Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul

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Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Faculdade de Informática Programa de Pós-Graduação

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Faculdade de Informática Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação Aquisição de Conhecimento no Contexto de Desenvolvimento de Software Anderson Yanzer Orientador: Marcelo Blois

Agenda o o Introdução e Conceitos Gerais Aquisição do conhecimento n n n o

Agenda o o Introdução e Conceitos Gerais Aquisição do conhecimento n n n o o Análise comparativa entre tipos de conhecimento, técnicas e ferramentas Gestão do conhecimento no contexto de desenvolvimento de software n n n o o Tipos de conhecimento Técnicas de aquisição Ferramentas para aquisição Daimler. Chrysler Infosys Nasa Do. D - EUA Nokia Considerações finais Referências Bibliográficas [2]

Introdução o Gestão do Conhecimento (GC) é um diferencial competitivo 80% das empresas Fortune

Introdução o Gestão do Conhecimento (GC) é um diferencial competitivo 80% das empresas Fortune 1000 possuem projetos de GC, sendo que destas 40% possuem um Engenheiro de Conhecimento (Chief Knowledge Office) (Rus & Lindvall, 2005) Dimensões: tecnológica, organizacional e individual [3]

Conceitos o o o Conhecimento Gestão do Conhecimento Metodologias para Gestão do Conhecimento [4]

Conceitos o o o Conhecimento Gestão do Conhecimento Metodologias para Gestão do Conhecimento [4]

Dado ≠ Informação ≠ Conhecimento Audy et al. , 2005 [5]

Dado ≠ Informação ≠ Conhecimento Audy et al. , 2005 [5]

Conhecimento o Conhecimento combinação de: instinto, idéias, crenças, intuição, informações, regras, procedimentos, valores, etc.

Conhecimento o Conhecimento combinação de: instinto, idéias, crenças, intuição, informações, regras, procedimentos, valores, etc. o É difícil de estruturar e capturar em computadores e sua transferência é complexa o Dado ≠Informação ≠ Conhecimento [6]

Gestão do Conhecimento o o Significa organizar as principais políticas, processos e ferramentas gerenciais

Gestão do Conhecimento o o Significa organizar as principais políticas, processos e ferramentas gerenciais e tecnológicas à luz de uma melhor compreensão dos processos de GERAÇÃO, IDENTIFICAÇÃO, VALIDAÇÃO, DISSEMINAÇÃO, COMPARTILHAMENTO e (RE)USO dos conhecimentos estratégicos para gerar resultados (econômicos) para a empresa e benefícios para os colaboradores (Terra, 2006). Existem várias metodologias para GC, mas que não fogem de uma espinha dorsal comum. [7]

Metodologia para Gestão do Conhecimento o Metodologia proposta por Turban et al. (2004) n

Metodologia para Gestão do Conhecimento o Metodologia proposta por Turban et al. (2004) n n n Criar: pessoas descobrem novas formas de fazer as coisas, desenvolvem know-how, . . . Adquirir/Capturar: reconhecer o valor do conhecimento e representá-lo de forma razoável Depurar: colocar o conhecimento em um contexto correto, verificar a utilidade do mesmo Armazenar: utilizar repositórios e mecanismo que facilitem a indexação Administrar: atualizar, inserir e remover conhecimentos Difundir: disponibilizar em formato útil para ser usado [8]

Gestão do Conhecimento o Desafios: n n n Tecnológicos: integrar sistemas e subsistemas, escolher

Gestão do Conhecimento o Desafios: n n n Tecnológicos: integrar sistemas e subsistemas, escolher ferramentas, questões de segurança (um dos principais ativos da empresa), etc. Organizacionais: cultura organizacional, processos administrativos e organizacionais, incentivo ao trabalho cooperativo e participativo. Competição interna Individuais: muitas vezes funcionários não tempo para compartilhar e pesquisar por conhecimento. Não querem repassar seu conhecimento nem reusar de outros [9]

