NVEIS DE LNGUAGEM Adriana salgado A lngua falada

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NÍVEIS DE LÍNGUA(GEM) Adriana salgado

NÍVEIS DE LÍNGUA(GEM) Adriana salgado

A língua falada pode ser: Culta Coloquial Vulgar Inculta Regional Grupal: gíria técnica

A língua falada pode ser: Culta Coloquial Vulgar Inculta Regional Grupal: gíria técnica

A língua escrita pode ser: Não literária Língua-padrão Coloquial Vulgar ou inculta Regional Grupal:

A língua escrita pode ser: Não literária Língua-padrão Coloquial Vulgar ou inculta Regional Grupal: Gíria Técnica

LÍNGUA FALADA: Língua culta= é a língua falada pelas pessoas de instrução, niveladas pela

LÍNGUA FALADA: Língua culta= é a língua falada pelas pessoas de instrução, niveladas pela escola. Obedece à gramática da línguapadrão. É restrita, pois constitui privilégio e conquista cultural de um número reduzido de falantes.

Ex. mos casos de delinquência juvenil no mundo hodierno decorrem da violência que se

Ex. mos casos de delinquência juvenil no mundo hodierno decorrem da violência que se projeta, através dos meios de comunicação, com programas que enfatizam a guerra, o roubo e a venalidade.

Língua coloquial= é a língua espontânea, usada para satisfazer as necessidades vitais do falante

Língua coloquial= é a língua espontânea, usada para satisfazer as necessidades vitais do falante sem muita preocupação com as formas linguísticas. É a língua cotidiana, que comete pequenos – mas perdoáveis - deslizes gramaticais. Ex. - Cadê o livro que te emprestei? Me devolve logo, tá?

Língua vulgar ou inculta = é própria das pessoas sem instrução. É natural, colorida,

Língua vulgar ou inculta = é própria das pessoas sem instrução. É natural, colorida, expressiva, livre de convenções sociais. É mais palpável, porque envolve o mundo das coisas. Infringe totalmente as convenções gramaticais. Ex. - Nóis ouvimo falá do pograma da televisão.

“Minha vó contava uma história quandu a família tava reunida , sobri um tiu.

“Minha vó contava uma história quandu a família tava reunida , sobri um tiu. . . achu qui é tiu avô, num sei. . . bom, essi tiu, chamava Zuardo, mais u nomi deli era pá sê Osvaldo! “. É qui quandu fôru registrá eli, disséru “Osvardo”, tão rápidu, cum um ô qui nem dava pra ouví e cum um érri nu lugar di éli, qui u iscrivão intendeu Zuardo! I intão, ficou assim. . . ”

 “Pois é. U purtuguêis é muito fáciu di aprender, purqui é uma língua

“Pois é. U purtuguêis é muito fáciu di aprender, purqui é uma língua qui a genti iscrevi ixatamenti cumu si fala. Num é cumu inglêis qui dá até vontadi di ri quandu a genti discobri cumu é qui si iscrevi algumas palavras. Im portuguêis, é só prestátenção. U alemão pur exemplu. Qué coisa mais doida? Num bate nada cum nada. Até nu espanhol qui é parecidu, si iscrevi muito diferenti. Qui bom qui a minha lingua é u purtuguêis. Quem soubé falá, sabi iscrevê. ” Jô Soares, revista veja, 28 de novembro de 1990.

Língua regional= está circunscrita a regiões geográficas, caracterizando-se pelo acento linguístico, que é a

Língua regional= está circunscrita a regiões geográficas, caracterizando-se pelo acento linguístico, que é a soma das qualidades físicas do som (altura, timbre, intensidade). Tem um patrimônio vocabular próprio, típico de cada região.

ASSALTANTE BAIANO Ô meu rei… ( pausa ) Isso é um assalto… ( longa

ASSALTANTE BAIANO Ô meu rei… ( pausa ) Isso é um assalto… ( longa pausa ) Levanta os braços, mas não se avexe não. . ( outra pausa ) Se num quiser nem precisa levantar, pra num ficar cansado. . Vai passando a grana, bem devagarinho ( pausa pra pausa ) Num repara se o berro está sem bala, mas é pra não ficar muito pesado. Não esquenta, meu irmãozinho, ( pausa ) Vou deixar teus documentos na encruzilhada.

