Linguagem Linguagem documentria Marilda Lopes Ginez de Lara

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Linguagem & Linguagem documentária Marilda Lopes Ginez de Lara Vânia Mara Alves Lima Disciplina:

Linguagem & Linguagem documentária Marilda Lopes Ginez de Lara Vânia Mara Alves Lima Disciplina: Linguística Documentária Aula 2 2016

Linguagem ¡Até o Século XVIII => concepção teológica da linguagem (origens e regras universais

Linguagem ¡Até o Século XVIII => concepção teológica da linguagem (origens e regras universais de sua lógica) ¡Século XIX => concepção historicista (evolução da linguagem através dos tempos) ¡Hoje => linguagem como um sistema em funcionamento

Linguagem ¡LINGUAGEM permite “traduzir em significados os elementos da vida” (Tálamo). ¡Tradução lgg, instância

Linguagem ¡LINGUAGEM permite “traduzir em significados os elementos da vida” (Tálamo). ¡Tradução lgg, instância de mediação entre o homem e o mundo; prática social que se expressa por signos (vários tipos de lgg) ¡Sistema de signos permite ao homem desenvolver sua capacidade de se comunicar com os seus semelhantes

Linguagem ¡“A linguagem reproduz a realidade (. . . ) a realidade é produzida

Linguagem ¡“A linguagem reproduz a realidade (. . . ) a realidade é produzida novamente por intermédio da linguagem. Aquele que fala faz renascer pelo seu discurso o acontecimento e a sua experiência do acontecimento reproduzido. (. . . ) a situação inerente ao exercício da linguagem, que é a da troca e do diálogo, confere ao discurso dupla função: para o locutor, representa a realidade; para o ouvinte, recria a realidade. Isso faz da linguagem o próprio instrumento da comunicação intersubjetiva” (Benveniste, 1966, 1989).

Linguagem ¡As diferentes linguagens expressam as distintas culturas da sociedade. ¡Linguagem = capacidade abstrata:

Linguagem ¡As diferentes linguagens expressam as distintas culturas da sociedade. ¡Linguagem = capacidade abstrata: lgg da arte, lgg humana, lgg animal; lgg verbal, lgg visual etc. ¡Tese de Whorf: cada língua “recorta a realidade” de um modo particular. ¡As diferentes lggs têm funções modelizantes, modelizam o mundo. Organizar o mundo através de uma estrutura que é ao mesmo tempo estática e dinâmica (conservação x mudança)

Exemplos português Inglês roxo anil purple azul blue verde green amarelo yellow laranja orange

Exemplos português Inglês roxo anil purple azul blue verde green amarelo yellow laranja orange vermelho red Bassa (língua indígena da Libéria, África hui ziza

Exemplos inglês português Sheep Animal vivo (classe carneiro de animais vivos) Mutton Carne desse

Exemplos inglês português Sheep Animal vivo (classe carneiro de animais vivos) Mutton Carne desse animal (classe de alimentos) carneiro ou carne de carneiro

Linguagem ¡As diferentes línguas são variações de expressões que remeteriam a significados universalmente válidos

Linguagem ¡As diferentes línguas são variações de expressões que remeteriam a significados universalmente válidos e estáveis (Peterfalvi, 1970, citado por LOPES, 1984) ¡Porém: ¡“a linguagem não é o mundo; ela é, apenas, um saber sobre o mundo, capaz de fazer-se intersubjetivo e de relacionar consciências” (LOPES, 1984, p. 248).

Escrita ¡Potencialização da capacidade da linguagem ¡Com ela, acrescenta-se a disponibilidade e a permanência

Escrita ¡Potencialização da capacidade da linguagem ¡Com ela, acrescenta-se a disponibilidade e a permanência ¡Surgimento da escrita não é fato natural, mas resposta à complexidade da vida social: - necessidade de acesso à informação passada, informação de outros lugares etc.

