Aula 19 A Grande Depresso dos anos 30

  • Slides: 25
Download presentation
Aula 19: A Grande Depressão dos anos 30 Amaury Gremaud HEG II 1º semestre

Aula 19: A Grande Depressão dos anos 30 Amaury Gremaud HEG II 1º semestre 2019

24 de outubro de 1929 Quinta feira Quebra da Bolsa de Nova York

24 de outubro de 1929 Quinta feira Quebra da Bolsa de Nova York

Várias Temáticas interligadas q Quebra da Bolsa - Crises bancarias q Grande Depressão nos

Várias Temáticas interligadas q Quebra da Bolsa - Crises bancarias q Grande Depressão nos EUA - Disseminação da Grande Depressão pelo Mundo q O papel das politicas econômicas - O New Deal e a recuperação

A Crise fora dos EUA

A Crise fora dos EUA

Comparações entre 1929 -1932 y 2008 -2010 Barry Eichengreen e Kevin O'Rourke realizaram comparações

Comparações entre 1929 -1932 y 2008 -2010 Barry Eichengreen e Kevin O'Rourke realizaram comparações do desempenho da economia mundial durante a grande depressão de 29/32 e as de 2008/2010. O impacto inicial da crise de 2008 foi mais intenso do que aquele provocado, pela crise de 1929, mas a crise de 1929 foi mais longa – mais demorada, persistente e ao final mais profunda houve uma recuperação mais rápida após o colapso no período contemporâneo. As quebras de produção na economia global, a diminuição do comércio internacional foram extremamente altos se tomarmos outubro de 2008

Produção industrial mundial, comparada 1929 -1939 versus 2008 -2010 (actualizado a febrero 2010) Eichengreen,

Produção industrial mundial, comparada 1929 -1939 versus 2008 -2010 (actualizado a febrero 2010) Eichengreen, Barry, and Kevin H. O'Rourke. “A tale of two depressions: What do the new data tell us? February 2010 update | vox Research-based policy analysis and commentary from leading economists, ” http: //www. voxeu. o rg/index. php? q=no de/3421.

Mercados financeiros mundiais comparados en 1929 -1939 versus 2008 -2010 (actualizado a febrero 2010)

Mercados financeiros mundiais comparados en 1929 -1939 versus 2008 -2010 (actualizado a febrero 2010) Eichengreen, Barry, and Kevin H. O'Rourke. “A tale of two depressions: What do the new data tell us? February 2010 update | vox Research-based policy analysis and commentary from leading economists, ” http: //www. voxeu. o rg/index. php? q=no de/3421.

Volume de comercio mundial comparado en 1929 -1939 versus 2008 -2010 (actualizado a febrero

Volume de comercio mundial comparado en 1929 -1939 versus 2008 -2010 (actualizado a febrero 2010) Eichengreen, Barry, and Kevin H. O'Rourke. “A tale of two depressions: What do the new data tell us? February 2010 update | vox Research-based policy analysis and commentary from leading economists, ” http: //www. voxeu. o rg/index. php? q=no de/3421.

Alguns paralelos entre 1929 e 2008: falhas nos mercados financieros A maioria dos analistas

Alguns paralelos entre 1929 e 2008: falhas nos mercados financieros A maioria dos analistas apontam para: o desastre começou com uma forte queda no mercado de ações nos Estados Unidos, que depois se espalhou pelo mundo. Isto foi seguido por uma acentuada contração do crédito em escala internacional, que resultou em uma enorme redução no comércio global. Ambos os fenômenos causaram marcadas reduções nos fluxos de capital e a pressões sobre o mercado cambial da maioria das Nações. Em suma, ambos em 1929 e 2008 - embora de maneiras diferentes – ocorreram colapsos nos mercados financeiros, com pânico e falências bancárias e uma redução no valor dos títulos e obrigações, sendo acompanhadas pelo desabamento do comercio internacional e da produção industrial.

