GLOBALIZAO E GESTO A GLOBALIZAO n n O
GLOBALIZAÇÃO E GESTÃO
A GLOBALIZAÇÃO n n O conceito de globalização tem por base a ideia de que o mundo tende a tornar-se cada vez mais homogéneo, ou seja as diferenças entre os mercados nacionais ou regionais serão cada vez mais reduzidas e tenderão mesmo a desaparecer para uma grande parte dos produtos. Como consequência dessa convicção, as empresas deveriam globalizar as sua estratégias, do que resultaria nomeadamente o crescimento das quotas de mercado, a nivel mundial e significativas economias de escala.
n n A globalização é, assim, vista como resultado de um processo de internacionalização que passa de uma estratégia multidoméstica diversificada, para uma estratégia única para todos paises, os quais são agora vistos como constituindo um único mercado. A expressão “globalização dos mercados” foi usada pela primeira vez por Levitt, ao defender que o tempo das diferenças regionais ou nacionais em termos de habitos de consumo pertencia ao passado.
n n Para Levitt, o desenvolvimento tecnologico conduz o mundo para uma “comunalidade convergente” e o resultado é uma nova realidade comercial- a emergência de mercados globais para produtos de consumo estandardizados numa dimensão nunca antes imaginada. A empresa global que é diferente da multinacional, opera, com custos relativamente baixos, como se o mundo inteiro fosse uma simples entidade. Vende as mesmas coisas, da mesma maneira, em qualquer lugar.
n A globalização pura, aplicada a todos os mercados, não colhe o aplauso unâmine quer dos gestores quer dos teóricos. Observam alguns que o consumidor homogéneo não existe e até algumas das grandes empresas apontadas como campeãs da globalização acabam por se adaptar aos diferentes mercados em maior ou menor grau.
GLOBALIZAÇÃO E A GESTÃO n Pessoas bem informadas e atentas ao que acontece no mundo sabem, que a globalização oferece muitas oportunidades, mas traz consigo grandes ameaças. Todavia, ao não dar o devido valor a esses novos factores, a maioria dos executivos responsáveis por empresas não adopta iniciativas coerentes com as novas necessidades. n Dai ser necessário os executivos e as organizações actuais entenderem com profundidade os diferentes segmentos do ambiente geral, inclusive dos segmentos económicos, sociocultural e político-legal, que caracteriza o mundo global de hoje.
GLOBALIZAÇÃO E A GESTÃO n A globalização é um fenómeno capitalista e complexo que começou na época dos descobrimentos e que se desenvolveu a partir da Revolução Industrial. Mas o seu conteúdo passou despercebido por muito tempo, e hoje muitos economistas analisam a globalização como resultado do pós Segunda Guerra Mundial, ou como resultado da Revolução Tecnológica. n O termo revolução tecnológica, apesar de bastante amplo em seu significado, pode ser conceituado como “as invenções, as descobertas ou as criações realizadas pelo Homem, que afectam, de forma profunda, ampla e generalizada, os conhecimentos, os costumes e as práticas quotidianas do seu meio
GLOBALIZAÇÃO E A GESTÃO (Definição) n Para a General Electric (GE) a globalização significa “globalizar todas as actividades da empresa, inclusive a de aquisição de matériasprimas, componentes e produtos para preservar a competitividade da GE em mundo deflacionário e sensível a preços; n Globalização significa na acepção desta empresa: ¨ Identificar e atrair o conjunto ilimitado de capital intelectual – os melhores indivíduos – de todo mundo
Principais características da globalização n n n homogeneização dos centros urbanos, expansão de empresas (multinacionais) para regiões fora de seus núcleos geopolíticos, revolução tecnológica nas comunicações e na electrónica, reorganização geopolítica do mundo em blocos comerciais (não mais ideológicos), (UE, SADC, ASEAN etc. ) hibridização entre culturas populares locais e uma cultura de massa universal, entre outros.
