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Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG Grupo de Pesquisas em Epidemiologia e Avaliação

Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG Grupo de Pesquisas em Epidemiologia e Avaliação em Saúde - GPEAS Projeto de Pesquisa* Análise do comportamento da mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis para o Brasil e regiões, com base em métodos de estimativas de sub-registro de óbitos e redistribuição de causas mal definidas para 1996 -2011 Coordenação: Profa. Elisabeth França *Ministério da Saúde-Secretaria de Vigilância em Saúde Edital de Chamamento Público 1/2012 Início: julho de 2013

Objetivo Avaliar o comportamento da mortalidade pelos principais grupamentos de doenças crônicas não transmissíveis

Objetivo Avaliar o comportamento da mortalidade pelos principais grupamentos de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil e regiões em 19962011 • 1. Levantar os estudos publicados sobre validação de informações do SIM sobre causas de óbitos no período 1976 -2011; • 2. Identificar a proporção de óbitos por causas mal-definidas e por códigos inespecíficos (“garbage”) em 1976 -2011; • 3. Redistribuir as causas mal definidas e inespecíficas de óbito notificadas em 1996 -2011; • 4. Corrigir o sub-registro de óbitos em 1996 -2011 para Estados e regiões; • 5. Avaliar as tendências da mortalidade pelos principais grupamentos de DCNT no período 1996 -2011, com base em métodos de estimativas de sub registros de óbitos e redistribuição de causas mal definidas e inespecíficas de óbito.

Métodos: Causas selecionadas DCNT selecionadas para análise • Doenças cardiovasculares: Doenças isquêmicas do coração

Métodos: Causas selecionadas DCNT selecionadas para análise • Doenças cardiovasculares: Doenças isquêmicas do coração , Doenças cerebrovasculares; • Diabetes; • Doença pulmonar obstrutiva crônica; • Neoplasias: Câncer de pulmão, Câncer de mama, Câncer de colo de útero; Câncer de próstata. • Grupo etário: 30 a 69 anos (mortalidade precoce, evitável)

Listas de causas de morte do Estudo de Carga Global de Doenças (Global Burden

Listas de causas de morte do Estudo de Carga Global de Doenças (Global Burden Disease-GBD) • Murray & Lopez (1996): Lista de causas com lógica hierárquica de agregação: • 3 eixos classificatórios, com categorias e subcategorias; • não respeita divisão em capítulos da CID; • introduz conceito de códigos garbage (alguns outros códigos além das CMD) • Lozano et al (2012)-Lista de causas do GBD 2010: . amplia a lista anterior do GBD e altera reagrupamento de algumas categorias de causas definidas. amplia o conceito de “garbage codes”, que não são incluídos na Lista de causas do GBD 2010 (devem ser redistribuídos)

Análise de taxas de mortalidade por causas ajustadas pelo sub-registro e causas inespecíficas Etapas

Análise de taxas de mortalidade por causas ajustadas pelo sub-registro e causas inespecíficas Etapas Correção de sub-registro de óbitos (MS/RIPSA) Redistribuição de óbitos por causas inespecíficas (códigos garbage) Total de óbitos corrigidos (sub-registro e causas inespecíficas/CMD declaradas) Redistribuição de óbitos por causas mal definidas (CMD) 5

Métodos: Etapas 1. Óbitos: correção da subenumeração de óbitos por causas no SIM: Códigos

Métodos: Etapas 1. Óbitos: correção da subenumeração de óbitos por causas no SIM: Códigos “garbage” (inespecíficos dos capítulos); Códigos R da CID-10 (Cap. XVIII; Causas Mal Definidas. CMD); Correção do sub-registro de óbitos. 2. Taxas de mortalidade específicas por causas padronizadas por idade (pop. padrão: Brasil, 2010); 3. Análise de tendências temporais para 1996 -2012: . modelo de regressão com erros autorregressivos; . modelo de espaço de estados.

Códigos Garbage-GBD 2010* Tipologia de garbage-codes considerando: • condição não pode ser considerada causa

Códigos Garbage-GBD 2010* Tipologia de garbage-codes considerando: • condição não pode ser considerada causa básica de morte; • códigos que são eventos intermediários ou finais que levam à morte; • códigos de causas de morte ambíguas e inespecíficas ou são códigos incompletos; * Naghavi et al. Algorithms for enhancing public health utility of national causes-of-death data, Population Health Metrics, 2010.

Garbage-codes (Naghavi et al, 2010)

Garbage-codes (Naghavi et al, 2010)

Análise de causas de óbito: GBD-2010 Códigos “garbage” do GBD 2010 (Lozano et al.

Análise de causas de óbito: GBD-2010 Códigos “garbage” do GBD 2010 (Lozano et al. , 2012): baseados no estudo do Naghavi e colaboradores (2010). Entretanto: Ø inclui alguns outros códigos, por exemplo, C 55 (Neoplasia maligna do útero, porção NE); Ø critérios de redistribuição apresentados (em Anexo do artigo), mas não facilmente identificáveis.

Lozano R. et al. Global and regional mortality from 235 causes of death for

Lozano R. et al. Global and regional mortality from 235 causes of death for 20 age groups in 1990 and 2010: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010, Lancet, 2012

E as causas mal definidas do capítulo XVIII? • As CMD são consideradas como

E as causas mal definidas do capítulo XVIII? • As CMD são consideradas como um dos grupamentos de códigos garbage na classificação de Naghavi e colaboradores (2010), com critérios de redistribuição apresentados segundo sub-grupos de CMD; • No Brasil, entretanto, desde 2006 as CMD são investigadas pelos serviços de saúde: as CMD reclassificadas (com causas não pertencentes ao capítulo XVIII) são incluídas no SIM. • Em 2010, foram notificados 97. 314 óbitos com CMD, dos quais 30, 3% foram investigados. Dentre esses, 65, 5% (n=19. 303 óbitos) tiveram a CMD reclassificada.

