PrModernismo 1902 1922 Contexto Histrico Nas duas primeiras
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Pré-Modernismo (1902 – 1922)
Contexto Histórico . Nas duas primeiras décadas do século XX, o Brasil passou por profundas transformações sociais, políticas e econômicas, que iriam nos impulsionar para uma modernização. . Politicamente, ajustávamo-nos às novas condições republicanas e, economicamente, recebemos um grande impulso na lavoura de café e na indústria com a imigração dos italianos que se iniciara no final do século XIX.
Essa fase de transição, na virada do século, também foi notada na vida cultural que mostrou a convivência de várias tendências artísticas. E a literatura registra uma encruzilhada de correntes estéticas. Se, de um lado, se registram aspectos realistasnaturalistas e o formalismo parnasiano, acompanhando as ideologias simbolistas, por outro lado, anunciam-se algumas novidades modernistas.
Contexto histórico do Brasil üGuerra de Canudos (1896 -1897); ü Marginalização dos negros recém-libertados; ü Substituição da mão de obra escrava pela de imigrantes; ü Afonso Pena é eleito presidente em 1906; ü Greves operárias em São Paulo, Recife e Rio de Janeiro; ü Afonso Pena morre em 1909 e Nilo Peçanha assume o governo; ü Marechal Hermes da Fonseca assume, em 1910, o governo e decreta intervenção em vários estados; ü Guerra do Contestado em 1912; ü Greves operárias em São Paulo.
ü Primeira Guerra Mundial REPRODUÇÃO (1914 -1918); ü Posse de Venceslau Brás na presidência; ü Política do café com leite; ü Greve operária em 1917; ü Fundação do PCB em 1922; ü Marco inicial: Os sertões, de Euclides da Cunha, em 1902; ü Marco final: Semana de Arte Moderna em 1922. Grevistas descem a ladeira do Carmo em São Paulo, em 1917
Localização: Não constitui uma escola literária, mas um período de transição para o Modernismo. Vanguardas Europeias Realismo Naturalismo PréModernismo Parnasianismo 1902 Simbolismo Os Sertões Canaã 1922 Semana de Arte Moderna
Um Período Sincrético Nesse campo, misturam-se várias tendências: ü A erudição conservadora de Rui Barbosa e Coelho Neto; ü O regionalismo minucioso de Afonso Arinos, Valdomiro Silveira e Simões Lopes Neto; ü A literatura popular e suburbana de Lima Barreto; ü A proposta modernizadora de Graça Aranha; ü As manifestações polêmicas de Monteiro Lobato; ü A erudição assombrosa de Euclides da Cunha; ü A poesia escatológica de Augusto dos Anjos.
Uma Radiografia Crítica do Brasil No geral, o Pré-Modernismo é uma literatura de Crítica Social. Desmistifica o Romantismo e seu Nacionalismo Ufanista. Mostra o Brasil real, com seus Conflitos Político-Sociais. Portanto, um Nacionalismo Crítico-Amargo. “Precisamos descobrir o Brasil! Escondido atrás das florestas, Com a água dos rios no meio, O Brasil está domindo, coitado!” Carlos Drummond de Andrade
Um País Oligárquico São Paulo (interior) Rural Minas Gerais Aristocracia São Paulo (capital) Urbana Rio de Janeiro
Características Gerais
Não configurou uma escola literária, sendo apenas um período de transição
Coexistência entre tendências conservadoras e atitudes renovadoras em nossa literatura
Poesia ainda marcada pelas influências parnasianas e simbolistas
A prosa de ficção apresenta evidências da permanência das ideias do Realismo e do Naturalismo
Novas preocupações estéticas e temáticas
Interesse na crítica das mazelas da realidade brasileira
Enfoque dos problemas sociais e econômicos gerados pela vida urbana e interiorana
O interesse pelo regional: montagem de um painel brasileiro
Tipos humanos marginalizados: o caipira, o sertanejo nordestino, o mulato, o funcionário público, o homem do povo
Busca de linguagem mais simples e coloquial
Percepção mais clara da complexa realidade nacional e intenção de interpretá-la de forma mais crítica, livre dos ufanismos vazios
Em síntese O Pré-Modernismo foi uma época de nacionalismo temático: um nacionalismo crítico, questionador. Nesse quadro, a literatura passa a ser concebida como um instrumento de ação social, a qual nos permite conhecer mais profundamente a realidade e assim aumentar nossa capacidade de convivência para organizar um mundo mais fraterno. Essa concepção de literatura não era a que mais agradava aos governantes do país, que preferiam um nacionalismo mais ufanista
