A CRISE DOS SETE ANOS PARA VYGOTSKY Prof

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A CRISE DOS SETE ANOS PARA VYGOTSKY Prof. ª Drª Teresa Cristina Barbo Siqueira

A CRISE DOS SETE ANOS PARA VYGOTSKY Prof. ª Drª Teresa Cristina Barbo Siqueira

A crise dos sete anos �"A idade escolar, como todas as outras idades, começa

A crise dos sete anos �"A idade escolar, como todas as outras idades, começa por uma etapa de crise ou de viragem, descrita pelos cientistas, antes que as demais, como a crise dos sete anos. Sabe-se há muito tempo que a criança, ao passar da idade préescolar para a escolar, muda sensivelmente e é mais difícil educá-la. Trata-se de um período de transição, a criança já não é um pré-escolar, mas ainda não é um escolar. " �(VYGOTSKY, 1996, p. 377)

�A criança de sete anos se distingue, em primeiro lugar, pela perda da espontaneidade

�A criança de sete anos se distingue, em primeiro lugar, pela perda da espontaneidade infantil. �Se comporta de maneira estranha, não de todo compreensível, um tanto artificial, forçada.

A razão da perda da espontaneidade infantil: � Não diferencia suficientemente a vida interior

A razão da perda da espontaneidade infantil: � Não diferencia suficientemente a vida interior da exterior, isto é, as vivências da criança, seus desejos, a manifestação dos mesmos. � É a idade da mudança de dentes, do estirão. � Observações dos investigadores e observadores: � A criança se amaneira, se faz caprichosa, muda a forma de andar. � Comporta-se de modo artificial, teatral, gosta de fazer-se de palhaça. � Exemplo: entra em uma casa rebolando e fala com voz escandalosa, demonstra com sua conduta (salta à vista).

�A perda da espontaneidade significa que incorporamos à nossa conduta o fator intelectual que

�A perda da espontaneidade significa que incorporamos à nossa conduta o fator intelectual que se insere entre a vivência e o ato direto, o que vem a ser o oposto da ação ingênua e direta própria da criança, dizemos que em cada vivência, em cada uma de suas manifestações aparece, como efeito, um certo momento intelectual.

Particularidades que caracterizam a crise de sete anos; �Assim como a criança de três

Particularidades que caracterizam a crise de sete anos; �Assim como a criança de três anos descobre suas relações com outras pessoas, também a de sete anos descobre o próprio fato de suas vivências: � 1. As vivências adquirem sentido (a criança impaciente fica consciente desta sensação). Devido a isso se formam relações novas da criança consigo mesma, antes impossíveis pela não generalização das vivências. Por conseguinte, até os sete anos as vivências infantis se reestruturam, como se reestrutura o tabuleiro de xadrez quando a criança aprende.

Algumas características psicológicas da criança de 7 anos: � 1. É mais consciente de

Algumas características psicológicas da criança de 7 anos: � 1. É mais consciente de si própria e está mais absorvida em si mesma. Aparenta viver “noutro mundo”. Parece não ouvir o que se lhe manda. Está a tomar-se introvertida. � 2. Desenvolve-se nela o sentido ético (distinção entre o bem e o mal), já não só nela, mas também nos outros. � 3. Concretiza e interioriza mais a sua estrutura de espaço e tempo. � 4. Medita mais antes de atuar, pois é mais prudente, mais deliberativa (não medrosa).

� 5. Costuma aguentar o choro. � 6. É sensível ao elogio e à

� 5. Costuma aguentar o choro. � 6. É sensível ao elogio e à crítica. Não sabe aceitar cumprimentos e não se tranquiliza quando é elogiada. � 7. Anseia por agradar; tem consideração pelos outros. � 8. Tem conduta menos agressiva. Poucos acessos de cólera e menos oposição às ordens. � 9. Teme as situações novas que lhe costumam aparecer na escola. � 10. Tem menos pesadelos. É a figura central dos seus sonhos. � 11. Aumenta o interesse pelo dinheiro, e muitas pensam em economizar.

Na vida escolar: � 1. Quer responsabilidade, especialmente na escola, mas preocupa-se com a

Na vida escolar: � 1. Quer responsabilidade, especialmente na escola, mas preocupa-se com a ideia de não poder portarse corretamente. � 2. Deseja acabar uma tarefa já começada, mas não repara na sua capacidade para o fazer. Tem tendência a esperar muito dela própria. � 3. É boa ouvinte; centrou a sua atenção pelo que está aberta a novos conhecimentos. � 4. Preocupa-a a ideia de chegar tarde à escola e de não acabar os seus trabalhos. � 5. Precisa duma palavra do professor para começar a mais simples tarefa. � 6. Exige com impaciência a atenção e ajuda do professor. � 7. Tende a procurar carinho no professor. � 8. Tem no mundo da escola, o mundo dos seus amigos.

As atitudes das pessoas que a rodeiam a criança e que formam os seus

As atitudes das pessoas que a rodeiam a criança e que formam os seus valores: � 1. A mãe deve reconhecer e compreender o caráter passageiro desta conduta tão extremosa e agressiva da criança de 6 e 7 anos; deste modo a criança tomar-se-á mais dócil. O castigo nestes momentos não serve de nada. A criança terá com isto um arrependimento momentâneo mas a sua conduta não melhorara. � 2. É uma criança que precisa de afeto e carinho constante: e está uma fase de ajustamento pessoal e social e todo o ajustamento leva implícito uma crise. E agora que o pai desempenha um papel importante: deve preocupar-se com ele, pedir-lhe ajuda em tarefas simples; viverem juntos os momentos de ócio, etc. .

As atitudes das pessoas que a rodeiam. . . � 3. É também importante

As atitudes das pessoas que a rodeiam. . . � 3. É também importante o papel do professor, que não substitui a mãe, mas reforça, com um sentimento de maior segurança. � 4. Há que dar-lhe responsabilidades de acordo com as suas possibilidades. � 5. É necessária uma relação mútua e forte entre a família e a escola, sobretudo nesta idade. É conveniente que pais e professor mantenham uma relação estreita, para se conhecerem mutuamente.

�Algumas reflexões sobre a crise dos sete anos. �Referência Bibliografica: �Vigotski, L. S. (2006).

�Algumas reflexões sobre a crise dos sete anos. �Referência Bibliografica: �Vigotski, L. S. (2006). A crise dos sete anos. Em Vigotski, L. , S. La crisis de los siete años. Obras escogidas. Tomo IV. (pp. 377‐ 386). Madrid: Visor y A. Machado Libros. �Professora Teresa Cristina Barbo Siqueira