Escrita ¡ Advento da escrita tem como consequências: ¡ Uma distribuição da sociedade entre

Escrita ¡ Advento da escrita tem como consequências: ¡ Uma distribuição da sociedade entre membros que têm ou não acesso à informação de forma indireta ¡ A necessidade de organizar o conhecimento registrado para transferí-lo ou não, decidindo-se, assim, sobre a função do conhecimento. ¡ Ler e escrever conferem poder. ¡ Conceito de cidadão, séc. XVIII (França, Alemanha) conferido àqueles que podiam informar-se “lendo”. O social era compreendido a partir das regras comunicativas da escrita (Canclini, 1999)

¡PODER associado à característica de PERMANÊNCIA (própria da escrita) introdução da idéia de PRESERVAÇÃO

¡PODER associado à característica de PERMANÊNCIA (própria da escrita) introdução da idéia de PRESERVAÇÃO ¡PRESERVAÇÃO neutralizou, de certo modo, a DISPONIBILIDADE (também característica da escrita)

Prioridade da PRESERVAÇÃO MONOPÓLIO DO conhecimento negação da ideia de circulação da mensagem (que

Prioridade da PRESERVAÇÃO MONOPÓLIO DO conhecimento negação da ideia de circulação da mensagem (que vem a reboque da disponibilidade) Mas se mantém em germe a ideia de circulação da informação. Biblioteca de Alexandria, de Serápio preservação e, embrionariamente, circulação

Institucionalização do tratamento e disseminação da informação Bibliotecários – funções de gramáticos (catalogação, correção

Institucionalização do tratamento e disseminação da informação Bibliotecários – funções de gramáticos (catalogação, correção e comentários aos textos) facilitavam o acesso ao conteúdo (operações de intermediação) Meios para o tratamento da informação

¡Tratar, preservar, transmitir são operações no universo da linguagem ¡A linguagem é ferramenta de

¡Tratar, preservar, transmitir são operações no universo da linguagem ¡A linguagem é ferramenta de trabalho no processo de organização e recuperação da informação. Linguagem documentária = ferramenta de tradução texto (fonte) => público (receptor)

Linguagem documentária ¡Linguagem contruída para indexação, armazenamento e recuperação da informação e é constituída

Linguagem documentária ¡Linguagem contruída para indexação, armazenamento e recuperação da informação e é constituída de um sistema símbolos utilizados para traduzir o conteúdo de um documento. ¡TESAURO construído em função de campos semânticos utilizados para representar de forma sintética a informação. INFORMAÇÃO depende dos sistemas de significação ¡NECESSÁRIO OPERAR NO UNIVERSO DA LINGUAGEM PARA ¡IDENTIFICAR ¡ANALISAR ¡TRATAR ¡DISSEMINAR

Tratamento da informação antes dos Tesauros Sistemas de classificação (CDD, CDU, LC. . .

Tratamento da informação antes dos Tesauros Sistemas de classificação (CDD, CDU, LC. . . ) classes de assunto padronização não se coloca o problema da comunicação ou de interação sistemas informacionais / públicos

Problemas de comunicação - Introduzidos quando se vê a importância da noção de linguagem,

Problemas de comunicação - Introduzidos quando se vê a importância da noção de linguagem, que é diferente do uso de denominações de classes prédeterminadas - Ex. : lista = sucessão de palavras sem arranjo, sem organização - Vocabulário, linguagem documentária, tesauro = sistema que é simultaneamente modo de organização e forma de comunicação - Processos documentários: tensão entre padronização e comunicação

Aspecto estrutural da linguagem ¡Aspecto estrutural da lgg = dificuldades de operacionalização na Documentação.