ASSALTANTE MINEIRO Ô sô, prestenção issé um assarto, uai. Levantus braço e fica ketin

ASSALTANTE MINEIRO Ô sô, prestenção issé um assarto, uai. Levantus braço e fica ketin quié mió procê. Esse trem na minha mão tá chein de bala… Mió passá logo os trocados que eu num tô bão hoje. Vai andando, uai ! Tá esperando o quê, sô? !

ASSALTANTE CARIOCA Aí, perdeu, merrrrmão Seguiiiinnti, Tu te fu. Isso é um assalto véio.

ASSALTANTE CARIOCA Aí, perdeu, merrrrmão Seguiiiinnti, Tu te fu. Isso é um assalto véio. Passa a grana e levanta os braços rapá. Não fica de caô que eu te passo o cerol…. Vai andando e se olhar pra tras vira presunto

ASSALTANTE PAULISTA Pô, meu … Isso é um assalto, meu Alevanta os braços, meu.

ASSALTANTE PAULISTA Pô, meu … Isso é um assalto, meu Alevanta os braços, meu. Passa a grana logo, meu Mais rápido meu, que eu ainda preciso pegar a bilheteria aberta pra comprar o ingresso do jogo do Curintia meu. Pô, se manda, meu

ASSALTANTE GAÚCHO O gurí, ficas atento Báh, isso é um assalto Levanta os braços

ASSALTANTE GAÚCHO O gurí, ficas atento Báh, isso é um assalto Levanta os braços e te aquieta, tchê ! Não tentes nada e cuidado que esse facão corta uma barbaridade, tchê. Passa as pilas prá cá ! E te manda a la cria, senão o quarenta e quatro fala. .

ASSALTANTE DE BRASILIA Querido povo brasileiro, estou aqui no horário nobre da TV para

ASSALTANTE DE BRASILIA Querido povo brasileiro, estou aqui no horário nobre da TV para dizer que no final do mês, aumentaremos as seguintes tarifas: Energia, Água, Esgoto, Gás, Passagem de ônibus, Imposto de renda, Lincenciamento de veículos, Seguro Obrigatório, Gasolina, Álcool, IPTU, IPVA, IPI, ICMS, PIS, COFINS…

Nordeste: abilolado > maluco; acochado> apertado; afolosado> folgado (pelo excesso de uso); amostrado> pessoa

Nordeste: abilolado > maluco; acochado> apertado; afolosado> folgado (pelo excesso de uso); amostrado> pessoa que gosta de aparecer, chamar a atenção; amuado> com raiva; aperreado> preocupado, com problemas, agoniado;

arengar > brigar; arretado(1) > muito bom, excelente, maravilhoso; arretado(2) > irritado, com raiva

arengar > brigar; arretado(1) > muito bom, excelente, maravilhoso; arretado(2) > irritado, com raiva de algo ou alguém; arribar > sair, ir embora; buliçoso > aquele que gosta de mexer em tudo; bulir > mexer em algo;

cão chupando manga > o bom, o cara que sabe tudo, o tal; catabiu

cão chupando manga > o bom, o cara que sabe tudo, o tal; catabiu > buracos na estrada; chamegar > namorar, se esfregar no namorado; catinga > mau cheiro; cortar jaca > estimular, ajudar o namoro de amigos ou parentes; encangado > juntos; de rosca > algo difícil de ser realizado, duro de sair;

leseira > abestalhamento, idiotice; marmota > pessoa feia, desleixada; massa > interjeição: muito bom,

leseira > abestalhamento, idiotice; marmota > pessoa feia, desleixada; massa > interjeição: muito bom, legal, excelente; munganga > macaquice, carreta; muriçoca > pernilongo; peguento > suado, suarento; peitica > sujeito insistente, renitente; pereba > pequena ferida; pichaim > cabelo enrolado; peba > vagabundo, de má qualidade.

