METODOLOGIA CIENTFICA Introduo n A cincia medo misticismo

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METODOLOGIA CIENTÍFICA

METODOLOGIA CIENTÍFICA

Introdução n A ciência – medo, misticismo e ciência; n A evolução da ciência;

Introdução n A ciência – medo, misticismo e ciência; n A evolução da ciência; n Definição de ciência.

Introdução n A disciplina de Metodologia Científica é uma das mais rejeitadas pelos estudantes

Introdução n A disciplina de Metodologia Científica é uma das mais rejeitadas pelos estudantes em praticamente todos os cursos de graduação. n A disciplina Metodologia Científica é eminentemente prática e deve estimular os estudantes para que busquem motivações para encontrar respostas às suas dúvidas.

n Se nos referimos a um curso superior, estamos naturalmente nos referindo a uma

n Se nos referimos a um curso superior, estamos naturalmente nos referindo a uma Academia de Ciência e, como tal, as respostas aos problemas de aquisição de conhecimento deveriam ser buscadas através do rigor científico e apresentadas através das normas acadêmicas vigentes.

n Dito isto, parece que fica claro que metodologia científica não é um simples

n Dito isto, parece que fica claro que metodologia científica não é um simples conteúdo a ser decorado pelos alunos, para ser verificado num dia de prova; trata-se de fornecer aos estudantes um instrumental indispensável para que sejam capazes de atingir os objetivos da Academia, que são o estudo e a pesquisa em qualquer área do conhecimento. Trata-se então de se aprender fazendo, como sugere os conceitos mais modernos da Pedagogia.

1) METODOLOGIA CIENTÍFICA: O QUE É? Metodologia Científica nada mais é do que a

1) METODOLOGIA CIENTÍFICA: O QUE É? Metodologia Científica nada mais é do que a disciplina que "estuda os caminhos do saber", se entendermos que "método" quer dizer caminho, "logia" quer dizer estudo e "ciência" que dizer saber.

2) A Ciência Do medo à Ciência A evolução humana corresponde ao desenvolvimento de

2) A Ciência Do medo à Ciência A evolução humana corresponde ao desenvolvimento de sua inteligência. Sendo assim, podemos definir três níveis de desenvolvimento da inteligência dos seres humanos desde o surgimento dos primeiros hominídeos: o medo, o misticismo e a ciência.

2. 1) O medo n Os seres humanos pré-históricos não conseguiam entender os fenômenos

2. 1) O medo n Os seres humanos pré-históricos não conseguiam entender os fenômenos da natureza. Por este motivo, suas reações eram sempre de medo: tinham medo das tempestades e do desconhecido. Como não conseguiam compreender o que se passava diante deles, não lhes restava outra alternativa senão o medo e o espanto daquilo que presenciavam.

2. 2) O misticismo n n Num segundo momento, a inteligência humana evoluiu do

2. 2) O misticismo n n Num segundo momento, a inteligência humana evoluiu do medo para a tentativa de explicação dos fenômenos através do pensamento mágico, das crenças e das superstições. Era, sem dúvida, uma evolução já que tentavam explicar o que viam. Assim, as tempestades podiam ser fruto de uma ira divina, a boa colheita da benevolência dos mitos, as desgraças ou as fortunas do casamento do humano com o mágico.

2. 3) A ciência n Como as explicações mágicas não bastavam para compreender os

2. 3) A ciência n Como as explicações mágicas não bastavam para compreender os fenômenos, os seres humanos finalmente evoluíram para a busca de respostas através de caminhos que pudessem ser comprovados. Dessa forma, nasceu a ciência metódica, que procura sempre uma aproximação com a lógica.

n O ser humano é o único animal na natureza com capacidade de pensar.

n O ser humano é o único animal na natureza com capacidade de pensar. Esta característica permite que os seres humanos sejam capazes de refletir sobre o significado de suas próprias experiências. Assim sendo, é capaz de novas descobertas e de transmiti-las a seus descendentes. n O desenvolvimento do conhecimento humano está intrinsecamente ligado à sua característica de viver em grupo, ou seja, o saber de um indivíduo é transmitido a outro, que, por sua vez, aproveita-se deste saber para somar outro. Assim evolui a ciência.

