FILSOFOS SOCRTICOS PLATO 427 347 a C PLATO

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FILÓSOFOS SOCRÁTICOS: PLATÃO (427 -347 a. C. ) PLATÃO (ARISTOCLES) Filósofo e matemático de

FILÓSOFOS SOCRÁTICOS: PLATÃO (427 -347 a. C. ) PLATÃO (ARISTOCLES) Filósofo e matemático de Atenas (428 -347 a. C. ) durante o período clássico da Grécia Antiga, fundador da Academia em Atenas, a primeira instituição de educação superior do mundo ocidental.

PLATÃO (427 -347 a. C. ) SUA OBRA CONSISTE EM TORNO DE 36 DIÁLOGOS,

PLATÃO (427 -347 a. C. ) SUA OBRA CONSISTE EM TORNO DE 36 DIÁLOGOS, SENDO OS MAIS CONHECIDOS: • BANQUETE (sobre o amor); • FEDRO (sobre a imortalidade da alma e sobre a doutrina das ideias); • APOLOGIA À SÓCRATES (autodefesa de seu mestre diante dos juízes); • CRITON (discute justiça e injustiça); • . TIMEU (sobre a natureza do mundo físico e os seres humanos); • . A REPÚBLICA (MITO DA CAVERNA e sobre a justiça e o Estado Ideal) • . As Leis (uma nova concepção do Estado)

PLATÃO (427 -347 a. C. ) A Teoria das Ideias ou Teoria das Formas

PLATÃO (427 -347 a. C. ) A Teoria das Ideias ou Teoria das Formas Afirma que formas (ou ideias) abstratas não-materiais (mas substanciais e imutáveis) é que possuem o tipo mais alto e mais fundamental da realidade e não o mundo material mutável conhecido por nós através dos sentidos. As Ideias são as essências eternas do bem, do belo e do justo.

PLATÃO (427 -347 a. C. ) O mundo que conhecemos através dos cinco sentidos,

PLATÃO (427 -347 a. C. ) O mundo que conhecemos através dos cinco sentidos, o mundo sensível, é um mundo imperfeito e falho, mera sombra do real mundo das ideias. O mundo das Ideias é muito superior ao mundo sensível. O mundo que sentimos é somente uma cópia apagada do mundo das ideias pois as ideias são únicas e imutáveis e as coisas do mundo sensível estão constantemente mudando.

PLATÃO (427 -347 a. C. ) • Para Platão a única forma para conhecermos

PLATÃO (427 -347 a. C. ) • Para Platão a única forma para conhecermos a realidade inteligível é através da razão pois os nosso sentidos podem nos enganar. EPISTEMOLOGIA E ASCENSÃO DIALÉTICA Platão explica ainda que tanto a opinião (doxa) como a ciência (epistéme) realizam-se em dois graus diferentes: a opinião se divide em simples imaginação (eikasía) e a crença(pistis), enquanto que a ciência se desdobra em ciência intermediária (diánoia) e em inteleção pura (noesis).

PLATÃO (427 -347 a. C. ) A cada grau ou forma de conhecimento corresponde

PLATÃO (427 -347 a. C. ) A cada grau ou forma de conhecimento corresponde um grau ou forma de realidade e de ser. A eikasía e a pistis correspondem os graus do sensível, referindo- se a. eikasía às sombras e às imagens sensíveis das coisas, enquanto que a pistis corresponde às coisas e aos próprios objetos sensíveis. A diánoia e a noesis se referem a dois graus do inteligível. A diánoia consiste no conhecimento matemáticogeométrico, ao passo que a noesis se identifica com o conhecimento dialético das Ideias.

PLATÃO (427 -347 a. C. ) A METAFÍSICA • O sistema metafísico de Platão

PLATÃO (427 -347 a. C. ) A METAFÍSICA • O sistema metafísico de Platão centraliza-se no mundo das ideias: Divino, Perfeito e Imanifesto. A ele contrapõe-se a matéria: uma cópia grosseira, imperfeita, falível e impermanente. Entre a ideia e a matéria está o Demiurgo, o Creador. • Desta personalidade e atividade creadora - ou, melhor, ordenadora - é dotado o Demiurgo, o qual, embora superior à matéria, é inferior às ideias, de cujo modelo se serve para ordenar a matéria e transformar o caos em cosmos. Se fizéssemos a comparação com o Hinduísmo, o Demiurgo seria Brahma (O Criador), mas não Brahman (O Incriado).

