PROTOCOLOS CLNICOS DE REGULAO HOSPITALAR CAMPO GRANDE MS

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446,

PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. DEFINE OS PROTOCOLOS CLÍNICOS E DE HOSPITALAR NO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE REGULAÇÃO A SECRETÁRIA MUNICIPAL DE SAÚDE, no uso de suas atribuições legais e CONSIDERANDO que os protocolos clínicos e de regulação auxiliam na definição das competências diagnósticas e terapêuticas nos diferentes serviços que compõem a rede assistencial e contribuem para a organização do acesso; CONSIDERANDO que a adoção de tais protocolos pela Rede Pública de Saúde torna-se essencial para o desenvolvimento das ações em saúde, na medida em que estes sejam utilizados como facilitadores de acesso, colaborando com a eficácia da prática clínica e com a sistematização das práticas regulatórias e permitindo, assim, a melhor opção terapêutica segundo critérios de risco, o direcionamento mais adequado do usuário nos componentes do sistema de saúde, a despersonalização da ação regulatória, a análise da capacidade instalada e do potencial de resolução dos pontos do sistema; CONSIDERANDO que os protocolos vêm para dar melhor direcionamento ao processo regulatório. RESOLVE: Art. 1º Os protocolos clínicos e de regulação são roteiros que reúnem a caracterização dos cenários clínicos principais mais frequentes que aparecem nas Unidades Básicas de Saúde - UBS, Centros Regionais de Saúde - CRS, Unidades de Pronto Atendimento - UPA e Centrais de Regulação - CR. As diretrizes clínicas a serem adotadas nesses níveis de atenção, assim como definição de critérios e recursos a serem empregados para o encaminhamento dos pacientes entre os serviços da Rede Assistencial. Art. 2º A porta de entrada para a Rede de Saúde deve ser preferencialmente pelas UBS ou pelo Serviço de Atendimento Móvel a Urgências - SAMU e, excepcionalmente, de forma espontânea pelas UPAS ou pelos Hospitais. Art. 3º Após a definição da vaga hospitalar, cada unidade deverá dar ciência da senha fornecida, via sistema de regulação, sendo que após 2 (duas) horas disponíveis no sistema as solicitações serão encerradas, mas ainda estarão acessíveis às unidades. Art. 4º As solicitações que já estão inseridas no Sistema de Regulação necessitam de atualização em cada período (matutino, vespertino ou noturno), ou, em casos excepcionais, a cada mudança importante no quadro clínico do paciente. Art. 5º As Solicitações que estiverem no sistema sem atualização há mais de 24 (vinte e quatro) horas serão encerradas, podendo ocorrer a responsabilização do servidor que eventualmente for omisso quanto a

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. atualização do quadro clínico do paciente nos Sistemas de Regulação. Art. 6º Para se iniciar o processo de regulação, o profissional responsável por inserir as informações nos Sistemas de Regulação deverá observar todas as informações constantes em cada Fluxograma constante nos Anexos a presente Resolução SESAU. Art. 7º Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação. CAMPO GRANDE-MS, 29 DE JANEIRO DE 2019. ANDRESSA DE LUCCA BENTO Secretária Municipal de Saúde em Exercício

NEUROLOGIA E NEUROCIRURGIA PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO

NEUROLOGIA E NEUROCIRURGIA PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. Sumário 4

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. NEUROLOGIA E NEUROCIRURGIA 4

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO O traumatismo cranioencefálico (TCE) é uma das principais causas de morte no adulto jovem, entre 1 e 44 anos, apresentando uma taxa de mortalidade de 30% a 70%, e possui custos sociais muito grandes por atingir uma população em idade produtiva com sequelas graves, e muitas vezes, permanentes. Os acidentes de veículos são as causas mais comuns de TCE, principalmente entre adolescentes e adultos. As quedas são responsáveis pelo segundo maior grupo de lesões e são mais comuns nas faixas pediátricas e geriátricas. Em alguns lugares, as lesões por arma de fogo causam mais TCE do que acidentes de automóveis. Médicos assistentes nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA) que prestam o atendimento inicial devem fazer avaliação da gravidade do quadro e da necessidade de complementação do atendimento em unidade terciária. CARDOSO, E. J. ; JUNIOR, C. G. C. Protocolo Clínico e de Regulação para Traumatismo Cranioencefálico no Adulto. Capítulo 27, pg 347 -353. GAUDÊNCIO, T. G. ; LEÃO, G. M. A Epidemiologia do Traumatismo Crânio-Encefálico: Um Levantamento Bibliográfico no Brasil. Rev Neurocienc 2013; 21 (3): 427 -434. 5

