Coqueluche Hospital Regional da Asa Sul HRAS Autora

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Coqueluche Hospital Regional da Asa Sul – HRAS Autora: Flávia Watusi de Faria Orientadores:

Coqueluche Hospital Regional da Asa Sul – HRAS Autora: Flávia Watusi de Faria Orientadores: Dra. Tereza Ribeiro e Dr. Bruno Vaz www. paulomargotto. com. br 6/6/2008

Coqueluche Considerações Gerais • Doença infecto-contagiosa, universal, causada pelo cocobacilo Gram -, encapsulado Bordetella

Coqueluche Considerações Gerais • Doença infecto-contagiosa, universal, causada pelo cocobacilo Gram -, encapsulado Bordetella pertussis. • Outros patógenos envolvidos: B. parapertussis, B. bronchiseptica, adenovírus, Clamídia e outros. • 1º descrição no século XVII, por Sydenham ► pertussis (per = severa + tussis= tosse). 1 • A B. pertussis foi descoberta em por Bordet e Gengou em 1906 e na década de 40 uma vacina efetiva tornou-se disponível. 1 Kliegman: Nelson Textbook of Pediatrics, 18 th ed. Copyright © 2007 Saunders, An Imprint of Elsevier

Epidemiologia • Doença altamente contagiosa: – Quase 100% dos não-imunes expostos a contactantes domiciliares

Epidemiologia • Doença altamente contagiosa: – Quase 100% dos não-imunes expostos a contactantes domiciliares adquirem a doença 2 • Transmissão: contato respiratório íntimo. • Transmissibilidade: do estágio catarral até 4 semanas após início da fase paroxística • Faixa etária: 60% antes dos 5 anos 2 Gershon: Krugman´s Infectious Disease of Children, 11 ed. Copyright 2004

Epidemiologia • Grupos com maior risco de gravidade: – < 1 ano de idade

Epidemiologia • Grupos com maior risco de gravidade: – < 1 ano de idade – Desnutridos – Imunocomprometidos.

Epidemiologia Distribuição por idade dos casos de Coqueluche nos USA , 19791981 e 1992

Epidemiologia Distribuição por idade dos casos de Coqueluche nos USA , 19791981 e 1992 -1994 PERCENT BY AGE GROUP IN YEARS Total cases <1 1– 4 5– 14 15– 19 >19 1979– 1981 4, 601 56 26 12 2 4 1992– 1994 14, 829 41 20 21 6 12 Year From Centers for Disease Control and Prevention from annual summaries published in the Morbidity and Mortality Weekly Report for the respective years • Programa Expandido de Imunização (EPI) em 1992 Letalidade: 7: 1000 • Morbidade e mortalidade redução de 60% • Reemergência nos países desenvolvidos: Também no Brasil? 3 3 A reemergência da coqueluche em países desenvolvidos: um problema também para o Brasil? , Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 19(4): 1209 -1213, jul-ago, 2003

Aderência ao epitélio ciliado das vias aéreas superiores Liberação de toxinas Sensibiliza histamina ↓

Aderência ao epitélio ciliado das vias aéreas superiores Liberação de toxinas Sensibiliza histamina ↓ resposta inflamatória Inibe macrófagos Fator promotor de leucolinfocitose (FPL) Sobrevivência do bacilo Adenilatociclase Necrose do epitélio Neurotoxicidade. Cilioestase Citotoxina Traqueal e Dermonecrótica

Fig. 1: Synergy between pertussis toxin and filamentous hemagglutinin in binding to ciliated respiratory

Fig. 1: Synergy between pertussis toxin and filamentous hemagglutinin in binding to ciliated respiratory epithelial cells Tozzi, A. E. et al. CMAJ 2005; 172: 509 -515 Copyright © 2005 Canadian Medical Association or its licensors

Fisiopatologia Disfunção e destruição do epitélio ciliar Falha no processo de remoção de debris

Fisiopatologia Disfunção e destruição do epitélio ciliar Falha no processo de remoção de debris e secreções. Obstrução de bronquíolos e brônquios Broncopneumonia inespecífica Atelectasias e enfisema Hipóxia severa + ↑ da PIC Formação de rolha viscosa de secreções Tosse paroxística + vômitos + espasmo laríngeo Guinchos Encefalopatia

Quadro Clínico • Incubação: média de 6 a 12 dias (4 -21 dias) •

Quadro Clínico • Incubação: média de 6 a 12 dias (4 -21 dias) • Instalação insidiosa, como um resfriado comum • Febre é pouco importante e mesmo ausente no curso da doença.

