LITERATURA E CINEMA DURVAL MANTOVANINNI IGOR AUGUSTO LEITE

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LITERATURA E CINEMA DURVAL MANTOVANINNI IGOR AUGUSTO LEITE

LITERATURA E CINEMA DURVAL MANTOVANINNI IGOR AUGUSTO LEITE

ORIGEM DO CINEMA Do grego kinema – movimento, onde temos quadros (fotos) sucessivos que

ORIGEM DO CINEMA Do grego kinema – movimento, onde temos quadros (fotos) sucessivos que transmitem a ilusão do movimento. A origem do cinema se dá no ano de 1895 com os irmãos Lumière, desde então a sétima arte se reinventa a cada filme e a tecnologia é sua eterna parceira.

A SÉTIMA ARTE Casualmente numeramos o cinema como a sétima arte, este “rótulo” foi

A SÉTIMA ARTE Casualmente numeramos o cinema como a sétima arte, este “rótulo” foi intitulado pelo crítico e teórico em cinema Ricciotto Canudo, em seu Manifesto das Sete Artes escrito em 1912 e publicado em 1923. Neste trabalho o crítico deixou de fora o teatro, alegando que esta arte trabalhava com outras linguagens e isso o torna independente, além de combinar outras linguagens já existentes. Sua lista foi concebida da seguinte forma: Há outras numerações, por exemplo: • Arquitetura • Música (som) • Escultura • Artes cênicas (Teatro/Dança - movimento) • Pintura (cor) • Escultura (volume) • Música • Arquitetura (espaço) • Dança • Literatura (palavra) • Poesia • Cinema (integra elementos de outras • Cinema linguagens, além de depender da tecnologia para “existir”)

LITERATURA E AUDIOVISUAL O cineasta, ao adaptar um romance, dada a inevitável mutação, não

LITERATURA E AUDIOVISUAL O cineasta, ao adaptar um romance, dada a inevitável mutação, não o converte: apenas manipula uma espécie de paráfrase – o romance como matéria-prima. O cineasta não se torna um tradutor de determinado autor – ele próprio é um novo criador de outra forma artística. Trecho extraído do artigo: Cinema e Literatura: algumas reflexões, autoria de Bella Jozef (UFRJ)

LITERATURA + CINEMA / CINEMA + LITERATURA Quando a fotografia aparece, a pintura sente-se

LITERATURA + CINEMA / CINEMA + LITERATURA Quando a fotografia aparece, a pintura sente-se finalmente liberta para seu grande voo formal. E quando o cinema surge, a literatura sente que a sua hora chegou. Não mais narrar simplesmente. A grande máquina narrativa acaba de nascer. Agora era o instante mesmo da criação, dos desvios, do gozo provocado pelas palavras que ultrapassam o contar, tornando-se, elas mesmas, potenciais poemas. Deixam de ser habituais, e ao ser retiradas desta obrigação do contar, tornam-se plásticas, imaginéticas. (TAVARES, 2006, p. 7) Trecho extraído do artigo: Reflexões sobre adaptação cinematográfica de uma obra literária, autoria de Thais Maria Gonçalves da Silva (Mestre em Letras pela UNESP).

LITERATURA + CINEMA / CINEMA + LITERATURA Eisenstein acredita que, quando o cinema tenta

LITERATURA + CINEMA / CINEMA + LITERATURA Eisenstein acredita que, quando o cinema tenta representar um conflito interno, a agitação dos pensamentos da personagem tem de ser mostrada tanto sonora quanto visualmente, ao mesmo tempo em que se contrapõe com a realidade exterior. Para ele, nem mesmo a literatura é capaz de representar adequadamente os transtornos psicológicos de uma personagem, somente o cinema tem a sua disposição os meios adequados para tal representação. Um monólogo interior no cinema teria um alcance mais vasto do que o da literatura, a não ser que a literatura rompesse com suas fronteiras. Trecho extraído do artigo: Reflexões sobre adaptação cinematográfica de uma obra literária, autoria de Thais Maria Gonçalves da Silva (Mestre em Letras pela UNESP).

CONTRAPONTOS ENTRE AS LINGUAGENS Assis Brasil diz que, em um filme, quem deve narrar

CONTRAPONTOS ENTRE AS LINGUAGENS Assis Brasil diz que, em um filme, quem deve narrar é somente a câmera; qualquer elemento de narração extra, por exemplo uma voz over para dar a sensação do narrador literário, deve ser evitado por não pertencer à linguagem cinematográfica. É a câmera, focando o que deseja o diretor, que narra a história através da imagem. Trecho extraído do artigo: Reflexões sobre adaptação cinematográfica de uma obra literária, autoria de Thais Maria Gonçalves da Silva (Mestre em Letras pela UNESP).