Aspectos positivos da Globalização n n n Facilidade na circulação de bens, serviços e pessoas Fragilização dos sistemas de controle que se pode depreender pelos atentados de 11 de Setembro Beneficiam os mais fracos ao se equipararem aos mais fortes, pois tudo se consegue adquirir através desta grande auto-estrada informacional do mundo que é a Internet Facilidade com que as inovações se propagam entre países e continentes Acesso fácil e rápido à informação e aos bens
Aspectos Negativos n grande instabilidade económica que se cria no mundo, pois qualquer fenómeno que acontece num determinado país atinge rapidamente outros países n países cada vez mais dependentes uns dos outros n Possibilidade de eliminação de sectores estratégicos da industria nacional
O que muda na Gestão com a Globalização n As Organizações e seus executivos precisam considerar algumas das novidades face ao fenómeno globalização: ¨A não aplicação de novas técnicas, já implementadas no mundo globalizado, poderá inviabilizar a capacidade de competir da empresa. ¨ Tantas são as mudanças que deveremos adoptar e uma das questões fundamentais neste âmbito é conhecermos as modernas técnicas e utilizá-las na gestão empresarial.
O que muda na Gestão com a Globalização (Cont. 1) ¨ Alguma delas são: n Benchmark (Análise comparativa do desempenho) n Balance Score. Card (Análise de Cenário Balanceado) n Outsourcing (Subcontratação ou terceirização) n Downsizing (achatamento da estrutura organizacional) n Downscoping (racionalização da carteira do negócio)
O que muda na Gestão com a Globalização (Cont. 2) n n De forma crescente ocorrem operações offshoring, pelas quais a empresa transfere uma ou mais de suas fábricas para outro país a fim de fabricar exactamente o mesmo produto, só que com mão-de-obra mais barata, carga tributária menor e melhores condições de infra-estrutura. A gestão executiva passa a se preocupar com a compreensão aspectos como: ¨ Personalização dos seus negócios para satisfazer a regulamentação governamental dentro do país ou para enquadrar-se aos gostos e preferências dos clientes n Que obriga o uso de estratégias mistas: multidomesticas (adaptadas a situação local) e/ou estratégias globais situações de homogeneidade situacional
O que muda na Gestão com a Globalização (cont. 3) ¨ Monitoramento constante e em tempo real dos aspectos económicos financeiros onde a empresa tenha feito investimentos. ¨ Identificação e localização estratégica das unidades produtivas das organizações. n Implantação das unidades produtivos consoante a racionalização dos custos e outras facilidades: Mão de obra ¨ Facilidade de escoamento das matérias primas e do produto final ¨ Isenção ou facilidades fiscais ¨ Mercados financeiros ¨
O que muda na Gestão com a Globalização (cont. 4) n n n A Internet e os sistemas informação e comunicação vão influenciar de forma efectiva a vida nas sociedades organizadas. Em Nangladore, na Índia, milhares de profissionais locais são contratados por empresas americanas e inglesas para actuar em call centers, prestando serviços de atendimento em inglês, como se estivessem em Nova York ou Londres. Entre 2000 e 2004, a utilização da Internet cresceu 125%, incluindo 186% na África, 209% na América Latina, 124% na Europa e 105% nos EUA, segundo dados da Nielsen Net. Ratings.
O que muda na Gestão com a Globalização (cont. 5) n n n O número de telefones celulares em uso na China já é maior do que o número de habitantes nos EUA, e os sulcoreanos superam os americanos em termos de uso da Internet e penetração da banda larga. A utilização de placas Linksys Wireless adaptadas PC e conceito do escritório móvel começa a ser uma realidade na vida das organizações. A especialização e adopção de técnicas como outsourcing ou terceirização começam impõem maior concentração sobre o é de facto objecto de negócio das organizações.
O que muda na Gestão com a Globalização (cont. 6) Novas e inovadoras formas de pagamentos. n A inclusão da China na Organização Mundial do Comércio (OMC) trouxe uma nova e importante variável para o mundo dos negócios, ou seja, os chineses estão invadindo o mundo com seus produtos baratos, inviabilizando produtores locais. n
Um exemplo de Globalização do processo produtivo n O seguinte exemplo de globalização da produção é autoexplicativo, simplesmente lendo os dados colecionados no seguinte quadro.