e uma literatura mais bem-comportada – uma literatura que atuasse como “sorriso da sociedade”, para usar a expressão de um autor da época. O Brasil vivia então a sua Belle époque, e o dinheiro da cafeicultura patrocinava algumas reformas urbanísticas embelezadoras do Rio de Janeiro, então capital do país. As classes sociais mais favorecidas podiam seguir a moda parisiense e divertir-se passeando pelas avenidas e fazendo compras nos magazines da capital federal. Uma literatura que preferia tematizar as enormes diferenças sociais do país ao invés de louvar o “progresso” nacional era,
sem dúvida, um desagradável empecilho à propaganda oficial, que procurava transmitir a sensação de que a República, recémconsolidada pela chamada “política do café-com -leite”, era efetivamente um caminho modernizador e democratizante para o país. A descoberta do Brasil não-oficial foi, dessa forma, o grande mérito da prosa prémodernista. Por meio dela, o nacionalismo crítico e progressista conseguiu exprimir-se, combatendo o nacionalismo conservador oficial, que, à análise dos problemas sociais, preferia o palavreado pomposo sobre a “grandiosidade da pátria”.
Os tipos humanos marginalizados, como o sertanejo nordestino, o habitante dos subúrbios cariocas, o “caipira” paulista ganharam espaço nas obras literárias – e com eles as realidades de que faziam parte. O Brasil encontrou-se com os diferentes “Brasis” nesse trabalho de investigação e análise da realidade nacional. Ao lado dessa renovação temática, o PréModernismo produziu também uma renovação na linguagem literária, enriquecida pela incorporação de elementos de origens muito diversas: enquanto alguns autores optaram pela poetização da linguagem científica, outros
preferiram a utilização de regionalismos, de formas da linguagem popular ou de um estilo simples e despojado, capaz de aproximar a literatura da linguagem jornalística.
Principais autores
Euclides da Cunha, Graça Aranha, Lima Barreto, Monteiro Lobato e Augusto dos Anjos: o que os aproxima é a antecipação, temática ou formal, de alguns procedimentos literários do Modernismo
Graça Aranha (Canaã, sul do país)
Brasil: Terra de Canaã Com a abolição da escravatura, o Brasil passou a importar mão de obra estrangeira. Surgem os conflitos de adaptação e questões raciais. Graça Aranha: Canaã
Graça Aranha (1866/ 1931) Foi juiz no Maranhão e no Espírito Santo. Participou do movimento modernista como doutrinador. Não é considerado modernista, porque sua única obra "modernista", A viagem maravilhosa, é feita em um estilo extremamente artificial. Morreu logo antes de publicar sua autobiografia, O meu próprio romance, de 1931.
Língua Portuguesa - 3ª Série A literatura Pré-modernista Obras principais üCanaã (1902/ romance) üEstética da Vida (1921/ ensaio) üEspírito Moderno (1925/ ensaio) üA Viagem Maravilhosa (1927/ romance)
Lima Barreto (Triste Fim de Policarpo Quaresma, subúrbio carioca)
Lima Barreto ü Mestiço humilde ü Nasceu e morreu no Rio de Janeiro ü Funcionário público e jornalista ü Envolveu-se com o alcoolismo ü Duas vezes recolhido ao hospício Romances principais ü Recordações do Escrivão Isaías Caminha ü Triste Fim de Policarpo Quaresma ü Clara dos Anjos
O Brasil da Marginalização Urbana O negro O funcionário público Os alcoolatras Subúrbio Lima Barreto
Lima Barreto (1881 -1922) A linguagem das obras de Lima Barreto é ágil e simples. A do preconceito, presente na maioria delas, reflete experiências pessoais do autor. Viveu intensamente as contradições do início do século. Torna-se alcoolatra e passa por profundas crises depressivas, sendo internado por duas vezes. Mostra um perfeito retrato do subúrbio carioca, criticando a miséria das favelas e dos cortiços. Posiciona-se contra o nacionalismo ufanista, a educação recebida pelas mulheres, voltada para o casamento e a República com seu exagerado militarismo.
