Universidade Fernando Pessoa Faculdade de Cincia e Tecnologia

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Universidade Fernando Pessoa Faculdade de Ciência e Tecnologia 2º semestre – 2006/2007 Flávio Nunes

Universidade Fernando Pessoa Faculdade de Ciência e Tecnologia 2º semestre – 2006/2007 Flávio Nunes Nº 15598

Desde de Dezembro 2003 que têm sido confirmados diversos focos de Gripe Aviária em

Desde de Dezembro 2003 que têm sido confirmados diversos focos de Gripe Aviária em galináceos e palmípedes (patos) domésticos no extremo Oriente (Peste Aviária), associados a taxas de mortalidade muito elevadas (estirpe altamente patogénica). Desde essa data e até à actualidade a doença já se espalhou por onze países da região: Vietname, Tailândia, Laos, Coreia do Sul, Indonésia, Japão, Hong. Kong, Indonésia, Paquistão e Camboja e recentemente atingiu a Rússia, o Cazaquistão, a Turquia, a Roménia e a Croácia. Na Suécia e na Inglaterra também já foram encontradas duas aves infectadas. [1]

Pandemias históricas causadas por vírus influenza. 1918 -1919 - gripe espanhola (H 1 N

Pandemias históricas causadas por vírus influenza. 1918 -1919 - gripe espanhola (H 1 N 1) 20 -40 milhões de mortes 1957 -1958 - gripe asiática (H 2 N 2) 2 milhões de mortes 1968 -1969 - gripe de Hong Kong (H 3 N 3) 1 milhão de mortes [1]

 • Pela entrada de aves domésticas ou de outros animais provenientes de explorações

• Pela entrada de aves domésticas ou de outros animais provenientes de explorações contaminadas. • Por pessoas que entrem no galinheiro depois de terem contactado com aves infectadas, e que podem transportar o vírus nas roupas, nos sapatos, nas botas ou nas rodas dos carros. • Por aves selvagens nas suas migrações que podem contaminar as aves domésticas através de espirros ou da descarga de fezes no chão. • Quando as aves domésticas procuram alimento fora do galinheiro. • Pelo contacto das aves com água e estrume contaminados. [2]

Mantenha as aves em boas condições Aves em boas condições resistem melhor às doenças

Mantenha as aves em boas condições Aves em boas condições resistem melhor às doenças se: • Têm acesso a água e a alimentos adequados. • Vivem em instalações limpas. [2]

Transmissão e infecção O H 5 N 1 está disseminado entre a população aviaria

Transmissão e infecção O H 5 N 1 está disseminado entre a população aviaria e é facilmente transmitido de ave para ave. Existe um mecanismo proposto para a infecção. [2] http: //content. nejm. org/cgi/content/full/352/18/1839/DC 2#

A transmissão de ave para humano é muito difícil. Os casos conhecidos resultaram de

A transmissão de ave para humano é muito difícil. Os casos conhecidos resultaram de uma contacto físico muito próximo entre humanos e aves infectadas. A transmissão é feita através da saliva, secreções nasais e fezes. Os especialistas nesta matéria acreditam que a transmissão entre humanos (muito rara) possa ocorrer facilmente se o vírus sofrer uma mutação. Uma vez que as aves migratórias estão entre os portadores do vírus, a sua disseminação poderá ocorrer a nível mundial. [3]

Porque é que o vírus das aves não se espalha facilmente entre o ser

Porque é que o vírus das aves não se espalha facilmente entre o ser humano? Até agora, os doentes infectados com o vírus das aves H 5 N 1 só muito raramente passaram o vírus a outras pessoas O vírus pode viver mais tempo a temperaturas mais baixas. A 22. 2 ºC (72 ºF) o vírus pode sobreviver até 4 dias, a 0 ºC (32 ºF) pode viver mais de um mês. Apenas 1 grama de solo contaminado pode infectar até 1 milhão de aves. Em caso de pandemia estimam-se a nível mundial 2 a 7. 4 milhões de mortes (fonte: OMS). [4]

As pandemias, que ocorrem mais ou menos a cada geração, porém de forma imprevisíveis,