Aspecto estrutural da linguagem ¡Aspecto estrutural da lgg = dificuldades de operacionalização na Documentação. ¡Documentação (triagem, organização, conservação e acesso à informação) ¡Documentação – objetivos empíricos, pouca reflexão teórica sobre seus procedimentos, objeto e finalidades. Apropriação superficial das contribuições de outras áreas ¡ dificuldades para criação de um quadro teórico consistente é responsável pela ideia de que a linguagem documentária é uma lista de palavras usadas numa determinada área do conhecimento ¡Análise, Síntese e Representação Análise documentária

Linguística - Contribuição da Linguística estruturalista - Questionamento da tese da degradação das línguas

Linguística - Contribuição da Linguística estruturalista - Questionamento da tese da degradação das línguas pelo uso - Língua é fundamentalmente um instrumento de comunicação - caráter relacional da linguagem, sua natureza arbitrária e sua autonomia. - Arbitrário linguístico - opõe-se à ideia de motivação, ou seja, de que as palavras correspondem diretamente às coisas. A linguagem não se fundamenta na realidade extralinguística, mas em sua organização interna (sistema ou estrutura)

Objetivos ¡Observar a língua em uso. ¡Descrever e explicar os fatos: padrões sonoros, gramaticais

Objetivos ¡Observar a língua em uso. ¡Descrever e explicar os fatos: padrões sonoros, gramaticais e lexicais que estão sendo usados, sem avaliá-los moral, estética ou criticamente. ¡Estudar toda e qualquer expressão linguística como um fato merecedor de descrição e explicação dentro de um quadro científico adequado. ¡ Oferecer conceitos e modelos que fundamentarão a análise das línguas.

Linguística descritiva ¡Trata todas as línguas, escritas ou não escritas, igualmente; ¡Objetivo=> saber em

Linguística descritiva ¡Trata todas as línguas, escritas ou não escritas, igualmente; ¡Objetivo=> saber em que consiste e como funciona uma língua ¡Princípio fundamental=> a língua forma um Sistema Estrutura

Sistema ¡Da base ao topo, a língua é um arranjo de partes, ou seja,

Sistema ¡Da base ao topo, a língua é um arranjo de partes, ou seja, elementos formais articulados em combinações variáveis segundo certos princípios. ¡As unidades da língua não são definíveis pela sua descrição isolada e diacrônica, cada unidade de um sistema define-se pelo conjunto das relações (estrutura) que mantém com as outras unidades e pelas oposições em que entra.

Estrutura linguística ¡Língua: organização e classificação ¡Plano da Expressão: percepção de descontinuidades, organizações do

Estrutura linguística ¡Língua: organização e classificação ¡Plano da Expressão: percepção de descontinuidades, organizações do som ¡Plano do conteúdo: percepção de descontinuidades, organização do conteúdo, significação ¡Estrutura: modelo, construção mental, noção abstrata, que serve como hipótese de trabalho ; constituída por uma rede de elementos, em que cada elemento tem um valor funcional determinado; é um arranjo sistemático de partes

Língua ¡É um sistema de signos e regras combinatórias, sistema simbólico usada para a

Língua ¡É um sistema de signos e regras combinatórias, sistema simbólico usada para a comunicação, que só pode e deve ser estruturada a partir de suas relações internas. ¡ Palavras são compreendidas como símbolos, isto é, tem um significado Fato cultural/Contrato social ¡“a língua é o interpretante de todos os outros sistemas, lingüísticos ou não”. . . “a grande matriz semiótica” (Benveniste)

Representação ¡A linguagem permite simbolizar. ¡Simbolizar = faculdade de representar o real por um

Representação ¡A linguagem permite simbolizar. ¡Simbolizar = faculdade de representar o real por um signo e de compreender o signo como representante do real, de estabelecer, pois, uma relação de significação entre algo diferente. ¡Permite a formação do conceito distinto do objeto concreto. ¡Quando usamos um símbolo conseguimos reter de um objeto a sua estrutura característica e identificá-lo em conjuntos diferentes. É isso que nos torna racional.

