ANLISE FINANCEIRA Gesto Financeira e Oramental Turmas G

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ANÁLISE FINANCEIRA Gestão Financeira e Orçamental Turmas: G 31 e A 31

ANÁLISE FINANCEIRA Gestão Financeira e Orçamental Turmas: G 31 e A 31

Análise Financeira • A rendibilidade dos capitais próprios de uma empresa é influenciada também

Análise Financeira • A rendibilidade dos capitais próprios de uma empresa é influenciada também pela estrutura financeira e, constitui um dos factores determinantes dessa mesma rendibilidade. • A estrutura financeira de uma empresa não é mais do que a sistematização das origens de fundos (meios de financiamento) e aplicação de fundos (aquisição do activo) em função da sua exigibilidade. O recurso a diferentes meios de financiamento (próprios ou alheios) provoca alterações na rendibilidade dos capitais próprios. Com efeito, o recurso a rendibilidade ao capital alheio favorece a rendibilidade mas diminui o grau de autonomia.

Equilíbrio Financeiro • É geralmente aceite que só uma estrutura financeira equilibrada permite à

Equilíbrio Financeiro • É geralmente aceite que só uma estrutura financeira equilibrada permite à empresa um funcionamento normal, sem grandes sobressaltos, em laboração contínua, independente de credores, e em posição de negociar, sem aceitar pressões, a cobertura das suas necessidades operacionais. • Com efeito, é necessário que os capitais utilizados por uma empresa para financiar um elemento do activo, devem poder ficar à sua disposição durante o período que corresponda, pelo menos, ao da duração do elemento activo adquirido com esses mesmos capitais. Estamos, assim, a respeitar um importante princípio de equilíbrio: regra do equilíbrio financeiro mínimo.

Equilíbrio Financeiro • A regra do equilíbrio financeiro mínimo é satisfeita quando o grau

Equilíbrio Financeiro • A regra do equilíbrio financeiro mínimo é satisfeita quando o grau de liquidez das aplicações é, pelo menos, igual ao prazo de exigibilidade dos fundos utilizados no seu financiamento. Por outras palavras: • Qualquer elemento patrimonial da empresa deve ser financiado por capitais postos à sua disposição por um período, pelo menos, igual ao da permanência desse elemento na empresa.

Equilíbrio Financeiro • A aquisição de um equipamento cujo grau de liquidez é lento

Equilíbrio Financeiro • A aquisição de um equipamento cujo grau de liquidez é lento não se deverá efectuar com base num crédito exigível a curto prazo, mas sim através de capitais permanentes. Na verdade, é essencial que os recursos financeiros utilizados na compra de uma máquina permaneçam na empresa o tempo necessário para que sejam criados, através de mecanismos das amortizações e dos lucros gerados e retidos no seu interior, os meios líquidos para fazer face ao respectivo reembolso, no caso obviamente, do financiamento ser garantido através de recursos alheios. • A compra de matérias primas ou materiais diversos é viável, pelo menos parcialmente, através do recurso ao crédito a curto prazo, pois, geralmente e neste período, as matérias primas são transformadas, os produtos acabados vendidos e as respectivas receitas cobradas, de modo a fazer face em tempo oportuno ao

Estabilidade Financeira A estabilidade financeira duma empresa dependerá, em cada momento, do equilíbrio existente

Estabilidade Financeira A estabilidade financeira duma empresa dependerá, em cada momento, do equilíbrio existente entre as diversas parcelas do activo e as suas fontes de financiamento. Embora não se possam estabelecer regras fixas que ditem genericamente a composição correspondente a perfeita estabilidade, podem-se indicar algumas bases de orientação, nomeadamente: • A empresa tem que se financiar maioritariamente com capitais próprios e dentro dos capitais alheios tem de preferir os de maior permanência; • A empresa deve procurar financiar os activos de maior permanência com capitais próprios; • Na escolha das fontes de financiamento externos tem que verificar se a rentabilidade do investimento total supera o custo médio do capital alheio.

