EPIDEMIOLOGIA DA PESTE SUNA CLSSICA Prof a Dra
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EPIDEMIOLOGIA DA PESTE SUÍNA CLÁSSICA Prof. (a) Dra. Masaio Mizuno Ishizuka Professora Titular Senior de Epidemiologia das Doenças Infecciosas da FMVZ-USP Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal
I. CONCEITUAÇÃO Ø Doença infecciosa e altamente transmissível dos suídeos; Ø As formas clínicas mais comuns: a subaguda, a crônica; ØA forma mais rara: aguda; Ø O quadro clínico e evolução dependem da estipe de vírus e das características do hospedeiro; Ø A Peste Suína Clássica é classificada como doença de notificação obrigatória (anteriormente incluída na lista A) a Organização Mundial de Sanidade Animal/OIE.
DISITRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA MUNDIAL NUNCA RELATADO AUSENTE 1º /2017 SUSPEITA PRESENTE LIMITADA A 1 ZONA OU REGIÃO FOCO ATIVO 2º /2017 DISITRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA MUNDIAL
DISITRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA MUNDIAL NUNCA RELATADO AUSENTE 1º /2018 SUSPEITA PRESENTE LIMITADA A 1 ZONA OU REGIÃO FOCO ATIVO SUSPEITA SEM CONFIRMAÇÃO 2º /2018 DISITRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA MUNDIAL
DISITRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA MUNDIAL 8/2019 NUNCA RELATADO AUSENTE 1º 1º /2018 /2017 SUSPEITA PRESENTE LIMITADA A 1 ZONA FOCO ATIVO DISITRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA MUNDIAL
PSC – Peste Suína Clássica II. SITUAÇÃO DO BRASIL Ø MAPA 2019: São considerados livres de Peste Suína Clássica, sem vacinação: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Sergipe e Rondônia. Situação devida ao monitoramento sorológico periódico; Ø Territórios brasileiros considerados de risco desconhecido: Norte (exceto Acre e Tocantins) e parte do Nordeste (Alagoas, Amapá, parte do Amazonas, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima).
PSC – Peste Suína Clássica III. SITUAÇÃO NO CEARÁ E NO PIAUÍ Ø PSC no Ceará ocorreram em 2018 e 2019 e, no Piauí em 2019; Ø A PSC no Ceará, identificada em 19 municípios, detectados 47 focos e 2. 678 animais sacrificados; Ø Os criatórios atingidos foram de subsistência (fundo de quintal); Ø No Piauí ocorreram 16 focos.
SITUAÇÃO NO CEARÁ E NO PIAUÍ
IV. HOSPEDEIROS Ø EUROPA E AMÉRICAS: são suscetíveis todas as variedades de suínos domésticos, selvagens (javali), reservatório. (Phacochoerus aethiopicus)
V. MORBIDADE E MORTALIDADE Ø Morbidade: diretamente proporcional à patogenicidade da estirpe viral; Ø Mortalidade: diretamente proporcional à virulência da estirpe viral.
PSC – Peste Suína Clássica VI. IMPORT NCIA ECONÔMICA Doença altamente transmissível, apresenta grande poder de difusão e elevada gravidade porque pode se estender além das fronteiras nacionais, trazendo prejuízos socioeconômicos e sanitários graves, dificultando ou impossibilitando o comércio internacional de animais e produtos de origem animal.
PSC – Peste Suína Clássica VII. ETIOLOGIA Ø Vírus RNA, família Flaviviridade, gênero Pestivirus e existe apenas um sorotipo dividido em três grandes genótipos e dez subtipos. Ao gênero Pestivirus pertencem também os vírus da diarreia viral bovina (BVD), doença de Border (DB) que são intimamente relacionados.