As pandemias, que ocorrem mais ou menos a cada geração, porém de forma imprevisíveis, podem se iniciar se uma das muitas variantes da influenza que circula entre pássaros passar a infectar também as pessoas. Feito isso, é possível que ocorra troca de genes entre o vírus da gripe comum (altamente infectante) com o influenza (altamente perigoso). Se o vírus se replicar muito antes que o sistema imunológico consiga fabricar anticorpos para detê-lo, a epidemia pode se alastrar causando vários problemas de saúde pública, podendo mesmo ser altamente letal. [4]

Quais os tipos de vírus? Conhecem-se três tipos diferentes de vírus Influenza (vírus da

Quais os tipos de vírus? Conhecem-se três tipos diferentes de vírus Influenza (vírus da gripe): • O Tipo A que se subdivide em vários subtipos designados por A(Hx. Ny) e que são responsáveis pelas grandes epidemias e pandemias; • O Tipo B também responsável por epidemias, mas menos extensas; • O Tipo C responsável por surtos esporádicos e mais localizados. [5]

O H define a hemaglutinina que é uma proteína responsável pelo reconhecimento do vírus

O H define a hemaglutinina que é uma proteína responsável pelo reconhecimento do vírus pelos receptores da célula. Existem 15 hemaglutininas diferentes conhecidas. O N refere-se à neuramidase, que é a enzima responsável pela libertação do vírus no organismo. Existem 9 neuramidases diferentes. Os tipos A e B sofrem alterações antigénicas "minor" que originam as epidemias periódicas anuais de gripe. Com base nestas alterações se fabricam as vacinas da gripe. Quando as alterações são "major", resultantes da combinação de antigénios humanos e animais (porcos e aves) originam epidemias e pandemias pois, ainda não houve exposição ao vírus e não há, por isso, resistências.

Virus da gripe das aves

Virus da gripe das aves

Actualização das medidas de biosegurança com vista à redução do risco de transmissão da

Actualização das medidas de biosegurança com vista à redução do risco de transmissão da Gripe das Aves Esse conjunto de medidas constam da Decisão da Comissão Europeia de 21 de Outubro de 2005, que estabelece as medidas a aplicar a situações em aves domésticas e de exposição que sejam manipuladas ao ar livre. Assim, a Direcção Geral de Veterinária determinou que:

 • São proibidos os mercados avícolas, espectáculos, exposições e eventos culturais nos quais

• São proibidos os mercados avícolas, espectáculos, exposições e eventos culturais nos quais se utilizem aves. • A “Autoridade Competente” pode conceder uma autorização especial, após uma avaliação de risco favorável • Os Médicos Veterinários Municipais e os Serviços Veterinários das Direcções Regionais de Agricultura são as autoridades sanitárias responsáveis pela realização da “avaliação de risco” a que se refere o ponto 2. • Para efeitos de concessão da autorização especial, deve a referida “avaliação de risco” ser submetida à homologação da Direcção Geral de Veterinária. [5] http: //www. agroportal. pt/x/agronoticias/2005/10/23 f. htm

A vacina contra a gripe A vacina é produzida anualmente e é específica para

A vacina contra a gripe A vacina é produzida anualmente e é específica para conferir protecção contra as estirpes de vírus influenza responsáveis pelas epidemias anuais de gripe humana. Não confere, portanto, qualquer protecção contra a infecção pelo vírus influenza H 5 N 1, responsável pela actual epizootia de gripe das aves em alguns países do sudeste asiático. Não existe, actualmente, nenhuma vacina aprovada contra o vírus H 5 N 1. [6]

Prescrição selectiva da vacina -A quota de vacinas contra a gripe atribuída a cada

Prescrição selectiva da vacina -A quota de vacinas contra a gripe atribuída a cada país é limitada, pelo que a prescrição deverá ser selectiva para os grupos prioritários. - O principal objectivo para a época de gripe 2005 -2006 é aumentar a cobertura vacinal nos grupos considerados prioritários. - A vacina deve ser administrada durante o mês de Outubro. - A prescrição indiscriminada da vacina comprometeria a disponibilidade de vacinas para os grupos populacionais que dela mais beneficiariam. [6]