Linguística documentária: Conceitos metodológicos - Signo Sintagma/paradigma Forma de expressão/forma de conteúdo Sincronia/diacronia Linguagem

Linguística documentária: Conceitos metodológicos - Signo Sintagma/paradigma Forma de expressão/forma de conteúdo Sincronia/diacronia Linguagem documentária tem de trabalhar com a noção de arranjo, rede de relações entre suas unidades

Signo ¡Presença (parte significante) e ausência (significado) ¡Significante/significado = significação ¡Signo = sempre institucional

Signo ¡Presença (parte significante) e ausência (significado) ¡Significante/significado = significação ¡Signo = sempre institucional (convenção; existe para um grupo definido de utilizadores); arbitrário, imotivado. ¡Signo é diferente de sinal: fumaça/signo de fogo; fumaça/consequência do fogo

Signo ¡“Unidade constituída pelo conceito (significado) e por uma sequência de sons/letras (significante)” (Saussure)

Signo ¡“Unidade constituída pelo conceito (significado) e por uma sequência de sons/letras (significante)” (Saussure) ¡Significante – expressão, sequência gráfica: parte perceptível ¡Significado – conteúdo, parte ¡Sgte/sgdo unidades solidárias; uma não existe sem a outra ¡Dada a solidariedade entre sgte/sgd, a significação deve ser observada a partir do sistema no qual é gerada. Não existe de forma independente, sendo sempre capturada por alguma forma.

Signo ¡Função referencial (denotação) – entre signo e o referente – menos frequente no

Signo ¡Função referencial (denotação) – entre signo e o referente – menos frequente no exercício da linguagem. Difícil estabelecer o referente da maioria dos signos. Significação não é o referente. ¡Significação não se confunde com a representação (imagem mental). Por força da significação instituída por um sistema de signos, uma espécie de ANALOGIA é estabelecida entre o signo e aquilo a que se refere ¡Afirmar que a linguagem representa algo é afirmar que, por força da significação (POSTULADOS DO SIGNIFICADO, Eco) – se propõe no lugar de, o substitui.

Signo ¡A linguagem documentária representa a informação como uma consequência das relações instituídas entre

Signo ¡A linguagem documentária representa a informação como uma consequência das relações instituídas entre suas unidades, e não como decorrência de sua mera presença ¡Lista de palavras – nada significa ¡Para interpretá-la – necessário o arranjo, que corresponde a um sistema de significação determinado entre outros possíveis.

Sintagma e paradigma ¡O signo pertence a um sistema e não pode ser observado

Sintagma e paradigma ¡O signo pertence a um sistema e não pode ser observado isoladamente. ¡ mantém relações paradigmáticas com outros signos (relações de diferença, semelhança, inclusão, exclusão, pressuposição etc. ) ¡ na frase (cadeia), pode combinar com alguns signos e não com outros (relação sintagmática) discurso

Paradigma ¡Paradigma = conjunto de signos que mantêm entre si relações virtuais de substitualidade

Paradigma ¡Paradigma = conjunto de signos que mantêm entre si relações virtuais de substitualidade (a presença de um signo exclui a realização concomitante de outros que mantêm com ele relações paradigmática). ¡relações associativas que se dão em razão de classes de signos de diversas naturezas ¡Educação /educar (sob o ponto de vista do radical) ¡Educação/formação (sufixo) ¡Educação/instrução/ensino/aprendizagem (semântico)

Paradigma ¡Num enunciado, cada signo tem parte da significação determinada pela classe da qual

Paradigma ¡Num enunciado, cada signo tem parte da significação determinada pela classe da qual participa (parte se dá através da sintagmatização) ¡PARADIGMA de um signo – estabelece relações in absentia entre unidades (classe delimita a significação dos seus elementos, mas não está presente) ¡No plano lógico – PARADIGMA próximo da noção de CATEGORIA (que não se reduz a um conjunto de elementos, mas supõe uma organização interna que decorre das relações estruturais entre os elementos em função de propriedades selecionadas).

Paradigma ¡ Um mesmo conjunto de signos pode participar de diferentes categorias: ¡ Propriedade

Paradigma ¡ Um mesmo conjunto de signos pode participar de diferentes categorias: ¡ Propriedade animal – gato e galo mantêm relação ¡ + penas – a relação desaparece ¡Veleiro, canoa, jangada, iate. . . Formam o mesmo paradigma semântico, pois pertencem à mesma classe: a classe de embarcação

Paradigma ¡ Classe quanto ao sexo: menino, João, garoto, moleque ¡ Classe de objetos

