Instituto Politcnico de Viana do Castelo Escola Superior

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Instituto Politécnico de Viana do Castelo Escola Superior Agrária de Ponte de Lima TUBERCULOSE:

Instituto Politécnico de Viana do Castelo Escola Superior Agrária de Ponte de Lima TUBERCULOSE: DO GADO AO VETERINÁRIO INSPEÇÃO SANITÁRIA Ana Catarina Sá, nº 14405 Telmo Costa, nº 14410 Ponte de Lima, 2016

TUBERCULOSE – INTRODUÇÃO A tuberculose bovina é uma zoonose causada pelo agente Mycobacterium bovis

TUBERCULOSE – INTRODUÇÃO A tuberculose bovina é uma zoonose causada pelo agente Mycobacterium bovis (Thoen e Barletta, 2005). Na sociedadde ocidental, a infeção por este agente zoonótico é considerada uma doença profissional ou ocupacional (Decreto Regulamentar n. º 6/2001 de 5 de Maio; DGES, 2010). A tuberculose é despoletada por um complexo que engloba (DGS, 2010): • • • M. tuberculosis M. bovis M. caprae M. africanum M. microti M. canettii

TUBERCULOSE – INTRODUÇÃO Susceptiveis a M. tuberculosis Susceptiveis a M. bovis e resistentes a

TUBERCULOSE – INTRODUÇÃO Susceptiveis a M. tuberculosis Susceptiveis a M. bovis e resistentes a M. tuberculosis Susceptiveis a M. bovis Susceptiveis a ambos • Humanos e primatas • Porquinhos da Guiné • Bovinos • Coelhos • Gatos • Ungulados silvestres • Suinos • Cães ( Thoen et all, 2010).

TUBERCULOSE – EPIDEMIOLOGIA HUMANOS Evolução da taxa de notificação e de incidência de Tuberculose

TUBERCULOSE – EPIDEMIOLOGIA HUMANOS Evolução da taxa de notificação e de incidência de Tuberculose em Portugal, 2000 -2014 (DGS, 2015).

TUBERCULOSE – EPIDEMIOLOGIA Em 2014, ocorreram, na cidade de Lisboa, 224 casos de tuberculose

TUBERCULOSE – EPIDEMIOLOGIA Em 2014, ocorreram, na cidade de Lisboa, 224 casos de tuberculose e 101 casos na cidade do Porto (DGS, 2015). Taxa de incidência de Tuberculose por 100 mil pessoas, por distrito, 2014 (DGS, 2015).

TUBERCULOSE – EPIDEMIOLOGIA ATENÇÃO Em Portugal, não esta determinada a importância de M. bovis

TUBERCULOSE – EPIDEMIOLOGIA ATENÇÃO Em Portugal, não esta determinada a importância de M. bovis na tuberculose humana, visto não ser prática laboratorial fazer a diferenciação do complexo M. tuberculosis. Isto ocorre porque atualmente a infeção por M. bovis em seres humanos é pouco frequento nos países industrializados, devido à rigorosa vigilância da infeção nos animais e à pasteurização dos produtos alimentares de origem animal (DGS, 2010).

TUBERCULOSE – EPIDEMIOLOGIA BOVINOS No ano de 2016, dos 1 633 394 animais, estima-se

TUBERCULOSE – EPIDEMIOLOGIA BOVINOS No ano de 2016, dos 1 633 394 animais, estima-se que 503 apresentem positividade ao teste da tuberculina resultando num total de 595 animais que possivelmente serão abatidos (DGAV, 2015).