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL O acidente vascular cerebral (AVC) é a segunda principal causa de óbitos no mundo e a principal causa de incapacidade em adultos. Seu impacto epidemiológico e social é especialmente alarmante nos países em desenvolvimento como o Brasil, onde o aumento da expectativa de vida nas últimas décadas também foi acompanhado pelo incremento de casos de doenças vasculares (infarto e AVC) e crônico-degenerativas (câncer, demências, etc). No Brasil, as doenças cerebrovasculares são a principal causa de óbitos, com mais de 100 mil mortes por ano. A abordagem desses pacientes deve necessariamente contemplar estratégias para o reconhecimento rápido dos sinais e sintomas de AVC hiperagudo, manejo inicial pré-hospitalar, ativação do sistema de regulação médica e encaminhamento rápido ao serviço de referência. Da mesma forma é importante identificar pacientes com outras condições médicas de menor complexidade que podem simular um AVC agudo, como hipoglicemia ou paralisia facial de Bell, que quando identificadas corretamente, podem ser resolvidas sem a necessidade de encaminhas a serviços de maior complexidade. NETO, O. M. P. ; COUGO-PINTO, P. T. ; MARTINS, S. C. O. Protocolo Clínico e de Regulação para Manejo do Acidente Vascular Cerebral. Cap. 55, pg 663 -676. 7

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. CEFALEIA A prevalência da cefaleia é elevada (93% nos homens e 99% nas mulheres) e cerca de 40% das pessoas apresentam o sintoma com regularidade. Nos ambulatórios de clínica médica, a cefaleia é o terceiro diagnóstico mais frequente (10, 3%), suplantado apenas por infecções de vias aéreas e dispepsias. Nas Unidades de Saúde, a cefaleia representa 9, 3% das consultas não agendadas, e nos ambulatórios de neurologia é o motivo mais frequente de encaminhamento. Avaliação realizada em hospital terciário de urgência revelou que 1% dos atendimentos é decido à cefaleia. As cefaleias podem ser classificadas em primárias e secundárias. As cefaleias primárias não apresentam etiologia demonstrável pelos exames clínico ou laboratorial (migrânea, cefaleia do tipo tensional e cefaleia em salvas). O diagnóstico diferencial entre cefaleia primária ou secundária é essencial. A causa da cefaleia secundária deve ser investigada por meio de exames subsidiários. RIBEIRO, N. M. ; SPECIALI, J. G. Protocolo Clínico e de Regulação para Cefaleia. Cap. 57, pg 695 -705. 9

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. CARDIOLOGIA 11

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. CARDIOLOGIA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA A insuficiência cardíaca (IC) tem alta prevalência e grande impacto na morbidade e mortalidade em todo o mundo, apesar dos avanços da terapêutica atual, sendo considerada um importante problema de saúde pública e considerada como uma nova epidemia. A IC é a principal causa de internação hospitalar, baseado em dados disponíveis de cerca de 50% da população sul-americana. Dados demonstram que apenas no ano de 2012 houve 26. 694 óbitos por IC no Brasil. Para o mesmo ano, das 1. 137. 572 internações por doenças do aparelho circulatório, em torno de 21% foram devidas à IC. O ônus se torna ainda mais significativo quando consideramos que quase 50% de todos os pacientes internados com este diagnóstico são readmitidos dentro de 90 dias após alta hospitalar e que essa readmissão é um dos principais fatores de risco para morte nesta síndrome. As readmissões frequentes estão relacionadas à terapia inadequada, falta de aderência ao tratamento, isolamento social ou piora da função cardíaca. Porém em 30 -40% dos casos, não é possível identificar o motivo da descompensação clínica. ALBUQUERQUE, D. C. ; NETO, J. D. S. ; BACAL, F. ; ROHDE, L. E. P. ; BERNARDEZ-PEREIRA, S. ; BERWANGER, O. ; ALMEIDA, D. R. ; Investigadores estudo BREATHE. I Registro Brasileiro de Insuficiência Cardíaca – Aspectos Clínicos, Qualidade Assistencial e Desfechos Hospitalares. Arq Bras Cardiol. 2014; [online]. ahead print, PP. 0 -0 THEODOROPOULOS, T. A. D. ; PISPICO, A. Protocolo Clínico e de Regulação para Abordagem do Paciente com Insuficiência Cardíaca. Cap. 53, pg 637 -648. 12