PLATÃO (427 -347 a. C. ) • O Demiurgo plasma o caos da matéria

PLATÃO (427 -347 a. C. ) • O Demiurgo plasma o caos da matéria no modelo das ideias eternas, introduzindo no caos a alma, princípio de movimento e de ordem. O mundo, pois, está entre o ser (ideia) e o não-ser (matéria), e é o devir ordenado, como o adequado conhecimento sensível está entre o saber e o não-saber.

PLATÃO (427 -347 a. C. ) § § A REMINISCÊNCIA DA ALMA “CONHECER É

PLATÃO (427 -347 a. C. ) § § A REMINISCÊNCIA DA ALMA “CONHECER É RELEMBRAR” As ideias são imutáveis, eternas, incorruptíveis e não criadas, estas ideias estão hospedadas no hiperurânio que está localizado num mundo suprasensível. Quando nossa alma estava desligada do nosso corpo ela viu e conheceu as ideias do hiperurânio e quando entraram novamente em um corpo, reencarnando-se, nossa alma esqueceu a visão que teve das ideias. O trabalho do filósofo é fazer com que as pessoas recordem dessas ideias através do diálogo. É impossível aos seres humanos conhecer completamente o mundo das ideias. O melhor conhecimento a que os humanos conseguem atingir é o conhecimento filosófico, o amor pelo saber e a incansável busca da verdade.

PLATÃO (427 -347 a. C. ) A TEORIA DA TRIPARTIÇÃO DA ALMA Platão divide

PLATÃO (427 -347 a. C. ) A TEORIA DA TRIPARTIÇÃO DA ALMA Platão divide a alma em três partes: q. A ALMA RACIONAL está localizado na cabeça, seu objetivo é controlar os dois outros lados, com ele adquirimos a sabedoria e a prudência. q A ALMA IRACÍVEL está localizado no coração, seu objetivo é fazer prevalecer os sentimentos e a impetuosidade, com ele adquirimos a coragem. q. A ALMA APETITIVA ou concupiscente que está localizado no baixo-ventre, seu objetivo é satisfazer os desejos e apetites sexuais, com ele adquirimos a moderação ou a temperança.

PLATÃO (427 -347 a. C. ) • No Mito do Cocheiro, no diálogo “Fedro”,

PLATÃO (427 -347 a. C. ) • No Mito do Cocheiro, no diálogo “Fedro”, Platão compara a alma a uma carruagem puxada por dois cavalos, um branco (irascível) e um negro (concupiscível). O corpo humano é a carruagem, e o cocheiro (Razão) conduz através das rédeas (pensamentos) os cavalos (sentimentos). Cabe ao homem através de seus pensamentos saber conduzir seus sentimentos, pois somente assim ele poderá se guiar no caminho do bem e da verdade.

PLATÃO (427 -347 a. C. ) AMOR, BELEZA E JUSTIÇA § Na questão ética

PLATÃO (427 -347 a. C. ) AMOR, BELEZA E JUSTIÇA § Na questão ética Platão liga beleza e bondade, tudo aquilo que é belo é também verdadeiro, justo e bom. § É a beleza das ideias que atraem a inteligência do filósofo. § O bem, também por ser belo, atrai a sabedoria.

PLATÃO (427 -347 a. C. ) AMOR, BELEZA E JUSTIÇA § Platão distingue o

PLATÃO (427 -347 a. C. ) AMOR, BELEZA E JUSTIÇA § Platão distingue o amor através das suas diferentes finalidades condenando o amor carnal e exaltando o amor pela sabedoria que é expresso pela filosofia que contempla o verdadeiro belo. § O amor é o desejo de beleza e ela é desejada porque ela é o bem que torna as pessoas felizes. § O amor é ainda insuficiência pois ele deseja qualquer coisa que não tem e ele deseja essa coisa porque ele precisa dessa coisa e se ele precisa de algo é porque ele é imperfeito.

PLATÃO (427 -347 a. C. ) AMOR, BELEZA E JUSTIÇA • Para Platão a

PLATÃO (427 -347 a. C. ) AMOR, BELEZA E JUSTIÇA • Para Platão a justiça é sábia, harmônica e feliz, na medida em que a negação da mesma é a injustiça, inculta, desarmônica e infeliz. • A justiça na cidade: exige cada indivíduo cumpra a sua função: os filósofos devem governar, os guerreiros protegê-la e os temperados trabalhar como artesões e comerciantes. • A justiça na realização do homem: estando este em equilíbrio com as aptidões de sua alma, ter-se -á a realização da justiça.