PSC – Peste Suína Clássica Ø Características do vírus do gênero Pestivírus: permanecem no organismo dos animais infectados na condição de “PORTADOR“; apresentam imunidade cruzada; alteram a capacidade enzimática das células infectadas; Ø Características comuns do BVD, DB e PSC: comprometem o SNC causando hipoplasia cerebelar e desmielinização que estão associadas ao tremor congênito do recém-nascido; e comprometem os tecidos esqueléticos e o cutâneo. ETIOLOGIA
PSC – Peste Suína Clássica q Cepas ou estirpes do vírus da PSC: 1. Estirpe de altas patogenicidade e virulência: causa doença de natureza aguda; alta mortalidade e evolução para a morte em duas a três semanas; 2. Estirpe de moderadas patogenicidade e virulência: responsável pelos casos subclínicas e crônicos e a mortalidade é variável; 3. Estirpe de baixas patogenicidade e virulência: aparecimento tardio em casos de infecção pós-natal e doença grave quando transmitida por via transplacentária. ETIOLOGIA
PSC – Peste Suína Clássica q Resistência e sensibilidade do vírus: Ø Frente aos agentes físicos: 1. Temperatura: facilmente inativado pelo cozimento, por exemplo, facilmente destruídos pelo aquecimento a 65. 5°C por 30 minutos ou 71, 0°C por um minuto. Sobrevive por meses e anos à temperatura de congelamento. Existem estirpes parcialmente resistentes ao aquecimento moderado (56°C); 2. p. H: estável entre p. H 5 -10 e rapidamente inativado ao p. H <3. 0 ou p. H >11. 0. ETIOLOGIA
PSC – Peste Suína Clássica q Resistência quando contidos em produtos de origem suína, secreções e excreções: Sobrevive na carne salgada e defumada de 17 dias até 180 dias dependendo do processo utilizado. Resiste de 3 -4 dias em órgãos em decomposição e por 15 dias em sangue em decomposição e na medula óssea; q Resistência no ambiente: moderadamente frágil não resistindo no ambiente. Sensível à dessecação e à radiação UV. No inverno, sobrevive nas baias por mais de 4 semanas. Sobrevive a 50°C por 3 dias e a 37°C por 7 -15 dias. ETIOLOGIA
Resistência do v. PSC segundo os diferentes processos de industrialização.
PSC – Peste Suína Clássica q Frente aos agentes químicos/desinfetantes: sensível ao éter, clorofórmio e ß-propiolactona (0. 4%). Inativado por desinfetantes a base de cloro, cresol (5%), hidróxido de sódio (2%), formalina (1%), carbonato de sódio (4% anidro ou 10% cristalino com 0. 1% de detergente), detergentes iônicos e não iônicos, e iodóforos fortes (1%) em ácido fosfórico (OIE). ETIOLOGIA
PSC – Peste Suína Clássica VIII. DIAGNÓSTICO CLÍNICO 1. Forma aguda: pode ser de natureza adquirida (pós-natal) ou congênita e o período de incubação varia de 2 a 14 dias dependendo da estirpe viral, susceptibilidade dos suínos e a ocorrência de infecções intercorrentes. • Os sinais são: febre alta, anorexia, letargia, hiperemia multifocal e/ou lesões hemorrágicas cutâneas; conjuntivite; linfonodos hiperplasiados e edemaciados; cianose cutânea; constipação transitória seguida de diarreia; vômito ocasional; dispneia e tosse, ataxia, paresia e convulsão.
2. Forma crônica: causada pelas estirpes de menor patogenicidade e virulência ou em rebanhos parcialmente imunes. a. Os sinais são: apatia, apetite caprichoso, febre intermitente, diarreia prolongada (por mais de 1 mês), pelos arrepiados, crescimento retardado, aparente recuperação com eventual recrudescimento e morte em ± 3 meses; b. As formas crônicas e as infecções persistentes são sempre de desfecho fatal. O v. PSC é imunossupressor e favorece a instalação de infecções intercorrentes.
PSC – Peste Suína Clássica 3. Forma congênita: o desfecho depende da estirpe envolvida e fase da gestação. Acomete fetos e leitões quando: a. Da infecção materna no início da gestação: morte fetal; reabsorção fetal; nascimento de leitões com mal formação fetal ou mortalidade neonatal; b. Da infecção materna entre o 2º e 3º mês de gestação: fetos mumificados ou natimortos;
PSC – Peste Suína Clássica c. Da infecção materna no momento da formação do SNC dos embriões: defeito do cérebro; hipoplasia cerebelar; desmielinização; tremores; defeitos dos membros anteriores; hemorragias severas de diferentes órgãos e necrose hepática; d. Da infecção materna no final da gestação: não ocorre morte pré-natal, nascem leitões aparentemente normais, sinais de aparecimento precoce (hemorragia, tremor congênito e morte) ou tardio (alguns meses após nascimento, viremia alta na fase pré-colostral que diminui após a ingestão de colostro e retorno após 2 sem. ).