TUBERCULOSE – EPIDEMIOLOGIA Testes e alcance durante o ano de 2016 (DGAV, 2015)

TUBERCULOSE – EPIDEMIOLOGIA Testes e alcance durante o ano de 2016 (DGAV, 2015)

TUBERCULOSE – VIAS DE TRANSMISSÃO Infeçoes em humanos relacionadas com : Leite e derivados

TUBERCULOSE – VIAS DE TRANSMISSÃO Infeçoes em humanos relacionadas com : Leite e derivados de leite não pasteurizado Inalaçao de aerossóis de gado infectado

TUBERCULOSE – SINAIS CLINICOS NO HOMEM Usualmente a tuberculose apresenta sintomatologia pulmonar: Na tuberculose

TUBERCULOSE – SINAIS CLINICOS NO HOMEM Usualmente a tuberculose apresenta sintomatologia pulmonar: Na tuberculose extrapulmonar a sintomatologia pode variar por Outros sintomas apresentados são • Tosse compulsiva com duração de 3 semanas ou mais; • Dor toráxica; • Excreção de sangue ou liquido purulento na tosse. • Fraqueza; • Fadiga; • Falta de apetite; • Arrepios; • Febre; • Transpiração excessiva durante a noite. • • • Linfadenomegália; Dor abdominal; Dor e perda de movimento em articulações e ossos afectados; Dor de cabeça persistente; Convulções. (National Health Service, 2014)

TUBERCULOSE – SINAIS CLINICOS NO BOVINO Os sinais clinicos da tuberculose bovina reflectem a

TUBERCULOSE – SINAIS CLINICOS NO BOVINO Os sinais clinicos da tuberculose bovina reflectem a extensão e a localização das lesões (Thoen, 2014). Os sinais incluem • • • Emaciação progressiva; Letargia; Fadiga; Anorexia; Febrícula flutuante. A broncopneumonia da forma respiratória da infeção causa uma tosse cronica, intermitente e produtiva com sinais de dispneia e taquipneia. Um dos sinais que podem também aparecer é timpanismo ruminal (Thoen, 2014).

TUBERCULOSE – MEDIDAS DE CONTROLO NA EXPLORAÇÃO ü ü Controlo dos pastoreios na medida

TUBERCULOSE – MEDIDAS DE CONTROLO NA EXPLORAÇÃO ü ü Controlo dos pastoreios na medida da fertilização (o uso de fezes de animais contaminados); Controlo dos pastoreios na medida do acesso de animais silvestres aos locais; Controlo do acesso dos animais silvestres aos locais de abeberamento; Controlo dos locais de pastagens e abeberamento devido á pessobilidade de estarem contaminados com fezes, urina, vísceras e cadáveres de animais silvestres; ü Controlo de fronteiras para evitar o contacto entre animais silvestres e os bovinos; ü Controlo das explorações para evitar o contacto de bovinos infectados com bovinos sãos; ü Controlo nas apresentações, feiras e concursos de animais de produção

TUBERCULOSE – MEDIDAS DE CONTROLO O PLANO NACIONAL DE ERRADICAÇÃO O Programa de Erradicação

TUBERCULOSE – MEDIDAS DE CONTROLO O PLANO NACIONAL DE ERRADICAÇÃO O Programa de Erradicação da Tuberculose bovina determina que todos os efectivos sejam objecto de classificação sanitária obrigatória relativamente à doença, em conformidade com a legislação comunitária e com o Decreto-lei n. º 272/2000 de 8 de Novembro (DGAV, 2009). As classificações sanitárias actualmente existentes são (DGAV, 2009): • T 2 – não oficialmente indemne • T 3 – oficialmente indemne

TUBERCULOSE – MEDIDAS DE CONTROLO O PLANO NACIONAL DE ERRADICAÇÃO Um animal suspeito é

TUBERCULOSE – MEDIDAS DE CONTROLO O PLANO NACIONAL DE ERRADICAÇÃO Um animal suspeito é aquele que (DGAV, 2015): • Clinicamente suspeito; • Com reação positiva (ou duas duvidosas consecutivas) á prova intradermotuberculinização comparada; • Com reação duvidosa á intradermotuberculinização comparada (efectivos T 2. 1); • Positivo à prova interferão-gamma; • Apresenta lesões no exame post mortem. O abate sanitário é imposto sempre que for identificado um animal clinicamente suspeito, com reação positiva ou duplamente duvidosa à prova de intradermotuberculinização ou apresentando positividade no teste interferãogamma (DGAV, 2015).

