Orientao Vocacional a estratgia clnica Palavras iniciais BOHOSLAVSKY
Orientação Vocacional: a estratégia clínica Palavras iniciais BOHOSLAVSKY, R. Orientação vocacional: a estratégia clínica. Tradução José Maria V. Bogart. São Paulo: Martins Fontes, 1991. Título original: Orientación Vocacional – la estratégia clínica. Buenos Aires: Ediciones Nueva Vision, 1971.
Sobre o autor �Nasceu no sul da Argentina (Baía Blanca), em 1942 �Morreu em 1977, aos 35 anos �Primeiro livro – 1971 �Segundo livro – 1975 �Aprendeu a ler cedo; �Tinha necessidade de compreender os seres humanos e as relações das pessoas entre si e com o mundo – psicologia; �Formou-se em 1966: coragem para impor a estratégia clínica; �Escreveu o livro aos 27 anos;
Abordagem da O. V. �Redescobrir os valores e os sentimentos humanos �Em detrimento a valores econômicos �Procurava ver indivíduos como pessoas e não somente como profissionais VOCAÇÃO �O que o indivíduo faz e sente �Indivíduo como pessoa, e não como objeto quantificável
Sobre o autor � 1975: curso na USP para Psicologia �Abril a maio/1975: curso para Orientadores Educacionais da rede estadual e municipal �Professor convidado da USP: ministrou cursos �Desenvolvia laboratório de relações = experiência didática �experiência que levava indivíduos a terem novas percepções de si e do mundo 1976 – muda-se para o Brasil �São Paulo – USP e PUC; GEPSA �Rio de Janeiro • Ministra cursos na graduação e pós-graduação • Faz laboratório • Supervisão • Grupos operativos • Supervisão • O. V. • Terapia individual e de grupo • Cursos na PUC e outras instituições • Grupo de técnica psicanalítica
Sobre o autor � Parecer do laudo médico impediu contratação da USP � Resolveu morar no Rio � Contato humano fácil: // era só (boêmio) � Fez muitos amigos, integrou-se ao carnaval � Era conhecedor profundo de psicanálise � Era capaz de dimensionar o universo em todos os seus aspectos – filosóficos, políticos, sociais, científicos, psicológicos, ideológicos, técnicos. � O que ensinava não era dissociado da vida � Disponibilidade de mudar: agente transformador de pessoas � Criativo e grande sensibilidade para teatro e poesia � Em Buenos Aires foi ator e diretor � No Rio, participava de um grupo de teatro � Escrevia poesias e declamava (Fernando Pessoa)
Sobre o autor �Morte e doença: presentes em sua vida �Infância � Lesões cardíacas � Endocardite �Procurava aproveitar a vida �Na Santa Casa ficou amigo dos pacientes, médicos, residentes e enfermeiros �Faleceu em 14/04/77: acidente vascular cerebral
Qual a contribuição de Bohoslavsky ?
Vocacional 1. Dois planos 2. Problemática teórica 3. Inovações técnicas para aumentar a população beneficiada. 4. Prática da O. V. 5. Sentido da prática de O. V.
Vocacional 1. Dois planos �Primeiro dos problemas �Dificuldades das pessoas em alcançar escolhas conscientes e autônomas �Respostas técnicas – operacionalizações �Segunda das problemáticas �Questões teóricas �Podem ser resolvidas a partir de instrumentos conceituais �Setores do campo psicológico � + Sociologia, Economia, Antropologia, Pedagogia
Determinantes da escolha? Individuais ? Sociais?
Vocacional 2. Problemática teórica �“retorno a Freud” Caráter Sobredeterminado (indivíduo) Estrutura do aparelho psíquico Multideterminado (social) Estrutura Social Expressam-se através de: Dialética dos desejos Identificações Demandas sociais (que a família, a escola e os meios de comunicação de massa veiculam)
Vocacional �Articulação entre o indivíduo e o social � Dialética das identificações � � Determinante da pessoa (identidade vocacional e profissional) Não é determinante em última instância �Importante aos processos luto e reparação �Perguntas: � Qual é o status do ego que decide – o indivíduo “é escolhido” a partir da estrutura do inconsciente ou a partir da estrutura econômica-políticasocial? � Qual a margem de liberdade do indivíduo?
Quais profissionais são capacitados para fazer a intervenção?
Educador X Psicólogo �Especialista em Educação – esclarecer características das universidades e profissões. �Psicólogo – esclarecer condicionantes das representações (mundo externo e interno) que possuem os orientandos e que obstaculizam o processo autônomo da escolha.