Paradigma ¡ Classe quanto ao sexo: menino, João, garoto, moleque ¡ Classe de objetos esportivos: bola, peteca, dardo ¡ Classe de verbos: atirou, jogou, arremessou ¡ Classe de artigos: o, a, uma ¡ O menino jogou a bola ¡ Eixo das escolhas (eixo vertical)

Sintagma ¡combinação na cadeia linear. Combinação dos signos EFETIVAMENTE dados. ¡Descrição de um sintagma

Sintagma ¡combinação na cadeia linear. Combinação dos signos EFETIVAMENTE dados. ¡Descrição de um sintagma = determinação de suas unidades, ordem em que aparecem. Relação de COEXISTÊNCIA, in praesentia. ¡O menino jogou a bola Eixo das combinações (eixo horizontal)

Forma de expressão/forma de conteúdo ¡Conceitos de signo, sintagma, paradigma língua é FORMA (no

Forma de expressão/forma de conteúdo ¡Conceitos de signo, sintagma, paradigma língua é FORMA (no plano significante ou do significado). ¡Hjelmslev: a língua não é substância, mas forma; toda língua é ao mesmo tempo expressão e conteúdo.

Forma de expressão/forma de conteúdo ¡Ex. : diferença entre duas línguas na tradução. ¡Diferença

Forma de expressão/forma de conteúdo ¡Ex. : diferença entre duas línguas na tradução. ¡Diferença (semântica) não reside na significação que propõem: pode-se traduzir. ¡Diferença = forma em que a significação se apresenta em cada uma das línguas. ¡Ex. : fleuve (fr) = rio que deságua no mar (várias palavras no português) ¡ cada língua introduz uma decupagem própria na substância fônica (perceptível imediatamente) e na substância semântica (forma da língua).

Forma de expressão/forma de conteúdo ¡Todas as línguas têm estruturas próprias. Fator comum (sentido)

Forma de expressão/forma de conteúdo ¡Todas as línguas têm estruturas próprias. Fator comum (sentido) é analisado diferentemente por cada língua. O sentido é ordenado, articulado, formado de forma diferente segundo as diferentes línguas. ¡Cada língua estabelece fronteiras na massa amorfa do pensamento ao enfatizar valores diferentes numa ordem diferente, colocando o centro de gravidade diferentemente. . . ¡Ex. : saudade (pt); missing (inglês)

Forma de expressão/forma de conteúdo ¡A Relação que a forma do conteúdo mantém com

Forma de expressão/forma de conteúdo ¡A Relação que a forma do conteúdo mantém com o sentido (substância do conteúdo) é arbitrária, do mesmo modo que o é aquela que a forma de expressão mantém com a substância fônica. ¡Analisar a língua não é assinalar o que ela significa, mas verificar COMO ela significa.

Sincronia/diacronia ¡Sincronia - sistema da língua, analisado num determinado momento do tempo ¡Diacronia: sistema

Sincronia/diacronia ¡Sincronia - sistema da língua, analisado num determinado momento do tempo ¡Diacronia: sistema da língua analisado em sua evolução no tempo Ex. ¡Vossa Mercê => Vosmecê => Você ¡A dicotomia permite separar os fatos internos de um sistema dos fatos históricos. ¡Ponto de vista sincrônico permite reafirmar que NENHUM ELEMENTO DA LÍNGUA PODE SER ANALISADO COMO FATO ISOLADO. ¡Sincronia – relação entre elementos coexistentes.

Sincronia/diacronia ¡Exemplo ¡JOGO DE XADREZ ¡ Fatores internos = Interno é tudo quanto diz

Sincronia/diacronia ¡Exemplo ¡JOGO DE XADREZ ¡ Fatores internos = Interno é tudo quanto diz respeito ao sistema, suas regras. A troca do material das peças não altera o sistema. Já a diminuição das peças afeta a gramática do jogo ¡Fatores externos = o fato de que o jogo de xadrez tenha sido difundido da Pérsia para a Europa

Sincronia/diacronia ¡Ponto de vista sincrônico + reconhecimento do princípio de estrutura permite ver a

Sincronia/diacronia ¡Ponto de vista sincrônico + reconhecimento do princípio de estrutura permite ver a importância da oposição (DIFERENÇA) e da identidade (SEMELHANÇA). ¡Sincronicamente (no ato da percepção) a apreensão das significações é feita através da afirmação das DESCONTINUIDADES. ¡Através da língua, a realidade se apresenta não sob forma contínua. Se o mundo fosse um continuum homogêneo, os objetos não teriam sentido: a significação manifesta-se através da percepção das descontinuidades, ou desvios diferenciais (Lévi. Strauss).

