Organizao Industrial Tpico 1 Concorrncia Perfeita e Monoplio

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Organização Industrial Tópico 1: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello

Organização Industrial Tópico 1: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ. puc-rio. br Setembro, 2005

Motivação n Dois extremos opostos canônicos n Monopólio: a firma enfrenta “toda a curva

Motivação n Dois extremos opostos canônicos n Monopólio: a firma enfrenta “toda a curva de demanda” • Demanda ao nível da firma é a mais inelástica possível n Concorrência perfeita: a firma é tomadora de preço • Demanda ao nível da firma é a mais elástica possível (infinitamente elástica) n Por que estudar estes dois casos? n n Como paradigmas a serem comparados com o caso mais geral 90% deste curso trata de algo intermediário

Motivação n Monopólio e concorrência perfeita têm um fator em comum n Firmas não

Motivação n Monopólio e concorrência perfeita têm um fator em comum n Firmas não são estratégicas • Em monopólio, por construção • Concorrência perfeita tem pouco ou nada de concorrencial no sentido de rivalidade

Concorrência perfeita: as suposições n Firmas atomísticas n n Produto homogêneo Informação perfeita n

Concorrência perfeita: as suposições n Firmas atomísticas n n Produto homogêneo Informação perfeita n n n Muito pequenas perto do mercado Que aspectos tecnológicos justificam isto? Todos os agentes (firmas e consumidores) sabem os preços de todas as firmas Mesma tecnologia Livre entrada

Concorrência perfeita: a consequência comportamental n Dadas as suposições, é natural supor que as

Concorrência perfeita: a consequência comportamental n Dadas as suposições, é natural supor que as firmas são tomadoras de preço Esta é uma suposição, que se imagina razoável no mundo do slide anterior n É uma suposição conjectural: n • A firma pensa (conjectura) que sua quantidade: • Não altera as quantidades das outras firmas • Não altera a quantidade total

Concorrência perfeita: a consequência comportamental Seja P o preço de “mercado”, e D(P) a

Concorrência perfeita: a consequência comportamental Seja P o preço de “mercado”, e D(P) a demanda de mercado. A firma i conjectura que sua curva de demanda é: 0, se Pi > P Di(Pi, P) = [0, D(P) ] , se Pi = P D(P) , se Pi < P n Por que não colocar P < Pi? n n Porque a capacidade da firma é muito menor que a demanda de mercado

Concorrêcia Perfeita: a demanda graficamente Qi Dmercado (P) Di(Pi) Capmax Pmercado Pi

Concorrêcia Perfeita: a demanda graficamente Qi Dmercado (P) Di(Pi) Capmax Pmercado Pi

Concorrência perfeita: o apreçamento n Neste caso é sempre ótimo colocar Pi = P,

Concorrência perfeita: o apreçamento n Neste caso é sempre ótimo colocar Pi = P, e a receita marginal (RMg) da firma é P n Quantidade fica indeterminada, e é escolhida RMg = CMg. Ou seja: n Qi é tal que C´(Qi) = P

Concorrência perfeita: o gráfico clássico $ CMg(Q) P = RMg Q

Concorrência perfeita: o gráfico clássico $ CMg(Q) P = RMg Q

Concorrência perfeita: lucro $ CMe(Q) P = RMg Lucro CMg(Q) Qi * Qi

Concorrência perfeita: lucro $ CMe(Q) P = RMg Lucro CMg(Q) Qi * Qi

Concorrência perfeita: oferta de mercado n P Se há N firmas no mercado, a

Concorrência perfeita: oferta de mercado n P Se há N firmas no mercado, a quantidade total produzida ao preço P é NQi PE D(P) NQi=S(P) QE Q

Concorrência perfeita: equilíbrio de longo prazo n Em qual ponto exatamente se dá o

Concorrência perfeita: equilíbrio de longo prazo n Em qual ponto exatamente se dá o equilíbrio (PE, QE)? n Note que há muitos compatíveis Aí impõe-se uma condição de lucro zero n Fica mais fácil entender em um jogo sequencial de 2 estágios n

Concorrência perfeita: jogo em dois estágios n São N >>> 0, potenciais entrantes 2°

Concorrência perfeita: jogo em dois estágios n São N >>> 0, potenciais entrantes 2° estágio, exatamente o jogo de concorrência perfeita n 1° estágio, decisão de entrada n n Equilíbrio de Nash Perfeito em Subjogos (ENPS) é: n NE tal que P(Qi(P(Qi. NE))x. NE) ≤ CMe(Qi)