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. DOR TORÁCICA A dor torácica aguda é um sintoma relatado com frequência nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e representa um desafio assistencial por envolver etiologias diversas, níveis variáveis de gravidade e dificuldade de diferenciação entre os diagnósticos não emergenciais e os de alta morbidade e mortalidade, como a síndrome coronariana aguda (SCA), o tromboembolismo pulmonar agudo, a dissecção aguda de aorta, o pneumotórax hipertensivo e a ruptura de esôfago. O diagnóstico de SCA ocorre em 15% a 30% dos atendimentos por dor torácica, mas, mesmo após avaliação criteriosa, cerca de 2% a 5% destes pacientes recebem alta inadequadamente. Estes pacientes apresentam um maior risco de morte do que aqueles hospitalizados e adequadamente tratados. A experiência clínica associada à solicitação criteriosa e racional dos exames complementares de rápida execução e as estratégias diagnósticas e de estratificação de risco podem minimizar o excesso de procedimentos e internações desnecessários, bem como os elevados custos para o sistema de saúde, público ou privado. A abordagem inicial desses doentes deve ser feita sempre com a finalidade de confirmar ou afastar o diagnóstico de condições potencialmente fatais. DANTAS, B. G. ; KEMP, R. ; SCHMIDT, A. Protocolo Clínico para Abordagem da Dor Torácica Aguda em Adultos e Idosos. Cap. 49, pg 581 -603. 14

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. BRADICARDIA Pacientes com bradicardia que procuram as unidades básicas de saúde (UBS) e unidades de pronto atendimento (UPA) merecem atenção especial pela gravidade da sua apresentação ou pela possibilidade de evolução desfavorável no curto tempo. A distinção entre casos estáveis daqueles instáveis e a identificação de situações de “aparente estabilidade” com potencial de instabilização clínica é fundamental. A avaliação inicial pode dar indícios de evolução desfavorável em curto prazo. O médico da UBS/UPA deve estar atento para sinais de deterioração clínica do paciente e dispor de recursos para a pronta estabilização. Algumas vezes a equipe precisará de repetidas análises, dados de exame físico, exames complementares para verificar o prognóstico do quadro de bradicardia e certificar-se de que a ação executada foi eficaz em promover estabilidade clínica. FILHO, A. D. P. ; GONÇALVES, R. M. ; MOURA, E. M. Protocolo Clínico e de Regulação para Abordagem da Bradicardia em Adultos Idosos. Cap. 52, pg 627 -635. 16

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. TAQUICARDIA A palpitação é uma queixa frequente nas unidades básicas de saúde (UBS) e unidades de pronto atendimento (UPA), podendo apresentar doenças completamente distintas tanto em suas causas quanto em seu prognóstico e tratamento. O manejo inicial desses pacientes deve levar em consideração a presenta de instabilidade hemodinâmica. Os pacientes com alterações hemodinâmicas necessitam de ações rápidas para a imediata reversão da arritmia e consequentemente dos sintomas. As arritmias que não levam ao surgimento de instabilidade podem receber um diagnóstico mais preciso e tratamento mais específico. Para essa avaliação são necessários apenas bom exame físico dirigido e traçado ou monitoramento eletrocardiográfico. GONÇALVES, R. M. ; FILHO, A. D. P. Protocolo Clínico e de Regulação para Abordagem da Taquicardia em Adultos. Cap. 51, pg 617 -625. 18

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. HIPERTENSÃO ARTERIAL A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença altamente prevalente e atinge cerca de 25% da população adulta no Brasil. Apesar dos avanços terapêuticos das últimas décadas, isso não tem assegurado o controle adequado de HAS em vários países, inclusive no Brasil, onde é frequente a procura por serviços de pronto atendimento motivados por pressão arterial elevada decorrente, em geral, de um controle inadequado. As lesões orgânicas mais frequentes decorrentes das emergências hipertensivas são as cerebrovasculares (acidente vascular encefálico isquêmico e hemorrágico) e as cardiovasculares (insuficiência ventricular esquerda com edema agudo de pulmão e doença coronariana isquêmica aguda). Admite-se que, em muitas situações, a HAS registrada durante o atendimento de emergência, seja erroneamente classificada como crise hipertensiva (CH). Na maioria dos centros de atendimento médico não existe uma padronização para o diagnóstico específico da CH, o que pode dificultar o manejo dos pacientes nas UBS e UPA. A CH é caracterizada por aumento súbito da PA, arbitrariamente definido como PA ≥ 180 x 120 mm. Hg, seguido de sintomas brandos (cefaleia, tontura, zumbido) ou graves (dispneia, precordialgia, coma e até mesmo morte). CARVALHO, J. B. ; JÚNIOR, G. A. P. ; NOBRE, F. Protocolo Clínico e de Regulação para Hipertensão Arterial. Cap. 54, pg 649 -662. 21

