apresentam Ateno Sade Mental na Sade das Crianas
- Slides: 43
apresentam
Atenção à Saúde Mental na Saúde das Crianças e Adolescentes Maria Cristina Riesinger Pereira Médica Psiquiatra SES/HIJG e SM Saúde de Palhoça - CAPSi Mestre em Antropologia Social – UFSC/SC
Roteiro da Palestra - Os Problemas de Saúde Mental (PSM) Infanto-Juvenil - Prevalência dos PSM das Crianças e Adolescentes - Política de Saúde Mental para Crianças e Adolescentes / A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) - Pesquisa na Atenção Básica (AB), no município de São Paulo - Algumas Tecnologias Leves de Cuidado em Saúde Mental Infanto-Juvenil - Conclusão
O impacto dos PSM Infanto. Juvenil: crianças e adolescentes sofrem e adoecem - Sofrimento psíquico X prejuízo no desenvolvimento; - Impacto nas famílias; - Risco de TMs na vida adulta. Pensar sobre crianças e adolescentes é pensá-los a partir de seus contextos: seu desenvolvimento singular, sua família e outros laços sociais; as rotinas diárias; a sua comunidade e os outros espaços de socialização, a creche, a pré-escola, a escola, o lazer.
Saúde Mental das Crianças e Adolescentes • Crianças e adolescentes x escola; • Fase de Adolescência; • Suicídio e tentativa de suicídio na adolescência.
Experimentalismos múltiplos: o uso de drogas na adolescência - Maconha, bala (LSD-ácido lisérgico), doce (ecstasy- MDMA= Metileno Dióxido Metanfetamina), cocaína, crack, cristal (metanfetamina potente), etc. . . circulam, “soltos”, na vida dos adolescentes. - De acordo com estudos, a maconha apresenta um risco potencial para o desenvolvimento de transtornos esquizofrênicos, particularmente em indivíduos vulneráveis. - Esse risco parece estar diretamente relacionado à freqüência e ao uso precoce - Sindrome Amotivacional: desinteresse generalizado, mas principalmente pelos estudo/escola. Risco de evasão escolar.
Experimentalismos múltiplos: o uso de drogas na adolescência -Iniciativas com o objetivo de reduzir o uso de maconha entre os jovens: impacto positivo na prevenção de futuros casos de esquizofrenia. -Campanhas esclarecedoras sobre esses achados p/ jovens são necessárias e relevantes.
Os principais grupos diagnósticos • Problemas internalizantes / transtornos emocionais: mais comuns em meninas; • Problemas externalizantes / transtornos do comportamento disruptivo: mais comuns em meninos; • Transtornos do desenvolvimento. A manifestação desses quadros clínicos está associada a determinadas características individuais, familiares, contextuais e experiências de eventos traumáticos e/ou estressores.
Eventos Estressores • Eventos de vida negativos; • Rupturas de vínculos/perdas de laços; • Violência; • Doenças crônicas, hospitalizações. Associações entre problemas de comportamento e variáveis do ambiente familiar têm sido constantemente verificadas. A quantidade e qualidade de eventos de vida negativos provenientes da família vem sendo apontadas como particularmente prejudicial ao desenvolvimento infantil, sendo fator predisponente aos problemas de saúde mental.
Ambiente Familiar - Associações entre problemas de comportamento e variáveis do ambiente familiar têm sido constantemente verificadas. - A quantidade e qualidade de eventos de vida negativos provenientes da família vem sendo apontadas como particularmente prejudicial ao desenvolvimento infantil, sendo fator predisponente aos problemas de saúde mental.
Ambiente Familiar • Problemas de SM dos pais: depressão, uso de álcool e outras drogas, explosividade, etc; • Estresse materno x problemas internalizantes; • Vínculos frágeis com o pai; • Depressão materna X supervisão positiva X agravos no desenvolvimento infanto-juvenil; • Violência intra-familiar x problemas externalizantes e internalizantes x uso de drogas.
A Violência como Estressor Máximo - A família serve como modelo para o aprendizado de padrões comportamentais, emocionais e sociais dos filhos. Quando existe violência, a família atua como um modelo negativo, gerando comportamentos prejudiciais à interação social e à SM das crianças e adolescentes. - Situações de violência física, abuso sexual e violência psicológica causam enorme impacto no desenvolvimento emocional e cognitivo. - Crianças e adolescentes abrigados e a alta vulnerabilidade psicossocial;
Condições financeiras desfavoráveis - Condições de pobreza configuram-se como situações de violência. - Instabilidade do ambiente familiar, privações, falta de estímulos adequado, exclusão social, restrição do espaço físico, violência intra-familiar, violência urbana.