Concorrência perfeita: entrada $ CMe(Q) F P = RMg Lucro CMg(Q) Qi * Entrada

Concorrência perfeita: entrada $ CMe(Q) F P = RMg Lucro CMg(Q) Qi * Entrada P = RMg = CMe Qi

Concorrência perfeita: saída $ CMe(Q) F CMg(Q) Prejuízo P = RMg Qi * Qi

Concorrência perfeita: saída $ CMe(Q) F CMg(Q) Prejuízo P = RMg Qi * Qi Saída

Concorrência perfeita: eficiência P = CMg n Produção no ponto de custo médio mínimo

Concorrência perfeita: eficiência P = CMg n Produção no ponto de custo médio mínimo n Isto implica eficiência n n O valor social da unidade adicional (dado pela demanda) é ≤ ao custo social desta unidade (dado pela função custo)

Concorrência perfeita: da teoria para o mundo real n Firmas todas com a mesma

Concorrência perfeita: da teoria para o mundo real n Firmas todas com a mesma tecnologia Implica, só saída ou só entrada em um dado ponto do tempo n Distribuição de firmas uniforme: só há um ponto de custo médio mínimo n

Concorrência perfeita: desempenha? n No mundo real: Saída e entrada ocorrem simultaneamente n Enorme

Concorrência perfeita: desempenha? n No mundo real: Saída e entrada ocorrem simultaneamente n Enorme heterogeneidade de tamanho de firmas n Entrantes muito menores que a média da indústria n

Concorrência Monopolística Relaxando a suposição de homogeneidade dos produtos

Concorrência Monopolística Relaxando a suposição de homogeneidade dos produtos

Concorrência monopolística Relaxamos agora a suposição de homogeneidade n Todas as outras suposições são

Concorrência monopolística Relaxamos agora a suposição de homogeneidade n Todas as outras suposições são mantidas: n Firmas atomísticas n Acesso a mesma tecnologia n Informação perfeita n Livre entrada n

Concorrência monopolística n Mas os produtos são diferentes (pense no mercado de pasta de

Concorrência monopolística n Mas os produtos são diferentes (pense no mercado de pasta de dente) n Isto implica que a Receita Marginal não é mais constante • Quando uma firma aumenta seu preço acima do preço das outras, ela não tem demanda zero n Graficamente: Demanda Receita marginal

Concorrência monopolística n A suposição de atomicidade é interpretada como: A quantidade (preço) produzida

Concorrência monopolística n A suposição de atomicidade é interpretada como: A quantidade (preço) produzida pela firma i não altera a curva de demanda da firma j n Logo, ainda não há comportamento estratégico n

Concorrência monopolística: equilíbrio de curto-prazo $ n No curto-prazo: CMe(Q) Pi * CMg(Q) Di(Qi)

Concorrência monopolística: equilíbrio de curto-prazo $ n No curto-prazo: CMe(Q) Pi * CMg(Q) Di(Qi) Lucro Qi * RMgi(Qi) Qi

Concorrência monopolística: do curto para o longo prazo Há lucro na figura acima. Isto

Concorrência monopolística: do curto para o longo prazo Há lucro na figura acima. Isto induz firmas (que têm acesso à mesma tecnologia) a entrar no mercado n O efeito da entrada é deslocar a curva de demanda dos incumbentes para baixo n

Concorrência monopolística: do curto para o longo prazo $ CMg(Q) CMe(Q) Di(Qi; N )

Concorrência monopolística: do curto para o longo prazo $ CMg(Q) CMe(Q) Di(Qi; N ) RMgi(Qi; N) * Qi*(N+1) Qi (N) Qi

Concorrência monopolística: equilíbrio de longo prazo $ n Onde para? CMg(Qi) CMe(Qi) Pi *

Concorrência monopolística: equilíbrio de longo prazo $ n Onde para? CMg(Qi) CMe(Qi) Pi * Di(Qi; NE) RMgi(Qi; NE) Qi*(NE) Qi

Concorrência monopolística: lições n Como as firmas enfrentam uma curva de demanda não perfeitamente

Concorrência monopolística: lições n Como as firmas enfrentam uma curva de demanda não perfeitamente elástica, P > CMg em equilíbrio n Adicionalmente, a produção não se dá no ponto de custo médio mínimo

Concorrência monopolística: ineficiência n Fonte 1: O valor social de uma unidade (Pi) adicional

