PRODUO CIMENTO PORTLAND Prof Marcelo Vieira A Inveno

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PRODUÇÃO CIMENTO PORTLAND Prof. Marcelo Vieira

PRODUÇÃO CIMENTO PORTLAND Prof. Marcelo Vieira

A Invenção do Cimento "O químico britânico Joseph Aspdin foi a primeira pessoa a

A Invenção do Cimento "O químico britânico Joseph Aspdin foi a primeira pessoa a fabricar cimento em bases científicas, ele batizou seu produto de Cimento Portland devido a semelhança com uma pedra encontrada na ilha de Portland. O texto abaixo é uma cópia da patente de sua invenção outorgada pelo Rei Jorge IV em 1824".

PRODUÇÃO CIMENTO PORTLAND

PRODUÇÃO CIMENTO PORTLAND

Fabricação do Cimento • Cimento - é uma pequena porcentagem de argila, queimada juntamente

Fabricação do Cimento • Cimento - é uma pequena porcentagem de argila, queimada juntamente com o calcário e que endurece na presença de água. • O cimento é normalmente utilizado sob a forma de concreto. O concreto é uma mistura de cimento, areia e pedra e normalmente utilizado para preencher formas na moldagem de vigas e estruturas

CIMENTO PORTLAND Matérias Primas: • • CALCÁRIO ARGILA MINÉRIO DE FERRO GESSO

CIMENTO PORTLAND Matérias Primas: • • CALCÁRIO ARGILA MINÉRIO DE FERRO GESSO

CIMENTO PORTLAND

CIMENTO PORTLAND

CIMENTO PORTLAND CALCÁRIOS São constituídos basicamente de carbonato de cálcio Ca. CO 3 e

CIMENTO PORTLAND CALCÁRIOS São constituídos basicamente de carbonato de cálcio Ca. CO 3 e dependendo da sua origem geológica podem conter várias impurezas, como magnésio, silício, alumínio ou ferro. O carbonato de cálcio é conhecido desde épocas muito remotas, sob a forma de minerais tais como a greda, o calcário e o mármore. O calcário é um rocha sedimentar, sendo a terceira rocha mais abundante na crosta terrestre e somente o xisto e o arenito são mais encontrados. O elemento cálcio, que abrange 40% de todo o calcário, é o quinto mais abundante na crosta terrestre, após o oxigênio, silício, alumínio e o ferro.

CIMENTO PORTLAND CALCÁRIOS De acordo com o teor de magnésio, o calcário se classifica

CIMENTO PORTLAND CALCÁRIOS De acordo com o teor de magnésio, o calcário se classifica em: • Calcário calcítico (Ca. CO 3) O teor de Mg. O varia de 0 a 4%. Devido à maior quantidade de cálcio a pedra quebra com maior facilidade e em superfícies mais uniformes e planas. Este calcário, também por ter menor quantidade de carbonato de magnésio exige maior temperatura para descarbonatar.

 • Calcário dolomítico (Ca. Mg(CO 3)2) O teor de Mg. O é acima

• Calcário dolomítico (Ca. Mg(CO 3)2) O teor de Mg. O é acima de 18% e por isso possui uma temperatura de descarbonatação ainda menor do que o calcário magnesiano. • Calcário magnesiano (Mg. CO 3) O teor de Mg. O varia de 4 a 18%. A presença maior de carbonato de magnésio faz com que este calcário tenha características bem diferentes do calcítico.

CIMENTO PORTLAND ARGILA • São silicatos complexos contendo alumínio e ferro como cátions principais

CIMENTO PORTLAND ARGILA • São silicatos complexos contendo alumínio e ferro como cátions principais e potássio, magnésio, sódio, cálcio, titânio e outros. • A escolha da argila envolve disponibilidade, distância, relação sílica/alumínio/ferro e elementos menores como álcalis.

 • A argila fornece os componentes Al 2 O 3, Fe 2 O

• A argila fornece os componentes Al 2 O 3, Fe 2 O 3 e Si. O 2. Podendo ser utilizado bauxita, minério de ferro e areia para corrigir, respectivamente, os teores dos componentes necessários, porém são pouco empregados.

CIMENTO PORTLAND GESSO • É o produto de adição final no processo de fabricação

CIMENTO PORTLAND GESSO • É o produto de adição final no processo de fabricação do cimento, com o fim de regular o tempo de pega por ocasião das reações de hidratação. • É encontrado sob as formas de gipsita (Ca. SO 4. 2 H 2 O), hemidratado ou bassanita (Ca. SO 4. 0, 5 H 2 O) e anidrita (Ca. SO 4). Utiliza-se também o gesso proveniente da indústria de ácido fosfórico a partir da apatita: Ca 3(PO 4)2 + 3 H 2 SO 4 + 6 H 2 O → 2 H 3 PO 4 + 3(Ca. SO 4. 2 H 2 O)

Fabricação de cimento O cimento é preparado com 75 -80% de calcário e 20

Fabricação de cimento O cimento é preparado com 75 -80% de calcário e 20 -25% de argila. A matéria prima é extraída das minas, britada e misturada nas proporções corretas. Esta mistura é colocada em um moinho de matéria prima (moinho de crú) e posteriormente cozidas em um forno rotativo a temperatura de 1450ºC.

Fabricação de cimento Finalmente o clinquer é reduzido a pó em um moinho (moinho

Fabricação de cimento Finalmente o clinquer é reduzido a pó em um moinho (moinho de cimento) juntamente com 3 -4% de gesso. O gesso tem a função de retardar o endurecimento do cliquer pois este processo seria muito rápido se água fosse adicionada ao cliquer puro.

