Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo conhecido
Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, conhecido como Di Cavalcanti, nasceu no Rio de Janeiro, em 6 de setembro de 1897. Foi pintor, ilustrador, caricaturista, gravador, muralista, desenhista, jornalista, escritor e cenógrafo brasileiro. Iniciou sua carreira artística como caricaturista e ilustrador, publicando sua primeira caricatura em 1914, na revista Fon-Fon. Em 1917, residiu em São Paulo, onde frequentou o curso de Direito no Largo São Francisco e o ateliê de Georg Elpons. Em 1921 casou-se com Maria, filha de um primoirmão de seu pai. Conviveu com artistas e intelectuais paulistas como Oswald de Andrade e Mário de Andrade, Guilherme de Almeida, entre outros. Ilustrou “A Balada do Enforcado”, de Oscar Wilde, e publicou o álbum “Fantoches da Meia-Noite”, editado por Monteiro Lobato. Foi o idealizador e o principal organizador da Semana de Arte Moderna de 1922, na qual expôs 12 obras. Capa ilustrada por Di Cavalcanti, 1914
Em 1923, fez sua primeira viagem à França, onde atuou como correspondente do jornal Correio da Manhã. Em Paris, frequentou a Academia Ranson, instalou ateliê e conheceu obras, artistas e escritores europeus de vanguarda como Pablo Picasso, Georges Braque, Fernand Léger, Henri Matisse, Jean Cocteau e Blaise Cendrars. Voltou a São Paulo em 1926, trabalhou como jornalista e ilustrador no jornal Diário da Noite. Filiou-se ao Partido Comunista e a partir de então, as temáticas sociais e nacionais tornaram-se presentes em suas obras. Sua experiência do contato com o cubismo, expressionismo e outras correntes artísticas inovadoras, conjugadas à consciência da sua posição de artista brasileiro, concorreram para aumentar a sua convicção no propósito de ousar e destruir velhas barreiras, colocando a arte brasileira em compasso com o que acontecia no mundo. Mucama, 1920
Pierrette, 1922 Pierrot, 1924
Samba, 1925 Grupo com Homem e Duas Mulheres e Paisagem com Fachada ao Fundo, 1927
Samba, 1928 Mangue, 1929
Guerchnor (Caricatura), 1929 Cinco Moças de Guaratinguetá, 1930
À sua ousadia estética e perícia técnica, marcada pela definição dos volumes, pela riqueza das cores, pela luminosidade, vem somar-se a exploração de temas ligados ao seu cotidiano, que ele percebia com vitalidade e entusiasmo. A profunda inclinação aos prazeres da carne e a vida notívaga influenciaram sobremaneira sua obra: o Brasil das telas de Di Cavalcanti é carregado de lirismo, revelando símbolos de uma brasilidade personificada em mulatas que observam a vida passar, moças sensuais, foliões e pescadores. Os anos 30 encontram um Di Cavalcanti imerso em dúvidas quanto à sua liberdade como homem, artista e dogmas partidários. Em 1931, participou do Salão Revolucionário e, no ano seguinte, fundou em São Paulo, com Flávio de Carvalho, Antonio Gomide e Carlos Prado, o Clube dos Artistas Modernos - CAM. Foi preso em 1932 durante a Revolução Paulista. Casou-se com a pintora Noêmia Mourão. Publicou o álbum “A Realidade Brasileira”, série de doze desenhos satirizando o militarismo da época.