CINEMA ≠ LITERATURA Assis Brasil acredita que quando se propõe a criar uma adaptação

CINEMA ≠ LITERATURA Assis Brasil acredita que quando se propõe a criar uma adaptação de uma obra literária, não é raro que o cineasta tenha de se afastar da obra original, para poder criar personagens autônomos e não correspondentes à obra literária em outro meio de expressão. É claro que o enredo normalmente será o mesmo, mas isso não impede que ele seja apresentado na linguagem específica do cinema. Contudo, mesmo com sua autonomia no campo da linguagem, a adaptação tem, acredita Assis Brasil, de alguma forma conservar o “espírito” da obra literária ou, como também é conhecido, sua intenção. Trecho extraído do artigo: Reflexões sobre adaptação cinematográfica de uma obra literária, autoria de Thais Maria Gonçalves da Silva (Mestre em Letras pela UNESP).

VOCAÇÃO DO CINEMA Assis Brasil conclui dizendo que, por ter esse poder de incorporar

VOCAÇÃO DO CINEMA Assis Brasil conclui dizendo que, por ter esse poder de incorporar som, cor e imagem, o cinema, por poder passar a ilusão de realidade, é uma representação fiel de um drama que a literatura, por ser limitada ao uso das palavras, só poderia sugerir. Mas, apesar disso, somente criando originalmente para o cinema, e fugindo das adaptações literárias, é que o cinema poderá mostrar toda a sua capacidade criativa, linguística e representativa. Contudo, hoje a crítica acredita que mesmo sendo uma adaptação, um filme pode mostrar grande criatividade. Trecho extraído do artigo: Reflexões sobre adaptação cinematográfica de uma obra literária, autoria de Thais Maria Gonçalves da Silva (Mestre em Letras pela UNESP).

DIRETOR A sétima arte é uma obra coletiva, muitos profissionais estão envolvidos na confecção

DIRETOR A sétima arte é uma obra coletiva, muitos profissionais estão envolvidos na confecção de um filme, mas o diretor é considerado o criador principal. Muitas vezes o diretor acumula funções, por exemplo: roteirista, fotógrafo e montador, mas independente deste acúmulo, o diretor é figura imprescindível.

GEORGES MÉLIÈS – LE VOYAGE DANS LA LUNE - 1902 A Invenção de Hugo

GEORGES MÉLIÈS – LE VOYAGE DANS LA LUNE - 1902 A Invenção de Hugo Cabret

ROTEIRO Refere-se ao filme escrito, encontramos nele dados como: • Cenas; • Falas; •

ROTEIRO Refere-se ao filme escrito, encontramos nele dados como: • Cenas; • Falas; • Rubricas; • Ações; • Indicações de horário da cena; • Personagens; • Indicações diversas.

CIDADE DE DEUS – TRECHO DO ROTEIRO Apresentar o filme

CIDADE DE DEUS – TRECHO DO ROTEIRO Apresentar o filme

QUEM É QUEM NO ROTEIRO

QUEM É QUEM NO ROTEIRO

PALETAS DE COR O Fabuloso Destino de Amélie Poulain Prestar um serviço à história

PALETAS DE COR O Fabuloso Destino de Amélie Poulain Prestar um serviço à história A Fantástica Fábrica de Chocolates

PALETAS DE COR Aladdin Frozen

PALETAS DE COR Aladdin Frozen

1 2 QUIZ Z 4 3

1 2 QUIZ Z 4 3

MAD MAX: ESTRADA DA FÚRIA

MAD MAX: ESTRADA DA FÚRIA

RELAÇÕES POSSÍVEIS Existem relações de sentido mútuo e certas semelhanças entre cinema e literatura:

RELAÇÕES POSSÍVEIS Existem relações de sentido mútuo e certas semelhanças entre cinema e literatura: o contar uma história sob forma visual do narrar, as constantes analogias, ainda que discutíveis, entre cena e palavra, sequência e frase. Mas, por outro lado, as linguagens e respectivos códigos entre cinema e literatura distinguem-se não só pela estruturação temporal da narrativa – tempo de projeção / tempo de leitura. A imagem é fato apresentado que, jogando com a duplicação do objeto e o movimento, proporciona nova forma de percepção, através de sua construção ativa. Trecho extraído do artigo: Cinema e Literatura: algumas reflexões, autoria de Bella Jozef (UFRJ)

O CAÇADOR DE PIPAS (2003/2007)

O CAÇADOR DE PIPAS (2003/2007)

O ILUMINADO (1977/1980)

O ILUMINADO (1977/1980)

DOIS IRMÃOS (2000/2017)

DOIS IRMÃOS (2000/2017)

CONSIDERAÇÕES FINAIS Para Bluestone, o romance e o cinema representam diferentes gêneros estéticos, tão

CONSIDERAÇÕES FINAIS Para Bluestone, o romance e o cinema representam diferentes gêneros estéticos, tão diferentes entre si como poderá ser o balé em relação à arquitetura e, assim, o filme converte-se numa coisa diferente, da mesma maneira que um quadro sobre um tema histórico é diferente do fato histórico que ilustra. Trecho extraído do artigo: Cinema e Literatura: algumas reflexões, autoria de Bella Jozef (UFRJ)