Instituto de Fsica Mestrado Profissional em Ensino de

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Instituto de Física Mestrado Profissional em Ensino de Física Construção do Diagrama Hertzsprung-Russell através

Instituto de Física Mestrado Profissional em Ensino de Física Construção do Diagrama Hertzsprung-Russell através do Stellarium Maurício Girardi

Instituto de Física Mestrado Profissional em Ensino de Física Estrelas Maurício Girardi

Instituto de Física Mestrado Profissional em Ensino de Física Estrelas Maurício Girardi

O que são: Estrelas ● Bolas de gás muito quentes, autogravitantes, que emitem sua

O que são: Estrelas ● Bolas de gás muito quentes, autogravitantes, que emitem sua radiação para o espaço. ● A energia emitida é proveniente de reações de fusão nuclear, começando pela fusão do H em He. ● As temperaturas no núcleo estão entre milhões e bilhões de Kelvin. ● À primeira vista, são fontes de luz muito mais fracas que o nosso Sol.

Estrelas Como se formam? ● Enormes nuvens frias (entre 10 K e 100 K)

Estrelas Como se formam? ● Enormes nuvens frias (entre 10 K e 100 K) de gás e poeira, chamadas nuvens moleculares (90% H, 9 % He, 1% elementos mais pesados), que estão espalhadas pelo disco da Galáxia (Via-Láctea). Fonte: http: //hubblesite. org

Como se formam? Estrelas ● Atração gravitacional sobre a poeira dá início a um

Como se formam? Estrelas ● Atração gravitacional sobre a poeira dá início a um movimento de contração em direção a um centro. ● Forma-se um coágulo de gás mais denso e quente no interior da nuvem: é a protoestrela. Fonte: http: //hubblesite. org

Estrelas Fatores importantes: ● Ventos de estrelas próximas comprimem o gás e a poeira

Estrelas Fatores importantes: ● Ventos de estrelas próximas comprimem o gás e a poeira da nuvem molecular. ● A força explosiva de uma supernova comprime regiões de nuvens interestelares preexistentes. ● Pares de nuvens às vezes colidem e uma comprime a outra. ● Regiões de gás e poeira irradiam bastante calor para longe o suficiente para esfriar e condensar sem ajuda externa.

● A instabilidade gravitacional induzida pelos fatores externos e internos faz a nuvem entrar

● A instabilidade gravitacional induzida pelos fatores externos e internos faz a nuvem entrar em um processo de coagulação. É a fragmentação da nuvem. ● Enquanto a contração se desenvolve, a temperatura interna do coágulo aumenta, atingindo temperatura e densidade suficiente para iniciar a fusão do H em He (~15 milhões de graus Celsius). ● O processo de fusão tem por consequência a produção de energia nuclear: nasce a estrela.

STSc. I-PRC 2015 -42 ● No centro da imagem, parcialmente obscurecido por uma capa

STSc. I-PRC 2015 -42 ● No centro da imagem, parcialmente obscurecido por uma capa escura de poeira, uma estrela recémnascida dispara jatos duplos para o espaço como uma espécie de anúncio do nascimento do universo. Fonte: http: //hubblesite. org/

● A fusão de H em He pode durar bilhões ou trilhões de anos

● A fusão de H em He pode durar bilhões ou trilhões de anos – a estrela está na sequência principal. ● Quando esgota o H no interior da estrela, ela passa a fundir He no centro. ● Há duas propriedades das estrelas de interesse imediato: a sua cor e o seu brilho. ● A cor é determinada pela temperatura da superfície da estrela. ● O brilho é determinado pela quantidade de luz que a estrela irradia por segundo através de toda a superfície.

Exemplo de Nebulosas Nebulosa da Cabeça do Cavalo Nebulosa da Borboleta (fim da vida

Exemplo de Nebulosas Nebulosa da Cabeça do Cavalo Nebulosa da Borboleta (fim da vida de estrela de baixa (berçário estelar) massa)

Nebulosa de Orion Nebulosa do Anel

Nebulosa de Orion Nebulosa do Anel

O Sol ● Nosso Sol é uma estrela da classe espectral tipo G 2.