Quadro Clínico 5 Catarral q. Tosse, coriza, febre, mal-estar, lacrimejamento = Estado gripal q

Quadro Clínico 5 Catarral q. Tosse, coriza, febre, mal-estar, lacrimejamento = Estado gripal q Duração de 1 a 2 semanas. Paroxística q. Acessos de tosse intensa, com períodos de acalmia ►salva de episódios curtos, rápidos e repetidos, dentro do mesmo movimento expiratório. No limite da apnéia ► inspiração profunda, glote estreitada = “guincho”►eliminação de secreção espessa + vômito. q. Nos intervalos, a cça passa bem. Ausculta normal q. Cianose, apnéia, convulsões e ≠ de consciência nas crianças menores. q. Duração: 4 a 6 semanas. Convalescência Regressão dos paroxismos de 3 modos: 1. ↓ intensidade; 2. ↓ frequência, mesma violência; 3. ↑ nº de vezes, ↓ frequência e intensidade. Duração: 3 semanas 5 Murayowski, 2003

Complicações Broncopneumonia Convulsões 90% dos óbitos (hipóxia / ↓ Na) Atelectasias Epistaxe, hemorragias conjuntivais

Complicações Broncopneumonia Convulsões 90% dos óbitos (hipóxia / ↓ Na) Atelectasias Epistaxe, hemorragias conjuntivais Encefalopatia da coqueluche Otite média + lactentes

Diagnóstico Clínico. Epidemiológico 6 • Quando suspeitar? 1. Tosse com duração > 14 dias

Diagnóstico Clínico. Epidemiológico 6 • Quando suspeitar? 1. Tosse com duração > 14 dias associado pelo menos um sintoma: paroxismos, guinchos ou vômitos pós-tosse. 2. Tosse com > 7 dias e contato com caso conhecido de coqueluche 3. Lactente de até 3 meses com crises de apnéia ou cianose 6 Infectious Disease Epidemiological Program (CDC), 2007, september

Diagnóstico clínico 7 • Fatores positivos: – Contato com caso – Imunização incompleta –

Diagnóstico clínico 7 • Fatores positivos: – Contato com caso – Imunização incompleta – Tosse pura ou predominante – Bom estado geral entre os paroxismos – Vômitos pós-tosse – Guinchos – Apnéia e bradicardia – Petéquias acima da clavícula 7 Long: • Fatores negativos: – – – Febre Diarréia Exantema Enantema Taquipnéia Principles and Practice of Pediatric Infectious Diseases, 2 nd ed. Copyright © 2003 Churchill Livingstone, An Imprint of Elsevier

Diagnóstico Clínico Diagnosis and Treatmentof pertussis, CMAJ • FEB. 15, 2005; 172 (4)

Diagnóstico Clínico Diagnosis and Treatmentof pertussis, CMAJ • FEB. 15, 2005; 172 (4)

Diagnóstico Laboratorial q Hemograma e bioquímica Leucocitose (pode ser acentuada = >100. 000), com

Diagnóstico Laboratorial q Hemograma e bioquímica Leucocitose (pode ser acentuada = >100. 000), com linfocitose absoluta e relativa. q q Hiponatremia – vômitos q Rx q. Normal, hiperinsuflação, padrão intersticial, coração felpudo, atelectasias.

Diagnóstico de certeza q Cultura (meio de Bordet Gengou), de secreções da nasofaringe por

Diagnóstico de certeza q Cultura (meio de Bordet Gengou), de secreções da nasofaringe por swab ou aspirado. q. VPP 100%. Maior sensibilidade em infantes, casos severos e não vacinados. q Imunoflurorescência da secreção nasofaríngea q Sorologia por ELISA: Ig. G e Ig. A contra a toxina pertussis 6 q PCR: alta sensibilidade e especificidade. Muito FP 6 Infectious Disease Epidemiological Program (CDC), 2007, september

Diagnóstico CMAJ • FEB. 15, 2005; 172 (4)

Diagnóstico CMAJ • FEB. 15, 2005; 172 (4)

Manifestações e complicações da Coqueluche From Cherry JD, Brunell PA, Golden GS et al.

Manifestações e complicações da Coqueluche From Cherry JD, Brunell PA, Golden GS et al. Report of the task force of pertussis and pertussis immunization-1988. Pediatrics 1988; 81[Suppl]: 939 -984.

Tratamento Fase catarral Fase Paroxística Hospitalização ü Boa ventilação local; ü Única em que

Tratamento Fase catarral Fase Paroxística Hospitalização ü Boa ventilação local; ü Única em que se é capaz de mudar o curso da doença ü ATB: macrolídeo(5 -7 dias) ü Globulina hiperimune – pode ser útil ü Isolamento üRefeições paroxismos. pós- ü Corticóide nos casos graves / salbutamol 4 üIsolamento ü latente até 3 meses ü 3 -6 meses nos casos graves üCrianças maiores – se complicações. üNos acessos: ü aspiração VAS + üComplicações bacterianas: ampi/amoxa, cefalosporinas. O 2 üIntubação casos graves. 4 CMAJ • FEB. 15, 2005; 172 (4) nos

Tratamento CMAJ • FEB. 15, 2005; 172 (4)

Tratamento CMAJ • FEB. 15, 2005; 172 (4)

Profilaxia Conduta para os contatantes (crianças) Vacinação básica completa < 7 anos: 1 reforço

Profilaxia Conduta para os contatantes (crianças) Vacinação básica completa < 7 anos: 1 reforço de DTP+ Eritromicina 10 dias > 7 anos: Eritromicina 7 dias Não previamente imunizados Eritromicina 7 -10 dias Iniciar /completar vacinação nos < 7 anos

Vacinação pelo CDC 2005

Vacinação pelo CDC 2005

OBRIGADA!!

OBRIGADA!!