Monte Castelo Renato Russo Ainda que eu falasse
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Monte Castelo (Renato Russo) Ainda que eu falasse a língua É um não querer mais que bem dos homens querer E falasse a língua dos anjos É solitário andar por entre a gente Sem amor eu nada seria. É um não contentar-se de contente É só o amor, é só o amor É cuidar que se ganha em se Que conhece o que é verdade. perder. O amor é bom, não quer o malÉ um estar-se preso por vontade Não sente inveja ou se É servir a quem vence, o vencedor; envaidece. É um ter com quem nos mata Amor é fogo que arde sem se lealdade. ver É ferida que dói e não se sente. Tão contrário a si é o mesmo amor. Estou acordado e todos dormem É um contentamento todos dormem descontente Agora vejo em parte É dor que desatina sem doer. Mas então veremos face a face. É só o amor. . . / Ainda que eu falasse. . .
TOCANDO EM FRENTE Almir Sater & Renato Teixeira Ando devagar Porque já tive pressa E levo esse sorriso Porque já chorei demais Hoje me sinto mais forte Mais feliz quem sabe Eu só levo a certeza De que muito pouco eu sei E nada sei Conhecer as manhas e as manhãs O sabor das massas e das maçãs É preciso amor pra poder pulsar É preciso paz pra poder sorrir É preciso chuva para florir Penso que cumprir a vida Seja simplesmente Compreender a marcha E ir tocando em frente Como um velho boiadeiro Levando a boiada Eu vou tocando os dias Pela longa estrada Eu sou Estrada eu vou Todo mundo ama um dia Todo mundo chora Um dia a gente chega E no outro vai embora Cada um de nós Compõe a sua história Cada ser em si carrega o dom De ser capaz De ser feliz
Sonho Impossível Versão de Chico Buarque Quantas guerras Sonhar, mais um sonho terei de vencer impossível Por um pouco de paz Lutar quando é fácil ceder E amanhã Vencer o inimigo invencível Se esse chão que eu beijei Negar quando a regra é vender For meu leito e perdão Sofrer a tortura implacável Vou saber que valeu Romper a incabível prisão Delirar e morrer de paixão Voar num limite improvável E assim, Tocar o inacessível chão Seja lá como for, É minha lei Vai ter fim É minha questão A infinita aflição Virar este mundo E o mundo Cravar este chão Vai ver uma flor Não importa saber Brotar Se é terrível demais do impossível chão
Eu só peço a Deus (Solo le Pido a Dios) (Leon Gieco – Raul Elwanger) Eu só peço a Deus Que a dor não me seja indiferente Que a morte não me encontre um dia Solitário sem ter feito o que eu queria Eu só peço a Deus Que a injustiça não me seja indiferente Pois não posso dar a outra face Se já fui machucado brutalmente Eu só peço a Deus Que a guerra não me seja indiferente É um monstro grande e pisa forte Toda pobre inocência desta gente Eu só peço a Deus Que a mentira não me seja indiferente Se um só traidor tem mais poder que um povo Que este povo não esqueça facilmente Eu só peço a Deus Que o futuro não me seja indiferente Sem ter que fugir desenganado Pra viver uma cultura diferente Solo le pido a Dios Que la guerra no me sea indiferente Es un monstruo grande y pisa fuerte Toda la pobre inocencia de la gente