3) A evolução da ciência n n O Método Científico surgiu como uma tentativa

3) A evolução da ciência n n O Método Científico surgiu como uma tentativa de organizar o pensamento para se chegar ao meio mais adequado de conhecer e controlar a natureza. Já no fim do período do Renascimento, Francis Bacon pregava o método indutivo como meio de se produzir o conhecimento. Este método entendia o conhecimento como resultado de experimentações contínuas e do aprofundamento do conhecimento empírico.

n Por outro lado, através de seu discurso sobre o método, René Descartes defendeu

n Por outro lado, através de seu discurso sobre o método, René Descartes defendeu o método dedutivo como aquele que possibilitaria a aquisição do conhecimento através da elaboração lógica de hipóteses e a busca de sua confirmação ou negação.

A neutralidade científica n É sabido que, para se fazer uma análise desapaixonada de

A neutralidade científica n É sabido que, para se fazer uma análise desapaixonada de qualquer tema, é necessário que o pesquisador mantenha uma certa distância emocional do assunto abordado. Mas será isso possível? Seria possível um padre, ao analisar a evolução histórica da Igreja, manter-se afastado de sua própria história de vida? Ou, ao contrário, um pesquisador ateu abordar um tema religioso sem um conseqüente envolvimento ideológico nos caminhos de sua pesquisa?

n n Provavelmente a resposta seria não. Mas, ao mesmo tempo, a consciência desta

n n Provavelmente a resposta seria não. Mas, ao mesmo tempo, a consciência desta realidade pode nos preparar para trabalhar esta variável de forma que os resultados da pesquisa não sofram interferências além das esperadas. É preciso que o pesquisador tenha consciência da possibilidade de interferência de sua formação moral, religiosa, cultural e de sua carga de valores para que os resultados da pesquisa não sejam influenciados por eles além do aceitável.

4) Tipos de Pesquisa n Pesquisa é o mesmo que busca ou procura. Pesquisar,

4) Tipos de Pesquisa n Pesquisa é o mesmo que busca ou procura. Pesquisar, portanto, é buscar ou procurar resposta para alguma coisa. Em se tratando de Ciência, a pesquisa é a busca de solução a um problema que alguém queira saber a resposta. Não gosto de dizer que se faz ciência, mas que se produz ciência através de uma pesquisa. Pesquisa é, portanto, o caminho para se chegar à ciência, ao conhecimento.

n n É na pesquisa que utilizaremos diferentes instrumentos para se chegar a uma

n n É na pesquisa que utilizaremos diferentes instrumentos para se chegar a uma resposta mais precisa. O instrumento ideal deverá ser estipulado pelo pesquisador para se atingir os resultados ideais. Num exemplo grosseiro eu não poderia procurar um tesouro numa praia cavando um buraco com uma picareta; eu precisaria de uma pá. Da mesma forma eu não poderia fazer um buraco no cimento com uma pá; eu precisaria de uma picareta. Por isso a importância de se definir o tipo de pesquisa e da escolha do instrumental ideal a ser utilizado.

Pesquisa Experimental n Pesquisa realizada normalmente em laboratórios, utilizando-se de técnicas e métodos, onde

Pesquisa Experimental n Pesquisa realizada normalmente em laboratórios, utilizando-se de técnicas e métodos, onde são criadas condições adequadas para o tratamento dos experimentos. n Normalmente são feitos por amostragem. Assim os resultados válidos para a amostra, são válidos também para o universo.

4. 1) Pesquisa Experimental n É toda pesquisa que envolve algum tipo de experimento.

4. 1) Pesquisa Experimental n É toda pesquisa que envolve algum tipo de experimento. Exemplo: Pinga-se uma gota de ácido numa placa de metal para observar o resultado.