O Sol ● Nosso Sol é uma estrela da classe espectral tipo G 2. ● Sua temperatura superficial é de ~ 5. 500 K ● No núcleo a temperatura é de ~ 15. 000 K ● Sua idade é de ~5 bilhões de anos e tem mais 5 bilhões até esgotar seu combustível nuclear.

O Sol ● Encontra-se na Sequência Principal do Diagrama HR. ● Em seu processo

O Sol ● Encontra-se na Sequência Principal do Diagrama HR. ● Em seu processo evolutivo, atingirá a fase de Gigante Vermelha e “acabará” como uma Anã Branca.

O Sol Concepção Artística do Sol Alguns dados ● ● ● Tnúcleo do Sol:

O Sol Concepção Artística do Sol Alguns dados ● ● ● Tnúcleo do Sol: 15. 000 K Tsuperfície do Sol: 6. 000 K Raio do Sol : 700. 000 km Raio da Terra: 6370 km Dentro do Sol cabem ~1. 400. 000 Terras ● Distância Terra-Sol: ~150 milhões de km (~8 min luz)

Condições para formar estrela ● Objetos abaixo de 13 MJúpiter que orbitam uma estrela

Condições para formar estrela ● Objetos abaixo de 13 MJúpiter que orbitam uma estrela são chamados de planetas. ● De 13 MJúpiter até 75 MJúpiter : reações nucleares transformando deutério em trítio: anãs marrons. ● Objetos acima de 75 MJúpiter = 0, 08 MSol são capazes de fazer a fusão do H em He : estrelas.

● Para que haja fusão é necessário que a energia cinética consiga vencer a

● Para que haja fusão é necessário que a energia cinética consiga vencer a repulsão coulombiana. ● O que é possível com temperatura no núcleo muito alta : >8 milhões de graus. ● Equilíbrio hidrostático: a pressão do gás no interior da estrela deve contrabalançar a gravidade para que a estrela não colapse.

● Todas as estrelas começam pela fusão do H em He. ● Ao longo

● Todas as estrelas começam pela fusão do H em He. ● Ao longo de sua vida vão transmutando elementos químicos. ● O tempo de fusão do H em He vai depender da massa da estrela. ● Quanto maior a massa, mais rápida é esta etapa (entre milhões e bilhões de anos).

● O processo de fusão com transmutação de uns elementos químicos em outros ocorre

● O processo de fusão com transmutação de uns elementos químicos em outros ocorre no interior estelar até o elemento ferro (para estrelas acima de 8 vezes a massa do Sol). ● O tipo de reação até a fusão de outros elementos antes do Fe é exotérmica. ● A partir do Fe o processo é endotérmico. ● Ou seja, na fusão do Fe ao invés de a estrela liberar, ela absorve energia.

● Então o que acontece depois que o núcleo da estrela passa a fundir

● Então o que acontece depois que o núcleo da estrela passa a fundir Fe? ? ? ● E mais! Se os elementos são formados em estrelas e se só temos fusão até o Fe, então de onde saem os outros elementos químicos da tabela periódica?

Classe Espectral ● A cor de uma estrela indica temperatura de sua atmosfera. ●

Classe Espectral ● A cor de uma estrela indica temperatura de sua atmosfera. ● A cor é determinada pela parte de seu espectro visível que mais contribui para a luminosidade total da estrela. ● Estrelas azuis : 20. 000 K ou mais. ● Estrelas vermelhas: 2. 000 a 3. 000 K. ● O Sol: estrela amarela, com 6. 000 K.

Radiação Eletromagnética

Radiação Eletromagnética

Classe Espectral ● As classes espectrais são baseadas nas linhas de absorção que encontramos

Classe Espectral ● As classes espectrais são baseadas nas linhas de absorção que encontramos nos espectros das estrelas. ● As classes espectrais são: O, B, A, F, G, K, M. ● Linhas de absorção fortes em H: classes A e F. ● Linha de H fraca, mas forte em Ca e Mg: classe G e K.

