Hospital Regional da Asa Sul HRAS Hematria Por

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Hospital Regional da Asa Sul - HRAS Hematúria Por: Manuela Costa de Oliveira Orientadoras:

Hospital Regional da Asa Sul - HRAS Hematúria Por: Manuela Costa de Oliveira Orientadoras: Mariana Gadelha Maristela Barbosa Elza Alves www. pauloamrgotto. com. br 15/9/2008

Introdução �Eliminação de número anormal de hemácias na urina �Macro/Microscópica �*UFMG: 680 pacientes -

Introdução �Eliminação de número anormal de hemácias na urina �Macro/Microscópica �*UFMG: 680 pacientes - 37% micro - 63% macro �Permanente/Recorrente/Isolada �Sintomática/Assintomática �Glomerulares/Não-glomerulares

Introdução �Hematúria assintomática: �Segunda causa de consultas nefrológicas �Prevalência em escolares sadios: � 4

Introdução �Hematúria assintomática: �Segunda causa de consultas nefrológicas �Prevalência em escolares sadios: � 4 a 6% � 0, 5 a 2% - com a repetição do exame após 6 meses

Definição �Microhematúria: �Depende da técnica �Deve ser definida quantitativamente � 5 ou mais hemácias

Definição �Microhematúria: �Depende da técnica �Deve ser definida quantitativamente � 5 ou mais hemácias por campo microscópico em aumento de 400 X, após centrifugação �Deve ser confirmado em mais 2 exames, em semanas diferentes, antes de iniciar qualquer investigação, no caso de hematúria assintomática

Definição �Hematúria macroscópica: �Alteração da cor: marrom – vermelho carne. �Mais de 100 hemácias

Definição �Hematúria macroscópica: �Alteração da cor: marrom – vermelho carne. �Mais de 100 hemácias por campo �Outras substâncias alteram a cor da urina: �Alimentos : beterraba, amora, corantes �Medicamentos: rifampicina, fenotiazinas

Classificação �Glomerulares: dismórficas (>70% hemácias dismórficas, cilindros hemáticos, proteinúria) �Não-glomerulares: isomórficas (>70% hemácias isomórficas)

Classificação �Glomerulares: dismórficas (>70% hemácias dismórficas, cilindros hemáticos, proteinúria) �Não-glomerulares: isomórficas (>70% hemácias isomórficas) * Sensibilidade: 99% - 100%(UFMG) *Especificidade: 93% - 96% (dismorfismo + cilindros hemáticos)

Hematúrias Glomerulares �GNDA �GN do LES �Doença de Berger ou nefropatia por depósitos de

Hematúrias Glomerulares �GNDA �GN do LES �Doença de Berger ou nefropatia por depósitos de Ig. A �GN da púrpura de Henoch – Schonlein �Nefrite familiar ou síndrome de Alport �Hematúria recorrente ou familiar benigna �Síndrome hemolítico-urêmica

GNDA �Uma das causas mais frequentes de hematúria na infância �Pico aos 8 anos

GNDA �Uma das causas mais frequentes de hematúria na infância �Pico aos 8 anos de idade �A hematúria microscópica é o modo mais comum de apresentação oligossintomática �Casos típicos: hematúria (até 1 ano), oligúria, hipertensão e edema ->2 semanas após episódio de piodermite ou estreptococcia de VAS �Confirmação de estreptococcia �Queda de C 3 e C 4 (normalização em até 8 semanas) �Prognóstico excelente

GN do LES �Pré-adolescentes, meninas �A hematúria microscópica pode ser a única manisfestação �Sinais

GN do LES �Pré-adolescentes, meninas �A hematúria microscópica pode ser a única manisfestação �Sinais e sintomas associados: artralgia, lesões nas mucosas e pele, febre. �Casos mais graves: síndrome nefótica + IR �C 3 e C 4 persistentemente baixos �Diagnóstico: anticorpos antinucleares positivos

GN da púrpura de Henoch-Schonlein �Exantema purpúrico predominante em nádegas e MMII, artrite transitória

GN da púrpura de Henoch-Schonlein �Exantema purpúrico predominante em nádegas e MMII, artrite transitória �Dor abdominal e hemorragia digestiva em 25% dos casos �Comprometimento renal é variável: hematúria microscópica -> síndrome nefrótica, IRA �Pode anteceder ou seguir as manifestações sistêmicas �Manifestação durante IVAS �Complemento sérico normal