Fundo de Maneio O Fundo de Maneio (FM) é a parcela dos capitais permanentes

Fundo de Maneio O Fundo de Maneio (FM) é a parcela dos capitais permanentes que financia o capital circulante, ou seja, a margem de segurança de tesouraria advém do facto de um determinado montante do capital circulante, com um grau de liquidez geralmente de curto prazo, ser coberto financeiramente por capitais permanentes, caracterizados por um prazo de exigibilidade superior. Na prática é ainda vulgar utilizar a expressão fundo de maneio num sentido bastante restrito, identificando com a reserva de segurança de tesouraria. O fundo de maneio pode ser calculado de duas formas distintas, partindo da equação fundamental do balanço: AC + AF = ECP + CP’ FM = CP’ – AF FM = AC – ECP

Fundo de Maneio Necessário O fundo de maneio necessário é o conjunto das necessidades

Fundo de Maneio Necessário O fundo de maneio necessário é o conjunto das necessidades financeiras cíclicas, cujo financiamento não se encontra assegurado por recursos financeiros cíclicos. As necessidades cíclicas são aquelas que decorrem directamente do ciclo de exploração da empresa: • Reserva de Segurança de Tesouraria • Clientes • Existências • Adiantamentos a fornecedores

Fundo de Maneio Necessário Os recursos financeiros cíclicos (débitos de funcionamento) decorrem, igualmente e

Fundo de Maneio Necessário Os recursos financeiros cíclicos (débitos de funcionamento) decorrem, igualmente e de forma directa, do ciclo de exploração da empresa, sendo também renováveis. Exemplos: • Fornecedores • Adiantamentos de clientes • Estado – Conta IVA Cálculo do Fundo de Maneio Necessário (FMN): FMN=NFM=NC-RC

Equilíbrio Financeiro de Curto Prazo É importante que a empresa assegure permanentemente o equilíbrio

Equilíbrio Financeiro de Curto Prazo É importante que a empresa assegure permanentemente o equilíbrio financeiro de curto prazo pois, este cenario permite à empresa um funcionamento normal, sem grandes sobressaltos, em laboração contínua, independente de credores, e em posição de negociar, sem aceitar pressões, a cobertura das suas necessidades operacionais. O estudo do equilíbrio financeiro de curto prazo pode ser feito recorrendo aos conceitos de Tesouraria (numa perspectiva de numeros absolutos) ou de Liquidez (numa vertente de numeros relativos ou racios).

Tesouraria A situação da tesouraria da empresa é a diferença entre os recursos financeiros

Tesouraria A situação da tesouraria da empresa é a diferença entre os recursos financeiros (ECP e CP’) existentes para o financiamento da sua actividade corrente e as necessidades financeiras globais (AC e AF) desta decorrente. Assim, designaremos a insuficiência de recursos financeiros por tesouraria deficitária (TN) e o excesso de recursos financeiros por tesouraria excedentária (TP). A situação excedentária da tesouraria pode ter diversas origens imediatas, de entre as quais salientamos: • Melhoria da rotação dos componentes do AC (boa gestão); • Melhor aproveitamento do crédito normal dos fornecedores; • Desinvestimentos em imobilizações corpóreas e financeiras; • Repentina mobilização de parcelas do Realizável, cujo grau de liquidez era, até então, considerado de médio prazo; • Excessivo volume de capitais permanentes como resultado de diversos factores: exagerado valor do CS, política de retenção sistemática de lucros anuais, etc.

Tesouraria A partir das definições de fundo de maneio e do fundo de maneio

Tesouraria A partir das definições de fundo de maneio e do fundo de maneio necessário teremos a seguinte fórmula de tesouraria líquida (TL): TL = FM – FMN Ou alternativamente: TL = TA – TP A situação da tesouraria da empresa varia única e exclusivamente em função do fundo de maneio e do fundo de maneio necessário. Significa dizer que o fundo de maneio varia unicamente em função das mutações ocorridas na zona final do balanço – capitais permanentes e imobilizado líquido – e que o fundo de maneio necessário é exclusivamente influenciado pelas variações dos componentes da zona inicial do balanço – capital circulante e exigível a curto prazo. A situação de tesouraria da empresa é equilibrada quando o FM=FMN. Esta é uma das condições exigíveis para que a

Liquidez O estudo da estrutura financeira da empresa também pode ser feito, recorrendo aos

Liquidez O estudo da estrutura financeira da empresa também pode ser feito, recorrendo aos números relativos ou rácios. Para o efeito, procede-se, geralmente, o exame de liquidez (ou solvabilidade a curto prazo). O estudo da liquidez permite medir a cadência da transformação de activos menos líquidos em disponibilidades para a liquidação do exigível. Assim, podemos definir a liquidez como sendo, a aptidão ou capacidade da empresa para transformar os elementos do activo menos líquido em disponibilidades a uma cadência que permita a solvência dos compromissos financeiros de curto prazo, nas respectivas datas de vencimento. A liquidez pode ser avaliada através do montante de fundo de maneio: • Se é pequeno não assegura uma boa liquidez; • Se é exagerado diminui a rendibilidade da empresa.