Saúde Mental das Crianças e Adolescentes Prevalência: Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), as crianças e adolescentes representam respectivamente cerca de 30% e 14, 2% da população mundial. Em revisão de literatura internacional: a média global da taxa de prevalência de transtornos mentais nessa população foi de 15, 8%.
Saúde Mental das Crianças e Adolescentes No Brasil: - 10 -20% sofre com transtornos mentais; - 3 -4% necessita de tratamento intensivo; - Estudos entre 1980 e 2006 apontam prevalência de 12, 6%-35% (informantes eram os pais ou as crianças) e de 7%-12, 7% (através de entrevista diagnóstica).
Saúde Mental das Crianças e Adolescentes Estudos no Brasil realizados entre 1980 e 2006: - Pré-escolares (0 -6 anos): 10, 2% - Pré-Adolescentes (6 -12, 13 anos): 13, 2% - Adolescentes (12 ou 13 anos – 19 anos): 16, 5%
Transtornos mais prevalentes • Transtornos ansiosos; • Depressão; • Transtornos de Comportamento, incluindo o TDAH; • Uso de substâncias. Os Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) têm se mostrado cada vez mais visíveis e prevalentes.
Saúde Mental das Crianças e Adolescentes Estudo da OMS: - Escassez de recursos para promoção da saúde mental infanto-juvenil é de várias ordens: econômica, humana, fragilidades nos serviços de atendimento, falta de programas de capacitação e de políticas de saúde mental específicas para essa faixa etária.
Política de Saúde Mental Infanto-Juvenil: A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) • Atenção Básica: ESF e UBS; • Equipes de AB para populações específicas: equipes de consultório de rua; • NASF; • CAPS i : em Santa Catarina, são 9; • Centros de Convivência e Cultura; • Atenção de Urgência e Emergência: UPAS, SAMU; • Atenção hospitalar: 4 leitos, em SC.
A Atenção Básica e a Atenção em Saúde Mental de Crianças e Adolescentes Pesquisa realizada por Edith Lauridsen-Ribeiro e Oswaldo Yoshimi Tana. Ka, na rede de saúde de São Paulo, no ano 2000 e focalizou o trabalho dos pediatras. A faixa etária das crianças pesquisadas: 5 à 11 anos. A pesquisa encontrou que os pediatras têm baixa sensibilidade para reconhecer Problemas de Saúde Mental em crianças.
Fatores relacionados ao baixo reconhecimento de PSM pelos pediatras da AB: - Deficiência na formação: - Foco nos aspectos físicos x desvalorização dos aspectos psicossociais; - Consultas focalizam na pesquisa de sintomas que podem ser comprovados pelos exame físico e exames complementares.
Fatores relacionados ao baixo reconhecimento de PSM pelos pediatras da AB: - Falhas no processo de organização do trabalho: - O tempo curto das consultas; - A falta de profissionais especializados que possam servir de suporte; - Dificuldade para encaminhamento para os serviços especializados.
Fatores relacionados ao baixo reconhecimento de PSM pelos pediatras da AB: Desvalorização das tecnologia leves da SM: - As tecnologias de intervenção privilegiam medicamentos e intervenções “duras” e valorizam pouco outras abordagens; - Dar atenção, ver e conversar mais vezes, escutar não são consideradas tecnologias de cuidado.
Fatores relacionados ao baixo reconhecimento de PSM pelos pediatras da AB: Dificuldades na incorporação dos aspectos psicossociais nas práticas cotidianas: - “quando a gente entra neste campo parece que a gente não é mais médico”; - Processo saúde-doença fica restrito aos seus componentes físicos, biológicos e visíveis.
Atenção Básica e Problemas de Saúde Mental Infanto-Juvenil Sobre a dificuldade de acolher as questões de Saúde Mental, os pediatras, mencionaram: - A linguagem hermética do campo da SM (especialmente a psicanálise); - As características de personalidade do profissional; - As deficiências na formação que privilegia os aspectos físicos/biológicos; - Ausência de instrumentos de intervenção práticos.
As Hipóteses Diagnósticas de PSM: • Aquelas relacionadas à área dos transtornos específicos do desenvolvimento (linguagem) ou somática (enurese, bruxismo) foram as hipóteses diagnósticas mais freqüentes. • Hipóteses diagnósticas de transtornos ansiosos ou depressivos - que na literatura internacional correspondem a uma prevalência média de 10% - não foram feitas pelos médicos.