Concorrência monopolística: ineficiência n Fonte 1: O valor social de uma unidade (Pi) adicional é maior que o custo social (CMg(Qi)) n n Também chamada de ineficiência alocativa Fonte 2: a produção poderia ser realocada entre firmas: “muitas firmas no mercado”, não estão no custo médio mínimo n Também chamada de ineficiência produtiva

Monopólio Relaxando (radicalmente) atomicidade

Monopólio Relaxando (radicalmente) atomicidade

Monopólio Agora há somente um ofertante no mercado n Se a definição de mercado

Monopólio Agora há somente um ofertante no mercado n Se a definição de mercado é restrita o suficiente, todas as firmas são monopolístas n n É um ponto sobre as elasticiadadescruzadas

O problema do monopolista n Seja P(q) a curva de demanda inversa. O monopolista

O problema do monopolista n Seja P(q) a curva de demanda inversa. O monopolista resolve: n A condição de 1ª ordem para um máximo interior é:

n Manipulando a condição de primeira ordem: Monopólio: a regra de ouro n onde

n Manipulando a condição de primeira ordem: Monopólio: a regra de ouro n onde é o valor absoluto da elasticidade

Monopólio: a regra de ouro n A fórmula diz: n n O monopolista nunca

Monopólio: a regra de ouro n A fórmula diz: n n O monopolista nunca produz na parte inelástica da curva de demanda. Intuição? Quanto maior a elasticidade, menor o preço. Intuição? O verdadeiro poder de mercado depende da elasticidade No limite, quando , P = CMg

Monopólio: a ineficiência n Como já sabíamos de concorrência monopolística, o fato do ofertante

Monopólio: a ineficiência n Como já sabíamos de concorrência monopolística, o fato do ofertante enfrentar uma curva de demanda menos que infinitamente elástica gera ineficiência

Monopólio: a ineficiência graficamente $ Peso Morto CMe(Q) Pmo CMg(Q) * Pco* P(Q) RMg(Q)

Monopólio: a ineficiência graficamente $ Peso Morto CMe(Q) Pmo CMg(Q) * Pco* P(Q) RMg(Q) Q Qi

Monopólio: razões n Barreiras à entrada regulatórias n n Exemplo clássico: bancos locais norteamericanos

Monopólio: razões n Barreiras à entrada regulatórias n n Exemplo clássico: bancos locais norteamericanos até meados 1990 s Barreiras à entrada tecnológicas Escala mínima eficiente pequena relativamente à demanda n Alto custo fixo, baixo custo marginal n Exemplos clássicos: água, esgoto, etc n

Regulando um monopolista n P = CMg, geralmente, é inviável pois o monopolista quebra

Regulando um monopolista n P = CMg, geralmente, é inviável pois o monopolista quebra

Regulando o monopolista $ n Monopólio natural CMg(Q) Pmon CMe(Q) D(Q) PCMe Prejuízo em

Regulando o monopolista $ n Monopólio natural CMg(Q) Pmon CMe(Q) D(Q) PCMe Prejuízo em P = CMg PCMg RMg(Q) QCMe QCMg Qi

Regulando o monopolista n O second-best é: P = CMe

Regulando o monopolista n O second-best é: P = CMe

Regulando o monopolista n Os métodos n Regulação cost-plus • Tenta implementar o gráfico

Regulando o monopolista n Os métodos n Regulação cost-plus • Tenta implementar o gráfico acima • Drama: tecnologia é informação privada do monopolista • Não dá incentivos corretos ao esforço do mopolista n Regulação cost-plus + tx de inovação • Mesmo drama informacional • Se a tx é exógena, tudo bem • Se é endógena pode afetar incentivos à inovação

Regulando o monopolista n Os métodos n Retorno sobre o capital (Averch. Johnson) •

Regulando o monopolista n Os métodos n Retorno sobre o capital (Averch. Johnson) • Distorce decisões de insumo • No máximo atinge P = CMe distorcido

Regulando o Monopolista n Price-cap Monopolista recebe um fixo, e faz suas escolhas como

Regulando o Monopolista n Price-cap Monopolista recebe um fixo, e faz suas escolhas como bem entende n É o simétrico oposto ao cost-plus n Dá bons incentivos ao esforço (inovação) n Não resolve o problema de renda informacional n

Regulando o monopolista Exemplo de “nova regulação” n Suponha que: n Há um monopólio