PLATÃO (427 -347 a. C. ) A CONCEPÇÃO POLÍTICA DE PLATÃO § O conceito

PLATÃO (427 -347 a. C. ) A CONCEPÇÃO POLÍTICA DE PLATÃO § O conceito de dar a cada um aquilo que lhe é próprio assume uma postura central dentro da organização da república platônica. § Existe baseado nesta teoria um sistema educacional a fim de orientar cada um segundo suas aptidões. § Os que possuem sensibilidade grosseira (ALMAS DE BRONZE) devem-se dedicar à agricultura, a produção, ao artesanato e ao comércio; cuidando da subsistência da cidade.

PLATÃO (427 -347 a. C. ) A CONCEPÇÃO POLÍTICA DE PLATÃO § Os que

PLATÃO (427 -347 a. C. ) A CONCEPÇÃO POLÍTICA DE PLATÃO § Os que possuidores da coragem (ALMAS DE PRATA) constituem a guarda, a defesa da cidade, estes são os guerreiros. § Os que estudam a filosofia (ALMAS DE OURO), disciplina que eleva a alma, pretendendo atingir o conhecimento mais puro e a fonte de toda a verdade, a estes caberiam a administração da cidade.

PLATÃO (427 -347 a. C. ) § A atitude do justo é atuar dentro

PLATÃO (427 -347 a. C. ) § A atitude do justo é atuar dentro de suas aptidões. Para se formar um estado justo é necessário antes de tudo, que seus cidadãos sejam justos. Cada um deve ser direcionado segundo suas aptidões, desenvolvendo as virtudes que lhe são próprias e adequadas para aquilo que estão desenvolvimento.

FILÓSOFOS SOCRÁTICOS: ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) • Foi discípulo do filósofo Platão.

FILÓSOFOS SOCRÁTICOS: ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) • Foi discípulo do filósofo Platão. Elaborou um sistema filosófico no qual abordou e pensou sobre praticamente todos os assuntos existentes, como a geometria, física, metafísica, botânica, zoologia, astronomia, medicina, psicologia, ética, drama, poesia, retórica, matemática e principalmente lógica.

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) • Aristóteles nasceu em Estágira, colônia de origem

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) • Aristóteles nasceu em Estágira, colônia de origem jônica, na Macedônia, no ano de 384 a. C. Filho do médico Nicômaco, recebeu sólida formação em Ciências Naturais. • Com 17 anos partiu para Atenas, foi estudar na "Academia” de Platão. • A teoria de Aristóteles, de forma geral, é uma refutação ao seu mestre Platão.

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) • A filosofia de Aristóteles abrange a natureza

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) • A filosofia de Aristóteles abrange a natureza de Deus (Metafísica), do homem (Ética) e do Estado (Política). • Para Aristóteles, Deus não é o criador, mas o motor do Universo, ou ainda, o motor imóvel do mundo. • Exceto Deus, toda e qualquer outra fonte de movimento no mundo, seja uma pessoa, uma coisa, ou um pensamento, é um motor movido. Assim, o arado move a terra, a mão move o arado, o cérebro move a mão. Portanto, a causa de todo o movimento é o resultado de outro movimento.

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) • Para Aristóteles, se para ser feliz (EUDAIMONIA)

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) • Para Aristóteles, se para ser feliz (EUDAIMONIA) é preciso fazer o bem ao outro, então o homem é um ser social e, mais precisamente um ser político. • Cabe ao Estado “garantir o bem-estar e a felicidade dos seus governados”. • Considerava a ditadura a pior forma de governo: “é um regime que subordina os interesses de todos às ambições de um só”. “A forma de governo mais desejável é a que permite a cada homem exercitar suas melhores habilidades e viver o mais agradavelmente seus dias”.

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) AS DIFERENÇAS ENTRE ARISTÓTELES E PLATÃO • A

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) AS DIFERENÇAS ENTRE ARISTÓTELES E PLATÃO • A principal diferença entre Platão e Aristóteles encontra-se em suas crenças sobre o que era mais autêntico sobre a existência. • Platão acreditava que a realidade última não está presente em experiências cotidianas. • Aristóteles pensava que o mundo de todos os dias é mais autêntico do que o mundo das ideias de Platão.