Classe Espectral ● As classes espectrais se relacionam fortemente com a temperatura. ● Estrelas

Classe Espectral ● As classes espectrais se relacionam fortemente com a temperatura. ● Estrelas tipo O são quentes. ● Estrelas tipo M são frias.

● A classe espectral também se relaciona com a massa, o raio e a

● A classe espectral também se relaciona com a massa, o raio e a luminosidade das estrelas Tipo Massa Temp. Raio Lum. ----------------------------O 60. 0 50, 000 15. 0 1, 400, 000 B 18. 0 28, 000 7. 0 20, 000 A 3. 2 10, 000 2. 5 80 F 1. 7 7, 400 1. 3 6 G 1. 1 6, 000 1. 1 1. 2 K 0. 8 4, 900 0. 9 0. 4 M 0. 3 3, 000 0. 4 0. 04 ----------------------------Massa, Raio e Luminosidade estão em unidades solares http: //astro. if. ufrgs. br/

Estrelas Azuis: classes O e B ● Aglomerado de estrelas azuis. As estrelas azuis

Estrelas Azuis: classes O e B ● Aglomerado de estrelas azuis. As estrelas azuis são as mais quentes que conhecemos. Tem grande massa – sua evolução é mais rápida. ● Estrelas azuis têm temperaturas superficiais entre 10. 000 K e 30. 000 K. São do tipo espectral O e B Fonte: http: //hubblesite. org/

As Plêiades (M 45)

As Plêiades (M 45)

Estrelas Vermelhas: classes M ● Beteguese é uma Gigante Vermelha ● Faz parte da

Estrelas Vermelhas: classes M ● Beteguese é uma Gigante Vermelha ● Faz parte da Constelação de Orion ● Sua temperatura superficial é da ordem de 3000 K

Antares ● Comparação entre Antares e o Sol que é mostrado como um pequeno

Antares ● Comparação entre Antares e o Sol que é mostrado como um pequeno ponto no canto superior direito da imagem. O círculo preto é do tamanho da órbita de Marte. A outra estrela é Arcturus. ● Massa: 15, 5 massas solares ● Raio: 700 raios solares

Antares

Antares

Estrelas Tipo K Aldebaran - Constelação de Touro Sua Classe Espectral é tipo K

Estrelas Tipo K Aldebaran - Constelação de Touro Sua Classe Espectral é tipo K Temperatura na superfície: 4000 K O Sol em comparação com Aldebaran aparece na figura

Comparação entre estrelas

Comparação entre estrelas

Evolução das Estrelas

Evolução das Estrelas

● Com as grandezas temperatura e luminosidade pode-se construir um diagrama de classificação das

● Com as grandezas temperatura e luminosidade pode-se construir um diagrama de classificação das estrelas. ● É o Diagrama Hertzprung-Russel (Diagrama HR). ● No diagrama HR cada ponto representa o brilho (luminosidade) e a cor (temperatura) de uma estrela. ● A luminosidade de uma estrela é a potência que ela é capaz de gerar em seu interior, em função de reações de fusão nuclear.

Diagrama HR ● O Diagrama HR é utilizado para representar o estágio evolutivo das

Diagrama HR ● O Diagrama HR é utilizado para representar o estágio evolutivo das estrelas ● Luminosidade (magnitude absoluta). ● Temperatura (classe espectral ou índice de cor) ● L cresce para cima, T da direita para esquerda http: //astro. unl. edu/naap/

Diagrama HR

Diagrama HR

Referências ● COMINS. F. N, KAUFMANN III. J. W. Descobrindo o Universo. Porto Alegre:

Referências ● COMINS. F. N, KAUFMANN III. J. W. Descobrindo o Universo. Porto Alegre: Bookman, 2010. ● OLIVEIRA FILHO, K. S & SARAIVA, M. F. O. Astronomia e Astrofísica. São Paulo, Editora Livraria da Física, 2013. ● http: //astro. if. ufrgs. br/