DIAGNSTICO ESTRUTURAL DA PERSONALIDADE O CONCEITO DE ESTRUTURA

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DIAGNÓSTICO ESTRUTURAL DA PERSONALIDADE O CONCEITO DE ESTRUTURA Leila Cury Tardivo

DIAGNÓSTICO ESTRUTURAL DA PERSONALIDADE O CONCEITO DE ESTRUTURA Leila Cury Tardivo

DIFERENÇAS E RELAÇÕES ENTRE DIAGNÓSTICO DESCRITIVO E O DIAGNÓSTICO ESTRUTURAL /DIN MICO (Gabbard, G.

DIFERENÇAS E RELAÇÕES ENTRE DIAGNÓSTICO DESCRITIVO E O DIAGNÓSTICO ESTRUTURAL /DIN MICO (Gabbard, G. 1998) DESCRITIVO Curso linear direto • Ênfase no diagnóstico – distinção nítida entre diagnóstico e tratamento • Paciente mais passivo: coopera com o médico • Seleção de material relevante: interesse no sintoma e diagnostico (interrupção quando chega a uma categoria) ESTRUTURAL / PSICODIN MICO • Curso não linear (dado pelo paciente) • Ênfase na relação: não nítida distinção entre diagnóstico e tratamento ( paciente quer se tratar) • Paciente mais ativo: não há nítida separação de papéis • Vida intra-psíquica: parte fundamental dos dados • Transferêncai e contra-transferência

DIFERENÇAS E RELAÇÕES ENTRE DIAGNÓSTICO DESCRITIVO E O DIAGNÓSTICO ESTRUTURAL /DIN MICO (Gabbard, G.

DIFERENÇAS E RELAÇÕES ENTRE DIAGNÓSTICO DESCRITIVO E O DIAGNÓSTICO ESTRUTURAL /DIN MICO (Gabbard, G. 1998) PROPOSTA: Dois objetivos: chegar a um diagnóstico descritivo e a um psicodinâmico A partir da descrição dos sintomas: chegar a um estudo das operações defensivas do paciente (Kernberg, 1985) Diagnóstico descritivo: planejamento da medicação Diagnóstico dinâmico: sentido da medicação/ problemas na adesão Diagnóstico dinâmico: importante não só para psicoterapia ( mas em todo o planejamento terapêutico)

IMPORT NCIA DO DIAGNÓSTICO Desde o início da Psicanálise : Freud/Klein IMPORTANTE: ESPECIFICIDADE DO

IMPORT NCIA DO DIAGNÓSTICO Desde o início da Psicanálise : Freud/Klein IMPORTANTE: ESPECIFICIDADE DO PSICODIAGNÓSTICO ESTRUTURAL Concepção de Ciência: POSITIVISTA SUJEITO OBJETO PROPOSTA: SUJEITO

NOSOGRAFIA PSICANALÍTICA Freud in Laplanche e Pontallis 1915: NEUROSES ATUAIS: 1. Neurose de Angústia

NOSOGRAFIA PSICANALÍTICA Freud in Laplanche e Pontallis 1915: NEUROSES ATUAIS: 1. Neurose de Angústia 2. Neurastenia 3. Hipocondria PSICONEUROSES: A De Transferência 1. . N. obsessiva 2. N. fóbica 3. Histeria de Angústia 4. Histeria de conversão B. PSICONEUROSES NARCÍSICAS

NOSOGRAFIA PSICANALÍTICA Freud in Laplanche e Pontallis 1924: NEUROSES ATUAIS: ATUAIS Neurastenia Neurose de

NOSOGRAFIA PSICANALÍTICA Freud in Laplanche e Pontallis 1924: NEUROSES ATUAIS: ATUAIS Neurastenia Neurose de Angústia Hipocondria NEUROSES DE TRANSFERÊNCIA 1. N. obsessiva 2. N. fóbica 3. Histeria de Angústia 4. Histeria de conversão NEUROSES NARCÍSICAS: Psicose Maníaco Depressiva PSICOSES: Esquizofrenia Paranóia

NOSOGRAFIA PSICANALÍTICA Freud in Laplanche e Pontallis ATUAL AFECÇÕES PSICOSSOMÁTICAS NEUROSES N. obsessiva Histeria