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) • Na pintura do mestre renascentista italiano Rafael

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) • Na pintura do mestre renascentista italiano Rafael “a escola de Atenas”. Suas posturas mostram a diferença entre as suas prioridades filosóficas. • Platão está apontando para cima, para enfatizar sua crença de que a realidade é além do cotidiano, no “mundo das ideias” ou “mundo das formas”. • Platão está segurando uma cópia de seu tratado “Timeu”, no qual ele descreve sua filosofia das origens do mundo físico.

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) • Aristóteles, por outro lado, tem uma cópia

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) • Aristóteles, por outro lado, tem uma cópia do “Ética” em sua mão. Sua mão é espalmada para baixo, mostrando sua ênfase sobre a Terra e a vasta gama de ensinamentos morais.

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) • Platão valorizava extremamente a matemática, como meio

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) • Platão valorizava extremamente a matemática, como meio para alcançar o conhecimento verdadeiro, que está além da matéria e ultrapassa a experiência sensível. • Aristóteles volta-se diretamente para os fenômenos da natureza, para aquilo que pode ser experimentado.

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) • Aristóteles rejeita o dualismo platônico expresso nas

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) • Aristóteles rejeita o dualismo platônico expresso nas realidades sensível (real) e inteligível (ideal). • Aristóteles defendia que a origem das ideias se dá através da observação de objetos para, então, ocorrer a formulação da ideia sobre os mesmos. • Para Aristóteles o único mundo é o sensível e que também é o inteligível.

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) METAFÍSICA – FILOSOFIA PRIMEIRA • Metafísica: uma área

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) METAFÍSICA – FILOSOFIA PRIMEIRA • Metafísica: uma área da Filosofia ou, como ele chamou, uma ciência geral, uma espécie de ciência mestra ou ciência mãe de todas as ciências. Antes da classificação de Andrônico de Rodes, o próprio Aristóteles chamava os seus estudos de Metafísica de “Filosofia Primeira” por se tratar de um conjunto de conhecimentos independentes de qualquer atividade empírica e de qualquer experiência sensorial.

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) • • Na Metafísica, Aristóteles define as quatro

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) • • Na Metafísica, Aristóteles define as quatro causas das coisas: Causa formal — é a forma da coisa (um objeto define sua essência pela sua forma). Causa material — é a matéria de que uma coisa é feita (a matéria na qual consiste o objeto). Causa eficiente — é a origem da coisa (aquilo ou aquele que tornou possível o objeto). Causa final — é a razão de algo existir (a finalidade do objeto).

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) TEORIA DO CONHECIMENTO • A matéria compõe o

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) TEORIA DO CONHECIMENTO • A matéria compõe o mundo físico, é aquilo de que uma coisa é constituída. A matéria é aquilo que é perceptível aos nossos sentidos e contém a potência. (ex. Madeira) • A forma é o que faz com que o ser seja aquilo que ele é. É a própria essência do ser e que o identifica. (ex. Cadeira de Madeira)

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) SUBST NCIA E ACIDENTE • Substância (OUSÍA) é

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) SUBST NCIA E ACIDENTE • Substância (OUSÍA) é o ser concreto que pode ser apontado e existe por si mesmo. “Folha” e “Pedra” também são substâncias. • Acidentes são predicados que caracterizam as substâncias – “frio”, “quente” e “branco”, entre outros -, indicando como cada uma delas é. Importante: tais características são acidentais porque não afetam a natureza da substância. Um homem, por exemplo, pode ser magro, loiro, moço; outro pode ser obeso, moreno, velho.

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) POTÊNCIA E ATO • Os conceitos de POTÊNCIA

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) POTÊNCIA E ATO • Os conceitos de POTÊNCIA e ato apresentam semelhança com os de substância e acidente, matéria e forma. A forma é semelhante ao ato, a força (dynamis) que concretiza as possibilidades da matéria. Aristóteles denomina “potência” a essa força. Essa potencialidade (a forma que a matéria pode tomar), porém, não se dá ao acaso.

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) • O ATO relaciona-se com a forma. É

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) • O ATO relaciona-se com a forma. É a atualização da forma na potência. Assim, a semente já contém, em potência, a árvore. Em todas as outras coisas da natureza o processo é o mesmo. O escultor que trabalha o mármore, por exemplo, esculpe a forma que aquela determinada pedra, potencialmente, já tem.