Principais contrastes entre as respostas às Crises de 1929 e de 2008 A não

Principais contrastes entre as respostas às Crises de 1929 e de 2008 A não intervenção de estados y bancos centrales em 19291931 frente a uma intervenção masiva en 2008 y 2009 O maior contraste entre ambas as crises é o papel que tomou o estado e o banco central em ambos os eventos: Em 2008 e 2009 foi masiva a intervención em muitos países no mundo. Entre 1929 e 1931, os governos e os bancos centrais por lo general mantivieram uma política, pelo menos inicial, de não intervenção, que contribuiu para a ampliação das fugas de capitais masivas, para a ampluiação do debilitamento del sistema bancario e crediticio e, talvez, para a uma serie prolongada de crisis bancarias e quebras de una multitud de empresas en varios países. Era dominante a fidelidade ao padrão ouro, o que Keynes chamou os “grilhões de ouro”, que impediram um rápido ajuste dos bancos centrais y una emissão mais forte para contrarrestar la queda do crédito.

Os antecedentes. . .

Os antecedentes. . .

A euforia americana: “The age of business” Depois de 22 retomada do crescimento Anos

A euforia americana: “The age of business” Depois de 22 retomada do crescimento Anos gloriosos nos EUA PIB aumenta 50% em 8 anos, Produção industrial 90%, Taxa de desemprego fica entre 3 e 5% (1921 - 11%) Calvin Coolidge, sucede a Warren Harding Pilares - debate Liberais: diminuição da presença dos Estado, efeito positivo da queda dos impostos, controle da dívida , diminuição da sindicalização Crédito: redução das taxas de juros depois de 22 e elasticidade do sistema bancário Ampliação crédito ao consumidor (bens de consumo duráveis – american way of life: Buy now, pay later) o Aumento dos consumidores de automóveis 25% para 60% o Mudança nos padrões de consumo crédito para investimento e no exterior Teia de investimentos inter-relacionados Construção civil (residências e infraestrutura: estradas e energia) e automóveis (queda nos custos) com impactos sobre bens de consumo duráveis, petróleo, metal mecânica etc

O “american way of life” e a inclusão Nem todos os setores da sociedade

O “american way of life” e a inclusão Nem todos os setores da sociedade americana incluídos na expansão Alguns setores industriais fora da expansão: carvão, ferrovias Agricultura: preços não se recuperam depois da deflação de 21, Dificuldade mais de ¼ da população

A euforia e seus problemas Euforia – contamina ativos – reais e financeiros Bolhas:

A euforia e seus problemas Euforia – contamina ativos – reais e financeiros Bolhas: imobiliária (Florida) Valorização das ações lucros enormes no processo e existência de crédito Efeito riqueza – cria circulo viciosos (virtuoso ? ) perspectiva que isto não tem limites: não percepção de risco e afastamento dos fundamentos Grande numero de bancos comerciais (25000): dificuldade do FED em regular ou supervisionar Não alcance Não dispõe de instrumentos 1928 - especulação continua mesmo com aumento dos juros e maior cautela dos bancos

Da euforia ao pânico Grande mudança de perspectiva em poucos meses otimismo desenfreado vira

Da euforia ao pânico Grande mudança de perspectiva em poucos meses otimismo desenfreado vira pessimismo desenfreado Percepção de excesso de capacidade produtiva e de estoques excessivos Construção civil: inflexão no crescimento anterior Queda no investimento bruto Ritmo de expansão do consumo diminuiu sensivelmente Características de inovações de produtos se esgotam, expansão agora é reposição, desgaste. Consumidores saciados (diminui inovações) Não acompanhamento de crescimento da renda agrícola

Qual o papel da Crise da Bolsa (1929) Causa ou aprofunda crise ? Aprofunda

Qual o papel da Crise da Bolsa (1929) Causa ou aprofunda crise ? Aprofunda crise: Crise é anterior mas Transforma marola em tsunami Pq crise ? : otimismo transformado em pessimismo com sinais de reversão econômica Crise financeira: problemas de regulação/prudenciais Crise da bolsa em 1929 – só? Qual o período da crise da bolsa? Importância da quebra da bolsa: Efeito riqueza, bancos e liquidez, confiança e incerteza Efeito riqueza – contração do consumo Perdas com o crash foram significativas na riqueza de bancos, corporações e famílias em função da valorização fictícia anterior – disposição a investir some Diminuição da disposição a consumir tb significativa Crise de liquidez (contração de crédito) - Atrofia base do sistema de gasto Bancos quebram Bancos reagem diminuindo empréstimos e buscando liquidez Deflação Empresas - buscam desovar estoques Famílias - vendas de ativos