Vocacional 3. Prática da OV �Debates sobre os limites das práticas pedagógicas e psicoterapêutica. �Orientação Educacional �Psicólogos – únicos que reconheceriam aspectos psicodinâmicos da escolha. �Sec XX – cientistas sociais – desvelamento.
Vocacional 4. Inovações técnicas para aumentar a população beneficiada. � mbito individual – para grupal (mais econômico, mais pertinente) �Identidade profissional do orientador.
Vocacional 5. Sentido da prática de OV DIMENSÃO ÉTICA �Refletir – sobre o que o homem é e o que poderia vir a ser. �A pessoa é capaz de decidir. �O que está em jogo: futuro do homem e futuro da humanidade.
cliente orientador futuro
Palavras iniciais �O. V. �Um dos campos de atividade dos cientistas sociais �Ampla gama de tarefas – inclui pedagógico e psicológico �Competência: psicólogo, pedagogo, sociólogo, professor. Processo de orientação frente à situação de escolha. � Psicólogo: diagnóstico e solução dos problemas. �O. V. (neste livro) procedimentos dos psicólogos especializados. �Clientes: na passagem de um ciclo educativo para outro. �Possibilidade e necessidade de tomar decisões.
Palavras iniciais �Escolha = momento crítico de mudança na vida do indivíduo. � De como as pessoas elaboram; o indivíduo a situar-se no continuum – saúde e doença. �O. V. – com adolescentes � Momento das dificuldades (e solução de natureza vocacional) � 15 a 19 anos – conflitos em relação ao mundo adulto �Atividades de O. P. (estratégia clínica) � Quadros de referência � Orientações teóricas � Concepções filosóficas e científicas � Técnicas de Trabalho.
O que é estratégia clínica?
Estratégia Clínica �Psicologia Clínica � Ramo da Psicologia � Campo de trabalho do psicólogo � Lugar de trabalho terapêutico � Intenção: oposição à experimental, a psicologia clínica procura compreender comportamentos enquanto a psicologia experimental tenta explicá-los � Enfoque: totalista ou gestáltico em clínica e atomista e reducionista em experimental
Estratégia Clínica Para Bohoslavsky não é nada disso. . . �Psicologia Clínica: estratégia de abordagem do objeto de estudo que é o comportamento dos seres humanos. �Estratégia: tipo de observação e atuação �Pode ser empregada para estudar qualquer tipo de comportamento: �Sadio ou doente �Em qualquer âmbito de trabalho (individual, psicossocial, sociodinâmico, institucional ou comunitário) �Em qualquer campo de trabalho (familiar, penal, educacional) �Para modificação, compreensão, explicação ou prevenção de dificuldades.
Estratégia Clínica � Estratégia – vocábulo de origem militar � Refere-se a ações planejadas ou previstas � Para atuar sobre uma situação � Com a finalidade de modificá-las � Estratégia – caráter intencional, consciente � � Porque Para que � Corresponde a critérios racionais que surgem do quadro de referência � Quadro de referência (elimina a intuição) � � � Teorias e sistemas aceitos pelo psicólogo Experiência Valores Ideologia Estilo pessoal
Elimina de fato a intuição? Intuição informada
Estratégia Clínica �Relação com o estilo pessoal (caráter artesanal) �É fundamentalmente uma atividade científica: baseiase em certas hipóteses ou predições a serem verificadas. �Psicólogo – o papel de observador modifica com sua própria presença: observação participante �Entre conhecimento e ação – não há divórcio �Nenhum trabalho prático é efetivo se não se apóia em sólidos postulados teóricos.
Estratégia Clínica � Reflexão e ação (unidas) � Unidade de atuação � Observar � Pensar � Agir � Mudar � Busca-se um bom conhecimento do sujeito � Mas, ao mesmo tempo, a promoção de benefícios para ele – modificações favoráveis � Prevenção de dificuldades � Vínculo dinâmico � Diálogo com a situação
Psicoprofilaxia /promoção de saúde �Conjunto de recursos postos a serviço de prevenção, diagnóstico precoce e reabilitação. �Atitude delineada a partir da sanidade e não da doença mental. �Situações em que o psicólogo atua em psicoprofilaxia ou promoção de saúde: 1. períodos de desenvolvimento: gravidez, parto, infância 2. fases de mudança – imigração, casamento, viuvez 3. situações de tensão nas relações humanas 4. organização e dinâmica das instituições 5. problemas que criam ansiedade: sexualidade, OP, escolha de trabalho 6. situações que requerem informação: educação dos filhos
Psicologia clínica e Estratégia Clínica �Inclui 3 momentos: �Ver (observação ou investigação) �Pensar (diagnóstico ou tratamento) �Atuar (aconselhamento) �Estratégia clínica = síntese �Investigação e ação �Teoria e prática �Conhecer e fazer
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