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) ÉTICA: MEDIANIA OU JUSTA MEDIDA • Para Aristóteles

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) ÉTICA: MEDIANIA OU JUSTA MEDIDA • Para Aristóteles a felicidade está ligada à atividade humana, sendo um tipo de atividade em conformidade com a “reta razão” e com a virtude (areté). Isso quer dizer que a vida virtuosa é racional.

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) • A felicidade implica a educação da vontade

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) • A felicidade implica a educação da vontade em conformidade com os princípios racionais da moderação e, finalmente, está fundamentalmente ligada à política, uma vez que o homem é definido como animal político e sua conduta ética tem expressão na pólis e a partir dela é julgada.

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) • É na sociedade – na pólis –

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) • É na sociedade – na pólis – que os homens podem alcançar o bem supremo: a felicidade, daí porque, em Aristóteles, ética e política são inseparáveis. “A política que também é uma ciência prática não se dissocia da ética, elas apenas se diferenciam pelo fato de a primeira apresentar uma dimensão social, coletiva, enquanto a outra se restringe ao particular, individual

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) • A razão, a ética e a política

ARISTÓTELES (384 -322 a. C. ) • A razão, a ética e a política são elementos inseparáveis, constitutivos do homem em Aristóteles. Por um lado, a característica de ser racional o conduz à vida política. A vida política, por sua vez, norteará o bem viver ou o viver ético deste homem, que terá como expressão mais própria desta boa vida a própria vida racional. Conclui-se, assim, um círculo virtuoso que para existir não pode prescindir de nenhum destes três elementos que lhe são constitutivos.

FILOSOFIA HELENÍSTICA – PÓS SOCRÁTICOS • • CINISMO O CINISMO é uma das vertentes

FILOSOFIA HELENÍSTICA – PÓS SOCRÁTICOS • • CINISMO O CINISMO é uma das vertentes da filosofia helenística. O cinismo oferecia às pessoas a possibilidade de felicidade e liberdade do sofrimento em uma época de incertezas. Os princípios fundamentais do cinismo podem ser resumidos da seguinte forma: O objetivo da vida é a eudaimonia (felicidade) e clareza ou lucidez - libertação da nebulosidade que significava ignorância, inconsciência, insensatez e presunção.

FILOSOFIA HELENÍSTICA – PÓS SOCRÁTICOS • A eudaimonia é alcançada ao se viver de

FILOSOFIA HELENÍSTICA – PÓS SOCRÁTICOS • A eudaimonia é alcançada ao se viver de acordo com a Physis (a natureza) como entendida pelo Logos do ser humano. • A arrogância é causada por falsos julgamentos de valor, que causam emoções negativas, desejos não naturais e um caráter vicioso.

FILOSOFIA HELENÍSTICA – PÓS SOCRÁTICOS • A eudaimonia ou o desenvolvimento humano, dependem de

FILOSOFIA HELENÍSTICA – PÓS SOCRÁTICOS • A eudaimonia ou o desenvolvimento humano, dependem de autosuficiência, apatheia, arete, filantropia, parresia e indiferença para com as vicissitudes da vida. • Apatheia: é a propriedade de uma coisa ou pessoa de não estar sujeita à influência de algo externo.

FILOSOFIA HELENÍSTICA – PÓS SOCRÁTICOS • Arete: expressa o conceito grego de excelência, de

FILOSOFIA HELENÍSTICA – PÓS SOCRÁTICOS • Arete: expressa o conceito grego de excelência, de cumprimento do propósito ou da função a que o indivíduo se destina. • Arete: significava também a coragem e a força de enfrentar todas as adversidades. • Parresia: termo em grego para designar a coragem de se dizer a verdade, expor tudo, de se falar com franqueza.

FILOSOFIA HELENÍSTICA – PÓS SOCRÁTICOS • Evolui-se através de práticas ascéticas que ajudam o

FILOSOFIA HELENÍSTICA – PÓS SOCRÁTICOS • Evolui-se através de práticas ascéticas que ajudam o indivíduo a tornar-se livre de influências - tais como riqueza, fama ou poder - que não têm valor na natureza. Exemplos incluem Diógenes de Sínope que vivia em um barril e andava descalço. • Um cínico pratica o descaramento ou a desfaçatez e desfigura o nomos da sociedade; as leis, os costumes e convenções sociais que as pessoas aceitam como o correto. • A sabedoria maior consistia na ação, não apenas no pensar.