NOSOGRAFIA PSICANALÍTICA Freud in Laplanche e Pontallis ATUAL AFECÇÕES PSICOSSOMÁTICAS NEUROSES N. obsessiva Histeria de Angústia Histeria de conversão PSICOSES: PSICOSES Paranóia Psicose Maníaco Depressiva Esquizofrenia

ESTRUTURAS DE PERSONALIDADE Bergeret, 1974 Diz respeito a angústias, defesas e fantasias não diretamente

ESTRUTURAS DE PERSONALIDADE Bergeret, 1974 Diz respeito a angústias, defesas e fantasias não diretamente acessíveis à consciência Definições : Modo de organização permanente mais profundo do indivíduo, aquele a partir do qual desenrolam-se os ordenamentos funcionais ditos “normais” bem como, os aspectos da morbidade; Sintomatologia : funcionamento mórbido de uma estrutura quando esta se descompensa. Cada estrutura é produto do alcance e da realização de determinadas etapas do desenvolvimento psico emocional

ESTRUTURAS DE PERSONALIDADE Kernberg, 1995 ESTRUTURA MENTAL FREUD ( 1923) Divisão da psique em

ESTRUTURAS DE PERSONALIDADE Kernberg, 1995 ESTRUTURA MENTAL FREUD ( 1923) Divisão da psique em : ID; EGO e SUPEREGO ESTRUTURA: Configurações relativamente estáveis de processos mentais Análise estrutural: relações de objeto (subestruturas) Análise dos conflitos : em especial – Complexo de Édipo

ASPECTOS METAPSICOLÓGICOS (Kernberg, 1995) Principais critérios para a psicoterapia : qualidade das relações de

ASPECTOS METAPSICOLÓGICOS (Kernberg, 1995) Principais critérios para a psicoterapia : qualidade das relações de objeto e o grau de integração do superego Três organizações estruturais: organização de personalidade neurótica , borderline e psicótica. Organização estrutural desempenha a função de estabilizar o aparato mental (mediando fatores etiológicos e as manifestações comportamentais diretas da doença).

DIAGNÓSTICO ESTRUTURAL: CRITÉRIOS (Kernberg, 1995) Critérios dominantes em relação a: 1 – grau de

DIAGNÓSTICO ESTRUTURAL: CRITÉRIOS (Kernberg, 1995) Critérios dominantes em relação a: 1 – grau de integração da personalidade 2 – tipos de defesas 3 – capacidade de testar a realidade

DIFERENCIAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DA PERSONALIDADE (Kernberg, 1995) CRITÉRIO ESTRUTURAL NEURÓTICA BORDERLINE PSICÓTICA Representação do

DIFERENCIAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DA PERSONALIDADE (Kernberg, 1995) CRITÉRIO ESTRUTURAL NEURÓTICA BORDERLINE PSICÓTICA Representação do self e do objeto são claramente delimitadas INTEGRAÇÃO IDENTIDADE Difusão de identidade aspectos contraditórios do self e dos outros são mal-integrados e mantidos separados Representações do self e do objeto sãomal-delimitadas ou então há uma identidade delirante DA OPERAÇÕES DEFENSIVAS Recalcamento de defesas de alto nível formação reativa anulação, racionalização, intelectualização. . As defesas protegem o paciente do conflito intrapsíquico. A interpretação melhora o funcionamento Principalmente a clivagem e as defesas de baixo nível idealização primitiva, identificação projetiva , denegação, onipotência, desvalorização. As defesas protegem o paciente da desintegração e da fusão self-objeto. A interpretação leva à regressão Capacidade de testar a realidade é preservada , as origens intrapsiquicas externas das percepções e estímulos. Alterações ocorrem na relação com a realidade e nos sentimentos sobre a realidade. TESTE DA REALIDADE Existe capacidade de avaliar o self e os outros realisticamente e em profundidade. A capacidade de testar a

DIAGNÓSTICO ESTRUTURAL CRITÉRIOS (Bergeret) 1 – angústia predominante 2 - tipos de defesas 3

DIAGNÓSTICO ESTRUTURAL CRITÉRIOS (Bergeret) 1 – angústia predominante 2 - tipos de defesas 3 - Pautas de relacionamento objetal 4 – grau de desenvolvimento libidinal 5 – relação com a realidade