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA Define-se como parada cardiorrespiratória (PCR) a interrupção súbita e inesperada dos batimentos cardíacos e ausência de respiração. Sua incidência aumenta com o passar dos anos, principalmente a partir dos 30 anos. É mais frequente no sexo masculino e em pacientes com fatores de risco para doença coronariana. O reconhecimento imediato da PCR, bem como a determinação da gravidade da situação, permite que prontamente sejam iniciadas manobras de reanimação, pois dessa forma tenta-se minimizar a deterioração neurológica, bem como de outros órgãos nobres. A UBS e UPA assumem papel de destaque, pois destinam-se a assistir pacientes com as mais diversas condições de saúde/doença, e são também locais da rede assistencial que atendem vítimas de PCR, portanto a equipe médica que presta serviços nesses locais precisa estar apta e familiarizada com o manejo dos pacientes vítima de PCR. PUGA, M. L. ; LOVATO, W. J. Protocolo Clínico e de Regulação para a Parada Cardiorrespiratória no Adulto e Idoso. Cap. 47, pg 547 -558. 23

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. CHOQUE CIRCULATÓRIO A síndrome do choque circulatório é uma situação crítica enfrentada pelos profissionais de saúde em todos os níveis de atenção. O choque é caracterizado pela má perfusão periférica dos tecidos a níveis críticos. Ainda é muito frequente que profissionais não habituados a trabalhar com este tipo de situação clínica relacionem, equivocadamente, o choque circulatório apenas com hipotensão arterial, condição que usualmente aparece tardiamente e geralmente indicam mecanismos compensatórios inadequados. Apesar de a hipotensão arterial estar presente em praticamente todos os quadros de choque circulatório independente de sua etiologia, confiar apenas neste parâmetro é muito arriscado, pois os mecanismos compensatórios podem manter a pressão arterial em níveis normais até uma perda de 30% a 45% da volemia, dependendo do tipo de paciente. Os sinais clínicos precoces são: elevação das frequências cardíaca e respiratória, alteração da perfusão cutânea com palidez e frialdade de extremidades e enchimento capilar lentificados, alteração do nível de consciência e pulsos filiformes ou estreitamento da pressão de pulso. Oligúria e hipotensão arterial são sinais tardios. O médico deve estar atento para quadros específicos em que há uma resposta circulatória hiperdinâmica, quando alguns desses sinais poderão estar mascarados. Basicamente há quatro situações mais frequentes de choque circulatório: 1) hipovolêmico, o mais frequente; 2) distributivo, de origem séptica, ou neurogênico; 3) cardiogênico, em sua maioria associado a uma cardiopatia crônica já instalada ou em uma situação aguda como uma síndrome coronariana aguda; e 4) obstrutivo, decorrente do pneumotórax hipertensivo e do tamponamento pericárdico. Numa situação tão grave e diversificada, a evolução e o prognóstico podem ficar comprometidos devido às limitações diagnósticas e terapêuticas em uma UBS ou UPA. No entanto, esta limitação deve ser compensada pela atuação do profissional sistematizada e rápida, com a estabilização, o melhor possível, deste paciente, o que, na maioria das vezes, representa adequada reposição volêmica, identificação e tratamento das causas não hemorrágicas e o devido encaminhamento para um hospital de referência. LOVATO, W. J. ; JÚNIOR, G. A. P. Protocolo Clínico e de Regulação para a Síndrome do Choque Circulatório. Cap. 48, pg 559 -579. 25

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. CIRURGIA PLÁSTICA 27

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. QUEIMADURA Queimadura é definida como a lesão de tecidos expostos à energia térmica, elétrica, química, por atrito ou radioativa. É um mecanismo de trauma bastante prevalente, principalmente em populações de baixo nível socioeconômico, e que pode acarretar prejuízos funcionais de longo prazo e de difícil reabilitação, além de sequelas estéticas. Os casos mais graves apresentam intensa resposta inflamatória sistêmica (SIRS) que pode evoluir com falência de múltiplos órgãos e óbito. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, as crianças respondem por quase 50% das vítimas de queimaduras e que em sua maioria se queimam em casa. Dentre os adultos, os homens são a maioria, e se queimam geralmente em ambiente de trabalho, enquanto as mulheres se queimam durante as atividades domésticas. Não obstante, os idosos também são vitimados pelas queimaduras, geralmente em virtude da menor capacidade de reação e às limitações físicas características da idade. ALBUQUERQUE, L. M. M. ; TARDELLI, H. C. ; BARROS, M. E. P. M. ; JUNIOR, J. A. F. Protocolo Clínico e de Regulação para Queimaduras. Cap. 43, pg 509 -524. JUNIOR, R. A. S. ; SILVA, R. L. M. ; LIMA, G. L. ; CINTRA, B. B. ; BORGES, K. S. Perfil epidemiológico dos pacientes queimados no Hospital de Urgências de Sergipe. Rev Bras Queimaduras. 2016; 15 (4): 251 -5 28