FILOSOFIA HELENÍSTICA – PÓS SOCRÁTICOS • • • ESTOICISMO O estoicismo foi uma escola

FILOSOFIA HELENÍSTICA – PÓS SOCRÁTICOS • • • ESTOICISMO O estoicismo foi uma escola de filosofia helenística fundada em Atenas por Zenão de Cítio no início do século III a. C. Virtude é o único bem e caminho para a felicidade; Indivíduo deve negar os sentimentos externos; O prazer é um inimigo do homem sábio; Universo governado por uma razão universal natural; Valorização da apatheia (equanimidade);

FILOSOFIA HELENÍSTICA – PÓS SOCRÁTICOS • O epicurismo - Epicuro de Samos • é

FILOSOFIA HELENÍSTICA – PÓS SOCRÁTICOS • O epicurismo - Epicuro de Samos • é o sistema filosófico que prega a procura dos prazeres moderados para atingir um estado de tranquilidade e de libertação do medo, com a ausência de sofrimento corporal pelo conhecimento do funcionamento do mundo e da limitação dos desejos.

FILOSOFIA HELENÍSTICA – PÓS SOCRÁTICOS • Quando os desejos são exacerbados podem ser fonte

FILOSOFIA HELENÍSTICA – PÓS SOCRÁTICOS • Quando os desejos são exacerbados podem ser fonte de perturbações constantes, dificultando o encontro da felicidade que é manter a saúde do corpo e a serenidade do espírito, ensinado por Epicuro de Samos, filósofo ateniense do século IV a. C. , e seguido depois por outros filósofos, chamados epicuristas.

FILOSOFIA HELENÍSTICA – PÓS SOCRÁTICOS • Epicuro também é conhecido como o Filósofo do

FILOSOFIA HELENÍSTICA – PÓS SOCRÁTICOS • Epicuro também é conhecido como o Filósofo do Jardim, pois "O Jardim" foi como ficou conhecida a escola por ele fundada e que consistia numa comunidade de amigos e seguidores. Lá, escreveu com detalhes a filosofia que iria se tornar conhecida como epicurismo.

FILOSOFIA HELENÍSTICA – PÓS SOCRÁTICOS • Segundo Epicuro, para ser feliz seria necessário controlar

FILOSOFIA HELENÍSTICA – PÓS SOCRÁTICOS • Segundo Epicuro, para ser feliz seria necessário controlar os nossos medos e desejos de maneira que o estado de prazer seja estável e equilibrado, com um consequente estado de tranquilidade e de ausência de perturbação. • A finalidade da filosofia de Epicuro não era teórica, mas bastante prática. Buscava sobretudo encontrar o sossego necessário para uma vida feliz e aprazível, na qual os temores perante o destino, os deuses ou a morte estavam definitivamente eliminados.

FILOSOFIA HELENÍSTICA – PÓS SOCRÁTICOS • É necessário compreender a distinção entre os desejos

FILOSOFIA HELENÍSTICA – PÓS SOCRÁTICOS • É necessário compreender a distinção entre os desejos naturais e desejos inúteis, infundados ou também chamados de frívolos. Para Epicuro, o desejo se origina de uma falta, que pode partir da natureza (desejo natural) ou de uma opinião falsa (desejo frívolo). Os desejos podem ser divididos em: • Desejos naturais e necessários: são os desejos que livram o corpo da dor da fome e da sede;

FILOSOFIA HELENÍSTICA – PÓS SOCRÁTICOS • Desejos naturais e não necessários: são os desejos

FILOSOFIA HELENÍSTICA – PÓS SOCRÁTICOS • Desejos naturais e não necessários: são os desejos que surgem da vontade de variar, por exemplo o alimento ou a bebida, para variar também o prazer do corpo; • Desejos não naturais e não necessários: são os que nascem de uma opinião falsa sobre o mundo, incentivados por sentimentos de vaidade, orgulho ou inveja.

