Psicologia aplicada Fisioterapia Silvana Maia Borges silvanamborgesgmail com
Psicologia aplicada à Fisioterapia Silvana Maia Borges silvanamborges@gmail. com www. silborges. com
Ciclo Vital s Estágio Final do Ciclo de Vida
Fase Adulta Tardia Velhice Terceira Idade Melhor Idade Idoso Nova Idade Vídeo – Fases da Vida
O envelhecimento é um fenômeno biológico, psicológico e social que atinge o ser humano na plenitude de sua existência, modificando sua relação com o tempo, seu relacionamento com o mundo e com sua própria história (MESQUITA; PORTELLA, 2004).
O Estatuto do Idoso define como idoso aquela pessoa com 60 anos ou mais de idade
Como o idoso é visto na nossa sociedade?
Longevidade. . . “A trajetória vital representa o somatório de experiências e vivências, norteadas por valores, metas, e modos pessoais de interpretar o mundo. É evidente que a trama dos eventos e das circunstâncias desse percurso, trabalha juntamente com as condições ambientais. Somos, ao mesmo tempo, fruto de influências hereditárias, sociais e culturais que pontuam nossas opções e filosofia de vida. Novaes (1995)
Para alguns idosos, a longevidade é um privilégio. Para outros, envelhecer é um fardo. Isso dependerá de suas concepções, história de vida, personalidade, crenças, etc. Dinâmica. . .
Mudanças importantes durante a fase adulta de envelhecimento - Perdas auditivas; Alterações no sono; Incapacitações e limitações físicas; Incapacitações mentais; Perda da memória; Lentidão nos movimentos e atividades; - Doenças; - Resistência à mudanças;
Mudanças importantes durante a fase adulta de envelhecimento - Climatério (perda da capacidade reprodutiva ao longo da fase adulta); - Aposentadoria – Papel profissional é “abandonado”; - Papel de filho(a) deixa de existir, quando da morte dos pais; - Viuvez (fim do papel de cônjuge); - Institucionalização; Inúmeros outros papeis deixam de ser ocupados pela pessoa na fase adulta de envelhecimento.
Um aspecto para um envelhecimento bemsucedido é a elevada satisfação de vida, mais comumente encontrada entre aqueles idosos casados, com rendimentos adequados e com personalidade um tanto extrovertida, que sentem possuir um bom controle sobre suas vidas, percebem sua saúde como boa e estão satisfeitos com a quantidade e a qualidade das interações que possuem. Helen Bee (1997)
Significação da morte no processo de envelhecimento Processos importantes do envelhecer: resgate/ reflexões sobre a trajetória de vida e a morte. A morte traz consigo diferentes repercussões psicológicas associadas com a visão de transcendência (BENINCÁ, 2003).
Essas temáticas devem ser abordadas com naturalidade, pois, à medida que as pessoas tomam consciência de sua finitude, passam a compreender a vida em sua complexidade e tendem a rever seus valores.
O homem é um ser destinado a morrer. Essa situação desperta diversas formas de enfrentamento, que variam de um ser para outro, da mesma forma que o idoso, no desenrolar de tais reflexões acerca de sua existência, lapida em si o significado da morte.
O processo de Morrer – E. Kübler-Ross Com base em observações, a autora sugeriu os cinco estágios do ato de morrer (ou do luto). São eles: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Precisamos permitir que o paciente vivencie o luto.
Girafa. . . Fases do Luto
Estes estágios são, na verdade, “tarefas emocionais” com relação à morte. É importante esclarecer que não existe uma sequencia dos estágios de luto, mas é comum que as pessoas que dos estágios de luto passam por esse processo apresentem pelo menos dois desses estágios. E não necessariamente as pessoas conseguem passar por esse processo completo, algumas ficam estagnadas em uma das fases. Precisamos, portanto, identificar e ajudar a pensar junto identificar com o paciente o estágio em que se encontra A resolução do estágio exige a vivencia de sentimentos e pensamentos que o indivíduo evitava.
Negação: Diante de um diagnóstico terminal, a maioria das pessoas tem a reação (variantes dela) de “não é comigo”. “Deve ser engano”. “Buscarei outra opinião”. “Não me sinto doente”. Esta é uma defesa psicológica que serve para ajudar a lidar com o choque. Negando o problema, tenta-se encontrar algum jeito de não entrar em contato com a realidade (seja da sua morte, de um ente querido, perda de emprego). É comum a pessoa também não querer falar sobre o assunto. Estas formas de recusa tendem a diminuir com o passar dos dias, sendo muitas vezes substituídas pela raiva.
Raiva: Costuma expressar-se com pensamentos do tipo “não é justo”. Também pode ser manifestada em revoltas contra Deus, contra o médico que deveria ter feito algo mais cedo, contra familiares. . . A pessoa se revolta com o mundo, se sente injustiçada e não se conforma por estar passando por isso. A raiva mostra-se muitas vezes não só como uma reação contra o diagnóstico terminal, mas também ao senso de perda de controle e desesperança quanto aos serviços de atendimento, sua impessoalidade, etc.
Barganha: Esta é uma defesa que o paciente assume. Nesta fase, tenta estabelecer “acordos” com o médico, familiares ou Deus. O indivíduo tenta negociar, começando consigo mesmo. Tenta afirmar que será uma pessoa melhor se sair daquela situação, faz promessas a Deus. Ex. : “vou ser uma pessoa melhor, serei mais gentil e simpático com as pessoas, irei ter uma vida saudável”. “Farei tudo o que você me pedir, assim, viverei um pouco mais. . . ”
Depressão: A barganha pode ser bem-sucedida por um tempo, mas em algum momento ela se rompe, especialmente diante dos sinais de declínio físico. Assim, o paciente se deprime (e muitas vezes se desespera). Para Kübler-Ross, a depressão ou desespero se constituem em uma preparação necessária para a etapa final – aceitação. Para que a aceitação ocorra, a pessoa precisa lamentar tudo o que vai perder com a morte. A pessoa se retira para seu mundo interno, se isolando. Sente-se melancólica e impotente diante da situação.
Aceitação: Quando o sofrimento se vai, a pessoa está pronta para morrer. Neste estágio o indivíduo não tem desespero e consegue enxergar a realidade, ficando pronto pra enfrentar a perda ou a morte. “Um homem à morte necessita morrer como um homem com sono necessita dormir e, vem um período em que é errado, bem como inútil, resistir” (ALSOP, 1973).
Rubem Alves. . .
Quando o saber e a história de vida do idoso são valorizados, entendidos e respeitados, este ser percebe que sua existência tem um significado. Essas atitudes de consideração, respeito e amor acolhem o idoso, pois existe o reconhecimento de sua singularidade, promovendo um sentido no envelhecer e possibilitando o enfrentamento da morte (CELICH; FRUMI, 2006).
Reflexão final. . . Tigela de Madeira
Referências Bibliográficas BRAGHIROLLI, E. Maria. Psicologia geral. Petrópolis, RJ: Vozes, 30. ed. 2010. BEE, Helen. O Ciclo Vital. Trad. Regina Garcez. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. NOVAES, Maria Helena. Conquistas possíveis e rupturas necessárias. Grypho Edições. Rio de Janeiro. 1995. CELICH, Kátia; FRUMI, Cailene. O olhar do idoso frente ao envelhecimento e à morte. Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano. Passo Fundo. jul. /dez. , 2006
- Slides: 26