Preocupação dos pais x PSM dos filhos - Boa sensibilidade dos pais em relação aos PSM dos filhos. - A presença da preocupação dos pais não aumentou a capacidade de diagnóstico pelos pediatras o que apontou para problemas na abordagem de questões da área da SM durante o atendimento médico.
Preocupação dos pais x PSM dos filhos As entrevistas demonstraram que os pais muitas vezes não trazem, espontaneamente, queixas sobre o comportamento dos filhos para a consulta médica.
Os resultados desse estudo - Mudança no planejamento e organização dos serviços de AB; - Modificações na formação profissional do médico, tanto na graduação como nas residências e pósgraduações; - Foco e perguntas diretas sobre as preocupações dos pais; - Necessidade das atividades de educação permanente; - Oferta concreta de serviços e profissionais de apoio em SM.
Tecnologias Leves de Cuidado (Mehry): - Acolhimento e escuta qualificada; - Trabalhar com a lógica do Projeto Terapêutico Singular (PTS) ou Individual; - Na avaliação das crianças pode-se lançar mão de questionários padronizados como o Questionário de Capacidades e Dificuldades (SDQ);
Tecnologias Leves de Cuidado (Mehry): - Equipes com suporte de profissionais especializados em SM - psicóloga, psiquiatra, fonoaudióloga, psicopedagoga, terapeutas ocupacionais etc - e não especializados em SM: educador físico, arte educador, etc / INTERPROFISSIONALIDADE; -Psicoterapia individual e em grupo.
Tecnologias Leves de Cuidado - Oficinas de autoexpressão, grupos de conversa, grupos educativos e de protagonismo; - Grupo de pais: rodas de conversa sobre o cuidado dos filhos;
Tecnologias Leves de Cuidado - Na abordagem de relações conflituosas: promover o fortalecimento de vínculos familiares através de incentivo à criação de acordos de convivência quanto à organização da rotina; material educativo com orientações aos cuidadores sobre como estimular os filhos; - Para abordar as dificuldades de acesso ao lazer: projetos de brinquedoteca comunitária, biblioteca comunitária, hortas, projetos esportivos, caminhadas em família;
Tecnologias Leves de Cuidado - Na abordagem de problemas escolares: Projeto Saúde-Escola / parceria do Ministério da Saúde e Ministério da Educação: ações estendidas ao ambiente escolar; - Solicitar relatório escolar; estabelecer espaço e horários para o estudo em casa, criando rotina e participação dos pais ou cuidadores.
Para Concluir - Reconhecimento e diagnóstico precoce das situações de risco e do sofrimento/sintomas; - Cuidado multiprofissional; - Cuidado compartilhado com famílias e escolas; - Reflexão entre as equipes sobre os PSM de crianças e adolescentes; - Educação permanente e qualificação das equipes; - Compartilhamento das experiências exitosas. Situações contemporâneas: atenção às novas tecnologias e sociabilidades; escassez de espaços de lazer nas cidades
Fontes / Bibliografia -Atenção Psicossocial a Crianças e Adolescentes no SUS: tecendo redes para garantir direitos / Ministério da Saúde, Conselho Nacional do Ministério Público. -Brasília: Ministério da Saúde, 2014. -Barata, MFO; Nóbrega KBG; Jesus, KCS; Lima, MLLT; Facundes, VLD. Rede de cuidado a crianças e adolescentes em sofrimento psíquico: ações de promoção à saúde. Rev Ter Ocup Univ São Paulo. 2015 maioago: 225 -33. -Ciência & Saúde Coletiva. Violência e Saúde Mental na Infância e Adolescência. ABRASCO. Volume 14 número 2. Março/Abril 2009. -Couto, Maria Cristina Ventura; Delgado, Pedro Gabriel Godinho. Crianças e Adolescentes na Agenda Política da Saúde Mental Brasileira: Inclusão tardia, Desafios atuais. UFRJ, 2014. -Ferriolli, SHT; Marturano, EM; Puntel, LP. Contexto Familiar e Problemas de Saúde Mental Infantil no Programa Saúde da Família. Programa de Pós-Graduação em Saúde Mental. FMRP. USP