4. 2) Pesquisa Exploratória n É toda pesquisa que busca constatar algo num organismo

4. 2) Pesquisa Exploratória n É toda pesquisa que busca constatar algo num organismo ou num fenômeno. Exemplo: Saber como os peixes respiram.

4. 3) Pesquisa Social n É toda pesquisa que busca respostas de um grupo

4. 3) Pesquisa Social n É toda pesquisa que busca respostas de um grupo social. Exemplo: Saber quais os hábitos alimentares de uma comunidade específica.

4. 4) Pesquisa Histórica n É toda pesquisa que estuda o passado. Exemplo: Saber

4. 4) Pesquisa Histórica n É toda pesquisa que estuda o passado. Exemplo: Saber de que forma se deu a Proclamação da República brasileira.

4. 5) Pesquisa Teórica n É toda pesquisa determinada teoria. que analisa uma Exemplo:

4. 5) Pesquisa Teórica n É toda pesquisa determinada teoria. que analisa uma Exemplo: Saber o que é a Neutralidade Científica.

Critério: Local de Realização n Referente principalmente ao ambiente onde são realizadas as pesquisas

Critério: Local de Realização n Referente principalmente ao ambiente onde são realizadas as pesquisas 24

Pesquisa de Campo n Na pesquisa de campo, o pesquisador aborda o objeto/fonte, a

Pesquisa de Campo n Na pesquisa de campo, o pesquisador aborda o objeto/fonte, a ser pesquisado em seu próprio meio. n A coleta de informações /dados é feita nas condições naturais que o fenômeno ocorre, sem a intervenção, e manuseio do pesquisador. n Obtendo dados/informações, claros e precisos, sobre o evento/fenômeno pesquisado.

n Formas de realização da pesquisa de campo: n Observação direta n Levantamento de

n Formas de realização da pesquisa de campo: n Observação direta n Levantamento de dados n Estudos de caso diretamente do local

n n A Ciência, através da evolução de seus conceitos, está dividida por áreas

n n A Ciência, através da evolução de seus conceitos, está dividida por áreas do conhecimento. Assim, hoje temos conhecimento das Ciências Humanas, Sociais, Biológicas, Exatas, entre outras. Mesmo estas divisões têm outras sub-divisões.

Metodologia. . . Na Web n n n n http: //www. abnt. org. br

Metodologia. . . Na Web n n n n http: //www. abnt. org. br http: //www. stetnet. com. br/normaliza/referencia. htm http: //www. inf. ufsm. br/~cattani/ http: //www. eac. fea. usp. br/metodologia/ http: //www. dcc. ufrj. br/fimcur/manual. html http: //www. inf. ufrgs. br/biblioteca/html/normas. htm http: //www. pedagogiaemfoco. pro. br/

Metodologia científica

Metodologia científica

O método científico “Um método se caracteriza por um procedimento sistematizado, passível de ser

O método científico “Um método se caracteriza por um procedimento sistematizado, passível de ser repetido, para se conseguir alguma coisa material ou conceitual”. (HADDAD, 2004, p. 4)

Fases da pesquisa bibliográfica n De acordo com Marconi & Lakatos (2001, p. 44)

Fases da pesquisa bibliográfica n De acordo com Marconi & Lakatos (2001, p. 44) a pesquisa bibliográfica compreende oito fases distintas: Escolha do tema; 1. v O tema é o assunto que deseja provar ou desenvolver. Elaboração do plano de trabalho; 2. v Na elaboração do plano deve-se observar a estrutura de todo o trabalho científico (introdução, desenvolvimento e conclusão). Identificação; 3. v É a fase de reconhecimento do assunto pertinente ao tema em estudo. Localização; 4. v Fase de busca por informações, são os famosos levantamentos bibliográficos.

5. Compilação Reunião sistemática do material obtido com o levantamento bibliográfico. É o acesso

5. Compilação Reunião sistemática do material obtido com o levantamento bibliográfico. É o acesso físico/textual ao documento. 6. Fichamento; É a fase de organização e montagem da bibliografia. 7. Análise e interpretação; Fase em que se realiza a leitura crítica da bibliografia. 8. Redação. Esta é a fase de escrita do trabalho.