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. OTORRINOLARINGOLOGIA 30

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. CORPOS ESTRANHOS NA CAVIDADE NASAL, ORELHA EXTERNA, FARINGE E LARINGE O diagnóstico e a conduta adequados do médico generalista (clínico ou pediatra) da atenção básica no manejo dos corpos estranhos na cavidade nasal, orelha externa, faringe e laringe podem resolver o problema nesse nível de cuidado e evitar iatrogenias irreparáveis ao paciente, bem como facilitar a atuação posterior do especialista. Os corpos estranhos são mais frequentes em crianças e podem ser animados (insetos e as larvas de mosca) e inanimados (pequenos objetos). Os corpos estranhos respondem, em média, por 11% dos casos de Emergência em otorrinolaringologia, podendo evoluir complicações em 22% dos casos. Estas complicações são, na maioria das situações, simples, mas eventualmente, quadros mais severos, como perfurações timpânicas e broncoaspiração, podem ocorrer. Fatores decisivos para a ocorrência de complicações são tentativas de remoção por curiosos e profissionais de saúde não-habilitados, inexperiência do médico no manejo de corpos estranhos, falta de infraestrutura hospitalar adequada, má estruturação da rede pública para emergências em otorrinolaringologia, longa permanência do corpo estranho. PINZ, R. ; HYPPOLITO, M. A. Protocolo Clínico e de Regulação para Abordagem dos Corpos Estranhos na Cavidade Nasal, Orelha Externa, Faringe e Laringe. Cap. 45, pg 529 -537. FIGUEIREDO, R. R. ; AZEVEDO, A. A. ; KÓS, A. O. A. ; TOMITA, S. Complicações de corpos estranhos em otorrinolaringologia: um estudo retrospectivo. Rev Bras Otorrinolaringol. 2008; 74 (1): 7 -15. 31

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. CIRURGIA GERAL 36

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. INSGESTÃO DE CORPO ESTRANHO Os corpos estranhos (CE) impactados no trato digestório alto são a segunda causa de emergência endoscópica. Crianças, idosos, pacientes com deficiências mentais, com alteração do nível de consciência secundário ao uso de drogas e aqueles submetidos à gastroplastia redutora estão entre os principais grupos de risco. As crianças correspondem a 80% dos casos, sendo a maior incidência dos 6 meses até 3 anos de idade. Outro fator de risco é a ingestão de alimentos como peixes e carnes com ossos. Os corpos estranhos que são deglutidos, após transpor a hipofaringe e o esôfago tendem a serem eliminados por via retal. Os locais onde podem ocorrer impactação são esfíncter superior do esôfago, piloro, ângulo de Treitz, válvula ileocecal e ânus. Dos corpos estranhos ingeridos 80% a 90% são eliminados espontaneamente, mas 10% a 20% necessitam de intervenção endoscópica e 1% de cirurgia. Os corpos estranhos são classificados em: elementos cortantes (vidros/ossos), elementos pontiagudos (agulhas/espinha de peixe), elementos rombos (moedas/tampinha de garrafa), elementos compridos e finos (chaves/narcóticos), não tóxicos (bolo alimentar). Objetos considerados de alto risco são os pontiagudos, tóxicos e de grandes dimensões (com medidas maiores que 2 cm de diâmetro/largura ou 5 cm de comprimento) e objetos que não progridem após 3 dias deobservação. CASTANHEIRA, S. B. ; MOTA, G. A. ; ROSA, G. V. ; KEMP, R. ; SANTOS, J. S. Protocolo Clínico e de Regulação para Ingestão de Corpo Estranho. Cap. 44, pg 525 -528. 37

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. INGESTÃO DE CORROSIVOS A ingestão de corrosivos ocorre com maior frequência em países pobres, no entanto a real incidência é desconhecida devido à falta de padronização e armazenamento de dados. No Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, referência terciária para o SUS, no ano de 2010 foram atendidos nove casos. Cerca de 70% dos pacientes eram crianças. É um problema médico-social, pois as sequelas deixadas demandam longo tempo de seguimento em serviço de média ou elevada complexidade, nem sempre com bons resultados. Dentre os fatores que facilitam a exposição aos agentes corrosivos estão o baixo preço, a facilidade de aquisição de produtos químicos, embalagens inapropriadas e população que não dispões de informações. As principais causas são ingestão acidental e tentativa de autoextermínio, respectivamente em 37, 2% e 60% dos casos. CASTANHEIRA, S. B. ; MOTA, G. A. ; SAWAMURA, R. ; KEMP, R. ; SANTOS, J. S. Protocolo Clínico e de Regulação para Ingestão de Corrosivos. Cap. 46, pg 539 -545. 39