-Lauridsen-Ribeiro, Edith; Tanaka, Oswaldo Yoshimi. Problemas de Saúde Mental das Crianças: Abordagem na Atenção Básica. São Paulo: Annablume, 2005. -Pereira, Maria Alice Ornellas. Rev Latino-Am Enfermagem, 2007 julho-agosto; 15(4). www. eerp. usp. br/rlae -Mehry, Emerson Elias. A Perda da Dimensão Cuidadora na Produção da Saúde: Uma Discussão do Modelo Assistencial e da Intervenção no seu Modo de Trabalhar a Assistência. in: Sistema Único de Saúde em Belo Horizonte - Reescrevendo o Público; Ed. Xamã; São Paulo, 1998. -Merhy, Emerson E. Em busca do tempo perdido: a micropolítica do trabalho vivo em saúde. Em: Merhy, Emerson E, Onocko, Rosana. Agir em saúde. Um desafio para o público. São Paulo: Editora Hucitec / Buenos Aires: Lugar Editorial, 1997. p. 71 � 112. -Polanczyk, Guilherme Vanoni; Lamberte, Maria Teresa Ramos. Psiquiatria da Infância e Adolescência. São Paulo: Editora Manole, 2012. -Soares-Weiser, Karla; Davidson, Michael. Uso de maconha na adolescência e risco de esquizofrenia. In: Ver Bras. Psiquiatr. Vol 25 n. 3 São Paulo Sept. 2003 http: //dx. doi. org/10. 1590/S 1516 -4446200300003 -Taño, Bruna Lidia; Matsukura, Thelma Simões. Saúde Mental Infanto-Juvenil e Desafios do Campo: Reflexões a Partir do Percurso Histórico. Cad. Ter. Ocup. UFSCar. São Carlos, v. 23, n. 2, p. 439 -447, 2015. -Thiengo, Daianna Lima ; Cavalcante, Maria Tavares ; Lovisi, Giovanni Marcos. Prevalência de transtornos mentais entre crianças e adolescentes e fatores associados: uma revisão sistemática. UFRJ, 2013.
Outras Indicações Autismo: https: //promolifepro. com/autismo/ Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade (TDAH): orientações para a família. Rosimeire C. S. Desidério*; Maria Cristina de O. S. Miyazaki** Suicídio na adolescência: fatores de risco, depressão e gênero Luiza de Lima Braga; Débora Dalbosco Dell'Aglio Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Rua Ramiro Barcelos, 2600, sala 115, 90035 -003, Porto Alegre/RS. Percepção de professores de escola pública sobre saúde mental. Soares, AGS; Estanislau, G; Brietzkel, E; Lefèvre, F; Bressan, R. In: Rev Saúde Pública 2014; 48(6): 940 -948 O Começo da Vida. Estela Renner. RS/ Brasil. Filme / documentário - está disponível no NETFLIX Bebês. Filme / documentário - está disponível no Youtube
GUIA PRÁTICO de Matriciamento em Saúde Mental Manual do MS
Muito Obrigada! Contatos: cristina_riesinger@hotmail. com
Perguntas e Respostas
Avalie a webpalestra de hoje: https: //goo. gl/forms/x. SMa. Kl. FM 6 l 9 IFS 652
- Ateno
- Ateno
- Sade moonsammy
- 317 soneta
- Postal sade
- Portalsade
- Vale mais card
- Campo do sade
- Filemon 1:10
- Sade visin
- Clinica sade
- Vigilantes do peso telefone 0800
- Sade rose pascal
- Sade-mp
- Chapter 20 mental health and mental illness
- Mental health jeopardy game
- A noção de justiça segundo john rawls comporta:
- Exemplo de raiz aprumada tuberculosa
- Conceito de coloide
- O que é um simpósio
- Jesus spricht ich bin das licht der welt
- Das alte ist vergangen das neue angefangen
- O menosprezo das artes e das letras
- Eu fico com a pureza da resposta gonzaguinha
- Das alles ist deutschland das alles sind wir
- Behavior patterns or mental processes that interfere
- Mapa mental mito de la caverna
- Angulo mental
- Sociological perspective on mental health
- 5 principles of mental capacity
- Indiana council of community mental health centers
- First nations mental wellness continuum framework
- Influence of culture on mental health
- Gl progress test sample papers
- Martha delia sirvent cancino
- Reach institute mental health
- Mental vs emotional
- Chapter 3 achieving mental and emotional health
- Desventajas del cálculo mental
- Mapa mental movimento uniforme
- Federal public service workplace mental health strategy
- Mapa mental de frida kahlo
- Mental health presentation titles
- Neurobica gimnasia cerebral