Aquisição do conhecimento o o É uma das fases mais complexas e pode ser

Aquisição do conhecimento o o É uma das fases mais complexas e pode ser considerada um “gargalo” dentro de um ciclo de GC (Rubin & Dai, 2004) Complexa porque envolve pessoas, questões individuais (crenças, instintos, valores, . . . ) Deve ser implantada com um impacto mínimo na organização (Komi-Sirvio et al. , 2002) A abordagem para AC depende do tipo de conhecimento a ser considerado, recursos tecnológicos e humanos disponíveis [10]

Tipos de Conhecimento o o Tácito: conhecimento pessoal incorporado à experiência individual e envolve

Tipos de Conhecimento o o Tácito: conhecimento pessoal incorporado à experiência individual e envolve fatores intangíveis (crenças, perspectivas, sistemas de valor, etc. ). Ex Matsushita Explícito: pode ser articulado em linguagem formal, expressões matemáticas, especificações, manuais, diagramas, modelos, etc. Individual: representado pela educação, experiência, habilidades e atitudes das pessoas Coletivo: é o conjunto formado por parcelas de conhecimento individual moldado a uma filosofia empresarial [11]

Técnicas de Aquisição o Aquisição Manual: n n n o Fontes difíceis de serem

Técnicas de Aquisição o Aquisição Manual: n n n o Fontes difíceis de serem acessadas Formato complexo Conhecimento tácito Usa-se por exemplo muito entrevistas estruturadas Mapas conceituais é um exemplo de técnica Aquisição Automática e Semi-automática n n n Associado ao uso de conhecimento explícito e estruturado Automática: nenhuma intervenção humana Data warehouse, CBR, FAQs, ontologias, modelos de predição, etc. [12]

Criação do Conhecimento (Nonaka e Takeuchi, 1997) o “O conhecimento é criado e expandido

Criação do Conhecimento (Nonaka e Takeuchi, 1997) o “O conhecimento é criado e expandido através da interação social entre o conhecimento tácito e o conhecimento explícito” o Tácito Explícito Individual Coletivo o [13]

Ferramentas para aquisição o o CMap. Tools: mapas conceituais; conhecimento tácito, Nasa e possuem

Ferramentas para aquisição o o CMap. Tools: mapas conceituais; conhecimento tácito, Nasa e possuem grandes projetos com mapas. US-Navy (30 bilhões de dólares) Protégé: ontologias; técnica manual para aquisição e depois pode ser utilizada em técnicas automáticas PCPACK: solução integrada da empresa Epistemics; suite de ferramentas para todas as fases de um ciclo de GC Fábrica de Experiência: projetos de DS podem melhorar sua performance baseado em projetos anteriores Devem estar vinculadas a uma política organizacional [14]

Aspectos do conhecimento em DS Tipo de Conhecimento Tipo de Técnica de Aquisição Ferramentas/

Aspectos do conhecimento em DS Tipo de Conhecimento Tipo de Técnica de Aquisição Ferramentas/ Técnicas para Aquisição Aspectos no Desenvolv. de SW Tácito 1 5 9 Explícito 2 6 10 Individual 3 7 11 Coletivo 4 8 12 [15]

Aspectos do conhecimento em DS o 9) Tácito: n n n Existem muitas situações

Aspectos do conhecimento em DS o 9) Tácito: n n n Existem muitas situações no DS onde o conhecimento compartilhado é tácito. Exemplo. . . Pode-se fazer a aquisição por técnicas manuais (reuniões, entrevistas, acompanhamentos, conversas informais, etc) Se for compartilhado na forma tácita: SOCIALIZAÇÃO Se for transformado em explícito: EXTERIORIZAÇÃO Se for externalizado melhora o conhecimento coletivo e irá favorecer a COMBINAÇÃO Poder-se-ia simplesmente ter uma política de localização do expert que detém este conhecimento [16]

Aspectos do conhecimento em DS o 10) Explícito: n n n Se estiver neste

Aspectos do conhecimento em DS o 10) Explícito: n n n Se estiver neste formato facilita que seja indexado, localizado, compartilhado e reusado Em DS quando segue-se uma metodologia normalmente gera-se uma série de artefatos que acabam muitas vezes refletindo o conhecimento explícito e estruturado Trabalhar com conhecimento explícito facilita uma série de operações que se pode realizar com o conhecimento [17]