ESTRUTURA DO TRABALHO n Para a confecção da monografia deve-se seguir as Diretrizes para

ESTRUTURA DO TRABALHO n Para a confecção da monografia deve-se seguir as Diretrizes para apresentação de dissertações e teses. n A parte textual e metodológica da monografia deve seguir a seguinte estrutura: n n n Introdução Revisão da Literatura Material(is) e Método(s) Resultados Discussão Conclusões

Estrutura do trabalho: introdução n Parte inicial do texto, onde é apresentado o problema

Estrutura do trabalho: introdução n Parte inicial do texto, onde é apresentado o problema investigado (De que assunto trata a sua dissertação/tese? ), a formulação de hipóteses (Por que é importante tratar esse assunto? ), delimitações do assunto (Como tratou o assunto? ) e os objetivos propostos (Qual é o seu objetivo? ).

Estrutura do trabalho: introdução >> O PROBLEMA n Segundo Marconi & Lakatos (2002, p.

Estrutura do trabalho: introdução >> O PROBLEMA n Segundo Marconi & Lakatos (2002, p. 26): n Problema é uma dificuldade, teórica ou prática, no conhecimento de alguma coisa de real importância, para a qual se deve encontrar uma solução. Definir um problema significa especificá-lo em detalhes precisos e exatos. Na formulação de um problema deve haver clareza, concisão e objetividade. A colocação clara do problema pode facilitar a construção da hipótese central. O problema deve ser levantado, formulado, de preferência em forma interrogativa e delimitado com indicações das variáveis que intervêm no estudo de possíveis relações entre si. n O problema, antes de ser considerado apropriado, deve ser analisado sob o aspecto de sua valoração: a) Viabilidade. Pode ser eficazmente resolvido por meio da pesquisa. b) Relevância. Deve ser capaz de trazer conhecimentos novos. c) Novidade. Estar adequado ao estágio atual da evolução científica. d) Exeqüibilidade. Pode levar a uma conclusão válida. e) Oportunidade. Atender a interesses particulares e gerais.

Estrutura do trabalho: introdução >> O OBJETIVO n Segundo Marconi & Lakatos (2002, p.

Estrutura do trabalho: introdução >> O OBJETIVO n Segundo Marconi & Lakatos (2002, p. 24): n Toda pesquisa deve ter um objetivo determinado para saber o que se vai procurar e o que se pretende alcançar. Deve partir, afirma Ander-Egg (1978: 62), "de um objetivo limitado e claramente definido, sejam estudos formulativos, descritivos ou de verificação de hipóteses". O objetivo torna explícito o problema, aumentando os conhecimentos sobre determinado assunto. Os objetivos podem definir "a natureza do trabalho, o tipo de problema a ser selecionado, o material a coletar" (Cervo, 1978: 49). Podem ser intrínsecos ou extrínsecos, teóricos ou práticos, gerais ou específicos, a curto ou a longo prazo. n Respondem às perguntas: Por quê? Para quem?

Estrutura do trabalho: introdução >> A HIPÓTESE n Segundo Marconi & Lakatos (2002, p.

Estrutura do trabalho: introdução >> A HIPÓTESE n Segundo Marconi & Lakatos (2002, p. 28): n Hipótese é uma proposição que se faz na tentativa de verificar a validade de resposta existente para um problema. É uma suposição que antecede a constatação dos fatos e tem como característica uma formulação provisória; deve ser testada para determinar sua validade. Correta ou errada, de acordo ou contrária ao senso comum, a hipótese sempre conduz a uma verificação empírica. A função da hipótese, na pesquisa científica, é propor explicações para certos fatos e ao mesmo tempo orientar a busca de outras informações. A clareza da definição dos termos da hipótese é condição de importância fundamental para o desenvolvimento da pesquisa. Praticamente não há regras para a formulação de hipóteses de trabalho de pesquisa científica, mas é necessário que haja embasamento teórico e que ela seja formulada de tal maneira que possa servir de guia na tarefa da investigação.

