Curso de Psicologia Escolar Prof Ma Silvana Maia

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Curso de Psicologia Escolar Prof. ª Ma. Silvana Maia Borges Psicóloga – CRP. 12/13.

Curso de Psicologia Escolar Prof. ª Ma. Silvana Maia Borges Psicóloga – CRP. 12/13. 413 http: //silborges. com silvanamborges@gmail. com

Psicologia Escolar ______________ Tema da aula: Escuta clínica na instituição escolar Objetivo Geral: Abordar

Psicologia Escolar ______________ Tema da aula: Escuta clínica na instituição escolar Objetivo Geral: Abordar a temática “escuta clínica no ambiente escolar”, com vistas a compreender, dialogar e refletir sobre as questões circunscritas a psicologia na instituição escolar.

Psicologia Escolar ______________ Objetivos Específicos: - Entender o que significa escuta clínica e os

Psicologia Escolar ______________ Objetivos Específicos: - Entender o que significa escuta clínica e os aspectos a ela relacionados; - Estimular reflexões acerca da atuação do(a) psicólogo(a) educacional por meio da escuta clínica na instituição escolar; - Refletir sobre a escuta clínica através de um caso, a partir do texto “Educação e violência: considerações sobre o cyberbullying no ambiente escolar”.

Psicologia Escolar ______________ Conteúdos - Atuação do profissional da psicologia na escola e a

Psicologia Escolar ______________ Conteúdos - Atuação do profissional da psicologia na escola e a escuta clínica; - Conceito de escuta clínica. Obs. O estudo do tema prosseguirá na aula seguinte com a abordagem de temas atuais que perpassam a escuta clínica no ambiente escolar.

Psicologia Escolar ______________ Atribuições Profissionais do Psicólogo no Brasil (Conselho Federal de Psicologia, 1992).

Psicologia Escolar ______________ Atribuições Profissionais do Psicólogo no Brasil (Conselho Federal de Psicologia, 1992). Psicólogo Educacional (9) 3. “Desenvolve, com os participantes do trabalho escolar (pais, alunos, diretores, professores, técnicos, pessoal administrativo), atividades visando a prevenir, identificar e resolver problemas psicossociais que possam bloquear, na escola, o desenvolvimento de potencialidades, a auto-realização e o exercício da cidadania consciente. ”.

Psicologia Escolar ______________ Atribuições Profissionais do Psicólogo no Brasil (Conselho Federal de Psicologia, 1992).

Psicologia Escolar ______________ Atribuições Profissionais do Psicólogo no Brasil (Conselho Federal de Psicologia, 1992). Psicólogo Educacional 8. “Diagnostica as dificuldades dos alunos dentro do sistema educacional e encaminha, aos serviços de atendimento da comunidade, aqueles que requeiram diagnostico e tratamento de problemas psicológicos específicos, cuja natureza transcenda a possibilidade de solução na escola, buscando sempre a atuação integrada entre escola e a comunidade”.

Psicologia Escolar ______________ Escuta clínica - A escuta clínica do psicólogo educacional deve pautar-se

Psicologia Escolar ______________ Escuta clínica - A escuta clínica do psicólogo educacional deve pautar-se nas atribuições descritas pelo CFP. - Escuta clínica: faz parte da prática profissional psicológica, ou seja, é uma ferramenta utilizada na atuação do psicólogo (em diferentes contextos).

Psicologia Escolar ______________ Escuta clínica Abordar a “escuta clínica” na escola é falar sobre

Psicologia Escolar ______________ Escuta clínica Abordar a “escuta clínica” na escola é falar sobre impasses da ciência psicológica. Emergem com este tema dilemas postos a psicologia escolar, como por exemplo, o papel do psicólogo educacional.

Psicologia Escolar ______________ Escuta clínica - Refletir sobre as diferenças entre os campos de

Psicologia Escolar ______________ Escuta clínica - Refletir sobre as diferenças entre os campos de atuação profissional do psicólogo clínico, organizacional e educacional/escolar. - Andaló (1984) Abordar a temática “escuta clínica no ambiente escolar” nos faz refletir sobre o papel do psicólogo educacional.

Psicologia Escolar ______________ Escuta clínica “[. . . ] as expectativas sociais acerca do

Psicologia Escolar ______________ Escuta clínica “[. . . ] as expectativas sociais acerca do trabalho do psicólogo na escola ainda esbarram no modelo médico. ” (MARTINS, 2003, p. 41).