Principais Obras ü ü ü Romance Recordações do Escrivão Isaías Caminha (tematiza preconceito racial e crítica ao jornalismo carioca - 1909); Triste Fim de Policarpo Quaresma (inicialmente publicado em folhetins - 1915); Vida e Morte de M. J. Gonzaga e Sá (1919); Clara dos Anjos (1948). Conto História e Sonhos (1956); Sátira Política e Literária Os Bruzundangas (1923). ü ü ü ü Humorismo Aventuras do Dr. Bogoloff (1912). Artigos e Crônicas Feiras e Mafuás (1956); Bagatelas (1956). Crônicas sobre Folclore Urbano Matginália (1956); Vida Urbana (1956). Memórias Diário Íntimo (1956); Cemitério dos Vivos (1956).
Texto I Recordações do escrivão Isaías Caminha A minha situação no Rio estava garantida. Obteria um emprego. Um dia pelos outros iria às aulas, e todo o fim de ano, durante seis, faria os exames, ao fim dos quais seria doutor! Ah! Seria doutor! Resgataria o pecado original do meu nascimento humilde, amaciaria o suplício premente, cruciante e onímodo de minha cor. . . Nas dobras do pergaminho da carta, traria presa a consideração de toda a gente. Seguro do respeito à minha majestade de homem, andaria com ela mais firme pela vida em fora. Não titubearia, não hesitaria, livremente poderia falar, dizer bem alto os pensamentos que se estorciam no meu cérebro.
O flanco, que a minha pessoa, na batalha da vida, oferecia logo aos ataques dos bons e dos maus, ficaria mascarado, disfarçado. . . Ah! Doutor!. . . Era mágico o título, tinha poderes e alcances múltiplos, vários polifórmicos. . . Era um pallium, era alguma cousa como clâmide sagrada, tecida com um fio tênue e quase imponderável, mas a cujo encontro os elementos, os maus olhares, os exorcismos se quebravam. De posse dela, as gotas da chuva afastar-se-iam transidas do meu corpo, não se animariam a tocar-me nas roupas, no calçado sequer. O invisível distribuidor de raios solares escolheria os mais meigos para me aquecer, e gastaria os fortes, os inexoráveis, com o comum dos homens que não é doutor. Oh! Ser formado, de anel no dedo, sobrecasaca e cartola, inflado e
grosso, como um sapo-entanha antes de ferir a martelada à beira do brejo; andar assim pelas ruas, pelas praças, pelas estradas, pelas salas, recebendo cumprimentos: Doutor, como passou? Como está, doutor? Era sobre-humano!. . . (BARRETO, Lima. In: VASCONCELOS, Eliane (org. ). Prosa seleta. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2001. )
Texto II Triste Fim de Policarpo Quaresma (fragmento) . . Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia e por ele fizera a tolice de estudar inutilidades. Que lhe importavam os rios? Eram grandes? Pois que fossem. . . Em que lhe contribuiria para a felicidade saber o nome dos heróis do Brasil? Em nada. . . O importante é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não. Lembrou-se das suas cousas de tupi, do folklore, das suas tentativas agrícolas. . . Restava disso tudo em sua alma uma satisfação? Nenhuma!
O tupi encontrou a incredulidade geral, o riso, a mofa, o escárnio; e levou-o à loucura. Uma decepção. E a agricultura? Nada. As terras não eram ferazes e ela não era fácil como diziam os livros. Outra decepção. E, quando o seu patriotismo se fizera combatente, o que achara? Decepções. Onde estava a doçura de nossa gente? Pois ele não a viu combater como feras? Pois não a via matar prisioneiros, inúmeros? Outra decepção. A sua vida era uma decepção, uma série, melhor, um encadeamento de decepções. A pátria que quisera ter era um mito; era um fantasma criado por ele no silêncio do seu gabinete. Nem a física, nem a moral, nem a intelectual, nem a política que julgava existir, havia. A que existia de fato, era a do Tenente Antonino, a do doutor Campos, a do homem do Itamarati. Lima Barreto
Euclides da Cunha (Os sertões, Nordeste)
Euclides da Cunha (1866/1909) Trabalhou como engenheiro civil no meio militar. Escreveu Os Sertões, pois testemunhou a Guerra de Canudos como correspondente jornalístico. Foi assassinado em duelo pelo amante da esposa. Positivista, florianista e determinista. Foi o primeiro escritor brasileiro a diagnosticar o subdesenvolvimento do país, diagnosticando os 2 Brasis (litoral e sertão).