Estrutura do trabalho: introdução >> A justificativa n Adaptado de Haddad (2004, p. 61):

Estrutura do trabalho: introdução >> A justificativa n Adaptado de Haddad (2004, p. 61): n O pesquisador deve expor as razões para a elaboração da pesquisa. A justificativa do tema envolve motivos de ordem teórica e prática e pode ser apresentada da seguinte forma: n Tendo-se em vista a necessidade de provar a contribuição da pesquisa para o avanço do conhecimento, torna-se necessária a demonstração do estágio atual do tema. n Esse posicionamento do tema pode ser feito a partir da apresentação do estudo de vários autores que tenham trabalhado o referido assunto, citando os avanços ocorridos, assim como o estágio em que se encontra o tema. n Deve-se apresentar também a contribuição e o provável avanço que ocorrerá com o desenvolvimento da pesquisa, seja no campo teórico seja no prático. É a partir desse acréscimo ao conhecimento já existente que será definida a execução ou não do projeto. n A justificativa pode ser também para um avanço de ordem pessoal, pois o avanço do profissional na área acadêmica poderá ser de suma importância na qualidade do futuro trabalho que ele desenvolverá profissionalmente. n Deve ser ressaltada a importância da pesquisa num contexto mais amplo. Muitas vezes determinados temas só adquirem importância dentro de um conjunto maior de situações. n Muitas vezes as pesquisas servem para confirmar determinadas realidades ou encontrar soluções para um problema existente no dia-a-dia das pessoas ou das comunidades.

Estrutura do trabalho: REVISÃO DA LITERATURA n Parte do trabalho que reúne a literatura

Estrutura do trabalho: REVISÃO DA LITERATURA n Parte do trabalho que reúne a literatura lida sobre o tema com o objetivo de: n n n oferecer informações que sejam relevantes sobre o assunto abordado; oferecer condições para melhor compreensão e interpretação dos resultados a serem apresentados no decorrer do trabalho; corroborar a necessidade ou a oportunidade do estudo.

Estrutura do trabalho: Material(is) e Método(s) n É a descrição precisa dos métodos, materiais

Estrutura do trabalho: Material(is) e Método(s) n É a descrição precisa dos métodos, materiais e equipamentos utilizados, de modo a permitir a repetição dos ensaios por outros pesquisadores. Técnicas e equipamentos novos devem ser descritos com detalhes; entretanto, se os métodos empregados já forem conhecidos, será suficiente a citação de seu autor. A especificação e a origem do material utilizado poderá ser feita no próprio texto ou em nota de rodapé. Neste capítulo o autor do trabalho deverá demonstrar sua capacidade de síntese e clareza. Os testes estatísticos empregados e o nível de significância adotado também devem ser referidos neste capítulo.

Estrutura do trabalho: RESULTADOS n É a apresentação, em ordem lógica, dos resultados obtidos,

Estrutura do trabalho: RESULTADOS n É a apresentação, em ordem lógica, dos resultados obtidos, sem interpretações pessoais. Para maior facilidade de exposição, podem ser acompanhados por figuras, quadros, tabelas, gráficos, mapas e plantas. Os dados numéricos, sempre que necessário, deverão ser submetidos a uma análise estatística.

Estrutura do trabalho: Discussão n Neste capítulo os resultados da pesquisa são analisados, criticados

Estrutura do trabalho: Discussão n Neste capítulo os resultados da pesquisa são analisados, criticados e comparados com os já existentes sobre o assunto na literatura citada; são discutidos suas possíveis implicações, significados e razões para concordância ou discordância com outros autores. A discussão deve fornecer elementos para as conclusões. É o mais livre dos itens e aquele em que o autor mais destaca sua vivência de pesquisador.