Psicologia Escolar ______________ Escuta clínica Conforme Martins (2003), o psicólogo escolar deve realizar uma

Psicologia Escolar ______________ Escuta clínica Conforme Martins (2003), o psicólogo escolar deve realizar uma escuta clínica, sendo que seu trabalho deve ser caracterizado pelo acompanhamento dos fenômenos que emergem no cotidiano escolar. Psicólogo escolar: “agente de mudanças dentro da instituição-escola” (ANDALÓ, 1984, p. 46).

Psicologia Escolar ______________ Escuta clínica O que é "escuta clínica"? [. . . ]

Psicologia Escolar ______________ Escuta clínica O que é "escuta clínica"? [. . . ] forma de abordar os fenômenos que se desenrolam no cotidiano escolar (MARTINS, 2003).

Psicologia Escolar ______________ Escuta clínica Clínica (MARTINS, 2003) Apesar de ainda encontrarmos o emprego

Psicologia Escolar ______________ Escuta clínica Clínica (MARTINS, 2003) Apesar de ainda encontrarmos o emprego do termo “clínico” em seu sentido original (vinculado à ação do médico sobre o doente), atualmente ele apresenta novos sentidos nas diferentes práticas sociais e, portanto, houve a sua ampliação.

Psicologia Escolar ______________ Escuta clínica (MARTINS, 2003) A noção de “clínico” se inscreve atualmente

Psicologia Escolar ______________ Escuta clínica (MARTINS, 2003) A noção de “clínico” se inscreve atualmente como uma prática de ação-reflexão, tanto na escola como em outros ambientes. “Podemos caracterizar o “olhar clínico” como aquele que toma um campo - de pesquisa ou de intervenção - estruturado por um jogo de relações e de interações dinâmicas e complexas” (p. 43).

Psicologia Escolar ______________ Escuta clínica (MARTINS, 2003) A clínica se apoia, fundamentalmente, na observação

Psicologia Escolar ______________ Escuta clínica (MARTINS, 2003) A clínica se apoia, fundamentalmente, na observação - no olhar mais ou menos caracterizado pela intenção de controle (como o que caracteriza a postura da ciência tradicional). Entretanto, temos que aproximar da observação a importância da escuta, especialmente aquela que capta o “não-dito”.

Psicologia Escolar ______________ Escuta clínica (MARTINS, 2003) A escuta clínica difere da “escuta” do

Psicologia Escolar ______________ Escuta clínica (MARTINS, 2003) A escuta clínica difere da “escuta” do senso comum. A escuta clínica é designada pelo autor como uma forma de acompanhamento (da realidade escolar em sua historicidade), sendo que resgata vivências, experiências.

Psicologia Escolar ______________ Escuta clínica (MARTINS, 2003) Não se trata, portanto, de trabalhar no

Psicologia Escolar ______________ Escuta clínica (MARTINS, 2003) Não se trata, portanto, de trabalhar no eixo “doença x saúde”, mas criar espaços onde as vivências escolares possam ser ditas, escutadas, interpretadas. É preciso nos colocarmos à disposição da escuta dos “não ditos” nos diálogos, ter olhar diferenciado para a singularidade dos sujeitos e compreender a diversidade do desenvolvimento humano (CHAGAS; PEDROZA, 2013).

Psicologia Escolar ______________ Escuta clínica (MARTINS, 2003) A escuta possibilita ao psicólogo criar situações

Psicologia Escolar ______________ Escuta clínica (MARTINS, 2003) A escuta possibilita ao psicólogo criar situações coletivas, espaços de construção de conhecimentos (sobre si mesmo – sobre a escola, sobre as experiências dos envolvidos no processo educacional, etc. ), de tal forma que os problemas vividos sejam amplamente discutidos e a busca de soluções para os mesmos, compartilhada.

Psicologia Escolar ______________ Escuta clínica (MARTINS, 2003) O exercício da escuta clínica, por sua

Psicologia Escolar ______________ Escuta clínica (MARTINS, 2003) O exercício da escuta clínica, por sua vez, tem como perspectiva desvelar dimensões do cotidiano escolar e das relações que o estruturam até então impensadas, desconhecidas, mas que tangenciam as práticas que aí se estabelecem.