Doença de Berger ou Nefropatia por Ig. A �Apresentações: �Hematúria macroscópica isolada �Hematúria macroscópica

Doença de Berger ou Nefropatia por Ig. A �Apresentações: �Hematúria macroscópica isolada �Hematúria macroscópica recorrente – durante episódios de IVAS �Hematúria microscópica �O complemento sérico não se altera �Diagnóstico: biópsia

Nefrite familiar ou Síndrome de Alport �Autossômica dominante ou ligada ao X �Hematúria microscópica

Nefrite familiar ou Síndrome de Alport �Autossômica dominante ou ligada ao X �Hematúria microscópica persistente �Progressão para IRC �Manifestações extra-renais(frequência variável): surdez e alterações oculares. �Complemento sérico normal

Hematúria Recorrente ou Familiar Benigna �Doença da menbrana fina �Autossômica dominante �Hematúria micro persistente

Hematúria Recorrente ou Familiar Benigna �Doença da menbrana fina �Autossômica dominante �Hematúria micro persistente ou recidivante �Algumas vezes, macro �Precipitada por exercício físico ou IVAS �Não existem manifestações sistêmicas �Complemento normal �Não há perda da função renal

Síndrome Hemolítico-Urêmica �Anemia hemolítica microangiopática + trombocitopenia + IRA �Pós episódio diarréico � 90%

Síndrome Hemolítico-Urêmica �Anemia hemolítica microangiopática + trombocitopenia + IRA �Pós episódio diarréico � 90% : lesões endoteliais produzidas pela toxina da Escherichia coli, usualmente do sorotipo O 157: H 7 �Crianças < 3 anos

Hematúrias Não Glomerulares �ITU * Causa mais frequente de hematúria �Nefrolitíase �Distúrbios metabólicos *Segunda

Hematúrias Não Glomerulares �ITU * Causa mais frequente de hematúria �Nefrolitíase �Distúrbios metabólicos *Segunda mais frequente �Hipercalciúria idiopática �Hiperuricosúria idiopática �Acidose tubular renal �Anomalias do trato urinário �Cistos �Tumores �Hemangiomas

Hematúrias Não Glomerulares �Traumatismos �Esforço físico �Medicamentos: heparina, aspirina, penicilina (alteração tubular), ciclofosfamida (cistite

Hematúrias Não Glomerulares �Traumatismos �Esforço físico �Medicamentos: heparina, aspirina, penicilina (alteração tubular), ciclofosfamida (cistite hemorrágica) �Causas hematológicas: anemia falciforme e traço falcêmico �Queimaduras �Febre �Desidratação �Hábitos: ciclismo, masturbação, limpeza excessiva

Diagnóstico �Anamnese: �Início �Apresentação �Fluxo (inicial, terminal ou total) �Sintomas e sinais associados �Fator

Diagnóstico �Anamnese: �Início �Apresentação �Fluxo (inicial, terminal ou total) �Sintomas e sinais associados �Fator desencadeante (atividade física, IVAS) �Uso de medicamentos �História familiar

Informação Sexo Idade Hematúria inicial Hematúria terminal Presença de coágulos Febre, polaciúria, disúria, dor

Informação Sexo Idade Hematúria inicial Hematúria terminal Presença de coágulos Febre, polaciúria, disúria, dor lombar Dor abdominal, cólicas Importância LES mais freqüente nas meninas Sd. Alport mais grave no sexo masculino Hemofilia nos meninos RN e lactentes – doença cística, tumores, doenças hereditárias, ITU, vasculopatias Escolares – GNDAPE, traumatismos Adolescentes – LES, glomerulopatias Sangramento uretral Sangramento vesical Sangramento urológico ITU Litíase

Dor abdominal, sangramento intestinal Diarréia aguda anterios Edema, oligúria Hematúria macroscópica após IVAS Artralgias,

Dor abdominal, sangramento intestinal Diarréia aguda anterios Edema, oligúria Hematúria macroscópica após IVAS Artralgias, artrites Déficits auditivos e visuais Lesões de pele Cateterismo umbilical PHS SHU Glomerulopatias Berger Hematúria recorrente benigna LES PHS Sd. Alport LES GNDAPE PHS Trombose de vasos renais