Regulando o monopolista Exemplo de “nova regulação” n Suponha que: n Há um monopólio natural com custo marginal que contém um parâmetro exógeno n Há dois tipos, custo alto (θH) e custo baixo (θL), onde θH > θL n O custo do monopolista é c = θ – e n • e é esforço

Regulando o monopolista n O regulador que o produto seja produzido com o menor

Regulando o monopolista n O regulador que o produto seja produzido com o menor pagamento possível ao regulador n Pode ser justificado por tributação distorciva para pagar o monopolista n Defina Δθ= θH – θL

Pagamento é P = c + s, onde s é um subsídio ao monopolista

Pagamento é P = c + s, onde s é um subsídio ao monopolista Regulando o monopolista n Esforço é custoso para o monopolista: n n O payoff do monopolista é P – c – ψ(e)

Regulando o Monopolista n n Caso 1: informação completa, o regulador observa o parâmetro

Regulando o Monopolista n n Caso 1: informação completa, o regulador observa o parâmetro θ Ele quer:

Regulando o Monopolista n Claramente: n O que induz um nível de esforço ótimo

Regulando o Monopolista n Claramente: n O que induz um nível de esforço ótimo 1, e um subsídio 0, 5, e preço θ + 0, 5

Regulando o monopolista n n Agora o regulador não observa mais o parâmetro de

Regulando o monopolista n n Agora o regulador não observa mais o parâmetro de custo θ Mas tem uma prior sobre sua distribuição de probabilidade:

Regulando o monopolista n Um contrato é um par subsídio-custo (s. L, e. L)

Regulando o monopolista n Um contrato é um par subsídio-custo (s. L, e. L) para o tipo de custo baixo n (s. H, e. H) para o tipo de custo alto n

Regulando o Monopolista n O problema do regulador continua o mesmo: minimizar o pagamento

Regulando o Monopolista n O problema do regulador continua o mesmo: minimizar o pagamento para o monopolista n O problema é que o monopolista tem que ser convencido a revelar seu tipo

Regulando o Monopolista n Em outras palavras, o regulador está sujeito a: n E

Regulando o Monopolista n Em outras palavras, o regulador está sujeito a: n E a: Racionalidade individual

Regulando o monopolista n O contrato de first-best envolve os dois fazendo o mesmo

Regulando o monopolista n O contrato de first-best envolve os dois fazendo o mesmo esforço, ambos com lucro 0 n n Quem quer imitar quem? n n Por que? Ou seja, por que o contrato ótimo não é implementável? O tipo baixo (bom) quer imitar o alto (ruim)

Regulando o monopolista n Isto nos dá uma dica sobre o contrato second-best n

Regulando o monopolista n Isto nos dá uma dica sobre o contrato second-best n n A restrição de compatibilidade de incentivos é ativa para o tipo baixo A restrição de racionalidade individual é ativa para o tipo alto

Regulando o monopolista n Assim temos as seguintes restrições em igualdade:

Regulando o monopolista n Assim temos as seguintes restrições em igualdade:

Regulando o monopolista n Assim temos a seguinte função objetivo: n Resolvendo:

Regulando o monopolista n Assim temos a seguinte função objetivo: n Resolvendo:

Regulando o monopolista n Lições: Otimalidade no topo n Tipo melhor (o quer imitar)

Regulando o monopolista n Lições: Otimalidade no topo n Tipo melhor (o quer imitar) tem renda informacional n Distorce o esforço do tipo pior para diminuir a renda o tipo melhor n TRADE-OFF clássico n

Discriminação de preços n Da onde vem a ineficiência do monopolista? Do apreçamento uniforme

Discriminação de preços n Da onde vem a ineficiência do monopolista? Do apreçamento uniforme n O monopolista gostaria de vender as unidades adicionais (alguém está disposto a pagar mais que CMg) n Mais perde nas infra-marginais n

Discriminação de preços n Geralmente é eficiente n É um problema informacional A taxonomia

Discriminação de preços n Geralmente é eficiente n É um problema informacional A taxonomia depende da quantidade de informação n E do instrumento de discriminação n

Discriminação de preços: uma taxomia n 1ª ordem (ou perfeita): Informação completa n n

Discriminação de preços: uma taxomia n 1ª ordem (ou perfeita): Informação completa n n Monopolista sabe o preço de reserva dos consumidores Retira todo o excedente do consumidor, mas é eficiente Monopolista vende diferentes unidades a diferentes preços, e este esquema varia entre os consumidores Exemplo (raramento observado na prática): • Médico em cidade pequena • Estilo socialista: “from everyone according to their means, to everyone according to their needs”