Psicologia Escolar ______________ Escuta clínica (MARTINS, 2003) O(a) psicólogo(a) escolar precisa contribuir para com

Psicologia Escolar ______________ Escuta clínica (MARTINS, 2003) O(a) psicólogo(a) escolar precisa contribuir para com a organização dos envolvidos com a escola, criar no coletivo novas pautas de compreensão da realidade vivida, sugerir novas formas de avaliação dos processos que se desdobram no contexto escolar (de aprendizagem, de avaliação, referentes a organização, a instituição, etc. . . ).

Psicologia Escolar ______________ A partir disso, percebemos a importância da escuta clínica na instituição

Psicologia Escolar ______________ A partir disso, percebemos a importância da escuta clínica na instituição escolar e o quanto ela contribui para com a Psicologia Educacional. Ainda temos muitos desafios na psicologia educacional, este é um campo ainda pouco explorado e que ainda está consolidando sua identidade. . . Mas temos avançado no sentido de superar o modelo tradicional de ciência e ultrapassar o modelo clínico dentro da escola, buscando olhar de forma diferente tanto para o aluno como para o contexto escolar.

Psicologia Escolar ______________ “O objetivo do trabalho do psicólogo na escola é o de

Psicologia Escolar ______________ “O objetivo do trabalho do psicólogo na escola é o de abrir um espaço para a circulação de discursos, naquelas instituições em que a ausência dessa circulação estiver comprometendo a realização dos objetivos institucionais” (KUPFER, 1997, p. 57). Este profissional além de abrir espaço para a fala, coloca-se também em posição de escuta ativa, uma escuta diferenciada, qualificada, com objetivo claro de reflexão e ação.

Psicologia Escolar ______________ Atividade Leitura: “Educação e violência: considerações sobre o cyberbullying no ambiente

Psicologia Escolar ______________ Atividade Leitura: “Educação e violência: considerações sobre o cyberbullying no ambiente escolar” (BORGES, 2016). Exposição referente a escuta que originou o artigo, com base em um caso.

Psicologia Escolar ______________ Referências Bibliográficas ANDALÓ, C. S. A. O papel do psicólogo escolar.

Psicologia Escolar ______________ Referências Bibliográficas ANDALÓ, C. S. A. O papel do psicólogo escolar. Psicologia, ciência e profissão, 1984. Disponível em: <http: //pepsic. bvsalud. org/pdf/pcp/v 4 n 1/09. pdf>. Acesso em 08 jan. 2018. CHAGAS, J. C; PEDROZA, R. L. S. Psicologia escolar e gestão democrática: atuação em escolas públicas de Educação Infantil. In: Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, SP. Volume 17, Número 1, Janeiro/Junho de 2013. Disponível em: <http: //www. scielo. br/scielo. php? script=sci_arttext&pid=S 141385572013000100004>. Acesso em 08 jan. 2018. CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Atribuições Profissionais do Psicólogo no Brasil, 1992. Disponível em: <https: //site. cfp. org. br/wpcontent/uploads/2008/08/atr_prof_psicologo. pdf>. Acesso em 08 jan. 2018.

Psicologia Escolar ______________ Referências Bibliográficas ELIAS, G. G. P. ; VERAS, M. O. Psicologia

Psicologia Escolar ______________ Referências Bibliográficas ELIAS, G. G. P. ; VERAS, M. O. Psicologia Escolar: Abrindo Espaço para a Fala, a Escuta e o Desenvolvimento Interpessoal. In: Revista da Abordagem Gestáltica. XIV(2), jul-dez, 2008. Disponível em: <http: //pepsic. bvsalud. org/pdf/rag/v 14 n 2 a 05. pdf>. Acesso em 09 jan. 2018. KUPFER, M. C. M. O que toca à/a psicologia escolar. In: MACHADO, A. M. ; SOUZA , M. P. R. (Orgs. ). Psicologia escolar: em busca de novos rumos. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1997. MARTINS, J. B. A atuação do psicólogo escolar: multirreferencialidade, implicação e escuta clínica. In: Psicologia em Estudo. Maringá, v. 8, n. 2, p. 3945, 2003. Disponível em: <http: //www. scielo. br/pdf/pe/v 8 n 2 a 04. pdf>. Acesso em 08 jan. 2018.

Psicologia Escolar ______________ Instruí-vos, porque teremos necessidade de toda a nossa inteligência. Agitai-vos, porque

Psicologia Escolar ______________ Instruí-vos, porque teremos necessidade de toda a nossa inteligência. Agitai-vos, porque teremos necessidade de todo o nosso entusiasmo. Organizai-vos, porque teremos necessidade de toda a nossa força. — Antonio Gramsci (1919)