Desenvolvimento vocacional TEORIA DE DONALD SUPER ANOS 50
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Desenvolvimento vocacional TEORIA DE DONALD SUPER (ANOS 50)
“Nem todos os caminhos são para todos os caminhantes”.
Vocação Latim vocatio = chamamento Ter vocação para algo é: ◦ Sentir que isso nos chama ◦ Ter uma propensão, tendência, inclinação A vocação pode ser: ◦ Inata ◦ Adquirida ◦ Combinação das duas A investigação mostra que se seguirmos a nossa vocação temos mais probabilidades de sermos bem sucedidos e felizes.
Vocação e carreira A escolha de uma carreira é um comportamento vocacional porque consequência vocação. de é a uma
Todo ser humano aspira a realizar-se através do trabalho. Tal aspiração constitui ◦ Uma necessidade de subsistência. ◦ Uma expressão da personalidade, pois, através do trabalho, o homem pode empregar da melhor forma possível as suas capacidades e aptidões, de acordo com o valores sociais, morais e religiosos. económicos, estéticos,
O papel do trabalho e carreira profissional nas Carreira transformou-se num sociedades dos aspetos mais relevantes no modernas tem vindo a ganhar desenvolvimento e equilíbrio progressiva importância psicológico do indivíduo a par : ◦ Da vida familiar ◦ Dos estudos ◦ Da realização afetiva ◦ Do lazer
Daí a crescente importância da escolha de uma profissão, da identificação da vocação profissional.
Donald Super Desenvolvimento vocacional Donald Super investigou os comportamentos vocacionais ao longo da vida e desenvolveu uma teoria do desenvolvimento vocacional
Donald Super Desenvolvimento vocacional O desenvolvimento vocacional (a escolha de uma profissão, de uma ocupação) ◦ Não se resume a um momento da vida de uma pessoa, não é um momento único e estático. ◦ É um processo contínuo: desenvolve-se ao longo de toda a vida, desde a infância até à velhice.
Carreira F: 2016 -17 pen12ºPAGDMódulo 7Invenções feitas por crianças. mp 4 Míudo de 12 anos faz discurso sobre carreira até agora. mp 4 Carreira = conjunto de papéis sociais desempenhados num qualquer momento do ciclo da vida . . AnalepsisGame. exe
Papel social É o correto desempenho dos papéis que garante o direito ao estatuto adquirido
Ciclo de vida
Filho/filha: tempo e energia gastos no relacionamento com os pais Estudante: tempo e energia gastos em aprendizagens e novas competências Trabalhador: tempo e energia gastos num trabalho remunerado Esposo(a): tempo e energia gastos no cultivo e manutenção de uma relação Cuidador(a) da casa: tempo e energia gastos no cuidar da casa (limpar, preparar a comida) Pai/mãe: tempo e energia gastos no cuidar dos filhos Lazer: tempo e energia gastos em atividades relaxantes (ler, desportos, jogos) Cidadão: tempo e energia gastos em atividades em prol da comunidade
Autoconceito Uma das contribuições mais significativas de Donald Super foi a importância dada ao autoconceito. Autoconceito Desenvolvimento vocacional O autoconceito corresponde à forma como nos definimos. O autoconceito responde à resposta à pergunta: "quem sou eu? " O autoconceito é composto por imagens acerca do que nós próprios: • O que pensamos que somos. • O que pensamos que conseguimos realizar. • O que pensamos que os outros pensam de nós. • O que gostaríamos de ser
Fatores que intervêm no autoconceito Experiências passadas Papéis desempenhados Valores autoconceito Imagem corporal Cultura/sociedade
Exemplo "Um estudante universitário pode considerar-se bom aluno e mau atleta ou vice-versa. Qual destes é o seu autoconceito? Nenhum! São autoconceitos (role selfconcepts). São os autoconceitos que são importantes, tais como "Eu sou um bom aluno e um mau atleta" ou "Eu sou um mau aluno e um bom atleta". Também podemos falar de bom/mau professor bom/mau marido, bom/mau cidadão. O que cada um de nós tem é uma constelação de autoconceitos: alguns são negativos, outros são positivos. "
Autoconceito vocacional/profissional = é a ideia que um indivíduo tem da sua capacidade de desempenhar os papéis que uma determinada idade e situação exigem. Envolve um conjunto de: ◦ Interesses (o que eu gosto/quero) ◦ Competências (o que eu sei fazer) ◦ Valores (o que eu valorizo) Associados a uma tarefa, profissão ou ocupação.
Autoconceito vocacional Experiências passadas Papéis desempenhados Valores Autoconceito vocacional Imagem corporal Cultura/sociedade
Carreira e autoconceito (vocacional) Cada profissão requer um conjunto de capacidades e características de personalidade, (ainda que não de uma forma rígida) Quando assumimos uma determinada profissão atualizamos o nosso autoconceito. Qualificam-nos para determinadas ocupações e profissões Ao manifestarmos uma preferência vocacional expressamos a pessoa que pensamos ser, a pessoa queremos ser.