Níveis de envolvimento no Mercado Internacional 1ª fase- Doméstico: n A empresa concentra as suas actividades de marketing exclusivamente no mercado doméstico (ex. maioria das micro empresas); n
Cont… 2ª fase- Exportação: n A empresa aproveita as vantagens oferecidas pelos mercados internacionais para vender os seus produtos c/ poucos riscos n Poderá ocorrer inicialmente por acidente ou por saturação do mercado doméstico. n - Nesta altura, a produção do mercado doméstico é utilizada para fornecer aos mercados internacionais n
Cont… 3ª fase- Dimensão internacional: n A empresa vai para além da exportação n Começa a tornar-se menos dependente dos intermediários n Começa a estabelecer relações directas nos mercados estrangeiros n - Nesta altura, a empresa poderá montar uma subsidiária no estrangeiro, e a produção poderá sair do mercado doméstico. n
Cont… n n 4ª fase- Dimensão multinacional: O peso da actividade estrangeira ultrapassa o peso da actividade doméstica (Ex. : Nestle, Philips); A empresa olha para o mercado estrangeiro como se fosse mercado local; - Procura adaptar as actividades de marketing tendo em consideração as forças macro (PEST) e as forças micro (diferentes públicos) no mercado internacional.
Cont… n n 5ª fase- Dimensão global: Princípio: procurar encontrar produtos que permitam uma estratégia única para diferentes mercados. Exige que todos os recursos da empresa, experiência e empenho dos gestores sejam dedicados ao desenvolvimento de estratégias à escala global. - Apesar da orientação da estratégia ser global, é necessário fazer adaptações pontuais (ex. Coca-Cola Diet versus Light)
MODOS DE ENTRADA NO MERCADO INTERNACIONAL 1. Exportação; n -Requer o mínimo de esforço e custo quando comparado com as outras formas de internacionalização. n - O risco está limitado porque não existe investimento directo no estrangeiro n
2. Acordos de Licenciamento n n Alternativa ao investimento directo, em que uma empresa autoriza outra a usar a sua propriedade intelectual por um período específico. Quando existe necessidade de utilizar marketing, know-how, assistência técnica ou resultados de I&D já desenvolvidos por outra empresa (ex. utilização de 1 sistema específico de embalagem).
Cont. Acordos Licenciamento São particularmente atractivos quando: n a. a empresa quer explorar novos mercados n b. não existe estabilidade política no mercado estrangeiro, n c. um pequeno produtor quer lançar uma marca internacionalmente. n
3. Franchising; n n Negócio em que o franchisador atribui uma licença ao franchisado, que por sua vez paga um fee/compensações para poder fazer negócios em nome do franchisador. O franchisador mantém controlo sobre a imagem e forma como o negócio é conduzido e dá apoio ao franchisado: Know-how, assistência operacional, campanhas de marketing conjuntos, . . . O franchisado poderá usar o nome da marca, design, logotipo, patentes, copyrights, etc. MAS o franchisador detêm o controlo sob as diversas variáveis do marketing tais como o preço praticado ao cliente final, a imagem global da marca e o serviço ao cliente.
4. Joint ventures n n É um acordo entre uma empresa doméstica e uma empresa estrangeira ou governo. Cada uma das entidades terá que ter uma participação na empresa (ex. : fundos, tecnologia, mão-de-obra) e partilhar os riscos. São particularmente populares quando exigem grandes investimentos (ex. indústrias de extracção mineral e automóvel). Muitas vezes são impostas por motivos de nacionalismo ou por restrições governamentais à propriedade estrangeira.
5. Alianças estratégicas n n n São acordos formais ou informais com fornecedores, clientes, competidores ou companhias noutras indústria com o objectivo de criar vantagem competitiva à escala global. A formação das parcerias é dada num momento onde as organizações procuram soluções viáveis para ganhar uma fatia/quota de mercado maior ou ampliar a fidelização dos consumidores. (Ex: Revendedores de automóveis Vs Seguradoras; Postos de gasolina Vs pizzarias ).
6. Investimento directo no estrangeiro n n n Implica à partida um interesse de longo-prazo através da posse de uma subsidiária ou operação da empresa no estrangeiro. Vantagens: Controlo da estratégia, maior capacidade de resposta ao mercado, impostos, maior compreensão e facilidade de adequação às culturas locais. Multinacional: empresa que têm subsidiárias ou operações em vários países.
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