COMPARAÇÃO ENTRE AS LINHAGENS ESTRUTURAIS (Bergeret, 1991) INST NCIA DOMINANTE NA NATUREZA DO CONFLITO

COMPARAÇÃO ENTRE AS LINHAGENS ESTRUTURAIS (Bergeret, 1991) INST NCIA DOMINANTE NA NATUREZA DO CONFLITO NATUREZA DA ANGÚSTIA PRINCIPAIS DEFESAS RELAÇÃO DE OBJETO ORGANIZAÇÃO ESTRUTURA NEURÓTICA Superego com Id De Castração Recalcamento Genital ESTRUTURA PSICÓTICAS Id Id Com A Realidade De Fragmen tação Negação da Realidade Desdobramen to Do Ego Fusional ESTRUTURAS LIMÍTROFES Ideal de Ego Com -Id -Realidade Clivagem dos Objetos Forclusão Anaclítica De Perda de Objeto

ESTRUTURA DA CONDUTA (Bleger) Conduta uma totalidade organizada formando uma unidade de experiência com

ESTRUTURA DA CONDUTA (Bleger) Conduta uma totalidade organizada formando uma unidade de experiência com uma unidade de significado. Toda conduta é uma pauta específica de relação interpessoal (objetal) Cada individuo tem seu repertório de condutas, modos ou estruturas privilegiadas de comportamento. Toda conduta, no momento em que se manifesta, é a “melhor “ , no sentido de que é a mais ordenada e melhor organizada que o organismo pode manifestar nesse momento e é a que pode regular a tensão no máximo possível para essas condições.

QUADRO SINÓPTICO DAS ESTRUTURAS DE CONDUTA Objeto Estrutura Características Clinicas Total ( Ambivalente) Depressiva.

QUADRO SINÓPTICO DAS ESTRUTURAS DE CONDUTA Objeto Estrutura Características Clinicas Total ( Ambivalente) Depressiva. . . Culpa e expiação Parcial (Divalente) Ansiosa. . . . Ansiedade, desassossego Paranóide. . . Desconfiança e reinvindicação Evitativa. . . . Evitação Esquizóide. . Distancia e isolamento Histérica. . . . Representação e sedução Ritualista. . . Rituais e Cerimoniais Hipomaníaca. . . . Ritmo rápido e alternante Aglutinado ( Ambíguo) Confusional. . Falta de Descriminação Acessional. . Destrutividade, viscosidade, paroxismos Hipocondríaca. . . Relação com o órgão e a queixa

SINTOMA NEURÓTICO • SINTOMA • NEURÓTICO DIFERENTE DE ESTRUTURA NEURÓTICA SINTOMA: formações de compromissos

SINTOMA NEURÓTICO • SINTOMA • NEURÓTICO DIFERENTE DE ESTRUTURA NEURÓTICA SINTOMA: formações de compromissos entre impulsos e defesas (exemplos: fobias, rituais compulsivos; pensamentos obsessivos • ESTRUTURA DE PERSAONALIDADE: Contexto onde ocorre o sintoma (o sintoma vai se encarado de forma diferente de acordo com a estrutura) • ANGÚSTIA ORGANIZADORA DA ESTRUTURA NEURÓTICA: CASTRAÇÃO: diferenciação euoutro (possibilidade de ser feliz)

SINTOMA NEURÓTICO • SINTOMA NEURÓTICO: Impulso censurável encontra saída ou (descarga) substitutiva • SINTOMA

SINTOMA NEURÓTICO • SINTOMA NEURÓTICO: Impulso censurável encontra saída ou (descarga) substitutiva • SINTOMA NEURÓTICO: exprime impulso e defesa concomitantemente • CASOS DE NEUROSE: vários mecanismos de defesa para a formação de sintomas • • NEUROSE OBSESSIVA retirada da situação • edipiana/ regressão HISTERIA E NEUROSE EDIPIANA FÓBICA: SITUAÇÃO

QUADRO DAS ESTRUTURAS NEURÓTICAS (Bergeret) Estrutura obsessiva ESTRUTUR A HISTÉRICA DE ANGÚSTIA Ponto de

