Psicologia aplicada Fisioterapia Silvana Maia Borges silvanamborgesgmail com
Psicologia aplicada à Fisioterapia Silvana Maia Borges silvanamborges@gmail. com www. silborges. com
Ciclo Vital s
Desenvolvimento Infantil s
Jean Piaget 1896/1980 Sigmund Freud 1856/1939
Freud Fases do desenvolvimento psicossexual infantil Psicogênese das Estruturas de Personalidade Busca de prazer é uma forte motivação para os nossos comportamentos. O foco dessa fonte de prazer muda conforme as fases do desenvolvimento infantil. Estabelecimento das seguintes etapas: Oral; Anal; Fálica; Latência e; Genital.
Fases ou Etapas do Desenvolvimento Psicossexual Infantil
Fase Oral: 0 a 1 ano de idade. Zona erógena (partes do corpo onde o toque pode causar excitação sexual – proporciona prazer): Boca. Relação da criança com o mundo se dá por meio da boca. O objeto de desejo da criança é o seio materno.
Fase Anal: Entre 2 e 4 anos de idade (aproximadamente). Controle dos esfíncteres. Zona erógena: ânus. Controlar as fezes: presente ou punição (mãe).
Fase Fálica: 4/6 anos de idade. Zona erógena: genitais. Inicialmente as crianças imaginam que meninos e meninas são iguais. Após perceberem as diferenças anatômicas, criam as “teorias sexuais infantis”. Uma delas é de que os meninos têm pênis e que as meninas foram castradas. Complexo de Édipo. Lei maior.
Mito de Édipo
A tragédia de Édipo rei, que no século XIX foi utilizado por Freud para falar do amor dos filhos para com os pais durante a infância – Complexo de Édipo – faz parte da mitologia grega. A história é seguinte: Laio, rei da cidade de Tebas e casado com Jocasta, foi advertido pelo oráculo de que não poderia gerar filhos e, se esse mandamento fosse desobedecido, o mesmo seria morto pelo próprio filho, que se casaria com a mãe.
O rei de Tebas não acreditou e teve um filho com Jocasta. Depois arrependeu-se do que havia feito e abandonou a criança numa montanha com os tornozelos furados para que ela morresse. A ferida que ficou no pé do menino é que deu origem ao no me Édipo, que significa pés inchados. O menino não morreu e foi encontrado por alguns pastores, que o levaram a Polibo, o rei de Corinto, este que o criou como filho legítimo. Quando ficou sabendo que era filho adotivo, Édipo foi até o oráculo de Delfos para saber o seu destino. O oráculo disse que o seu destino era matar o pai e se casar com a mãe.
Espantado, ele deixou Corinto e foi em direção a Tebas. No meio do caminho, encontrou com Laio que pediu para que ele abrisse caminho para passar. Édipo não atendeu ao pedido do rei e lutou com ele até matá-lo. Sem saber que havia matado o próprio pai, Édipo prosseguiu sua viagem para Tebas. No caminho, encontrou-se com a Esfinge, um monstro metade leão, metade mulher, que atormentava o povo tebano, pois lançava enigmas e devorava quem não os decifrasse.
O enigma proposto pela esfinge era o seguinte: Qual é o animal que de manhã tem quatro pés, dois ao meio dia e três à tarde? Ele disse que era o homem, pois na manhã da vida (infância) engatinha com pés e mãos, ao meio-dia (idade adulta) anda sobre dois pés e à tarde (velhice) precisa das duas pernas e de uma bengala. A Esfinge ficou furiosa por ter sido decifrada e se matou.
O povo de Tebas saudou Édipo como seu novo rei, e entregou-lhe Jocasta como esposa. Depois disso, uma violenta peste atingiu a cidade e Édipo foi consultar o oráculo, que respondeu que a peste não teria fim enquanto o assassino de Laio não fosse castigado. Ao longo das investigações, a verdade foi esclarecida e Édipo cegou-se e Jocasta enforcou-se.
O COMPLEXO DE ÉDIPO No século XIX, Sigmund Freud fez uma reinterpretarão do mito de Édipo, denominada como o Complexo de Édipo. Segundo Freud, o Complexo de Édipo é um conjunto de desejos amorosos e hostis, que uma criança experimenta em relação aos seus pais.
De acordo com o pensamento freudiano, o Complexo de Édipo é vivido entre os três e os cinco anos de idade e desempenha um papel fundamental na estruturação da personalidade e na orientação do desejo humano. Ele ainda ressalta a influência do comportamento dos pais na vida da criança.
C. De Édipo Positivo: Em sua forma positiva, o complexo é semelhante à história do mito, ou seja, desejo da morte do rival que é a pessoa do mesmo sexo e desejo sexual pela personagem do sexo oposto. C. De Édipo Negativo: Em sua forma negativa, apresenta-se de forma inversa, ou seja, raiva do sexo oposto e amor pelo mesmo sexo (identificação com a figura do mesmo sexo).
Fase de Latência: 6/11 anos. Deslocamento da libido para atividades sociais (sublimação). Entrada na escola, socialização. Formação do SEGO.