Liquidez Geral (LG) A liquidez pode dividir-se em: Liquidez Geral (LG) – solvabilidade a

Liquidez Geral (LG) A liquidez pode dividir-se em: Liquidez Geral (LG) – solvabilidade a curto prazo ou solvabilidade em stricto sensu e que se representa pela seguinte expressão analítica: LG = AC/ECP O rácio de LG será maior, menor ou igual a 1, conforme a empresa tenha FM positivo, negativo e nulo, respectivamente. É frequente afirmar-se que este rácio não deve ser inferior a 2, contudo convém salientar que a liquidez da empresa depende: • Da relação entre os montantes dos AC e ECP; • Dos prazos de recebimento e de pagamento (exigibilidade). O rácio de LG, embora importante, é insuficiente, na medida em que ele não permite, só por si, uma informação completa sobre a verdadeira liquidez da empresa, pelo que é necessário recorrer a outros indicadores: liquidez reduzida ou de tesouraria.

Liquidez Reduzida (LR) LR = (AC – Stocks)/ECP ou LR = (Disp + Créd.

Liquidez Reduzida (LR) LR = (AC – Stocks)/ECP ou LR = (Disp + Créd. CP)/ECP • Como podemos observar, não figuram no numerador os stocks, ou seja, o componente do capital circulante caracterizado por um menor grau de liquidez, o que proporciona um melhor julgamento sobre a situação de tesouraria da empresa do que a liquidez geral. • É usual considerar-se que o valor deste rácio não deve ser inferior a 1, 5. contudo, devido a vários factores, poderá dizer-se que, em empresas bem geridas, são suficientes os valores entre 0, 9 e 1, 1.

Liquidez Imediata (LI) LI = Disp/ECP • O indicador de LI evidencia a percentagem

Liquidez Imediata (LI) LI = Disp/ECP • O indicador de LI evidencia a percentagem do ECP com a cobertura imediata de disponibilidades. • O raciocínio costuma ser conduzido da seguinte forma: havendo fundo de maneio positivo e considerando que, em termos de grandes massas, os graus de liquidez do activo circulante e de exigibilidade do passivo circulante oscilam dentro do mesmo período (menos de um ano) é de presumir que, quando o valor de liquidez geral é superior a 1, a massa dos capitais circulantes é suficiente, em termos globais, para cobrir o exigível a curto prazo.

Equilíbrio financeiro a médio e longo prazo Uma empresa tem equilíbrio financeiro numa perspectiva

Equilíbrio financeiro a médio e longo prazo Uma empresa tem equilíbrio financeiro numa perspectiva de médio e longo prazo, quando existem condições para a manutenção ano após ano, das condições genéricas de equilíbrio de curto prazo, ou, por outras palavras, quando tem solvabilidade e se encontram cobertos os riscos inerentes à actividade que a possam comprometer. Ou, por outras palavras os capitais permanentes deverão garantir a cobertura financeira do imobilizado líquido e do fundo de maneio necessário. Na verdade: FM = C. Perm. – IL Se: FM = FMN Teremos: C. Perm. = IL + FMN

Equilíbrio financeiro a médio e longo prazo O equilíbrio financeiro de uma empresa não

Equilíbrio financeiro a médio e longo prazo O equilíbrio financeiro de uma empresa não pode ser estudado apenas numa perspectiva de curto prazo. Uma empresa pode ter um fundo de maneio suficiente, que lhe permita estar equilibrada financeiramente a curto prazo, e não pode possuir perspectivas de manutenção desse equilíbrio nos anos subsequentes. A existência de equilíbrio financeiro a médio e longo prazo assenta, prioritariamente, nos seguintes pressupostos: • Margem de segurança constituída pelos capitais próprios, em que montante assegure à empresa uma capacidade de endividamento para funcionamentos a médio e longo prazos; • Cobertura, por capitais próprios, dos riscos inerentes à actividade, como garantia da sobrevivência da empresa; • Exploração rentável.