QUADRO DAS ESTRUTURAS NEURÓTICAS (Bergeret) Estrutura obsessiva ESTRUTUR A HISTÉRICA DE ANGÚSTIA Ponto de vista tópico Economia libidinal Natureza da angústia Relação objetal Mecanismo de defesa Representaçã o fantasmática Gênese da relação objetas Regressão do ego Ato – pensament o Primado do genital + fixações ao 2 o estágio anal Castração(pensamentos ) – eróticos - agressivos À meia distância Recalcamento+ Isolamento Deslocamento Anulação Depois: formaçõe s reativas Afeto constrangedor Destacado e religado a outra representação Interdiçõ es de: ódio do pai (mesmo sexo) Amor – pai do sexo oposto Ausência de regressão do ego Primado do gential Fixações Da libido (orais anais) Castração (pensamento se realizar) Tela fóbica Para Conservar evitar Recalcamento + Deslocamento evitação Representaçã o destacada do afeto Afeto: ligado a outra representação a evitar Excitaçã o Interdiçã o por ambos os pais Primado do gential Fixações Da libido (orais anais Castração (ato se realizar Proximal Para controlar Recalcamento + Só é suficiente nos casos mais puros Representaçã o destacada do afeto - conversão somática simbolizada Excitaçã o Pai do sexo oposto Interdiçã o pai do mesmo sexo E ESTR HISTÉRICA DE CONVERSÃ O Regressão libidinal parcial

CARACTERÍSTICAS DAS ORGANIZAÇÕES NEURÓTICAS(Bergeret) GÊNESE E EVOLUÇÃO DA LINHA ESTRUTURAL NEURÓTICA A partir da

CARACTERÍSTICAS DAS ORGANIZAÇÕES NEURÓTICAS(Bergeret) GÊNESE E EVOLUÇÃO DA LINHA ESTRUTURAL NEURÓTICA A partir da indiferenciação psíquica- evolução (fases oral e anal) – até a linha divisória (pontos de fixação de estruturas psicóticas /depois - Neuróticas) Estágio genital: CONFLITO EDIPIANO – a partir do qual se organiza o ego neurótico Latência: parada momentânea da EVOLUÇÃO ESTRUTURAL Adolescência: “tempestades pulsionais”

RELAÇÕES: LINHAGEM NEURÓTICA E PSICÓTICA (Bergeret) IMPORT NCIA DO DIAGNÓSTICO ESTRUTURAL Sintoma apenas não

RELAÇÕES: LINHAGEM NEURÓTICA E PSICÓTICA (Bergeret) IMPORT NCIA DO DIAGNÓSTICO ESTRUTURAL Sintoma apenas não dá noção clara (se é uma regressão e desestruturação momentânea) ESTRUTURA NEURÓTICA: Ego íntegro (não clivado) Primado do Genital; Angústia de castração; regressão da libido (não do ego) Recalcamento (nunca negação da realidade) Conflito entre ego e pulsões SINTOMA NEURÓTICO: Tentativas de evitar a experiência penosa da ansiedade/ ansiedade coexiste com a ansiedade(fracasso)

RELAÇÕES: ÍNDICES DE NEUROTISMO E PSICOTISMO (Kusznetzoff, 1982/ Bleger) • • • NEUROSES Projeção

RELAÇÕES: ÍNDICES DE NEUROTISMO E PSICOTISMO (Kusznetzoff, 1982/ Bleger) • • • NEUROSES Projeção Repressão – recalque Deslocamento Regressão parcial Introjeção Isolamento Inibição Formação reativa Sublimação Negação (denegação) • PSICOSES • Identificação projetiva • Divisão (ego) • Renegação (forclusão • • • realidade E parte do ego) Regressão total Identifcação introjetival

RELAÇÕES: ÍNDICES DE NEUROTISMO E PSICOTISMO (Kusznetzoff, 1982/ Bleger) • • • • Sintomas

RELAÇÕES: ÍNDICES DE NEUROTISMO E PSICOTISMO (Kusznetzoff, 1982/ Bleger) • • • • Sintomas neuróticos; conflitos neuróticos Ansiedade Transferência neurótica Defesas: fóbicas, histéricas, obsessivas; paranóides Independência Capacidade de insight Identidade preservada Comunicação simbólica Amplitude do ego Ciúmes. Rivalidade sublimação • Enfermidade orgânica • Transferência • • psicótica/narcisismo Risco de perder-se Defesas: hipocondríacas; melanc ólicas, perversas, identificações projetivas/introjetivas Carência de insight Comunicação pré verbal Identidade: dispersão; ambiguidade; confusão; onirismo Restrição do ego Inveja