Aspectos do conhecimento em DS o 11) Individual: n n n O conhecimento individual

Aspectos do conhecimento em DS o 11) Individual: n n n O conhecimento individual deveria estar relacionado a experiência dos especialistas Por exemplo, se existe um processo de DS bem definido, não seria necessário utilizar as pessoas para obter informações sobre como realizar as tarefas Se existe uma metodologia e processos bem definidos e estas informações são explícitas em nível coletivo, não existe o desgaste e perda de tempo consultando pessoas [18]

Aspectos do conhecimento em DS o 12) Coletivo: n n Se diferencia pela geração

Aspectos do conhecimento em DS o 12) Coletivo: n n Se diferencia pela geração de artefatos produzidos durante o processo de desenvolvimento Pode ser tácito ou explícito Um artefato pode conter parte do conhecimento explícito, mas uma parte pode ficar de forma tácita individual nos analistas, mantendo a dependência O ideal é gerar os artefatos de forma a tentar explicitar ao máximo o conhecimento, diminuindo a dependência do conhecimento individual [19]

Aspectos do conhecimento em DS o Considerações n n É importante que todas as

Aspectos do conhecimento em DS o Considerações n n É importante que todas as tarefas, atividades, artefatos e papéis sejam “pensados” do ponto de vista da gestão do conhecimento O ideal é que todas as atividades associadas à GC interferissem o mínimo possível nas atividades dos processos de negócio e organizacionais da empresa (Fischer & Ostwald, 2001) As soluções passam pelos aspectos idiossincráticos de cada organização, portanto não existem soluções prontas e completas A solução passa pela sincronia de iniciativas tecnológicas, organizacionais e individuais [20]

Experiências de GC em empresas de DS o Daimler. Chrysler: n n Uso de

Experiências de GC em empresas de DS o Daimler. Chrysler: n n Uso de uma Fábrica de Experiência (Schneider e Basili, 2002) Objetivos: o o n Melhorar processos de aquisição e DS de SW, incrementando qualidade e reuso Tentar explicitamente reusar projetos anteriores para melhorar projetos futuros Os maiores desafios foram: o o o Aprender implica em profundas mudanças Apostar em aprendizado envolve riscos Empacotar a experiência [21]

Experiências de GC em empresas de DS o Infosys: empresa Indiana com 10. 200

Experiências de GC em empresas de DS o Infosys: empresa Indiana com 10. 200 funcionários e uma média de 1. 000 projetos de software em execução n n n n Knowledge Shop (K-Shop): repositório de artigos escritos pelos funcionários Process Asset Database: captura as entregas dos projetos, contendo artefatos, planos documentos, testes, etc. People Knowledge Map (K-Map): é um diretório de experts de diversas áreas Uso de KCU (knowledge Currency Units) No primeiro ano do K-Shop mais de 7600 artigos submetidos Reduziu em mais de 40% níveis de defeitos e aumentou em mais de 3% o reuso Aspecto a melhorar: o formato do conhecimento [22]

Experiências de GC em empresas de DS o NASA – Goddard Space Flight Center

Experiências de GC em empresas de DS o NASA – Goddard Space Flight Center n n Metade da força de trabalho irá se aposentar nos próximos anos Iniciativas de aquisição de conhecimento tácito através de técnicas manuais: o o n Vídeos de entrevistas com especialistas em DS Narrações de missões problemáticas e de sucesso Fóruns e grupos de aprendizagem criativa Vídeos com lições aprendidas e melhores práticas Processos de GC devem ser embutidos nas atividades diárias dos empregados [23]

Experiências de GC em empresas de DS o Empresa Global de SW para produtos

Experiências de GC em empresas de DS o Empresa Global de SW para produtos eletrônicos (Nokia) n n Objetivo: melhorar a captura e reuso do conhecimento de DS Duas tentativas: o o n n Lessons to Learn: repositório de boas práticas Data Transfer Day: reuniões dos grupos para relatar histórias de fracassos e sucessos As duas falharam inicialmente devido ao pouco engajamento das pessoas Melhorou com o uso de especialista em DS para auxiliar na captura do conhecimento O Data Transfer Day apresentou melhores resultados, com entrevistas semi-estruturadas Metade do tempo de todo o processo foi gasto no empacotamento das experiências adquiridas [24]

Experiências de GC em empresas de DS o Departamento de Defesa dos EUA (Do.