Fase Genital: A partir dos 11 anos de idade. Estágio final do desenvolvimento psicossexual. Adolescência. Retomada dos impulsos sexuais. Busca de um objeto de desejo externo à sua família. Elaboração de diversos aspectos: perda do corpo infantil; identidade infantil; busca da identidade própria. CRISE DA ADOLESCÊNCIA NORMAL.
PSICOGÊNESE DAS ESTRUTURAS DE PERSONALIDADE: Psicoses: fixações (falhas) primitivas – Fase Oral. Neuroses: fixações menos primitivas (etapas posteriores).
Piaget Como o sujeito se constitui enquanto sujeito cognitivo, formador de conhecimentos válidos?
Para Piaget, o desenvolvimento cognitivo é um processo de sucessivas mudanças (qualitativas e quantitativas) das estruturas cognitivas, sendo que cada etapa depende da anterior. Segundo o estudioso, o desenvolvimento infantil segue um padrão denominado de ESTÁGIOS. Destaca-se ainda que os “estágios” ou fases apresentam-se em determinada ordem, porém, as idades que lhes compreendem não são fixas e variam em cada indivíduo.
Estágios do Desenvolvimento Cognitivo Sensório-motor: Aproximadamente entre 0 e 2 anos. A partir de reflexos neurológicos básicos, o bebê começa a construir esquemas de ação para assimilar mentalmente o meio. A inteligência é prática. O contato com o meio é direto e imediato, sem representação ou pensamento.
Exemplos característicos do Estágio Sensório-motor: Nesta etapa o bebê é capaz de ver um objeto, pegá-lo e levá-lo a boca, ou seja, utiliza os sentidos e habilidades motoras. No final do período deve apresentar representações mentais.
Pensamento pré-operatório: Aproximadamente entre 2 e 6 anos. Também conhecido por estágio da Inteligência Simbólica. Caracteriza-se pela interiorização de esquemas de ação construídos no estágio anterior (sensório-motor). A criança deste estágio: -É egocêntrica e não consegue se colocar, abstratamente, no lugar do outro. -Não aceita a ideia do acaso e tudo deve ter uma explicação (fase dos "por quês"). -Já pode agir por simulação, "como se“ ou “faz de conta”. -Possui percepção global sem discriminar detalhes. -Deixa-se levar pela aparência sem relacionar fatos.
Exemplos característicos do Estágio do Pensamento pré-operatório : Mostram-se para a criança, duas bolinhas de massa iguais e dá-se a uma delas a forma de salsicha. A criança nega que a quantidade de massa continue igual, pois as formas são diferentes. Não relaciona as situações. Usa símbolos, palavras, cores, números para representar aspectos do mundo, o qual é fruto da percepção imediata.
Pensamento operatório-concreto: Aproximadamente entre 7 e 11 anos. A criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade e já tem capacidade de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Não se limita a uma representação imediata, mas ainda depende do mundo concreto para chegar à abstração. Desenvolve a capacidade de representar uma ação no sentido inverso de uma anterior, anulando a transformação observada (reversibilidade).
Exemplos característicos do Estágio do Pensamento Operatório-concreto: Despeja-se a água de dois copos em outros, de formatos diferentes, para que a criança diga se as quantidades continuam iguais. A resposta é afirmativa uma vez que a criança já diferencia aspectos e é capaz de "refazer" a ação. A criança já realiza operações baseadas na lógica.
Pensamento operatório-formal: A partir dos 12 anos (adolescência em diante). A representação agora permite a abstração total. A criança não se limita mais a representação imediata nem somente às relações previamente existentes, mas é capaz de pensar em todas as relações possíveis logicamente buscando soluções a partir de hipóteses e não apenas pela observação da realidade. As estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento e tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todas as classes de problemas.
Exemplos característicos do Estágio do Pensamento Operatório-formal : Ao analisar um provérbio, um dito popular, o sujeito já consegue compreender, interpretar, abstrair e trabalhar com a lógica da ideia apresentada (metáfora), e não com a imagem literal. Ex. : “De grão em grão, a galinha enche o papo”. Não fará associação com uma galinha comendo grãos. Ocorre o raciocínio dedutivo, formulação de hipóteses, planejamento, etc.
Referências Bibliográficas BRAGHIROLLI, E. Maria. Psicologia geral. Petrópolis, RJ: Vozes, 30. ed. 2010. BEE, Helen. O Ciclo Vital. Trad. Regina Garcez. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. FREUD, Sigmund. Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. 1905. Trad. Paulo Dias Correa. Rio de Janeiro: Imago, 2002. MIRANDA, Simão de. Oficina de dinâmicas de grupos para empresas, escolas e grupos comunitários. Vol. III. Campinas, SP: Papirus, 2009. PERLS, Fritz. A abordagem gestáltica e testemunha ocular da terapia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997. PIAGET, Jean. A Psicologia da Inteligência. Trad. Egléa de Alencar. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1958. RODRIGUES, H. E. Introdução à Gestalt Terapia: Conversando sobre fundamentos da abordagem gestaltica. Petrópolis: Vozes, 2000.
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