Euclides da Cunha (1866 -1909) Euclides da Cunha trabalhou como correspondente para o jornal O Estado de S. Paulo e cobriu o conflito de Canudos, o que resultou, em 1902, na publicação de Os sertões. A terra: descrição das características do sertão nordestino O homem: perfil do sertanejo e influência do meio sobre o homem A luta: os conflitos e destruição do Arraial de Canudos Batalhão que combateu em Canudos, entre 1896 e 1897.
ü Rigorosa análise científica da Guerra de Canudos, situando-se entre a sociologia, antropologia e a literatura; ü Herança de uma visão determinista, que se revelou também no regionalismo modernista; ü Apresentação de um mundo desconhecido dos leitores urbanos; ü Certa influência barroca na linguagem. Rendição dos conselheiristas em 2 de outubro de 1897
O Brasil desigual. . . Urbano Rural civilizado politizado refinado Anacrônico Brutalizado Fanatizado Tema de Euclides da Cunha
Texto III Os Sertões (fragmento) . . "O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços do litoral. A sua aparência, entretanto, no primeiro lance de vista, revela o contrário (. . . ). É desgracioso, desengonçado, torto. Hércules-Quasímodo (. . . ) é o homem permanentemente fatigado (. . . ). Entretanto, toda essa aparência de cansaço ilude (. . . ) No revés o homem transfigura-se. (. . . ) e da figura vulgar do tabaréu canhestro reponta, inesperadamente, o aspecto dominador de um titã acobreado e potente, num desdobramento surpreendente de força e agilidade extraordinárias" Euclides da Cunha
Monteiro Lobato (Sítio do Pica-pau Amarelo, Jeca Tatu, Paranoia ou Mistificação, interior de São Paulo)
Monteiro Lobato (1882 -1948) como a decadência das cidades do vale do Paraíba após o deslocamento da produção de café; ü Em 1917, crítica a Anita Malfatti em “Paranoia ou mistificação”. ü Entre suas obras destacam-se Urupês (1918), Cidades mortas (1919), Negrinha (1920) e Reinações de Narizinho (1931). Cartaz de filme que imortalizou a personagem de Monteiro Lobato, Jeca Tatu, símbolo do atraso econômico e cultural do caboclo do interior. REPRODUÇÃO ü Linguagem denunciandora de problemas nacionais,
Monteiro Lobato ü Escritor polêmico; ü Criticava o atraso do país, mas se colocou contra o Modernismo; ü Criticado por preconceito; ü Escreveu literatura infantil e literatura “para adulto”.
O Brasil Caipira Anacrônico (atrasado) Inerme (sem defesa) analfabeto Obtuso (rude, estúpido) Tema de Monteiro Lobato Urupês (Jeca Tatu) Cidades Mortas
Obras Principais ü ü ü Urupês (1919); Ideias de Jeca Tatu (1918); Cidades Mortas (1919); Negrinha (1920); Mundo da Lua (1923); O Macaco que se Fez Homem (1923). ü ü ü ü ü Literatura Infantil Reinações de Narizinho; Viagem ao Céu; O Saci; Caçadas de Pedrinho; Hans Staden; Histórias do Mundo para Crianças; Memórias de Emília; Emília no País da Gramática; Aritmética de Emília; Geografia de Dona Benta; Serões de Dona Benta; O Poço do Visconde; Histórias de Tia Nastácia; O Pica-pau Amarelo; A Reforma da Natureza; O Minotauro; Fábulas.
Texto IV Jeca Tatu (fragmento) . . Quando Pedro I lança aos ecos o seu grito histórico e o país desperta esturvinhado à crise duma mudança de dono, o caboclo ergue-se, espia e acocora -se de novo. . Pelo 13 de maio, mal esvoaça o florido decreto da Princesa e o negro exausto larga num uf! o cabo da enxada que do velho mundo venha quem nele pegue de novo. . A 15 de novembro, troca-se um trono vitalício pela cadeira quadrienal. O país bestifica-se ante o inopinado da mudança. O caboclo não dá pela coisa. (. . . ) Nada o desperta. Nenhuma ferrotoada o põe de pé. Social, como individualmente, em todos os atos da vida, Jeca, antes de agir, acocora-se. (. . . ) Monteiro Lobato
Augusto dos Anjos “Ah! Um urubu pousou na minha sorte!”