PSC – Peste Suína Clássica q Nas reprodutoras adultas (síndrome da porca portadora): Sinais ausentes; anticorpos presentes em cerca de 80% das porcas infectadas; isolamento viral possível em apenas 30% das porcas infectadas disseminadoras do vírus; abortamento, retenção de placenta, fetos mumificados, leitões natimortos, nascimento de leitões fracos, com tremor congênito, ou com lesões cutâneas.
HEMORRAGIA CUT NEA APATIA FORMA E HEMORRAGIA AGUDACUT NEA - PSC
FORMA AGUDA - PSA HEMORRAGIA CUT NEA HEMORRAGIA FORMA AGUDACUT NEA - PSA
FORMA AGUDA - PSA HEMORRAGIA CUT NEA SINAIS NERVOSOS, DEPRESSÃO DE ATAXIA , MOVIMENTO DE PEDALAR FORMA AGUDA - PSA
PSC – Peste Suína Clássica DIAGNOSTICO ANATOMOPATOLÓGICO – HEMORRAGIA CUT NEA LESÕES MACROSCÓPICAS
DIAGNOSTICO ANATOMOPATOLÓGICO – LESÕES MACROSCÓPICAS INTESTINO E BAÇO
DIAGNOSTICO ANATOMOPATOLÓGICO – LESÕES MACROSCÓPICAS PSC RIM PSA
DIAGNOSTICO ANATOMOPATOLÓGICO – LESÕES MACROSCÓPICAS PSC VESÍCULA URINÁRIA PSA
DIAGNOSTICO ANATOMOPATOLÓGICO – LESÕES MACROSCÓPICAS PSC LINFONODOS PSA
DIAGNOSTICO ANATOMOPATOLÓGICO – LESÕES MACROSCÓPICAS PSC AMÍGDALA PSA
DIAGNOSTICO ANATOMOPATOLÓGICO – LESÕES MACROSCÓPICAS PSC PULMÃO PSA
PSC – Peste Suína Clássica IX. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Ø Abortamentos: doença de Aujezsky (pseudoraiva), encefalomiocardite viral, PRRS (síndrome respiratória reprodutiva suína), parvovirose; Ø Infecções congênitas por pestivírus de ruminantes: diarreia viral bovina e doença de Border; Ø Septicemias: erisipelose, eperitrozoonose, salmonelose, streptococose, pasteurelose, actinibacilose e doença pelo Haemophilus parasuis;
PSC – Peste Suína Clássica ØDoenças hemorrágicas: PSA, síndrome de dermatite e nefropatia, doença hemolítica do recém-nascido, intoxicação por cumarina; Ø Doenças debilitantes: síndrome da refugagem multisistêmica de pós desmame, enterotoxicose, disenteria suína, campilobacteriose.
PSC – Peste Suína Clássica X. DIAGNOSTICO LABORATORIAL Ø Direto: isolamento viral em cultivo celular e observação viral Ø Materiais a serem enviados para laboratório: amostras de sangue com anticoagulante e fragmentos de órgãos e tecidos de vários animais na fase febril;
PSC – Peste Suína Clássica Ø Indireto: avaliação de presença da anticorpos Ø Material a ser enviado ao laboratório: amostras de soro sanguíneo; Ø Envio das amostras para laboratório: todas as amostras devem ser refrigeradas e enviadas ao laboratório o mais rapidamente possível.
VII. DIAGNOSTICO EPIDEMIOLÓGICO
PSC – Peste Suína Clássica XII. PROFILAXIA Ø Medidas de profilaxia aplicadas às fontes de infecção: Notificação e medidas de emergência sanitária Ø Medidas de profilaxia aplicadas às vias de transmissão: biosseguridade
PSC – Peste Suína Clássica XII. PROFILAXIA Ø Medidas de profilaxia aplicadas às fontes de infecção: Notificação e medidas de emergência sanitária Ø Medidas de profilaxia aplicadas às vias de transmissão: biosseguridade
PSC – Peste Suína Clássica Ø Medidas de profilaxia aplicadas aos suscetíveis: a. Específicas: imunização ativa (vacinação): vacina inativada (cristal violeta), ultrapassada; b. Vacinas Atenuadas: lapinizada, em cultivo de tecido e de subunidades projetadas geneticamente com “marcador”; c. Utiliza proteína E 2.
MUITO OBRIGADA! Prof. (a) Dra. Masaio Mizuno Ishizuka Professora Titular Senior de Epidemiologia das Doenças Infecciosas da FMVZ-USP Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal
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