RELAÇÕES ENTRE NEUROSE E PSICOSE – TEORIA DAS RELAÇÕES OBJETAIS (Grassano, 1996) • PSICOSES

RELAÇÕES ENTRE NEUROSE E PSICOSE – TEORIA DAS RELAÇÕES OBJETAIS (Grassano, 1996) • PSICOSES • NEUROSES • Mecanismos violentos de • Funções de percepção e identificação projetiva • Discriminação da realidade evacuativa externa e psíquica • Vínculos objetais • Equação simbólica • Pensamento concreto ncontinientes • Domínio de mecanismos de id. • Juízo de realidade Projetiva hostil e • Manejo simbólico desorganizativa • Progressiva aquisição de • Ataques ao aparato psíquico sentido de realidade (Bion) • Repressão: mec. Adaptativo • Ataque a função psíquica • clivagem entre vida consc e capaz de estabelecer ligação inconsc – Permeável – ego se liga a fantasias e recordações com a realidade int. e ext. – para evitar a dor, mas com destruição do aparato psiquico (Klein

RELAÇÕES ENTRE NEUROSE E PSICOSE – TEORIA DAS RELAÇÕES OBJETAIS (Grassano, 1996) NEUROSE: •

RELAÇÕES ENTRE NEUROSE E PSICOSE – TEORIA DAS RELAÇÕES OBJETAIS (Grassano, 1996) NEUROSE: • aparato psíquico se organizou em função dos mec • • • adaptativos da repressão Fracassos: alterações parciais da resolução da situação depressiva infantil Cada modalidade neurótica: distintos métodos defensivos para evitar essa dor – dissociações e parcializações do objeto Repressão – consc/inconsc – desenvolvimento do pensamento simbólico – relações simbólicas com a realidade Fracassos parciais: zonas de bloqueio e inibição de funções CONFLITO CENTRAL: necessidade de instalar e reparar ao objeto bom em luta com sentimentos ambivalentes que ameaçam essa conquista

RELAÇÕES ENTRE NEUROSE E PSICOSE – TEORIA DAS RELAÇÕES OBJETAIS (Grassano, 1996) • PSICOSE

RELAÇÕES ENTRE NEUROSE E PSICOSE – TEORIA DAS RELAÇÕES OBJETAIS (Grassano, 1996) • PSICOSE Problema é muito anterior e muito mas grave • CONFLITO CENTRAL: necessidade de construir • um aparato mental como único meio de sair do “fechamento “ persecutório: qualquer função é temida por despertar consciência de dor e enfermidade - novos ataques hostis Faltam pré condições mínimas para estabelecer contato com a realidade ; desenvolver vínculos e qualquer função de síntese e integração

ESQUEMA NOSOLÓGICO EVOLUTIVO DIN MICO Leila Cury Tardivo Fonte (Raquel Soifer)

ESQUEMA NOSOLÓGICO EVOLUTIVO DIN MICO Leila Cury Tardivo Fonte (Raquel Soifer)

NEUROSE Evolução normal do ego em inúmeros SITUA ÇÕES Evolução normal do ego num

NEUROSE Evolução normal do ego em inúmeros SITUA ÇÕES Evolução normal do ego num certo número CRÍTI CAS aspectos Poucas regressões recuperáveis Escasso número de detenções e inibições no desenvolvimento de aspectos Acentuada tendência à regressão, com recuperação lenta Inibição e/ou detenção do desenvolvimento de algumas funções egóicas importantes Alguns elementos de desenvolvimento defeituoso

SITUA ÇÕES PSICÓ TICAS Ego submeteu-se aos aspectos irracionais Alguns aspectos do ego em

SITUA ÇÕES PSICÓ TICAS Ego submeteu-se aos aspectos irracionais Alguns aspectos do ego em evolução PSI COSES Características iguais às do quadro anterior, CRÔ NICAS normal Regressões sérias, de difícil recuperação Número regular de funções inibidas ou detidas no seu desenvolvimento -Número regular de elementos de desenvolvimento defeituoso porém agravadas por um maior número de detenções do desenvolvimento e de elementos de desenvolvimento defeituoso, com muito poucos ou nenhum evoluído até a idade cronológica Não apresenta melhora nem sequer depois de três anos de tratamento

NEUROSE Ego evolui normalmente na maioria de seus aspectos e funções – de acordo

NEUROSE Ego evolui normalmente na maioria de seus aspectos e funções – de acordo com idade cronológica da criança. Funções essenciais: psicomotricidade, linguagem, noção de limites, capacidade lúdica, afeto, relação objetal.