TUBERCULOSE – MEDIDAS DE CONTROLO INDIVIDUAL E COLETIVA A disseminação pode ser prevenida ou

TUBERCULOSE – MEDIDAS DE CONTROLO INDIVIDUAL E COLETIVA A disseminação pode ser prevenida ou mesmo reduzida, a nível coletivo, através: • • Educação da população Melhorias das práticas de higiene Pasteurização do leite Vacinação de neonatos pela BCG No momento de ordenha: • Higienização das salas e tetinas das ordenhas • Higienização de potenciais fomites • Utilização de EPI aquando a manipulação de animais infetados ou potencialamente infetados.

TUBERCULOSE – MEDIDAS DE CONTROLO A Centers for Disease Control and Prevention (CDC) determinou

TUBERCULOSE – MEDIDAS DE CONTROLO A Centers for Disease Control and Prevention (CDC) determinou algumas medidas preventivas nos diversos níveis de gestão da doença. Medidas administrativas • Implementar práticas efectivas para a gestão de pacientes que podem estar infectados; • Assegurar uma boa higienização, esterilização e desinfecção de equipamento que eventualmente poderá estar contaminado; • Educar, aconselhar e treinar trabalhadores ligados ao ramo da saúde, pacientes e a população relativamente à tuberculose; • Avaliar e testar a classe trabalhadora de risco à exposição à tuberculose; • Facilitar a colaboração e coordenação entre organizações.

TUBERCULOSE – MEDIDAS DE CONTROLO Controlo do ambiente Equipamento de proteção respiratória • Controlar

TUBERCULOSE – MEDIDAS DE CONTROLO Controlo do ambiente Equipamento de proteção respiratória • Controlar a fonte da infeção pelo uso de ventilação mecânica no local e diluir e remover ar contaminado usando a ventilação geral; • Controlar correntes de ar para prevenir a contaminação do ar em áreas subadjacentes á zona de isolamento e filtrar o ar. • Implementar um programa de proteção respiratória; • Treinar os especialistas de saúde em proteção respiratória; • Educar os pacientes na higiene respiratória e a importância de medidas de etiqueta preventivas.

TUBERCULOSE – MEDIDAS DE CONTROLO Segundo o nº 5 do art. º 11º do

TUBERCULOSE – MEDIDAS DE CONTROLO Segundo o nº 5 do art. º 11º do Decreto-Lei nº 84/97 de 16 de abril, se um trabalhador sofrer uma infecção ou outra doença que possa ter sido provocada pela exposição a agentes biológicos no local de trabalho, o médico do trabalho ou a entidade responsável pela vigilância da saúde dos trabalhadores proporá a todos os trabalhadores sujeitos a exposição idêntica a avaliação do seu estado de saúde

OBRIGADO!!

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • CDC – Centers for Disease control and Prevention, 2016. Tuberculosis (TB).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • CDC – Centers for Disease control and Prevention, 2016. Tuberculosis (TB). Site disponível: CDC (Ultima actualização: 6 Maio 2016), URL: http: //www. cdc. gov/tb/default. htm. Consultado em 17 Out. 2016. • Collins, C. e Grange, J. , 1987. Zoonotic implication of Mycobacterium bovis infection. International Veterinary Journal, s/d, 41: 363– 366 • de la Rua-Domenech, R. , 2006. Human Mycobacterium bovis infection in the United Kingdom: Incidence, risks, control measures and review of the zoonotic aspects of bovine tuberculosis. Tuberculosis journal, 1 Mar. , 86: 2: 77 -109 • DGAV, 2009. Manual de Apoio ao Controlo e Erradicação da Tuberculose Bovina. Direcção Geral de Alimentação e Veterinária • DGAV, 2015. Plano de Erradicação da Tuberculose Bovina. Direcção Geral de Alimentação e Veterinária • DGAV, 2016. Plano de Erradicação da Tuberculose Bovina. Direcção Geral de Alimentação e Veterinária • DGS, 2010. Vigilância da tuberculose zoonótico por Mycobacterium bovis em seres humanos. Orientação da Direção-Geral da Saúde nº 013/2010, Direção-Geral da Saúde, 2 pp. • DGS, 2015. Infeção por VIH, SIDA e Tuberculose em números. Programa Nacional para a Infeçao VIH/SIDA. Direção-Geral da Saúde, 70 pp. • Grange, J. , 2001. Mycobacterium bovis infection in human beings. Tuberculosis Journal, 1 Fev. , 81: 71 -77 • Grange, J. e Yates, M. , 1994. Zoonotic aspects of Mycobacterium bovis infection. Veterinary Microbiology, Maio, 40: 137151 • Harris, N. , Payeur, J. , Bravo, D. , Osorio, R. , Stuber, T. , Farrell, D. , Paulson, D. , Treviso, S. , Mikolon, A. , Rodriguez-Lainz, A. , Cemek-Hoskins, S. , Rast, R. , Ginsberg, M. e Kinde, H. , 2007. Recovery of Mycobacterium bovis from Soft Fresh Cheese Originating in Mexico. Applied and environmental microbiology, 1 Fev. , 73: 3: 1025 -1028