Discriminação de preços: uma taxomia n 2ª ordem (ou screening, ou apreçamento nãolinear) n

Discriminação de preços: uma taxomia n 2ª ordem (ou screening, ou apreçamento nãolinear) n n n Monopolista não-observa o tipo (preço de reserva), mas oferece diferentes menus preço-quantidade e consumidores se auto-selecionam Monopolista vende diferentes unidades a preços diferentes mas não há variação entre consumidores Exemplos: • Desconto por quantidade • Bundling • Versioning

Discriminação de preços: uma taxomia n 3ª ordem (ou sinalização) n n Monopolista observa

Discriminação de preços: uma taxomia n 3ª ordem (ou sinalização) n n Monopolista observa um sinal imperfeito sobre o tipo (preço de reserva) do consumidor Geralmente o sinal é um dado demográfico, como idade, sexo, residência Oferece diferentes preços a diferentes tipos de consumidores, mas cada unidade é vendida ao mesmo preço Exemplos: • Desconto para estudantes e idosos

Discriminação de preços: 1ª ordem, First-Best n Suponha que há 2 consumidores (V e

Discriminação de preços: 1ª ordem, First-Best n Suponha que há 2 consumidores (V e A) , com propensões diferentes a pagar por diferentes quantidades: p p Preço de reserva para cada quantia q. V q q. A q

Discriminação de preços: 1ª ordem, First-Best n Suponha que o custo para o monopolista

Discriminação de preços: 1ª ordem, First-Best n Suponha que o custo para o monopolista é zero. Se ele não é daltônico, ele oferece o seguinte menu de contratos: (PV = Área Vermelha, q. V) n (PA = Área Azul, q. A) n

Discriminação de preços: 2ª ordem n Informção incompleta: n n Ele é doltônico, mas

Discriminação de preços: 2ª ordem n Informção incompleta: n n Ele é doltônico, mas sabe que as demandas dos tipos A e V Qual é o esquema de apreçamento ótimo?

Discriminação de preços: 2ª ordem p Y X W q. V q. A q

Discriminação de preços: 2ª ordem p Y X W q. V q. A q

Discriminação de preços: 2ª ordem n Suponha que só pode oferecer um único contrato:

Discriminação de preços: 2ª ordem n Suponha que só pode oferecer um único contrato: (PV = Área Vermelha, q. V) se 2 xÁrea > Área n (PA = Área Azul, q. A) se 2 xÁrea < Área n

Discriminação de preços: 2ª ordem Suponha que ele possa oferecer dois contratos n Par

Discriminação de preços: 2ª ordem Suponha que ele possa oferecer dois contratos n Par de menus candidato: n (PV = Área W, q. V) n (PA = Área W + Área X, q. A) n n Não distorce alocações, mas não é ótimo para o monopolista

Discriminação de preços: 2ª ordem n p Considere a seguinte mudança n (PV =

Discriminação de preços: 2ª ordem n p Considere a seguinte mudança n (PV = Área W, q’V) n (PA = Área K+ Área X +Área J, q. A) Y J W X K q’V q. A q

Discriminação de preços: 2ª ordem Perde K na tipo V e ganha J no

Discriminação de preços: 2ª ordem Perde K na tipo V e ganha J no tipo A n Para quando a perda for igual ao ganho do que n O consumo de qual tipo é distorcido? n Qual tipo recebe renda (informacional) positiva? n

Discriminação de preços: 2ª ordem n Versioning “It is not because of the few

Discriminação de preços: 2ª ordem n Versioning “It is not because of the few thousands of francs that would have to be spent to put a roof over the third-class carriage or to upholster the third class seats that companies have open carriages with wooden benches …What the company is trying to do is to prevent the passengers to can pay for the second-class fare from traveling third-class; it hits the poor, not because it wants to, but to frighten the rich…” Emile Dupuit, Economista Francês, século 19 n Qualquer semelhança não é mera coincidência

Discriminação de preços: 3ª ordem Grupos são identificados n Monopolista observa um sinal (imperfeito)

Discriminação de preços: 3ª ordem Grupos são identificados n Monopolista observa um sinal (imperfeito) da propensão a pagar n n Idosos e estudantes contra adultos no cinema

Discriminação de preços: 3ª ordem n Quem paga mais? n Sempre quem tem menor

Discriminação de preços: 3ª ordem n Quem paga mais? n Sempre quem tem menor elasticidade (maior propensão a pagar, menor sensibilidade a preço)