NEUROSE Neurose: quadro como patológico quando apresentar uma tendência acentuada para a regressão (e

NEUROSE Neurose: quadro como patológico quando apresentar uma tendência acentuada para a regressão (e detenções e inibições do desenvolvimento) trazendo sofrimento à criança. Conceito de neurose: transtornos de conduta e de aprendizagem leves. Afecções psicossomáticas que não comprometem histologicamente o órgão afetado permanentemente.

NEUROSE OBSESSIVA NA INF NCIA • INTRODUÇÃO – NEUROSE NA INF NCIA • Posição

NEUROSE OBSESSIVA NA INF NCIA • INTRODUÇÃO – NEUROSE NA INF NCIA • Posição não bem definida • Fases (ponto de vista histórico) • desconhecimento da neurose infantil • Freud se interessa – neurose infantil e do adulto • • (importância) demasiada importância dada à noção de neurose diminuição da importância da noção de neurose

AMBIGUIDADE DO CONCEITO DE NEUROSE INFANTIL • S • • • Freud: episódios regulares

AMBIGUIDADE DO CONCEITO DE NEUROSE INFANTIL • S • • • Freud: episódios regulares do desenvolvimento M Klein: forma de elaborar as angústias psicóticas precoces ; é a própria expressão da elaboração dessas angústias Anna Freud: perturbação mental não é classificada como neurose até que o conflito patogênico tenha sido interiorizado realmente Winnicott: o termo psiconeurose para latente ou criança mais velha implica que tenha alcançado um certo grau de desenvolvimento

CONCEITO DE NEUROSE INFANTIL • Melanie Klein: uma criança é neurótica • • •

CONCEITO DE NEUROSE INFANTIL • Melanie Klein: uma criança é neurótica • • • quando sua angústia, sua ambivalência e os obstáculos que ela opõe à sua adaptação à realidade ultrapassam um certo limite ou quando as dificuldades que enfrenta e que cria ao seu redor são muito grandes. A denominação de neurose infantil pode ter um duplo sentido na linguagem psicanalítica: estado mórbido distúrbio funcional ou distúrbio reacional. (V. Smirnoff)

CONCEITO DE NEUROSE INFANTIL • Etiopatogenia: Os elementos hereditários e constitucionais foram reconhecidos por

CONCEITO DE NEUROSE INFANTIL • Etiopatogenia: Os elementos hereditários e constitucionais foram reconhecidos por Freud. • Outros autores (A Freud. Klein ) papel importante aos fatores constitucionais (sem tê-los estudado a fundo) • Importância da influência do meio ambiente. - concordância de todos

Questão fundamental: Em que medida as tendências inatas de normalidade podem ser desviadas pela

Questão fundamental: Em que medida as tendências inatas de normalidade podem ser desviadas pela influência do meio?

 • Winnicott: • • • NEUROSE ao lado da hereditariedade, também o meio

• Winnicott: • • • NEUROSE ao lado da hereditariedade, também o meio ambiente desempenha um papel fundamental na formação das neuroses. Melanie Klein: valoriza não é tanto a adaptação do indivíduo à realidade exterior - mas as potencialidades de que dispõe para resolver seus conflitos. Neurose pode ser considerada: um simples sintoma um complexo de sintomas uma fase de desenvolvimento como um processo.

Evolução da neurose infantil • Não é o sintoma que faz a neurose, mas

Evolução da neurose infantil • Não é o sintoma que faz a neurose, mas o tipo particular de organização da personalidade. • Pode ter: um valor de comunicação (D. W. Winnicott); • Podem ser defesas contra angústias depressivas e paranóicas. (Klein)

O diagnóstico e o prognóstico dependem: • do período evolutivo da criança • de

O diagnóstico e o prognóstico dependem: • do período evolutivo da criança • de suas capacidades • das possibilidades que lhe são oferecidas • das condições dos pais.