Processo de fabricação • Dois métodos utilizados : processo seco e o processo úmido;

Processo de fabricação • Dois métodos utilizados : processo seco e o processo úmido; • Nos dois métodos os materiais são extraídos das minas e britados de forma mais ou menos parecidas, a diferença porém é grande no processo de moagem, mistura e queima. • Dos dois métodos produz-se clinquer e o cimento final é idêntico nos dois casos.

Processo Úmido A mistura é moída com a adição de aproximadamente 40% de água,

Processo Úmido A mistura é moída com a adição de aproximadamente 40% de água, entra no forno rotativo sob a forma de uma pasta de lama.

Processo Úmido • Este foi o originalmente utilizado para o inicio de fabricação industrial

Processo Úmido • Este foi o originalmente utilizado para o inicio de fabricação industrial de cimento e é caracterizado pela simplicidade da instalação e da operação dos moinhos e fornos. Além disso consegue-se uma excelente mistura e produz muito pouca sujeira necessitando de sistemas bem primitivos de despoeiramento.

Processo Seco • A mistura é moída totalmente seca e alimenta o forno em

Processo Seco • A mistura é moída totalmente seca e alimenta o forno em forma de pó. Para secar a mistura no moinho aproveita-se os gases quentes do forno ou de gerador de calor.

Processo Seco X Processo Úmido • O processo seco tem a vantagem determinante de

Processo Seco X Processo Úmido • O processo seco tem a vantagem determinante de economizar combustível já que não tem água para evaporar no forno. • Comparativamente, um forno de via úmida consome cerca de 1250 kcal por kg de clinquer contra 750 kcal de um forno por via seca. • O forno de um processo por via seca é mais curto que um forno por via úmida, porém suas instalações de moagem e do forno são muito mais complexas.

CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO CIMENTO Preparação da mistura crua (Moagem de cru)

CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO CIMENTO Preparação da mistura crua (Moagem de cru) O calcário e a argila são misturados em moídos a fim de se obter uma mistura crua para descarbonatação e clinquerização. O processo de moagem desta mistura envolve a pesagem do calcário e argila na proporção adequada ao projeto de produção. O processo de moagem consiste na entrada dos materiais dosados, num moinho de bolas ou de rolos, onde a moagem ocorre com impacto e por atrito.

CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO CIMENTO :

CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO CIMENTO :

CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO CIMENTO :

CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO CIMENTO :

CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO CIMENTO Processo de clinquerização

CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO CIMENTO Processo de clinquerização

FORNO CIMENTO PORTLAND

FORNO CIMENTO PORTLAND

CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO CIMENTO Para que ocorra o aquecimento do material

CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO CIMENTO Para que ocorra o aquecimento do material cru, o mesmo é lançado numa torre de ciclones onde em fluxo contrário, corre os gases quentes da combustão. Nos ciclones ocorrem a separação dos gases e material sólido. Os gases são lançados na atmosfera após passarem por um filtro eletrostático onde as partículas, ainda presentes dos gases são precipitadas e voltam ao processo. Após passagem pelos ciclones o material entra no forno rotativo onde ocorrem as reações de clinquerização.

CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO CIMENTO Após a clinquerização o clínquer formado é

CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO CIMENTO Após a clinquerização o clínquer formado é bruscamente resfriado com ar frio em contra corrente. O clínquer daí é estocado em silos para a produção do cimento.

CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO CIMENTO

CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO CIMENTO

CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO CIMENTO O cimento é produzido moendo-se o clínquer

CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO CIMENTO O cimento é produzido moendo-se o clínquer produzido no forno, com o gesso. É permitido também a adição de calcário e escória de alto forno (fabricação de ferro gusa) em teores determinados de acordo com o tipo de cimento a ser produzido. O Cimento Portland de Alta Resistência Inicial (ARI) - NBR 5733 , o Cimento Portland Branco, o Cimento Portland de Moderada Resistência aos Sulfatos e Moderado Calor de Hidratação (MRS) e o Cimento Portland de Alta Resistência a Sulfatos (ARS) – NBR 5737, não recebem outros aditivos, a não ser o gesso. Portanto, são feitos de clínquer + gesso.

CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO CIMENTO O gesso é destinado ao controle do

CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO CIMENTO O gesso é destinado ao controle do tempo de pega do cimento, para propiciar o manuseio ao adicionar água. O teor de gesso varia em torno de 3% no cimento. O Cimento Portland de Alto Forno – NBR 5735, além de gesso, recebe 25 a 65% de escória. Cimento Portland Pozolânico – NBR 5736, recebe além de gesso, a adição de material pozolânico (argila calcinada ou pozolana natural).

CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO CIMENTO Para o Cimento Portland Comum – NBR

CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO CIMENTO Para o Cimento Portland Comum – NBR 5732, é permitida a adição de escória granulada de alto forno num teor de até 10%. O clínquer com seus aditivos mencionados, passam ao moinho para a moagem final, onde devem ser asseguradas granulometrias convenientes para qualidade do cimento. Após moído o cimento é transportado para silos de estocagem, onde são extraído e ensacados em ensacadeiras automáticas em sacos de 50 ou 25 Kg.

Bibliografia recomendada: • Shreve, R. N. & Brink Jr. , J. A. Indústrias de

Bibliografia recomendada: • Shreve, R. N. & Brink Jr. , J. A. Indústrias de Processos Químicos, Editora Guanabara, 4ª Ed. , Rio de Janeiro, 1977. Aula disponível no endereço eletrônico: http: //marcelopquimicos. wordpress. com/