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Ciclo Vital s
O Código Civil Brasileiro define que a menoridade cessa aos 18 anos. O Estatuto do Idoso define como idoso aquela pessoa com 60 anos ou mais de idade Portanto, serão considerados como adultos os indivíduos com idade entre 18 anos e 59 anos.
Pessoas com idades entre 18 e 24 anos, anos ainda trazem muitas características da juventude, estão na idade de frequentar universidade e estão iniciando o processo de transição para a vida adulta. Pessoas com idades entre 25 e 39 anos, anos deveriam estar consolidando a transição para a vida adulta; Pessoas com idades entre 40 e 59 anos de idade, já deveriam ter consolidado sua transição.
A juventude é uma etapa que abrange um conjunto de processos que permite ao indivíduo sair da dependência infantil e adquirir responsabilidades e autonomias próprias de um cidadão adulto Trata-se de uma etapa “densa” em acontecimentos vitais que estão extremamente inter-relacionados, onde germinam as bases em termos de segurança e autonomia, autonomia responsáveis pela plena integração social do indivíduo Esse tempo, que vem após a infância e serve como preparação para a idade adulta, adulta consiste no processo de mudança entre duas etapas: juventude e maioridade.
Assumir papéis de adulto abre portas para a constituição de uma família e para a entrada numa carreira ocupacional, visto que o desejo, o momento da vida e a sequência com que os jovens se adaptam aos papéis de adultos influenciam de maneira decisiva as etapas subsequentes de suas vidas.
O que pertence ao mundo dos adultos?
“Casa na árvore da vida adulta” Grant Snider
A transição para a vida adulta vem sendo definida como um processo marcado por eventos específicos aos quais damos significados específicos, como por exemplo: Saída da escola, entrada na força de trabalho, saída da família de origem, casamento e estabelecimento de uma família. Estes eventos podem não anunciar universalmente a maioridade, mas certamente um após o outro, na mesma ordem ou não, relacionam-se com a participação no mundo dos adultos.
Tornar-se um adulto envolve uma série de mudanças que movem os jovens de um estado de dependência econômica da família, para uma independência econômica, econômica bem como, da participação na família de origem para o estabelecimento de uma nova família de procriação.
A transição para a vida adulta pode ser vista como um processo associado com passagens sociais como: do sistema educacional para o mercado de trabalho ou da casa dos pais para uma casa própria, para o início de uma união ou para o início da procriação. Segundo Billari (2001), esta última transição, nascimento do primeiro filho, é, normalmente, definida como sendo a fase final do processo.
Fase Adulta na atualidade A par das mudanças que ocorrem em vários níveis na sociedade contemporânea, também os processos de entrada na vida adulta sofrem importantes transformações. À medida que o acesso à informação e a todo um conjunto vasto de recursos se disseminam em escala global e estão disponíveis às populações, permeando e moldando os seus cotidianos, encontram-se, cada vez mais, pontos de convergência entre as formas de ser jovem e viver a transição para o estatuto de adulto em diferentes sociedades. Percursos escolares mais prolongados, inserções profissionais mais tardias e instáveis, homogeneidade nos papéis de gênero são, entre outros, fatores transversais que redefinem os modos de atingir a condição adulta por parte das gerações mais novas. Guerreiro; Abrantes (2005)
De acordo com Guerreiro e Abrantes (2005) parece apropriado, hoje em dia, entender a transição para a vida adulta como um percurso “a dois tempos”: tempos” um primeiro período isento de grandes preocupações e dedicado a experiências e aventuras; um segundo, dominado pela estabilidade e pela responsabilidade, no qual se pensa em casar e ter filhos.
Para Guerreiro e Abrantes (2005), é possível identificar “padrões de transição”. Esses padrões são resultado de processos de reflexividade social, mas não são meras opções disponíveis a todos, entrelaçando-se com as origens sociais, os percursos de escolaridade, as oportunidades e as condições de emprego, os modelos culturais, os papéis de gênero e as redes de apoio formais e informais.
Deixar o lar. . . É mais do que iniciar uma vida independente, é também um processo de emancipação psicológica (com o distanciamento emocional dos pais). O apego aos pais é transferido para parceiro(s). Renunciar ao apego aos pais é fundamental nos processos de conquista da individualização do final da adolescência e início da vida adulta.