Estrutura do trabalho: Conclusões n Devem ser fundamentadas nos resultados e na discussão, contendo

Estrutura do trabalho: Conclusões n Devem ser fundamentadas nos resultados e na discussão, contendo deduções lógicas e correspondentes. Então, verifique se concluiu com base no que discutiu, devendo haver consistência entre o objetivo proposto e a conclusão alcançada. Verifique se concluiu com base na proposta inicial.

resumos “O resumo é a apresentação concisa e frequentemente seletiva do texto, destacandose os

resumos “O resumo é a apresentação concisa e frequentemente seletiva do texto, destacandose os elementos de maior interesse e importância, isto é, as principais ideias do autor da obra”. (MARCONI & LAKATOS, 2001, p. 44)

Tipos de resumo indicativo ou descritivo n Quando faz referência às partes mais importantes,

Tipos de resumo indicativo ou descritivo n Quando faz referência às partes mais importantes, componentes do texto. Utiliza frases curtas, cada uma correspondendo a um elemento importante da obra. Não é simples enumeração do sumário ou índice do trabalho. Não dispensa a leitura do texto completo, pois apenas descreve sua natureza, forma e propósito.

EXEMPLO de resumo indicativo ou descritivo PIRES, Marcos Paulo Fonseca. Abordagem ao paciente intoxicado.

EXEMPLO de resumo indicativo ou descritivo PIRES, Marcos Paulo Fonseca. Abordagem ao paciente intoxicado. Revista Brasileira de Medicina, v. 56, n. 9, set. , p. 861, 1999. Os casos de intoxicação exógena são bastante frequentes no Brasil, apesar da subordinação em nossa estatística. Nos Estados Unidos ocorreram mais de dois milhões de casos relacionados a intoxicação no ano de 1997, sendo 59. 211 necessitando terapia intensiva. A principal via de exposição foi a do aparelho digestivo (74%). Portanto, é indiscutível a importância do conhecimento da abordagem inicial ao paciente vítima de intoxicação, principalmente relacionado às medidas de descontaminação gastrointestinal. A sistemática do atendimento compreende em estabilizar o quadro clínico do paciente, realização de anamnese detalhada a fim de identificar o agente etiológico, exame físico e laboratoriais e métodos de descontaminação. As medidas de descontaminação gastrointestinal compreenderam no uso de catárticos, lavagem intestinal, lavagem gástrica, xarope de ipeca e carvão ativado, que foram cuidadosamente revisados neste estudo, abordado indicações, contra-indicações, dosagem e complicações, a fim de orientar o médico generalista no atendimento desses pacientes.

Tipos de resumo informativo ou analítico n Quando contém todas as informações principais apresentadas

Tipos de resumo informativo ou analítico n Quando contém todas as informações principais apresentadas no texto e permite dispensar a leitura desse último; portanto é mais amplo do que o indicativo ou descritivo. Tem a finalidade de informar o conteúdo e as principais ideias do autor, salientando: n os objetivos e o assunto (a menos que se encontre explicitado no título); n os métodos e as técnicas (descritivas de forma concisa, exceto quando um dos objetivos do trabalho é a apresentação de nova técnica); n os resultados e as conclusões. n Sendo uma apresentação condensada do texto, esse tipo de resumo não deve conter comentários pessoais ou julgamentos de valor, da mesma maneira que não deve formular críticas.

EXEMPLO de resumo informativo ou analítico SCHOR, Eduardo. et. al. Endometriose: Modelo experimental em

EXEMPLO de resumo informativo ou analítico SCHOR, Eduardo. et. al. Endometriose: Modelo experimental em ratas. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 21, n. 5, p. 281, 1999. Objetivo: Divulgar a metodologia da indução de endometriose experimentais em animais de laboratório. Método: utilizamos ratas albinas, virgens, adultas de aproximadamente três meses de idade, que foram inicialmente anestesiadas pelo éter etílico. Aberta a cavidade abdominal, identificamos os corvos uterinos e retiramos um fragmento de aproximadamente 4 cm co corvo uterino direito. Esse fragmento foi mergulhado em solução fisiológica e sob lupa estereoscópica foi separado o endométrio do tniométrio e feitos retângulos de aproximadamente 4 por 5 mm. Esses foram fixados por meio de fio de sutura, sobre vasos sanguíneos visíveis a olho mi, na parede lateral do abdômen, tomandose sempre o cuidado de manter a porção do endométrio livre voltada para a luz da cavidade abdominal. Após 21 dias os animais foram novamente operados para verificarmos o tamanho dos implantes e para a retirada do endométrio ectópico para análise histológica. Resultados: Macroscópicamente observamos crescimento significativo dos implantes endometriais. Ao exame microscópico pudemos observar a presença de epitélio glandular e estroma. Conclusão: O modelo utilizado reproduz a doença. Em ratas, sendo método auxiliar de valia para estudar esta afecção, principalmente a ação de medicamentos sobre esses implantes.