Augusto dos Anjos (1884 -1914) Anjos teve influência simbolista, naturalista e parnasiana; ü Seus principais temas foram a decomposição, o sofrimento, a morte, a podridão e a metafísica; ü Influenciado pelo biólogo alemão Ernst Haeckel, utilizou termos científicos e escatológicos, o que o fez conhecido como o “poeta do mau gosto”. Escultura de Augusto dos Anjos na praça Pedro Américo, João Pessoa (PB) FABIO COLOMBINI ü Autor de um único livro, Eu (1912), Augusto dos
Augusto dos Anjos ü Poesia da solidão e da decomposição humano-psicológica; ü Sincretismo: parnasianismo + naturalismo + simbolismo. Obra: üEu
Augusto dos Anjos (1884/1914) Formou-se em Direito, mas foi sempre professor de Literatura. Publicou apenas um único livro de poesias, Eu. Sua obra é cientificista, profundamente pessimista. Trabalhou, assim como parnasianos e simbolistas, com sonetos e verso decassílabo. Imagem: Retrato de Augusto dos Anjos / Domínio Público
Texto V Versos Íntimos Vês! Ninguém assistiu ao formidável Enterro de tua última quimera. Somente a Ingratidão - esta pantera Foi tua companheira inseparável! Acostuma-te à lama que te espera! O Homem, que, nesta terra miserável, Mora, entre feras, sente inevitável Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro! O beijo, amigo, é a véspera do escarro, A mão que afaga é a mesma que apedreja. Se a alguém causa inda pena a tua chaga, Apedreja essa mão vil que te afaga, Escarra nessa boca que te beija! Augusto dos Anjos
Psicologia de um Vencido Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de escuridão e rutilância, Sofro, desde a epigênesis da infância, A influência má dos signos do zodíaco. Profundissimamente hipocondríaco, Este ambiente me causa repugnância. . . Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia Que se escapa da boca de um cardíaco. Já o verme — este operário das ruínas — Que o sangue podre das carnificinas Come, e à vida em geral declara guerra, Anda a espreitar meus olhos para roê-los, E há de deixar-me apenas os cabelos, Na frialdade inorgânica da terra.
Súplica Cearense – O Rappa
Texto VI Súplica Cearense Oh! Deus, perdoe este pobre coitado Que de joelhos rezou um bocado Pedindo pra chuva cair sem parar Oh! Deus, será que o senhor se zangou E só por isso o sol arretirou Fazendo cair toda a chuva que há Senhor, pedi para o sol se esconder um tiquinho Pedir pra chover, mas chover de mansinho Pra ver se nascia uma planta no chão
Oh! Deus, se eu não rezei direito o Senhor me perdoe, Eu acho que a culpa foi Desse pobre que nem sabe fazer oração Meu Deus, perdoe eu encher os meus olhos de água E ter-lhe pedido cheinho de mágoa Pro sol inclemente se arretirar Desculpe eu pedir a toda hora pra chegar o inverno Desculpe eu pedir para acabar com o inferno Que sempre queimou o meu Ceará Composição: Gordurinha e Nelinho
Gilberto Gil – Asa Branca
Texto VII Asa Branca Quando oiei a terra ardendo com a fogueira de São João Eu perguntei, a Deus do céu, ai Por que tamanha judiação(2 x) Que braseiro, que fornaia Nem um pé de prantação Por falta d'água perdi meu gado morreu de sede meu alazão(2 x)
Inté mesmo a asa branca Bateu asas do sertão Entonce eu disse adeus Rosinha Guarda contigo meu coração(2 x) Hoje longe muitas légua Numa triste solidão Espero a chuva cair de novo Para mim vorta pro meu sertão(2 x)
Quando o verde dos teus olhos Se espalhar na prantação Eu te asseguro não chore não, viu Que eu voltarei, viu Meu coração(2 x) Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira
Permanência da escola literária
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- Assinale a alternativa correta:
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