Solvabilidade A solvabilidade é a capacidade da empresa para honrar os seus compromissos financeiros

Solvabilidade A solvabilidade é a capacidade da empresa para honrar os seus compromissos financeiros a médio e a longo prazo nas respectivas datas de vencimento em consequência de uma estrutura financeira que permite a manutenção do equilíbrio a curto prazo: ST=CP/CA A solvabilidade depende essencialmente de dois factores: • Do grau de cobertura do exigível por capitais próprios; • Da rentabilidade da empresa, isto é, da capacidade da empresa para conseguir lucros. Quanto maior for o rácio ST, melhor está a estrutura financeira da empresa. Valores inferiores a 0, 5 são considerados, geralmente, insuficientes e, valores superiores

Autonomia Financeira Como complemento ao estudo da solvabilidade, costuma recorrer-se ao exame de autonomia

Autonomia Financeira Como complemento ao estudo da solvabilidade, costuma recorrer-se ao exame de autonomia financeira, contrapondo a ideia de dependência financeira e, dado pelo seguinte rácio: Grau de Autonomia (GA) = CP / AT * 100 Este rácio indica a percentagem do CP que contribui para obtenção (financiamento) do Activo da empresa. Trata-se de um indicador indispensável na análise das finanças de uma empresa. Normalmente, considera-se bom um valor superior a 1/3, caso contrário existirá provavelmente uma insuficiente dotação do capital próprio e excessiva dependência de capitais alheios.

Autonomia Financeira O indicador de autonomia pode atingir os seguintes valores: • Autonomia Máxima

Autonomia Financeira O indicador de autonomia pode atingir os seguintes valores: • Autonomia Máxima – constitui um dos casos extremos, em que a empresa financia exclusivamente o seu activo através de fundos próprios. Nesta hipótese, o GA é igual a 100%. • Autonomia Normal – verifica-se quando o activo da empresa é financiado em parte com capitais próprios e em parte com os alheios. É procedimento normal o GA, e por conseguinte o de dependência (GD), terá valor compreendido entre 0 e 100%. • Limite de Autonomia – é o caso inverso ao de máxima autonomia. Dá-se quando a totalidade do activo é financiada exclusivamente por capitais alheios. • Zona de Dependência - verifica-se quando o capital é negativo, caso em que o capital alheio é superior ao activo total, sendo o GA e o GD, respectivamente, negativo e superior a 100%.

Coeficientes de Financiamento Ao falarmos de autonomia financeira, examinamos o modo como se financia

Coeficientes de Financiamento Ao falarmos de autonomia financeira, examinamos o modo como se financia a empresa, nesta consideremos a forma como se distribuem os fundos entre as diversas massas do activo. Com esta finalidade examinamos os seguintes coeficientes: • Coeficiente de financiamento do activo fixo (CFAF), designada também de taxa de cobertura do imobilizado; • Coeficiente de financiamento do activo circulante (CFAC), conhecida também de taxa de cobertura do activo circulante.

Coeficiente de Financiamento do Activo Fixo O Coeficiente de Financiamento do Activo Fixo (CFAF)

Coeficiente de Financiamento do Activo Fixo O Coeficiente de Financiamento do Activo Fixo (CFAF) mede a taxa de cobertura, por capitais permanentes, das aplicações em capital fixo: CFAF = C. Perm/ IL * 100 O indicador poderá ter valores superiores ou inferiores a 100%. Tendo em consideração os pressupostos de equilibrio de estrutura financeira, este indicador deverá, em princípio, ser superior a 100%.

Coeficiente de Financiamento do Activo Circulante O rácio do Coeficiente de Financiamento do Activo

Coeficiente de Financiamento do Activo Circulante O rácio do Coeficiente de Financiamento do Activo Circulante (CFAC) mostra a parcela do activo circulante que é financiado por capitais circulantes: CFAC = ECP / AC*100 Este indicador pode assumir igualmente valores superiores ou inferiores a 100%. Como facilmente pode constatar-se, este indicador está intimamente ligado com o anterior. Sendo assim, em cumprimento dos pressupostos de equilibrio de estrutura financeira, o valor deste rácio deve ser, em princípio, inferior a 100%, pois, no caso contrário, estaria a financiar-se parte do capital fixo mediante capitais exigível a curto prazo.