Tipos de resumo crítico n Quando se formula um julgamento sobre o trabalho. É

Tipos de resumo crítico n Quando se formula um julgamento sobre o trabalho. É a crítica da forma, no que se refere aos aspectos metodológicos; do conteúdo; do desenvolvimento da lógica da demonstração; da técnica de apresentação das ideias principais. No resumo crítico não pode haver citações.

EXEMPLO de resumo CRÍTICO LAKATOS, Eva Maria. O trabalho temporário: nova forma de relações

EXEMPLO de resumo CRÍTICO LAKATOS, Eva Maria. O trabalho temporário: nova forma de relações sociais no trabalho. Tese (Livre-docência em Sociologia) - Escola de Sociologia e Política de São Paulo, 1979. 2. v. Traça um panorama do trabalho temporário nos dias atuais, nos municípios de São Paulo, ABC e Rio de Janeiro, relacionando as razões históricas, sociais e econômicas que levaram ao seu aparecimento e desenvolvimento. Divide-se em duas partes. Na primeira, geral, tem-se a retrospectiva do trabalho temporário. Partindo do surgimento da produção industrial, traça um pano- rama da evolução dos sistemas de trabalho. Dessa maneira são enfocadas, do ponto de vista sociológico, as relações de produção através dos tempos. Esse quadro histórico fornece a base para a compreensão dos fatores sociais e econômicos que levaram à existência do trabalho temporário tal como é conhecido hoje no contexto urbano. A parte teórica permite também visualizar a realidade socioeconômica do trabalhador temporário, conduzindo, em sequencia lógica, as pesquisas de campo apresentadas na segunda parte do trabalho. A parte essencial consiste em uma pesquisa realizada em três níveis: o trabalhador temporário, as agências de mão de obra temporária e as empresas que a utilizam. Ao abordar os três elementos atuantes no processo, a pesquisa cerca o problema e faz um levantamento profundo do mesmo. As técnicas utilizadas para a seleção da amostra e coleta de dados são rigorosamente corretas do ponto de vista metodológico, o que dá à pesquisa grande confiabilidade. As tabelas apresentadas confirmam ou refutam as hipóteses levantadas, permitindo que, a cada passo, se acompanhe o raciocínio que leva às conclusões do trabalho. Estas são apresentadas por tópicos e divididas conforme a parte a que se referem, permitindo ao leitor uma confrontação entre o texto comprobatório e a conclusão dele resultante. Ao final de cada capítulo aparece um glossário, com a definição dos principais conceitos utilizados no texto. São ainda apresentadas, em anexo, a legislação referente ao trabalho temporário, o modelo de formulário utilizado na pesquisa e a lista de itens que a integra. As tabelas, apresentando os resultados da pesquisa, fazem parte do segundo volume. Esse material permite que se conheça em detalhes e se possa reproduzir o processo de investigação realizado.

n n referências HADDAD, N. Metodologia de estudos em ciências da saúde: como planejar,

n n referências HADDAD, N. Metodologia de estudos em ciências da saúde: como planejar, analisar e apresentar um trabalho científico. São Paulo: Roca. 2004. MARCONI, M. A. ; LAKATOS, E. M. Metodologia do trabalho científico : procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2001. MARCONI, M. A. ; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa : planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia. Serviço de Biblioteca e Documentação. Diretrizes para apresentação de dissertações e teses na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. 4. ed. rev. atual. ampl. São Paulo : SBD, 2003.