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. TRAUMA ABDOMINAL O traumatismo abdominal continua sendo causa frequente de um número expressivo de mortes evitáveis. A cavidade intraperitoneal, juntamente com a cavidade torácica, o espaço retroperitoneal (sobretudo na presença de fraturas da bacia) e as fraturas de ossos longos são os locais do organismo que comportam sangramentos capazes de levar à morte por choque hemorrágico. Os sintomas abdominais relacionados com o traumatismo muitas vezes são obscurecidos por lesões associadas a dor referida (por exemplo fraturas de costela ou de bacia) ou por alteração do nível de consciência, principalmente decorrentes do trauma craniano, o que dificulta a sua avaliação. Portanto uma avaliação rigorosa do abdome e uma correta orientação reduzirão os erros na interpretação e os impactos desfavoráveis na evolução do paciente. JUNIOR, G. A. P. Protocolo Clínico e de Regulação para o Trauma Abdominal. Cap. 33, pg 401 -411 41

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. CIRURGIA VASCULAR 43

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. DOR NOS MEMBROS INFERIORES A dor nos membros inferiores é frequente nas doenças vasculares periféricas, mas pode decorrer também de uma grande variedade de condições neurológicas e musculoesqueléticas. A diferenciação entre as condições deve ser feita na atenção básica, com base na anamnese e no exame físico, podendo ser de origem vascular relacionada com as alterações de fluxo nos sistemas arterial, venoso ou linfático. A limitação do fluxo arterial ocorre por estreitamento ou oclusão da artéria, determinando isquemia da extremidade e dor. Este quadro pode ser agudo, decorrente da oclusão súbita da artéria por embolia ou trombose aguda; ou crônico, decorrente do estreitamento insidioso da luz arterial por placas de aterosclerose. O paciente com obstrução arterial aguda apresenta-se no serviço de saúde com história súbita de dor no membro acompanhada de palidez, cianose, frialdade, parestesia, paralisia ou impotência funcional do membro e, principalmente, com ausência de pulsos palpáveis. JOVILIANO, E. E. ; DALIO, M. B. Protocolo Clínico e de Regulação para a Dor nos Membros Inferiores. Cap. 50, pg 605 -616. . 44

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. ORTOPEDIA 46

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. FERIMENTO DE MÃO E PUNHO Os ferimentos traumáticos cortocontusos na mão e punho são frequentes em pessoas que exercem atividades profissionais que envolvam uso de máquinas como serras elétricas, prensas, guilhotinas industriais, moedores ou utensílios cortantes de culinária e do setor agrícola. Esses acidentes têm grande impacto socioeconômico, já que, em sua maioria, acontecem com pessoas em idade produtiva e muitas vezes deixam sequelas permanentes. A identificação correta do tipo de lesão e o conhecimento das medidas terapêuticas iniciais no manejo destes casos é de grande importância para o prognóstico funcional final. FILHO, L. G. M. ; CAMPIOTO, D. S. ; MAZZER, N. ; BARBIERI, C. H. Protocolo Clínico e Regulatório para Ferimentos na Mão e Punho. Cap. 37, pg 441 -445. 47

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. FERIMENTOS DE PELE E SUBCUT NEO Os ferimentos traumáticos de pele e subcutâneo são habitualmente tratados nas UBS e UPA. O médico, independente de sua especialidade, deverá avaliar a gravidade da lesão e tratá-la nessas unidades de saúde. Eventualmente, os ferimentos mais complexos precisam ser encaminhados para centros de atenção secundária ou terciária, de forma eletiva ou em caráter de urgência. Ao receber um paciente com ferimento de superfície, o médico da UBS/UPA deverá estar capacitado a controlar a hemorragia e estabilizar o paciente caso haja sinais de choque hipovolêmico; avaliar a extensão e a gravidade da lesão; realizar o tratamento definitivo dos ferimentos superficiais; em casos graves e complexos, envolvendo cartilagens, tendões, nervos, vasos sanguíneos de grande calibre e ossos, realizar o tratamento inicial na unidade e encaminhar o paciente a um centro de referência secundária ou terciária, de urgência ou eletivamente. TAZIMA, M. F. G. S. ; FILHO, L. G. M. ; VICENTE, Y. A. M. V. A. ; PILLEGI, F. O. Protocolo Clínico e de Regulação para Ferimentos Traumáticos de Pele e Subcutâneo. Cap. 36, pg 425 -439, 49

