Registos Nveis de Lngua Portuguesa 2 ERB 2017
Registos/ Níveis de Língua Portuguesa 2. º ERB 2017/ 2018
� Todos os dias comunicamos e conversamos oralmente com os nossos semelhantes pela fala ou linguagem falada. � Mas todo o sinal oral pode ser graficamente representado, isto é, pode ser escrito. Daí que os nossos conhecimentos, pensamentos e sentimentos possam ser expressos em linguagem escrita. � No ato da comunicação, verificamos que a linguagem está condicionada às várias situações e às pessoas com as quais comunicamos, quer quando falamos, quer quando escrevemos. É diferente a linguagem que usamos nas conversas com os nossos amigos das conversas que usamos com pessoas estranhas. A Linguagem
�Os REGISTOS ou NÌVEIS DE LÍNGUA variam, pois, conforme: q. A cultura; q. O meio socioeconómico; q. O grupo etário; q. Os objetivos em vista; q. Os diferentes contextos e situações.
� Língua Familiar q Existe entre o emissor e o recetor um grau de convivência, de intimidade, que permite uma comunicação com à-vontade. Os conteúdos que são transmitidos referem-se à vida corrente (do dia-a-dia). Por isso, o vocabulário e as construções sintáticas utilizadas são muito simples e usuais. Exemplo: Um belo dia, o pai chamou-o. - Veste as calças velhas de cotim. Hoje vais comigo. . . Tão cedo, que raio queria o pai? Lavou-se, vestiu-se, molhou o cabelo e foi para o quintal beber café, tal como o pai fazia. A mãe, depois, preparara a lancheira, e o que mais o admirou foi ela pôr dois partos lá dentro. Dois pratos e dois talheres. Boa, essa! Mas que raio de lembradura aquela. . . Antunes da Silva, Exilado e outros Contos Níveis de Língua
�Língua Popular q É a língua do povo, quer falada quer escrita, e caracteriza-se pela simplicidade, tanto a nível vocabular como sintático. Exemplo: - Já não tenho com quem dance, rapariga! - Olhe a Josefa. - Dizes bem. Salta cá, Josefa! Já ambos somos casados, mas ainda se vai mostrar o que é dança! Eh! Ó Manel, empresta cá a viola! Guarda-me esse pau, Caetano! Silva Gaio, Mário
Nas formas usuais da Língua Popular devem também distinguir-se: �O Regionalismo: a linguagem popular típica de uma região, com vocabulário especial, uma construção frásica por vezes diferente e uma pronúncia que pode variar de lugar para lugar. Exemplo: Raios te partam, homem – disse-lhe eu – mais uma aldrúbia que meteste em casa. Não viste o espalhafato com que rompeu! Mil diabos a levem mais à barca que para cá a passou! Irra, irrório, senhor Gregório! Eu cá, se fosse a ti, á Duarte, chapa batida, chapa gasta, dava-lhe todos os dias, ao deitar e levantar da cama, uma sova de criar bicho. Aquilino Ribeiro, O Malhadinhas
�O Calão é a gíria de grupos sociais restritos, menos instruídos ou marginalizados, forma de comunicação fechada que, por vezes, é mesmo grosseira. Exemplo: - “Fixes”. . . repetiu Pedro, mentalmente, com ironia, e foi pensando para consigo: “O pai a armar ao calão. Não sabe. Para que o fala? . . . O calão é outra coisa. Não é para toda a gente. . . Aprende-se na rua! “Fixe” não é assim a arrastar os “ches”. Branquinho da Fonseca, Bandeira Preta
�A Gíria tem um vocabulário próprio de grupos profissionais, sociais (médicos, estudantes, militares, atores, pedreiros, pescadores. . . ). Exemplo: Quanto às perturbações do coração e do sistema circulatório, são atribuídas sobretudo ao monóxido de carbono e à nicotina, que impedem o normal fornecimento de sangue a alguns órgãos(. . . ). O fumo do tabaco favorece num coração já fatigado a angina de peito e o enfarte de miocárdio(. . . ). As lesões da arteriosclerose favorecem a formação de coágulos sanguíneos ou trombos(. . . ). Maria Isabel Andrade, Como Dizer Sim à Vida
� Língua Corrente q Quando as pessoas estão relativamente à vontade, se conhecem mais ou menos bem e falam sobre assuntos da vida quotidiana, não prestam grande atenção às construções que utilizam, atualizam um vocabulário corrente. q Esta variedade é típica entre as pessoas que não revelam uma particular intenção de uso elegante ou cuidado da língua. q Ela é também a variedade generalizadamente utilizada nos meios de comunicação social – na imprensa, na rádio, na televisão. . . q. A língua corrente constitui a norma coletiva utilizada numa comunidade.
�Língua q Cuidada Finalidades comunicativas em que se transmitem conteúdos mais complexos ou elaborados, que exigem particular atenção à escolha do vocabulário e das construções sintáticas, ocasionam um uso mais ou menos cuidado da língua.
� Língua Padrão q. A língua cuidada, na sua modalidade oral ou escrita, aproxima-se de um certo “ideal de correção”, de “bom uso”, que os falantes intuitivamente sentem atualizado pelas pessoas “que falam ou escrevem bem”. qÉ a este ideal de boa utilização da língua, difícil de definir e caracterizar com rigor e objetividade, que costuma referir-se a expressão língua padrão. q. A preparação escolar e cultural conduz naturalmente à realização aproximada deste ideal.
Registos/ Níveis de Língua Familiar Regionalismos Língua Popular Calão Língua Corrente Gíria Língua Cuidada Fixa! Língua Padrão
- Slides: 12