Experiências de GC em empresas de DS o Departamento de Defesa dos EUA (Do. D). Gasta 20 bilhões de dólares por ano em Software n n Protótipo desenvolvido para uso das Melhores Práticas (Best Practices) no Do. D Prática: o o n É uma atividade repetível, onde alguém além do próprio definidor possa implementar de forma repetível e demonstrável Informações sobre práticas são melhoradas com narrativas O objetivo maior é ajudar o usuário a selecionar a prática certa de acordo com a sua necessidade particular [25]

Experiências de GC em empresas de DS [26]

Experiências de GC em empresas de DS [26]

Experiências de GC em empresas de DS o Problemas que se repetem indiferente das

Experiências de GC em empresas de DS o Problemas que se repetem indiferente das soluções adotadas: n n n Influência da cultura organizacional Empacotamento do conhecimento Mobilização das pessoas envolvidas Mudança necessárias nas estruturas organizacionais Dificuldade em trabalhar com conhecimento tácito [27]

Questões em aberto o Mapear um processo de DS com as etapas de uma

Questões em aberto o Mapear um processo de DS com as etapas de uma metodologia para Gestão do Conhecimento o Como empacotar o conhecimento o Retorno de Investimento nas empresas que adotam uma metodologia para gestão do conhecimento [28]

Considerações finais o Desafio: n n Tácito Explícito Individual Coletivo o Casos de empresas

Considerações finais o Desafio: n n Tácito Explícito Individual Coletivo o Casos de empresas que implementaram alguma solução: problemas comuns o Trabalho objetiva focar algum ponto específico para definição da tese o Procura por uma parceria para realizar um estudo de caso [29]

“O maior problema do capital intelectual é que ele tem pernas e vai para

“O maior problema do capital intelectual é que ele tem pernas e vai para casa todos os dias” (Rus & Lindvall, 2002) Obrigado! anderson. yanzer@terra. com. br marcelo. blois@pucrs. br [30]

Referências Bibliográficas o o o o Audy, Jorge L. N. ; Cidral, Alexandre; Andrade,

Referências Bibliográficas o o o o Audy, Jorge L. N. ; Cidral, Alexandre; Andrade, Gilberto K. (2005) “Fundamentos de Sistemas de Informação”. Editora Bookman: Porto Alegre, 2005. Rus, Ioana; Lindvall, Mikael (2002). “Guest Editors’ Introduction: Knowledge Management in Software Engineering” In: IEEE Software, vol. 19, no. 3, pp. 2638, May/Jun, 2002. Terra, José C. C. ; Gordon, Cindy. (2002) “Portais Corporativos: A revolução na gestão do conhecimento”. São Paulo: Negócio Editora, 2002. Turban, Efraim; Mc. LEAN, Ephraim; WETHERBE, James. (2004) “Tecnologia da Informação para Gestão”. Porto Alegre : Bookman, 2004. Ruby, Stuart; Dai, Wei (2004) “Knowledge Management: Overcoming the Knowledge Acquisition Bottleneck”. In: Proceedings of the 2004 IEEE International Conference on Information Reuse and Integration, IRI - 2004, Las Vegas: November, 2004. Komi-Sirvio, Seija; Mantyniemi, Annukka; Seppanen, Veikko (2002) “Toward a Practical Solution for Capturing Knowledge for Software Projects” In: IEEE Software, vol. 19, no. 3, pp. 60 -62, May/Jun, 2002. Nonaka, Ikujiro; Takeuchi, Hirotaka (1997) “Criação do Conhecimento na Empresa”. Editora Campus: Rio de Janeiro, 1997. [31]