 • Hedvall, E. , 1942. Bovine tuberculosis in man. A clinical study of

• Hedvall, E. , 1942. Bovine tuberculosis in man. A clinical study of bovine tuberculosis especially pulmonary tuberculosis in the southernmost part of Sweden. Acta Medica Scandinavica, s/d, 135: 1 -196 • Humblet, M. , Boschiroli, M. e Saegerman, C. , 2009. Classification of worldwide bovine tuberculosis risk factors in cattle: a stratified approach. Veterinary Research, 6 Jun. , 40: 50: 1 -24 • Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, 2000. Decreto-Lei N. º 272/2000 de 8 de Novembro, Diário da República, 258 - I Série – A • Ministério do Trabalho e da Solidariedade, 2001. Decreto Regulamentar nº 6/2001 de 5 de Maio, Diário da República, 104 – I Série – B • Ministério para a Qualificação e o Emprego, 1997. Decreto-Lei n. o 84/97 de 16 de Abril (n. º 5 do art. 11º), Diário da República, 89 – I Série - A • Moda, G. , Daborn, C. , Grange, J. e Cosivi, O. , 1996. The zoonotic importance of Mycobacterium bovis. Tubercle and Lung Disease, 1 Abr. , 77: 2: 103 -108 • National Health Service, 2014. Tuberculosis (TB). Site disponível: NHS (Ultima actualização: 3 Dez. 2014), URL: http: //www. nhs. uk/conditions/Tuberculosis/Pages/Symptoms. aspx. Consultado em 17 Out. 2016. • Rodwell, T. , Moore, M. , Moser, K. , Brodine, S. e Strathdee, S. , 2008. Tuberculosis from Mycobacterium bovis in Binational Communities, United States. Emerging Infectious Diseases, 1 Jun. , 14: 6: 909 -916 • Samper, S. , Martin, C. , Pinedo, A. , Rivero, A. , Blazquez, J. , Baquero, F. , van Soolingen, D. e van Embden, J. , 1997. Transmission between HIV-infected patients of multidrug-resistant tuberculosis caused by Mycobacterium bovis. AIDS, 11 Ago. , 11: 10: 1237 -1242 • Thoen, C. , 2014. Overview of Tuberculosis and other Mycobacterial Infections. Site disponível: The Merck Veterinary Manual (Ultima actualização: Ago. 2014), URL: http: //www. merckvetmanual. com/mvm/generalized_conditions/tuberculosis_and_other_mycobacterial_infections/overview_of_tuberculosis_an d_other_mycobacterial_infections. html. Consultado em 17 Out. 2016. • Thoen, C. e Barletta, R. , 2006. Pathogenes is of Mycobacterium bovis. In Mycobacterium bovis Infections in Animals and Humans, Thoen, C. , Steele, J. e Gilsdorf, M. , Blackwell Publishing, Boston, Massachusetts, 18 -33 • Thoen, C. , Lobue, P. e Kantor, I. , 2006. The importance of Mycobacterium bovis as a zoonosis. Veterinary Microbiology, 25 Fev. , 339345 • Wedlock, D. , Skinner, M. , Lisle, G. e Buddle, B. , 2002. Control of Mycobacterium bovis infections and the risk to human populations. Microbes and Infection, 1 Abr. , 4: 471 -480