Maturidade vocacional Capacidade para: • Tomar decisões • Assumir comportamentos • Assumir responsabilidades Próprios do estádio em que o indivíduo se encontra
Contextos da maturidade vocacional Meio familiar -Recursos (psicológicos sociais, económicos) que oferece ao desenvolvimento do indivíduo -Interagindo na família construímos a nossa identidade, aceitando ou rejeitando certos papéis Meio socioeconómico - Condiciona as escolhas da carreira ao tornar mais ou menos apetecível certos papéis e áreas profissionais
Os estádios de vida ◦ As preferências vocacionais das pessoas não são estáticas: modificam-se ao longo da vida por influência da sua experiência e das situações. ◦ O desenvolvimento vocacional decorre em vários estádios marcados por características próprias. Ocorrem em determinadas idades aproximadas, segundo uma sequência. ◦ A cada etapa ou estádio correspondem tarefas específicas a ser realizadas. ◦ O autoconceito vocacional varia ao longo do tempo, da vida, como resultado da experiência. ◦ Corresponde às características ligadas ao desenvolvimento profissional de uma pessoa.
Os estádios de vida A designação (nome) de cada estádio remete para a principal tarefa do estádio de vida. Segundo Super, estes estádios não sempre lineares: uma pessoa pode voltar a um estádio anterior do desenvolvimento, isto é, os estádios podem ser cíclicos. Esta situação, a que Super chama de reciclagem, não tem uma conotação negativa. É um processo inerente ao desenvolvimento vocacional.
Os estádios de vida Crescimento Exploração Estabelecimento Manutenção Do nascimento aos 13 -14 anos Dos 15 aos 24 anos Dos 24 aos 44 anos Dos 44 aos 64 anos Descompromisso Após os 64 anos
Crescimento (0 -14 anos) Desde o nascimento, a criança desenvolve-se num contexto social através do processo de socialização. É na relação com os outros (pais, professores, outros adultos significativos e colegas) que, ao identificar-se com eles, ela vai construir o autoconceito vocacional: • Compreende a importância de ter sucesso no que faz (casa, amigos, escola). • Procura adquirir conhecimentos e competências • Procura ser competente no que faz. • Adquire hábitos e rotinas de trabalho. • Preocupa-se (projeta-se) com o futuro.
Exploração (15 -24 anos) Período de exploração: ◦ De si próprio, ◦ Do mundo do trabalho ◦ Dos papéis das outras pessoas nas suas ocupações. O autoconceito vocacional constrói-se na interação ◦ Com os outros. ◦ Com as experiências pessoais. ◦ Com o desempenho dos papéis em casa, na escola e noutros contextos de vida.
Exploração (adolescência-estado adulto Num primeiro momento, as opções vocacionais são ensaiadas nas conversas com os outros e na fantasia. Progressivamente, o jovem vai construindo o seu autoconceito vocacional em contacto com a realidade. Escolhida uma profissão, desenvolve as tarefas desta fase, especificando, implementando a sua opção. Contudo, a escolha não está finalizada.
Estabelecimento (25 -44 anos) À medida que tempo avança, o adulto procura dar solidez ao mundo do trabalho: ◦ Estabilizando ◦ Consolidando ◦ Progredindo na sua ocupação. Podem surgir questões relacionadas com experimentações e ensaios na procura de um autoconceito vocacional mais seguro. Esta situação pode refletir-se: ◦ Na mudança de emprego ◦ Na procura de novos percursos de vida profissional ◦ No abraçar novas experiências laborais.
Manutenção (44 -64 anos) A principal tarefa das pessoas: ◦Desenvolver ◦Preservar Com sucesso o autoconceito vocacional estabelecido. Não significa estagnação. É comum, nesta fase da vida, muitos colocarem a si próprios a pergunta: "É isto quero fazer nos próximos anos? ". Se a pessoa não se sente autorrealizada na sua ocupação pode abraçar novos desafios. Inovar é também uma tarefa deste estádio de desenvolvimento. A frustração pode surgir se a pessoa não conseguir estabilizar-se numa ocupação que a autorrealize, que seja adequada ao seu perfil
Descompromisso (após os 64 anos) O elemento comum neste estádio é a Há uma desaceleração no desenvolvimento da carreira através da pré-reforma ou mesmo da aposentação. Assiste-se a uma: ◦ Diminuição da energia, ◦ Abrandamento dos ritmos de atividade, ◦ Ao declínio dos processos físicos e mentais. O trabalho a tempo inteiro pode ser substituído por um trabalho a tempo parcial e por hobbies. necessidade de se reformular o estilo e a estrutura de vida. Algumas pessoas encaram este período de uma forma positiva, outras sofrem com sentimentos de desilusão e desapontamento. É cada vez mais importante o planeamento atempado da reforma para se poder responder ao desafio de uma nova de vida.
A importância da teoria de Donald Super soube interpretar a nova realidade criada pelas grandes mudanças tecnológicas e sociais e pela importância que a profissão ganhou na vida das pessoas A sua teoria sobre o desenvolvimento vocacional, veio enriquecer e dar mais sentido ao desenvolvimento humano, sobretudo nas sociedades mais industrializadas. É de realçar a ideia de que o desenvolvimento que se processa por estádios, não é linear: podem surgir questões num estádio que correspondem a etapas anteriores. Uma pessoa que se encontre no último estádio pode, por exemplo, procurar novos papéis ocupacionais, o que é uma tarefa própria do estádio de crescimento.
Super apresentou uma aplicação prática da sua teoria para apoiar os orientadores de carreira. Chama-se Modelo de Avaliação e Orientação de Carreira e é um instrumento muito utilizado pelos orientadores profissionais para auxiliar as pessoas a resolverem os seus problemas de carreira.
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