Valor de um sintoma neurótico considerado em relação • À biografia da criança •

Valor de um sintoma neurótico considerado em relação • À biografia da criança • Sentido na organização da personalidade • De acordo com a labilidade e rigidez • Capacidade para supera-lo (sintoma)

NEUROSE OBSESSIVA NA INF NCIA

NEUROSE OBSESSIVA NA INF NCIA

NEUROSE OBSESSIVA NA INF NCIA • Obsessão - perseguição • compulsão - constrangimento •

NEUROSE OBSESSIVA NA INF NCIA • Obsessão - perseguição • compulsão - constrangimento • EGO - limitado na livre utilização da expressão de seu pensamento e de sua representação ou de seus atos.

NEUROSE OBSESSIVA NA INF NCIA • SINTOMATOLOGIA COMPLEXA • RITUALIZAÇÃO: pode ser formativa •

NEUROSE OBSESSIVA NA INF NCIA • SINTOMATOLOGIA COMPLEXA • RITUALIZAÇÃO: pode ser formativa • • • (normal e necessária – primeira infância)) e a ausência pode ser uma anomalia evolutiva. PERÍODO DA LATÊNCIA: Criança – volta a apresentar rituais dos períodos anteriores. Pode haver traços de personalidades obsessivas: hipercontrole; meticulosidade nas ações; perfeccionismo; falta de liberação na expressão verbal. A atuação gestual: (ação) - tiques.

NEUROSE OBSESSIVA NA PUBERDADE OU ADOLESCÊNCIA • Neurose obsessiva apresenta as características • •

NEUROSE OBSESSIVA NA PUBERDADE OU ADOLESCÊNCIA • Neurose obsessiva apresenta as características • • • do adulto. Há obsessões Ideativas: “loucura da dúvida”. Fóbicas : fobia a objetos, a lugares. Impulsivas – por exemplo Giles de la Tourette, ou “doença dos tiques”. Características da obsessão: pressão, luta, angústia e a consciência da própria morbidez.

Sintomatologia obsessiva pode: • Fazer parte do quadro de outras • • • organizações

Sintomatologia obsessiva pode: • Fazer parte do quadro de outras • • • organizações sindrômicas Preceder uma desorganização psicótica Converter-se num mecanismo defensivo contra uma psicose. Origem: Constitucionalistas valorizam o fator hereditário

Patologia psicodinâmica: • Primeira infância: • Ritos normais, podem ser encontradas • • •

Patologia psicodinâmica: • Primeira infância: • Ritos normais, podem ser encontradas • • • formas graves, sintomáticas de estruturas pré-neuróticas ou pré-psicóticas. Manifestações do tipo obsessivo do período edipianos são excepcionais. Ritos: constituição do Ego Ritos: estruturantes e defensivos (passageiros), não limitam a atividade normal da criança.

Patologia psicodinâmica • Período da de latência: • Ego infantil todo obsessivo. • Tiques,

Patologia psicodinâmica • Período da de latência: • Ego infantil todo obsessivo. • Tiques, distúrbios de conduta, • • manifestações de aspecto fóbico: quadro de uma evolução neurótica, de provável tipo obsessivo. No adolescente: Traços obsessivos: transitórios ( cedem rapidamente) Pais e educadores: atitude de compreensão. Núcleo obsessivo: regressão das estruturas da libido, com pontos de fixação pré-genital e emergência de impulsões, desejos e fantasias sexuais agressivos, mais: angústia e culpa - reações e defesa do Ego (influência do Superego)

Etiopatogenia SOIFER Ponto de fixação: Freud e Abraham: etapa anal -sádica. • M. Klein:

Etiopatogenia SOIFER Ponto de fixação: Freud e Abraham: etapa anal -sádica. • M. Klein: posição esquiizoparanóide, ambivalência oral-sádica. • M. Klein: sadismo constitucional. • Fenichel: conflito do aprendizado esfincteriano (compromisso entre submeterse e obedecer) • Origem na etapa oral-sádica organização no aprendizado esfincteriano.

– PRINICIPAIS MECANISMOS OBSESSIVOS • Deslocamento: • • representação conflitiva é transferida para uma

– PRINICIPAIS MECANISMOS OBSESSIVOS • Deslocamento: • • representação conflitiva é transferida para uma imagem de pouca importância ( afeto ligado a uma idéia menos angustiante). Anulação: substituição de um pensamento por outro, suprimindo vivência desagradável (um ato positivo é seguido por um negativo, como abrir, fechar). Tem um sentido expiatório. Isolamento: desliga a idéia de sua carga emocional; surge do tabu do contato (separando-se para não tocar, por amor ou por ódio). Afasta o impulso masturbatório. Isola as coisas “limpas” das “sujas”. Separa a mente do corpo ( rigidez).