A expansão da educação tem um impacto profundo nos arranjos familiares. A continuação da educação pode conduzir a uma dependência financeira prolongada, prolongada tornando a saída da casa dos pais demorada ou pode dar origem a novos arranjos, como alojamento compartilhado e união consensual (EVANS, 2004).
As transições no âmbito familiar são decisivas e fundamentais na adoção de papéis de adulto, pois, entre outros aspectos, elas refletem a maneira como adquirem independência em relação aos pais.
FASES DO CICLO VITAL Percorridas por um casal e uma família
1 – Constituição do Casal É o ponto de chegada e confluência de famílias anteriores. Também é o ponto de partida de uma nova família. O casal constitui um novo sistema e como tal tem características diferentes do sistema familiar de origem de cada um dos cônjuges. Atenção: Formação de simbiotização e não cumplicidade.
2 – Procriação, nascimento e criação dos filhos Estabelece-se o sistema familiar desde a gravidez. Iniciam-se mudanças na relação do casal. O acesso à triangulação na família atual reativa as experiências vividas com suas famílias de origem. A criação dos filhos enriquece o desenvolvimento individual dos pais, mas também é um campo onde se jogam duras lutas do casal. Atenção: filho como tábua de salvação do casamento.
3 – Dos filhos na escola Constitui uma das situações de desprendimento. O produto do casal é avaliado socialmente. Se a criança apresenta problemas de aprendizagem, estará evidenciando dificuldades ou carências do grupo ou sistema familiar. A ampliação da rede social do filho arrasta a família. Se esta não é capaz de acompanhá-la adequadamente, a adaptação do filho se ressentirá.
4 – Adolescência Etapa onde pode ocorrer comoção e crise, afetando todo o sistema familiar. Supõe reestruturações em todos e em cada um dos subsistemas e uma readaptação do sistema com o exterior. O adolescente requer menos cuidados concretos, mas muito respeito, compreensão e continência de sua instabilidade.
Atenção: os pais devem ser pais para que o adolescente possa seguir desenvolvendo-se como filho. Se os pais “adolescentizam” em atitudes de competição ou identificação com o filho sob a forma de uma pretensa amizade de pares, o filho fica órfão da função paterna e/ou materna. A SEXUALIDADE é um aspecto importantíssimo nesta fase.
5 – Ninho Vazio É quando há o casamento e/ou a saída dos filhos do lar, implicando na aceitação da saída de um ou mais membros. Os pais devem preparar-se para receber as novas famílias e não para violálas. O MITO da solidão dos pais acontecerá nos casos em que eles viveram quase que exclusivamente para os filhos. Com a chegada dos netos os avôs serão os transmissores da história cultural familiar. Isso contribuirá na conformação da identidade pessoal de todos os membros.
Atenção: Alguns pais não deixam os filhos se desprenderem por medo do ninho vazio. Geralmente, neste momento o casal voltase para sua relação e acaba enfrentando crises conjugais, uma vez que com a ausência dos filhos depara-se com o que não andou bem na família e no relacionamento.
6 – Velhice O ser humano necessita sentir-se perpetuado não só física, mas psicológica, social e culturalmente. Nesta etapa encontramo-nos com a reversão da dependência inicial que se dava entre pais e filhos. Esta dependência não será tão acentuada se os pais contarem com uma ampla rede social, amizades, projetos e objetivos de vida, de acordo com suas possibilidades.
Outros aspectos importantes da Fase Adulta: - Opção de não ter filhos; - Os que não se casam; - Climatério (perda da capacidade reprodutiva ao longo da fase adulta); - Aposentadoria;
Referências Bibliográficas BRAGHIROLLI, E. Maria. Psicologia geral. Petrópolis, RJ: Vozes, 30. ed. 2010. BEE, Helen. O Ciclo Vital. Trad. Regina Garcez. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. GUERREIRO; ABRANTES. Revista Brasileira de Ciências Sociais. Como tornar-se adulto: processos de transição na modernidade avançada. Vol. 20 nº. 58, 2005. <http: //www. scielo. br/pdf/rbcsoc/v 20 n 58/25633. pdf> NASCIMENTO, Arlindo. XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais. Caxambu, MG, 2008. <http: //www. abep. nepo. unicamp. br/encontro 2008/docspdf/abep 2008_1217. pdf>
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