Crise de 30: Keynesianos x monetaristas Motivos e Política econômica Declínio “autônomo” da demanda

Crise de 30: Keynesianos x monetaristas Motivos e Política econômica Declínio “autônomo” da demanda agregada: (visão keynesiana) reversão do crescimento anterior investimentos (Robert Gordon) ou consumo (Peter Temin) Crise de sobre-investimento, superprodução, insuficiência de consumo Esgotamento das oportunidades de investimento e deslocamento da demanda por investimento (IS para esquerda-baixo) Dificuldades com a economia privada com algumas explicações estruturais: progresso técnico poupador de mão de obra, que reduziu a massa salarial que poderia sustentar o consumo Diminuição da geração de progressos técnicos (inovação de produto) redução da taxa de crescimento da população e redução da demanda agregada em geral e em particular no setor habitacional e na indústria automobilística; não incorporação de parte da população ao american way of life: Problemas com agricultura

Debate em torno da política econômica Qual papel da política monetária ? Friedman: responsabiliza

Debate em torno da política econômica Qual papel da política monetária ? Friedman: responsabiliza política monetária por crise (visão monetarista) antes da crise FED adota política monetária contracionista: aumento de juros e diminuição de M 1; (LM para esquerda-cima) Objetivo: combater especulação Falência de bancos e omissão de socorro – acentua crise monetária: diminuição da ”moeda bancaria” e do efeito multiplicador FED não socorro – politica monetária tímida Consequência: pequena recessão transformada em uma depressão Temin: enxugamento monetário é consequência da crise (não causa). o Se fosse política monetária – juros teriam subido, mas na verdade caíram (? ) Alguns : Até onde era possível fazer política monetária contra cíclica (até onde ela seria eficiente ? ) o “Pode-se levar o cavalo para a água mas não obrigá-lo a beber” Expansão Monetária (queda dos juros) seria pouco eficiente (IS inclinada, LM achatada) Grande problema de política econômica é demora em uma política fiscal agressiva Consenso: depois da crise: Política monetária é tardia e tímida (não

A política econômica e seus problemas FED (e governo americano) não agiu de forma

A política econômica e seus problemas FED (e governo americano) não agiu de forma acertada, debate sobre se é a: Causa da crise Causa do aprofundamento da crise Causa da demora na recuperação da crise Debate em torno de por que agiram equivocadamente: (in)competência técnica das autoridades monetárias, (in)adequação dos arranjos institucionais no âmbito do sistema, (in)existência de um corpo teórico que pudesse dar sustentação a decisões diferentes das que foram tomadas, compromisso com objetivos incompatíveis tais como o controle da especulação financeira, a preservação das reservas internacionais, o equilíbrio do balanço de pagamentos, a manutenção do Padrão Ouro, a solvência do sistema bancário, a oferta de liquidez, etc.

Padrão Ouro reforça e espalha crise � Se EUA elevam juros para atrair capital

Padrão Ouro reforça e espalha crise � Se EUA elevam juros para atrair capital - outros países também o fazem �Compromisso com Padrão Ouro: impõe políticas deflacionárias � Todos os países procuram contrair política monetária �Amplia problemas de recessão � Bancos passam a ter problemas: liquidez e inadimplencia � Defesa do PO impede socorro � Algumas corridas e quebras de bancos � Em algum momento países abandonam Padrão Ouro (em parte ou completamente) � Protecionismo também se espalha

A Crise fora dos EUA

A Crise fora dos EUA

Debates: A Grande Depressão – foi um fenômeno Norte americano que se espalha pelo

Debates: A Grande Depressão – foi um fenômeno Norte americano que se espalha pelo mundo (mesmo que de forma desigual) Economia Mundial tinha inconsistências que redundaram em uma grande crise (deflagrados por alguns fenômenos locais)