Discriminação de preços: 3ª ordem n Suponha que o monopolista tenha dois mercados separados

Discriminação de preços: 3ª ordem n Suponha que o monopolista tenha dois mercados separados Sejam y 1 e y 2 as quantia no mercado 1 e 2 n Seja C(y 1+y 2) o custo de produzir y 1+y 2 n Seja p 1(y 1) e p 2(y 2) as demandas nos dois mercados n

Discriminação de preços: 3ª ordem n O monopolista resolve: n As condições de 1ª

Discriminação de preços: 3ª ordem n O monopolista resolve: n As condições de 1ª ordem são:

Discriminação de preços: 3ª ordem n Ou seja

Discriminação de preços: 3ª ordem n Ou seja

Discriminação de preços: 3ª ordem n Condição crucial: n MERCADOS SEPARADOS Tickets are non-transferable

Discriminação de preços: 3ª ordem n Condição crucial: n MERCADOS SEPARADOS Tickets are non-transferable n Por que não ocorre, em geral, para eventos esportivos? n

Antitruste em mercados regulados: o caso ATT Noll (Antitrust Bulletin 1995) n É o

Antitruste em mercados regulados: o caso ATT Noll (Antitrust Bulletin 1995) n É o cerne da questão: n n n Pode um monopolista em um mercado alavancar poder de mercado em um mercado correlato Foi sobre isto o caso ATT

Vertical Foreclosure n Começo do século 20: integração entre manufatura e serviços de telofonia

Vertical Foreclosure n Começo do século 20: integração entre manufatura e serviços de telofonia • ATT provia tanto os serviços de telefonia quanto os aparelhos • Bundling de aparelhos domésticos e serviços de telefonia • Recusa em permitir que consumidores ligassem aparelhos independentes à rede n Caso nos anos 1970: apreçamento discriminatório para provedores interubanos independentes

Vertical foreclosure n Empresa tem que possuir poder de mercado em um mercado e,

Vertical foreclosure n Empresa tem que possuir poder de mercado em um mercado e, n Ser capaz de alavancar poder de mercado em outro mercado correlato

Vertical Foreclosure n Mecanismos: Refusal to deal: o exemplo acima século 19 n Apreçamento

Vertical Foreclosure n Mecanismos: Refusal to deal: o exemplo acima século 19 n Apreçamento exclusionário n • Muito relacionado com dumping • Vender muito barato no curto prazo para deslocar os concorrentes e depois apreçar acima • Tem que ser viável, e lucrativo • É difícil de estabelecer

Apreçamento predatório Crível? n Por que a firm predada sai? n n Irracionalidade n

Apreçamento predatório Crível? n Por que a firm predada sai? n n Irracionalidade n Long-purse theory

Vertical foreclosure n No caso de vertical foreclosure, em geral envolve subsídio cruzado n

Vertical foreclosure n No caso de vertical foreclosure, em geral envolve subsídio cruzado n n Perdas no mercado monopolista são compensadas por ganhos no mercado a ser monopolizado Exatamente o que ocorria no caso ATT

Vertical foreclosure ATT monopolista no mercado de telefonia local n Fazia apreçamento discriminatório para

Vertical foreclosure ATT monopolista no mercado de telefonia local n Fazia apreçamento discriminatório para sua afiliada no mercado de telefonia interurbana n n Que não é um monopólio local

Vertical Foreclosure Assim alavancava monopólio ineficiente, ou seja, num mercado onde poderia haver concorrência

Vertical Foreclosure Assim alavancava monopólio ineficiente, ou seja, num mercado onde poderia haver concorrência n Sutilezas: n n Por que não extrair toda a renda do consumidor via apreçamento de monopólio?

Vertical Foreclosure Porque o regulador não deixava n Como não era crível deixar a

Vertical Foreclosure Porque o regulador não deixava n Como não era crível deixar a ATT quebrar no mercado local: n ATT forçava perdas no mercado local n Que eram compensadas por ganhos no mercado interurbano, que não era regulado n

Vertical Foreclosure n Argumentos ATT para defender a integração vertical: n Dupla marginalização n

Vertical Foreclosure n Argumentos ATT para defender a integração vertical: n Dupla marginalização n Economias de escala e escopo

Vertical Foreclosure n A solução da ação US versus ATT n Companhia foi quebrada

Vertical Foreclosure n A solução da ação US versus ATT n Companhia foi quebrada localmente • Várias companhias locais (Baby Bells) n Companhia foi desintegrada • Negócio de longa distância foi vendido