FILOSOFIA HELENÍSTICA – PÓS SOCRÁTICOS O Tetrafármaco de Epicuro: • despreocupação com os deuses

FILOSOFIA HELENÍSTICA – PÓS SOCRÁTICOS O Tetrafármaco de Epicuro: • despreocupação com os deuses (não espere nada de bom ou mau deles) • perda do medo da morte (fim das sensações) • O prazer, de modo justo (educação dos sentidos), é acessível à todos • não há mal que dure (ético-lógica: a história tem mudança; fases finitas)

FILOSOFIA HELENÍSTICA – PÓS SOCRÁTICOS • O Ceticismo começa com a escola de Pirro

FILOSOFIA HELENÍSTICA – PÓS SOCRÁTICOS • O Ceticismo começa com a escola de Pirro e que se expandiu pela chamada “Nova Academia” que ampliou as perspectivas teóricas, refutando verdades absolutas e mentiras. • Seus seguidores alegavam a impossibilidade de alcançar o total conhecimento e adotaram métodos empíricos para respaldar suas afirmações. • O Ceticismo Filosófico se dedicou a examinar criticamente o conhecimento e a percepção sobre a verdade.

FILOSOFIA MEDIEVAL - PATRÍSTICA Filosofia Patrística (século I ao VII) • Teve como objetivo

FILOSOFIA MEDIEVAL - PATRÍSTICA Filosofia Patrística (século I ao VII) • Teve como objetivo consolidar o papel da igreja e propagar os ideais do cristianismo. • Baseou-se nas Epístolas de São Paulo, no Evangelho de São João e no neoplatonismo. • patrística advogou a favor da igreja e propagou diversos conceitos cristãos como o pecado original, a criação do mundo por Deus, ressureição de juízo final.

FILOSOFIA MEDIEVAL - PATRÍSTICA Santo Agostinho • Foi o maior filósofo da época Patrística,

FILOSOFIA MEDIEVAL - PATRÍSTICA Santo Agostinho • Foi o maior filósofo da época Patrística, ele defendia a igreja contra os seus adversários pagãos. • foi muito influenciado pelo maniqueísmo e, logo depois, pelo neoplatonismo de Plotino. Depois de se converter ao cristianismo e aceitar o batismo (387), Agostinho desenvolveu uma abordagem original à filosofia e teologia

FILOSOFIA MEDIEVAL - PATRÍSTICA • Agostinho defendia a ideia de que a Fé e

FILOSOFIA MEDIEVAL - PATRÍSTICA • Agostinho defendia a ideia de que a Fé e a Razão não sobrevivem sem uma à outra, pois até esse momento o mundo era dividido entre a razão (Filosofia) e a Fé (Igreja). Ele defendia que você não pode ter Fé sem Compreender algo, e não pode Compreender algo sem ter Fé. • Acreditava na inexistência de um mal, onde só o bem existe. Uma vez que, o mal é constituído pela falta do bem. • Uma pessoa não é malígna por possuir algum mal, mas sim por não possuir o bem.

FILOSOFIA MEDIEVAL - PATRÍSTICA • Para Agostinho, nenhum homem é digno da salvação de

FILOSOFIA MEDIEVAL - PATRÍSTICA • Para Agostinho, nenhum homem é digno da salvação de Deus. No entanto, Deus escolheu alguns que devem ser salvos da condenação. Para ele, não é pois um segredo quem é que deve ser salvo e quem é que deve ser condenado. • Estamos completamente dependentes da graça divina.

FILOSOFIA MEDIEVAL - PATRÍSTICA • Elaborou a Teoria da Iluminação Divina, por meio da

FILOSOFIA MEDIEVAL - PATRÍSTICA • Elaborou a Teoria da Iluminação Divina, por meio da qual afirmava que todo conhecimento verdadeiro é o resultado de uma iluminação proveniente de Deus. O conhecimento sensível • É viabilizado pelos sentidos ou raciocínio indutivo, e é acessível a qualquer ser humano. Exemplo: percepção das cores, tato, olfato, sons, paladar, etc.

FILOSOFIA MEDIEVAL - PATRÍSTICA O conhecimento divino • As verdades eternas pertencem a um

FILOSOFIA MEDIEVAL - PATRÍSTICA O conhecimento divino • As verdades eternas pertencem a um plano imaterial e só podem ser obtidas através da iluminação de Deus à razão e ao intelecto do ser humano; de acordo com essa teoria, Deus é o detentor das verdades obsolutas.

FILOSOFIA MEDIEVAL - PATRÍSTICA O Tempo e a Eternidade em Santo Agostinho (Livro XI

FILOSOFIA MEDIEVAL - PATRÍSTICA O Tempo e a Eternidade em Santo Agostinho (Livro XI de Confissões) • Afirma que, a questão da temporalidade está totalmente ligada ao homem, ele nos direciona a refletir sobre o que é o tempo. O medimos a todo o momento, convivemos com ele a cada instante e ainda assim o desconhecemos.