Diagnóstico �Exame físico: �Avaliar peso, estatura, pressão arterial �Sinais sugestivos de outras doenças: presença

Diagnóstico �Exame físico: �Avaliar peso, estatura, pressão arterial �Sinais sugestivos de outras doenças: presença de edema, palidez, equimoses, petéquias, massas e sopros abdominais, sensibilidade lombar, linfadenopatia, hepatoesplenomegalia. �Examinar genitália

Diagnóstico �Confirmação pelo EAS. �Cuidados: �Primeira amostra da manhã �Higiene �Coleta recente (para evitar

Diagnóstico �Confirmação pelo EAS. �Cuidados: �Primeira amostra da manhã �Higiene �Coleta recente (para evitar proliferação bacteriana e alcalinização) �Frasco preenchido ao máximo (para evitar alcalinização)

Abordagem das hematúrias assintomáticas glomerulares 1 - Investigação: �Uréia e creatinina �Hemograma �C 3

Abordagem das hematúrias assintomáticas glomerulares 1 - Investigação: �Uréia e creatinina �Hemograma �C 3 e C 4 �Sorologias para Hepatite B e C, E HIV �FAN �Proteinúria de 24 h �EPF �Urina pais e irmãos �USG

Abordagem das hematúrias assintomáticas glomerulares *Tranquilizar os pais *Na maioria das vezes, a hematúria

Abordagem das hematúrias assintomáticas glomerulares *Tranquilizar os pais *Na maioria das vezes, a hematúria na infância é benigna e autolimitada 2 -Acompanhamento: �Avaliações periódicas: crescimento, pressão arterial, função renal e EAS. �Alteração -> Biópsia

Abordagem das hematúrias assintomáticas glomerulares 3 - Indicações de biópsia renal: �Hipertensão arterial, deterioração

Abordagem das hematúrias assintomáticas glomerulares 3 - Indicações de biópsia renal: �Hipertensão arterial, deterioração da função renal, proteinúria persistente, complemento sérico persistentemente baixo, sinais ou sintomas de doença sistêmica �Hematúria isolada + história familiar de IRC �Hematúria macroscópica sem etiologia definida pela investigação não invasiva �Hematúria microscópica persistente com investigação negativa após 2 anos de seguimento

Abordagem das hematúrias assintomáticas não - glomerulares �Investigação: �USG de rins e vias urinárias:

Abordagem das hematúrias assintomáticas não - glomerulares �Investigação: �USG de rins e vias urinárias: afastar litíase, doenças císticas e anomalias do trato urinário �Urocultura �Hemograma �Coagulograma �Função renal

Abordagem das hematúrias assintomáticas não - glomerulares �Pesquisa de distúrbios metabólicos em repetidos exames:

Abordagem das hematúrias assintomáticas não - glomerulares �Pesquisa de distúrbios metabólicos em repetidos exames: � Cálcio urinário � Cistina urinária � Citrato urinário � Oxalato urinário � Magnésio urinário � Ácido úrico sérico e urinário �Outros exames: TC, RNM, urografia excretora, cistoscopia.

 • Urografia excretora: útil para detecção de lesões do trato superior (ureter e

• Urografia excretora: útil para detecção de lesões do trato superior (ureter e pelve), como cálculos e tumores. • Cistoscopia: � Deve ser realizada em regime de urgência na hematúria macroscópica � Imprescindível na suspeita de malignidade �TC: primeiro exame que deve ser realizado em caso de massa renal.

�Utilizando-se essa avaliação, 85% dos casos são diagnosticados. �Dos 15% restantes, considerados idiopáticos, o

�Utilizando-se essa avaliação, 85% dos casos são diagnosticados. �Dos 15% restantes, considerados idiopáticos, o diagnóstico poderá se tornar evidente com o seguimento pelo aparecimento de novos sintomas e sinais.

Referências �Hematúria em Pediatria. UFMG. Rev Med Minas Gerais 2005; 15: S 21 –

Referências �Hematúria em Pediatria. UFMG. Rev Med Minas Gerais 2005; 15: S 21 – 30. �Hematúria na criança e a importância de um protocolo estruturado de investigação etiológica. USP. Pediatria (SP) 2001; 1: 88 -94. �Tratado de Pediatria – SBP.