Peixes, déc. 30 Moleque, 1932
Mulheres com Frutas, 1932
Nu Deitado, déc. 30
Colonas, 1940
Pescadores no Porto, 1940
Em 1938 viajou para Paris, onde trabalhou na rádio “Diffusion Française” nas emissões “Paris Mondial”. Com a iminência da Segunda Guerra deixou Paris, retornou ao Brasil, fixando-se em São Paulo. Um lote de mais de quarenta obras despachadas da Europa não chegam ao destino, extraviam-se. Passou a combater abertamente o abstracionismo através de conferências e artigos. Viajou para o Uruguai e Argentina, expondo em Buenos Aires. Ciganos, 1940 Composição, 1941
Mulheres Protestando, 1941
Mulher Sentada, 1941 Arlequins, 1942 -43
Ilustrou livros de Vinícius de Morais, Álvares de Azevedo e Jorge Amado. Em 1947 entrou em crise com Noêmia Mourão. Expôs na Cidade do México em 1949. Foi convidado e participou da I Bienal de São Paulo, 1951. Fez uma doação generosa ao Museu de Arte Moderna de São Paulo, constituída de mais de quinhentos desenhos. Recebeu a láurea de melhor pintor nacional na II Bienal de São Paulo, prêmio dividido com Alfredo Volpi. Em 1954 o MAM, Rio de Janeiro, realizou exposição retrospectiva de seus trabalhos. Fez novas exposições na Bacia do Prata, retornando a Montevidéu e Buenos Aires. 1956 é o ano de sua participação na Bienal de Veneza e recebeu o 1º Prêmio da Mostra Internacional de Arte Sacra de Trieste. Recebeu proposta de Oscar Niemayer para a criação de imagens para tapeçaria a ser instalada no Palácio da Alvorada e pintou as estações para a Via-sacra da Catedral de Brasília. Autorretrato, 1943
Colonos, 1945 Abigail, 1947
Paisagem Colonial, 1950
Muro e Mulatas, 1950
Carnaval, 1954
Mulata com Bouquet, 1956
Baile Suburbano, 1956
Pescadores, 1957
Sonhos (desenho), 1958
O Beijo (serigrafia), 1959
Mulata com Pássaro, déc. 50 Mulher com Gato (desenho), déc. 60
Na década de 60, ganhou Sala Especial na Bienal Interamericana do México, recebendo Medalha de Ouro. Tornou-se artista exclusivo da “Petite Galerie”, Rio de Janeiro. Esteve em Paris e Moscou. Participou da Exposição de Maio, em Paris, com a tela Tempestade. Participou com Sala Especial na VII Bienal de São Paulo. Recebeu indicação do presidente João Goulart para ser adido cultural na França, embarcou para Paris e não assumiu por causa do golpe de 1964. Viveu em Paris com Ivete Bahia Rocha. Em 1966 seus trabalhos desaparecidos no início da década de 40 foram localizados nos porões da Embaixada brasileira. Autorretrato, 1969
A Espera, 1960
Festa do Bumba-Meu-Boi, déc. 60
Vegetação Onírica, 1960
Tempos Modernos, 1961
Duas Mulatas, 1962
Rio de Janeiro Noturno, 1963 Mulher com Braçada de Flores, 1963
Arlequins, 1964
Três Mulatas com Flores, 1968
Em 1971 o Museu de Arte Moderna de São Paulo organizou retrospectiva de sua obra e recebeu prêmio da Associação Brasileira dos Críticos de Arte. A Universidade Federal da Bahia outorgou-lhe o título de Doutor Honoris Causa. Fez exposição de obras recentes na Bolsa de Arte e sua pintura Cinco Moças de Guaratinguetá foi reproduzida em selo. Durante sua vida produziu cerca de 5. 000 obras. Segundo alguns críticos Di Cavalcanti não foi um artista preocupado com a realização de obrasprimas, até porque não era do seu temperamento essa preocupação com o perfeccionismo. Di Cavalcanti, um dos mais populares artistas brasileiros, faleceu no Rio de Janeiro em 26 de outubro de 1976. Carnaval, 1970
Mulatas e Espelho, 1970 Mulher de Perfil, 1972
Baile Popular, 1972
Autorretrato com Mulata, 1972 Mulata de Vestido Verde, 1974
Créditos Fundo musical: Retrato Brasileiro Baden Powell de Aquino, 1937 -2000 Pesquisa e Formatação: Julia Zappa juliazappa@uol. com. br Supervisão: Ida Aranha Divulgação: Mario Capelluto mario. capelluto@globo. com http: //www. sabercultural. com. br Janeiro 2010 Desenho
Fontes: http: //www. dicavalcanti. com. br/ http: //pt. wikipedia. org/wiki/Di_Cavalcanti http: //www. latinartmuseum. com/cavalcanti. htm http: //www. sampa. art. br/biografias/dicavalcanti/ http: //www. escritoriodearte. com/di-cavalcanti. asp http: //www. pintoresfamosos. com. br/? pg=cavalcanti http: //www. bolsadearte. com/cotacoes/di_cavalcanti. htm http: //www. suapesquisa. com/biografias/di_cavalcanti. htm http: //www. pitoresco. com. br/brasil/cavalcanti. htm http: //www. galeriaerrolflynn. com. br/biografiadicavalcanti. htm http: //www. pinturabrasileira. com. br/artistas_bio. asp? cod=13&in=1 http: //tania-arteimitavida. blogspot. com/2009/04/di-cavalcante-as-cores-do-brasil. html
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