FILOSOFIA MEDIEVAL - PATRÍSTICA • Agostinho explica a questão da temporalidade utilizando-se da tríade,

FILOSOFIA MEDIEVAL - PATRÍSTICA • Agostinho explica a questão da temporalidade utilizando-se da tríade, memória, intenção e espera, sendo, Passado, Presente e Futuro modulações de um único tempo. • O tempo só é tempo porque o medimos, caso contrário seria a eternidade, e esta, só pertence a Aquele que é eterno, Deus, o único uni presente.

FILOSOFIA MEDIEVAL - ESCOLÁSTICA • A escolástica destaca-se como um método de pensamento que

FILOSOFIA MEDIEVAL - ESCOLÁSTICA • A escolástica destaca-se como um método de pensamento que integra o conhecimento da filosofia aristotélica sob a ótica de uma nova luz: ela traz a revelação cristã através das Escrituras Sagradas. • o conhecimento filosófico de Aristóteles acrescenta informação através da fé. • Seu filósofo mais influentes foi Tomás de Aquino. Suma Teológica é a obra de maior expressão deste autor e que reflete a corrente deste pensamento.

FILOSOFIA MEDIEVAL - ESCOLÁSTICA A fé e a razão • A fé está em

FILOSOFIA MEDIEVAL - ESCOLÁSTICA A fé e a razão • A fé está em um estado superior ao da razão, ela chega até aonde não é possível chegar através do conhecimento racional. • O homem foi criado à imagem de Deus e tem qualidades importantes como a razão, a vontade e a liberdade. Entretanto, dada sua natureza finita, o ser humano tem estas capacidades com certos limites.

FILOSOFIA MEDIEVAL - ESCOLÁSTICA Cinco vias que provam a existência de Deus • 1.

FILOSOFIA MEDIEVAL - ESCOLÁSTICA Cinco vias que provam a existência de Deus • 1. Primeiro motor imóvel: esta primeira via supõe a existência do movimento no universo. Porém, um ser não move a si mesmo, só podendo, então, mover outro ou por outro ser movido. Assim, se retroagirmos ao infinito, não explicamos o movimento se não encontrarmos um primeiro motor que move todos os outros;

FILOSOFIA MEDIEVAL - ESCOLÁSTICA • 2. Primeira causa eficiente: a segunda via diz respeito

FILOSOFIA MEDIEVAL - ESCOLÁSTICA • 2. Primeira causa eficiente: a segunda via diz respeito ao efeito que este motor imóvel acarreta: a percepção da ordenação das coisas em causas e efeitos permite averiguar que não há efeito sem causa. Dessa forma, igualmente retrocedendo ao infinito, não poderíamos senão chegar a uma causa eficiente que dá início ao movimento das coisas;

FILOSOFIA MEDIEVAL - ESCOLÁSTICA • 3. Ser Necessário e os seres possíveis: a terceira

FILOSOFIA MEDIEVAL - ESCOLÁSTICA • 3. Ser Necessário e os seres possíveis: a terceira via compara os seres que podem ser e não ser. A possibilidade destes seres implica que alguma vez este ser não foi e passou a ser e ainda vem a não ser novamente. Mas do nada, nada vem e, por isso, estes seres possíveis dependem de um ser necessário para fundamentar suas existências;

FILOSOFIA MEDIEVAL - ESCOLÁSTICA • 4. Graus de Perfeição: a quarta via trata dos

FILOSOFIA MEDIEVAL - ESCOLÁSTICA • 4. Graus de Perfeição: a quarta via trata dos graus de perfeição, em que comparações são constatadas a partir de um máximo (ótimo) que na verdade contém o verdadeiro ser (o mais ou menos só se diz em referência a um máximo);

FILOSOFIA MEDIEVAL - ESCOLÁSTICA • 5. Governo Supremo: a quinta via fala da questão

FILOSOFIA MEDIEVAL - ESCOLÁSTICA • 5. Governo Supremo: a quinta via fala da questão da ordem e finalidade que a suprema inteligência governa todas as coisas (já que no mundo há ordem!), dispondo-as de forma organizada racionalmente, o que evidencia a intenção da existência de cada ser. • Todas essas vias têm em comum o princípio de causalidade, herdado de Aristóteles, além de partirem do empírico, ou seja, de realidades concretas e de um mundo hierarquicamente ordenados.

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