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. FRATURAS EXPOSTAS Considera-se fratura exposta toda aquela na qual há comunicação do foco da fratura com o meio externo. Esta situação ocorre nos casos de exposição óssea visível e, também, quando há contato do hematoma fraturário com o meio ambiente por meio de cavidades contaminadas do tubo digestivo, vagina e vias respiratórias. Diagnosticar uma fratura exposta é fácil quando há a presença dos fragmentos ósseos através da ferida, porém é difícil quando a ferida é pequena ou está distante da fratura. Assim, toda fratura em um segmento de um membro com uma ferida presente deve ser considerada exposta e tratada como tal até que se prove o contrário. Pacientes com fraturas expostas sem dúvida foram submetidos a traumas de energia considerável. Assim, a abordagem inicial deve priorizar a estabilização do paciente, conforme preconiza o ATLS. Com raras exceções, as fraturas expostas são consideradas urgências cirúrgicas. A demora no atendimento no local do acidente ou no transporte até a unidade de saúde pode aumentar as probabilidades de infecção e de viabilidade do membro. FILHO, L. G. M. Protocolo Clínico e Regulatório para o Atendimento Inicial de Fraturas Expostas. Cap. 35, pg 419 -423. 51

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. OBSTETRÍCIA 53

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. DIABETES MELLITUS MATERNO A cetoacidose e o coma hiperosmolar são graves situações clínicas que estão associadas à elevada morbimortalidade materna e, portanto, devem figurar nos protocolos de regulação médica. Por outro lado, distúrbios do metabolismo glicídico de menor gravidade durante a gestação também merecem destaque, pois o atendimento inapropriado desses casos, seja por carência de recursos ou falta de conhecimento da equipe de saúde que assiste a gestante, levará a uma sucessão de intercorrências no futuro. A conduta inicial se baseia na anamnese, na presença de sinais e sintomas de cetoacidose diabética (CAD), no exame físico geral e obstétrico e na glicemia capilar. Essa avaliação auxiliará na classificação de risco da paciente, permitindo, assim, o encaminhamento para o serviço terciário de maneira adequada. MARCOLIN, A. C. ; DUARTE, G. Protocolo Clínico e de Regulação para Urgências Relacionadas ao Diabetes Mellitus Materno. Cap. 21, pg 275 -280. 54

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS NA GESTAÇÃO Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é um país que apresenta elevadas taxas de mortalidade materna, em torno de 77 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos. Esse dado é alarmante quando em comparação com as cifras menores que 10/100 mil constatadas no Canadá e nos Estados Unidos. Porém, mesmo em países desenvolvidos, a hipertensão arterial figura como a principal causa de mortalidade materna. A hipertensão arterial é diagnosticada quando a paciente apresenta pressão arterial sistólica (PAS) > 140 mm. Hg e/ou diastólica (PAD) > 90 mm. Hg. O edema não é mais utilizado como critério diagnóstico, porém constitui um sinal de alerta. O aumento súbito do ganho de peso também deve ser considerado sinal clínico importante na identificação do edema. A conduta inicial se baseia em anamnese e exame físico geral e obstétrico detalhado. Essa avaliação auxiliará na classificação de risco da paciente e permitirá que o encaminhamento para o serviço terciário de gestação de alto risco seja feito de maneira adequada. MARCOLIN, A. C. ; CAVALLI, R. C. ; Protocolo Clínico e de Regulação para Urgências e Emergências Hipertensivas na Gestação. Cap. 20, pg 269 -274. 56

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. SANGRAMENTOS GENITAIS DURANTE O PERÍODO GESTACIONAL A hemorragia obstétrica é a principal causa de mortalidade materna no mundo, responde por mais de 100 mil mortes anuais, representa a principal causa de admissão de paciente obstétrica ao centro de terapia intensiva e está associada a elevada morbimortalidade perinatal. Para que haja redução das complicações relacionadas com esta enfermidade, tornase necessária uma abordagem multidisciplinar e rápida da gestante, por pessoal capacitado, com material adequado disponível e protocolos de fácil acesso. Nas primeiras 20 semanas de gestação, as principais causas de hemorragia anteparto são abortamento, prenhez ectópica e doença trofoblástica gestacional. Na segunda metade da gestação, os sangramentos genitais são originários principalmente do descolamento de placenta normalmente inserida e da placenta prévia. MARCOLIN, A. C. ; QUINTANA, S. M. ; LOTT, D. A. M. Protocolo Clínico e de Regulação para Sangramentos Genitais durante o Período Gestacional. Cap. 17, pg 241 -253. 58