SINTOMAS OBSESSIVOS • Cavilação (ruminação): fuga para a intelectualidade, para ewvitar o censurável. Apóia-se

SINTOMAS OBSESSIVOS • Cavilação (ruminação): fuga para a intelectualidade, para ewvitar o censurável. Apóia-se no recalque e na variação de temas. Instala-se na puberdade. • Obstinação: Decisão de manter a própria posição. É determinada pela inveja, unida ao sadismo, à onipotência e à onisciência. É uma defesa contra o medo e a angústia de separação e de castração.

SINTOMAS OBSESSIVOS • Teimosia: • É conseguir o que se quer, de maneira indireta,

SINTOMAS OBSESSIVOS • Teimosia: • É conseguir o que se quer, de maneira indireta, graças ao engodo. Denota a luta contra o ego e o superego. (Fenichel). Teimosia ao sadismo do superego precoce. (Klein). Angústia de separação ou de castração. (Soifer) Idéias obsessivas: A representação temida é deslocada para elementos de pouca importância. Temor a uma situação edípica. Sua conseqüência é o empobrecimento do ego e das possibilidades intelectuais. Surgem aos dois anos e meio, instalando-se a partir dos 3; dos 4 anos em diante, referem-se à morte, a ladrões, etc.

SINTOMAS OBSESSIVOS • Dúvidas obsessivas: Conseqüência das idéias obsessivas ( anulação). Objetivo é criar

SINTOMAS OBSESSIVOS • Dúvidas obsessivas: Conseqüência das idéias obsessivas ( anulação). Objetivo é criar incerteza e afastar o sujeito da realidade externa. Representam a dúvida sobre a capacidade de amar (devido ao ódio). Começam na puberdade ou adolescência. • Obsessões: São idéias obsessivas cenrtradas num tema. Ego é obrigado a pensar em uma determinada direção. Substituem as pusões incestuosas ou homossexuuais; procuram recalcar o sadismo ligado à sexualidade, expressando angústias masturbatórias. .

SINTOMAS OBSESSIVOS • Atos obsessivos, rituais • • e cerimoniais – Concatenação de ações

SINTOMAS OBSESSIVOS • Atos obsessivos, rituais • • e cerimoniais – Concatenação de ações em uma determinada ordem e repetidas sem variações. Determinados por uma fantasia inconsciente, (próximos à masturbação infantil) regidos pelos diversos mecanismos obsessivos. Surgem a partir de um ano e meio, variando conforme a idade. Lavagem compulsiva das mãos: Veicula angústias devidas à masturbação, é uma barreira contra as idéias “sujas”. Sonambulismo: cerimonial com atos obsessivos, as ações tendendo a afastar as imagens e vivências oníricas perigosas

SINTOMAS OBSESSIVOS • Neurose obsessiva – Melanie Klein pode se • apresentar a partir

SINTOMAS OBSESSIVOS • Neurose obsessiva – Melanie Klein pode se • apresentar a partir dos 2 anos de idade; assume a forma do adulto, somente no período da latência. Semiologia: balanceio, batidas rítmicas com a cabeça, sucção do polegar, masturbação compulsiva; rituais e tirania para com os familiares.

PERSONALIDADE OBSESSIVA • Pessoas cuidadosas, idéias obsessivas, inibição psicomotora; são crianças quietas, que imitam

PERSONALIDADE OBSESSIVA • Pessoas cuidadosas, idéias obsessivas, inibição psicomotora; são crianças quietas, que imitam adultos, perfeccionistas. • Psicopatologia: Sadismo inconsciente, fortes formações reativas, ambivalência, culpa, traços anais, pulsões incestuosas e homossexuais, teimosia.

– PRINICIPAIS MECANISMOS OBSESSIVOS • Onipotência das idéias: deslocamentos das idéias de onipotência atribuídas

– PRINICIPAIS MECANISMOS OBSESSIVOS • Onipotência das idéias: deslocamentos das idéias de onipotência atribuídas às fezes, tornam-se mágicas, todopoderosas. É uma das causas da dificuldade escolar. • Onisciência: acredita saber tudo e mais que todos. É conseqüência da onipogência das idéias