Conjunção/disjunção ¡Método comparativo permite identificar as diferenças, sob a ótica da identidade e da

Conjunção/disjunção ¡Método comparativo permite identificar as diferenças, sob a ótica da identidade e da oposição. ¡Analisar a língua é analisar formas (de expressão, de conteúdo). É apreender as diferenças: apreender pelo menos dois objetos (termos, palavras, etc. )como simultaneamente dados (um elemento isolado não responde pela estrutura) sob o aspecto de seus parciais iguais (conjunção) e seus parciais diferentes (disjunção).

Conjunção/disjunção classe sintagmática ¡Embarcação (elemento conjuntivo) ¡Veleiro disjunção ¡Canoa disjunção ¡Jangada disjunção ¡Iate disjunção

Conjunção/disjunção classe sintagmática ¡Embarcação (elemento conjuntivo) ¡Veleiro disjunção ¡Canoa disjunção ¡Jangada disjunção ¡Iate disjunção ¡. . . Essas palavras pertencem, todas, a uma mesma classe de sentidos (paradigma semântico). Qualquer dessas palavras, por sua vez, pode ser ponto de partida para outras associações.

Conjunção/disjunção classe sintagmática ¡Embarcação veleiro Essas palavras pertencem, todas, a uma mesma classe de

Conjunção/disjunção classe sintagmática ¡Embarcação veleiro Essas palavras pertencem, todas, a uma mesma classe de sentidos (paradigma semântico). Qualquer dessas palavras, por sua vez, pode ser ponto de partida para outras associações.

Novas associações, relações sintagmáticas ¡Embarcação (elemento conjuntivo) ¡Veleiro proa quilha . . . casco

Novas associações, relações sintagmáticas ¡Embarcação (elemento conjuntivo) ¡Veleiro proa quilha . . . casco vela. . . A leitura na horizontal mostra campos semânticos diferentes: campo das embarcações, campo das partes de um veleiro, campo das partes da proa. . . O TODO é o veleiro; proa, casco, vela são suas partes, assim como quilha é parte da proa etc.

¡Analisar a língua = analisar formas (de expressão ou conteúdo); ¡Determinar através do método

¡Analisar a língua = analisar formas (de expressão ou conteúdo); ¡Determinar através do método comparativo as diferenças, sob a ótica da identidade e da oposição. ¡Analisar a língua é analisar formas (de expressão, de conteúdo). É apreender as diferenças: apreender pelo menos dois objetos (termos, palavras, etc. )como simultaneamente dados (um elemento isolado não responde pela estrutura) sob o aspecto de seus parciais iguais (conjunção) e seus parciais diferentes (disjunção).

¡Relação = vínculo entre dois termos que se requerem mutuamente ¡ESTRUTURA = presença de

¡Relação = vínculo entre dois termos que se requerem mutuamente ¡ESTRUTURA = presença de dois termos vinculados por uma relação.

Referências ¡BENVENISTE, E. (1989). Problemas de Linguística Geral II. Campinas: Pontes) ¡CANCLINI, N. G.

Referências ¡BENVENISTE, E. (1989). Problemas de Linguística Geral II. Campinas: Pontes) ¡CANCLINI, N. G. Consumidores e cidadãos: conflitos multiculturais da globalização. 4. ed. Rio de Janeiro: UFRJ, 1999. ¡LOPES, E. Fundamentos da linguística contemporânea. São Paulo: Cultrix, 1987. ¡TÁLAMO, M. F. G. M. Linguagem documentária. São Paulo : APB, 1997 (Ensaios APB, 45)