Como redistribuir as causas mal definidas do capítulo XVIII? • Procedimento de redistribuição das

Como redistribuir as causas mal definidas do capítulo XVIII? • Procedimento de redistribuição das CMD segundo os resultados das investigações realizadas: baseado nas proporções das DCNT verificadas entre as CMD reclassificadas (CR-CMD) de cada ano em 2006 -2011, segundo região e sexo; • Período de 1996 a 2005: média ponderada dos CR-CMD do período 2006 -2011 para a redistribuição das CMD nos anteriores.

Correção da subenumeração de óbitos por causas no SIM: CORREÇÃO DO SUB-REGISTRO (ÓBITOS NÃO

Correção da subenumeração de óbitos por causas no SIM: CORREÇÃO DO SUB-REGISTRO (ÓBITOS NÃO NOTIFICADOS)

RESULTADOS COMPORTAMENTO DA DOENÇA ISQUÊMICA DO CORAÇÃO (DIC) NO BRASIL E REGIÕES ANTES E

RESULTADOS COMPORTAMENTO DA DOENÇA ISQUÊMICA DO CORAÇÃO (DIC) NO BRASIL E REGIÕES ANTES E APÓS CORREÇÃO DOS DADOS 3. 2. 1. Análise em dois pontos do tempo: 1996 e 2011 3. 2. 2. Análise da tendência temporal para doenças isquêmicas do coração (DIC) para o Brasil, sexos masculino e feminino, 19962011 3. 2. 3. Análise da tendência temporal para doenças isquêmicas do coração (DIC) para as regiões do Brasil, sexo masculino, 19962011 3. 2. 4. Análise da tendência temporal para doenças isquêmicas do coração (DIC) para as regiões do Brasil, sexo feminino, 1996 -2011

Figura 5 - Tendência da mortalidade por doenças isquêmicas do coração no Brasil, segundo

Figura 5 - Tendência da mortalidade por doenças isquêmicas do coração no Brasil, segundo sexo, 1996 -2011.

Evolução da tendência temporal das doenças isquêmicas do coração após correção dos dados, segundo

Evolução da tendência temporal das doenças isquêmicas do coração após correção dos dados, segundo o modelo de espaço de estados. Brasil, 1996 -2011.

Tendência da mortalidade por doenças isquêmicas do coração, dados brutos, sexo masculino, segundo regiões.

Tendência da mortalidade por doenças isquêmicas do coração, dados brutos, sexo masculino, segundo regiões. Brasil, 1996 -2011.

Tendência da mortalidade por doenças isquêmicas do coração, dados corrigidos, sexo masculino, segundo regiões.

Tendência da mortalidade por doenças isquêmicas do coração, dados corrigidos, sexo masculino, segundo regiões. Brasil, 1996 -2011.

Doença isquêmica do coração-sexo masculino, 19962011

Doença isquêmica do coração-sexo masculino, 19962011

Tendência da mortalidade por doenças isquêmicas do coração, dados brutos, sexo feminino, segundo regiões.

Tendência da mortalidade por doenças isquêmicas do coração, dados brutos, sexo feminino, segundo regiões. Brasil, 1996 -2011.

Tendência da mortalidade por doenças isquêmicas do coração, dados corrigidos, sexo feminino, segundo regiões.

Tendência da mortalidade por doenças isquêmicas do coração, dados corrigidos, sexo feminino, segundo regiões. Brasil, 1996 -2011.

Doença isquêmica do coração-sexo feminino, 1996 -2011

Doença isquêmica do coração-sexo feminino, 1996 -2011

UMA TENTATIVA DE SÍNTESE Em todas as doenças analisadas, houve maior impacto da correção

UMA TENTATIVA DE SÍNTESE Em todas as doenças analisadas, houve maior impacto da correção nas regiões Norte e Nordeste. À exceção do câncer de mama e do diabetes em mulheres em 1996, a região Sudeste foi a que apresentou menor impacto em virtude dessas correções; Análise das tendências temporais para o país: todas as doenças selecionadas, à exceção do câncer de pulmão em mulheres, apresentaram tendência de decréscimo após correção; Nas regiões, após correção, a maior parte das doenças analisadas apresentou tendência de queda nas cinco regiões, tanto em homens quanto em mulheres. No sexo masculino, no entanto, isso não ocorreu com o diabetes no Norte e Sul, (sem significância estatística). No sexo feminino, o câncer de pulmão, no entanto, apresentou decréscimo significativo somente na região Norte. Por outro lado, ocorreu aumento significativo nas regiões Sul e Sudeste. O câncer de mama teve tendência de queda significante no Sudeste e Norte (NE no limiar). O câncer de próstata teve decréscimo significante em todas as regiões, exceto a Centro-Oeste (NS).

UMA TENTATIVA DE SÍNTESE Análises de mortalidade das DCNT devem incluir métodos de correção

UMA TENTATIVA DE SÍNTESE Análises de mortalidade das DCNT devem incluir métodos de correção das taxas tanto em relação aos óbitos não registrados quanto aos óbitos registrados como causas mal definidas ou inespecíficas, pois a magnitude das taxas é afetada por esses óbitos, introduzindo viés em comparações entre locais com diferente qualidade de informação, e em estudos de tendências temporais.