e Estados Unidos. • 1981 a AIDS é reconhecida como doença. • Isolamento do HIV-1 em 1983/1984. • Rastreamento de doadores de sangue, práticas sexuais seguras, não utilização compartilhada de seringas. • Antirretrovirais.
4 - Conquistas da Epidemiologia AIDS/HIV - Janela Imunológica • • • É o intervalo de tempo entre a infecção pelo vírus da aids e a produção de anticorpos anti. HIV no sangue. Os exames irão detectar a presença dos anticorpos, o que confirmará a infecção pelo vírus. O período de identificação do contágio pelo vírus depende: ü Do tipo de exame (quanto à sensibilidade e especificidade); ü Da reação do organismo do indivíduo. • Fora do período (30 a 60 dias) Falso negativo
4 - Conquistas da Epidemiologia AIDS/HIV-Constituição Brasileira: I - Todas as pessoas têm direito à informação clara, exata, sobre a aids. II – Os portadores do vírus têm direito a informações específicas sobre sua condição. III - Todo portador do vírus da aids tem direito à assistência e ao tratamento, dados sem qualquer restrição, garantindo sua melhor qualidade de vida. IV - Nenhum portador do vírus será submetido a isolamento, quarentena ou qualquer tipo de discriminação.
4 - Conquistas da Epidemiologia AIDS/HIV-Constituição Brasileira: V - Ninguém tem o direito de restringir a liberdade ou os direitos das pessoas pelo único motivo de serem portadoras do HIV/aids, qualquer que seja sua raça, nacionalidade, religião, sexo ou orientação sexual. VI - Todo portador do vírus da aids tem direito à participação em todos os aspectos da vida social. Toda ação que visar a recusar aos portadores do HIV/aids um emprego, um alojamento, uma assistência ou a privá-los disso, ou que tenda a restringi-los à participação em atividades coletivas, escolares e militares, deve ser considerada discriminatória e ser punida por lei.
4 - Conquistas da Epidemiologia AIDS/HIV-Constituição Brasileira: VII - Todas as pessoas têm direito de receber sangue e hemoderivados, órgãos ou tecidos que tenham sido rigorosamente testados para o HIV. VIII - Ninguém poderá fazer referência à doença de alguém, passada ou futura, ou ao resultado de seus testes para o HIV/aids, sem o consentimento da pessoa envolvida. A privacidade do portador do vírus deverá ser assegurada por todos os serviços médicos e assistenciais. IX - Ninguém será submetido aos testes de HIV/aids compulsoriamente, em caso algum. Os testes de aids deverão ser usados exclusivamente para fins diagnósticos, controle de transfusões e transplantes, estudos epidemiológicos e nunca qualquer tipo de controle de pessoas ou populações.
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