Língua grupal= é uma língua hermética, porque pertence a grupos fechados. Língua grupal técnica=

Língua grupal= é uma língua hermética, porque pertence a grupos fechados. Língua grupal técnica= desloca-se para a escrita. Existem tantas quantas forem as ciências e profissões: a língua da Medicina, do Direito, . . . Só é compreendida quando sua aprendizagem se faz junto com a profissão.

Língua grupal(gíria)= existem tantas quantas forem os grupos fechados. Há gíria policial, a dos

Língua grupal(gíria)= existem tantas quantas forem os grupos fechados. Há gíria policial, a dos jovens, dos estudantes, dos militares, dos jornalistas, . . . OBS. Quando a gíria é grosseira, recebe o nome de calão.

“ Putz, estou exausta. Caindo de canseira. Das brabas! Andei a tarde toda por

“ Putz, estou exausta. Caindo de canseira. Das brabas! Andei a tarde toda por todo shopping, procurando uma roupinha legal, simples, na moda. Ter , tinha. De montão. Experimentei umas supertransadas, caindo tipo gracinha. Só que na hora de pagar, cadê dinheiro? Necas! Vexame total!!!”

chupar uma manguita: se dar mal, cair gralha: skatista ruim madonna: manobra radical morugar:

chupar uma manguita: se dar mal, cair gralha: skatista ruim madonna: manobra radical morugar: andar de skate à noite pleiba: rico que anda de skate

 “Dessa vez a Atrevida arrepiou. Foi da hora a matéria NA PONTA DA

“Dessa vez a Atrevida arrepiou. Foi da hora a matéria NA PONTA DA LÍNGUA, com as gírias maneiras de todos os lugares. É por isso que me amarro cada vez mais nesta revista: descolada, divertida, diferente e trilegal. ”

LÍNGUA ESCRITA Língua não literária= apresenta as mesmas características das variantes da língua falada,

LÍNGUA ESCRITA Língua não literária= apresenta as mesmas características das variantes da língua falada, tais como língua- padrão, coloquial, inculta ou vulgar, regional, grupal, incluindo a gíria e a técnica e tem as mesmas finalidades e registros.

Língua-padrão= é aquela que obedece a todos os parâmetros gramaticais. Língua coloquial= língua cotidiana.

Língua-padrão= é aquela que obedece a todos os parâmetros gramaticais. Língua coloquial= língua cotidiana. Ex. Me faz um favor: vai ao banco pra mim. Língua vulgar ou inculta: (Lista de compras) -assucar - ajaques -basora - lâmpida -qejo - istratomate

Língua regional= “Deu-lhe com a baleadeira nos cascos, e o piá correu mais que

Língua regional= “Deu-lhe com a baleadeira nos cascos, e o piá correu mais que palheiro em cancha reta. ” Língua grupal =

Língua grupal = Ficou na pista - Deu mole em alguma coisa, passou vergonha

Língua grupal = Ficou na pista - Deu mole em alguma coisa, passou vergonha Vacilou - Marcou bobeira Puxar um beck – Fumar droga (cocaína, maconha…) Zoar ou Zueira – Fazer bagunça Nóia – Usuário de droga, que trafica, drogado Fita forte - Produto de roubo

Dar um rolê - Passear, sair Ei tá preula - Ficar impressionado Bagulho -

Dar um rolê - Passear, sair Ei tá preula - Ficar impressionado Bagulho - alguma coisa (como folha, carro e etc) Marola - Cigarro de maconha Ficou pequeno - Ficou mal falado Queimou meu filme - fizeram fofoca a respeito de você Rasga - Sai correndo, sai daqui Gás - Muito rápido Muito louco - Muito bonito, lindo Mina – Mulher Gostosa - Mulher sensual, muito bonita

Língua literária= é o instrumento utilizado pelos escritores. Principalmente, a partir do modernismo, eles

Língua literária= é o instrumento utilizado pelos escritores. Principalmente, a partir do modernismo, eles cometeram certas infrações gramaticais, que, de modo algum, se confundem com os erros observados nos leigos. Enquanto nestes as incorreções ocorrem por ignorância da norma, naqueles as mesmas ocorrem por imposição estilística.