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. TRABALHO DE PARTO PRÉ-TERMO A prematuridade é a principal causa de morbimortalidade perinatal mundial e ocorre em 12% das gestações. Os nascimentos pré-termo representam 75% da mortalidade perinatal e mais da metade da morbidade infantil em longo prazo. Embora a maioria dos recém-nascidos sobreviva, o risco de comprometimento neurológico e complicações respiratórias e gastrointestinais nos sobreviventes é extremamente elevado. Parto pré-termo é aquele que ocorre entre 20 e 37 semanas completas de gestação, independente do peso do recém-nascido, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Academia Americana de Pediatria. A etiologia da prematuridade espontânea, a qual ocorre em 70% dos casos, é multifatorial e está relacionada com o trabalho de parto prétermo (TPPT) e a ruptura prematura de membranas. O diagnóstico de TPPT é clínico e se caracteriza pela presença, em pacientes com gestações entre 20 e 37 semanas, dos seguintes itens: contrações uterinas rítmicas, pelo menos duas em 10 minutos; modificações do colo uterino, como esvaecimento de 80% sem dilatação, presença de dilatação de 2 -3 cm sem esvaecimento ou modificações em toques vaginais sucessivos; insinuação da apresentação fetal e formação da “bolsa das águas”. MARCOLIN, A. C. ; QUINTANA, S. M. ; Protocolo Clínico e de Regulação no Trabalho de Parto Pré-termo. Cap. 16, pg 235 -239. 60

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. TRABALHO DE PARTO NO TERMO DA GESTAÇÃO A atenção adequada à mulher no trabalho de parto (TP) representa passo indispensável para garantir a redução da morbimortalidade materna e perinatal. Parto a termo é aquele que ocorre após a 37ª semana de gestação. O profissional deve reconhecer o período que antecede o TP (período premonitório), caracterizado por redução da altura uterina (2 a 4 cm) devido à descida fetal; acentuação das dores lombares e em região suprapúbica; as contrações uterinas são intermitentes, irregulares, porém dolorosas (diferente das indolores, ou de Braxton-Hicks), que ocorrem antes deste período); modificações nas características do colo uterino, com perda do tampão mucoso. O diagnóstico de TP põe fim ao período premonitório e se caracteriza pela presença de contrações uterinas dolorosas, porém rítmicas (duas ou mais em 10 minutos) e de um colo uterino esvaecido e dilatado 2 -3 cm. A conduta inicial para a paciente que procura a unidade básica dependerá das condições maternas e fetais, da presença de comorbidades e da fase do trabalho de parto em que ela se apresenta. Anamnese e exame físico geral, obstétrico e ginecológico são imprescindíveis para a classificação de risco da paciente, permitindo o encaminhamento da mesma para o serviço obstétrico hospitalar de maneira e no momento adequado. MARCOLIN, A. C. ; QUINTANA, S. M. ; Protocolo Clínico e de Regulação no Trabalho de Parto no Termo da Gestação. Cap. 15, pg 227 -233. 62

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PROTOCOLOS CLÍNICOS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR CAMPO GRANDE – MS – RESOLUÇÃO SESAU n. 446, DE 29 DE JANEIRO DE 2019. ALTERAÇÃO DA VITALIDADE FETAL A perda gestacional é a complicação obstétrica mais frequente e afeta até 30% das gestações. A maior parte destas se dá no primeiro trimestre gestacional e muitas vezes pode não ser clinicamente diagnosticada. O feto morto com idade gestacional superior a 20 semanas está presente em cerca de 1% de todos os partos e é causa de metade da mortalidade perinatal. O principal objetivo da avaliação de vitalidade fetal anteparto é identificar e promover o parto de fetos que estão sob risco de hipóxia, reduzindo, assim, a ocorrência de lesões permanentes nos nascidos vivos, especialmente no sistema nervoso central (SNC) e óbito perinatal. A avaliação de vitalidade fetal se inicia com a anamnese materna por meio de questionamento sobre a movimentação fetal (MF). Na sequência, a avaliação de vitalidade continua com o exame físico, dando ênfase à medida da altura uterina e à ausculta da frequência cardíaca fetal (FCF), especialmente durante as MFs MARCOLIN, A. C. ; BEREZOWSKI, A. T. ; Protocolo Clínico e de Regulação para Alteração da Vitalidade Fetal. Cap. 18, pg 255 -261. 64

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