Grupos de risco - Pessoas com idade igual ou superior a 65 anos; -

Grupos de risco - Pessoas com idade igual ou superior a 65 anos; - Pessoas (>6 meses) que sofrem de doenças crónicas: cardíacas, renais, hepáticas, pulmonares, metabólicas (diabetes) ou neuromusculares (com risco de aspiração); - Pessoas com imunodepressão; - Pessoas residentes ou com internamentos prolongados em instituições prestadoras de cuidados de saúde; - Pessoas sem abrigo. [6]

“Gripe, três características, três problemas” Muitos portugueses estão, agora, a descobrir a outra face

“Gripe, três características, três problemas” Muitos portugueses estão, agora, a descobrir a outra face da gripe. Todas as suas dimensões. As características do seu agente, a infecção que provoca e as suas implicações, a sua história natural, bem como conceitos a ela frequentemente associados como sejam epidemias, pandemias, vacinas, antivirais, etc. É verdade. Trata-se de uma a doença respiratória, aguda, transmissível, de todos conhecida mas, ao mesmo tempo, por todos desconhecida. Paradoxo incompreensível porque a gripe é das doenças infecciosas melhor estudadas no plano científico. Há muitos conhecimentos acumulados pelas sucessivas descobertas nos domínios da biologia, da clínica, da epidemiologia, da terapêutica e da prevenção. Paradoxo porque esse saber científico, essa evidência indiscutível que fundamenta as decisões em Saúde Pública, não é acompanhada pela devida informação dos cidadãos. Ora, são estas características que explicam os fenómenos que hoje justificam três problemas distintos, mas interrelacionados entre si. Diferentes.

Ora, são estas características que explicam os fenómenos que hoje justificam três problemas distintos,

Ora, são estas características que explicam os fenómenos que hoje justificam três problemas distintos, mas interrelacionados entre si. Diferentes. Primeiro problema: a gripe sazonal, a que ocorre nos meses frios. Não há Inverno sem gripe. Uma certeza. Segundo: a gripe das aves provocada pelo subtipo H 5 N 1. Uma epizootia (epidemia em animais) muito extensa. Uma realidade já confirmada na Europa. A estratégia definida impõe a imediata identificação de focos a nível local e, rapidamente, a adopção de medidas de controlo a fim de se evitar a propagação do vírus e retardar a globalização. Medidas que os veterinários bem conhecem e que incluem a desinfecção das explorações e o abate sanitário de aves em determinados perímetros. Terceiro problema: a próxima pandemia de gripe humana. O agente da gripe recebeu o nome de vírus influenza em homenagem à antiga crença que eram os astros a influenciar a ocorrência de epidemias. Sabemos que as grandes epidemias ocorrem duas a três vezes por século, separadas por períodos de tempo que variam entre dez e quarenta anos. Inevitável. Mas não sabemos quando. Sabemos, por outro lado, que a sua origem é sempre consequência do aparecimento de um novo subtipo de vírus que contém genes de origem aviária. As pandemias estão bem documentadas desde o século XVI. As últimas verificaramse em 1847, 1889, 1918, 1957, 1968. Poder-se-á, então, dizer que tivemos gripe das aves nestes anos. Indiscutível. Cada pandemia é seguida de epidemias anuais até ao aparecimento de nova pandemia. E assim por diante. . . Francisco George

Conclusão • A área da saúde veio evoluindo a todos os níveis, tornando-se cada

Conclusão • A área da saúde veio evoluindo a todos os níveis, tornando-se cada vez mais especializada e eficaz. Assim, no final deste trabalho pode-se concluir que existem cuidados preventivos que cada um de nós pode adoptar e desta forma prevenir o contágio da doença. É importante também não esquecer a existência de terapêutica profilática pois é uma mais valia para a prevenção da mesma. • Em caso de doença, ou suspeita é importante saber os comportamentos básicos a executar. Com este trabalho tentei cumprir o objectivo de melhor informar sobre em que consiste a doença, e todos os tópicos anteriormente referidos para que numa situação de “Gripe das Aves” possa agir em segurança.

Bibliografia [1] DGV (2005). Direcção geral veterinária. [Em linha]. Disponível em <www. dgv. pt>.

Bibliografia [1] DGV (2005). Direcção geral veterinária. [Em linha]. Disponível em <www. dgv. pt>. [Consultado em 20 -3 -2007]. [2] DGV (2004). Gripe das aves. [Em linha]. Disponível em <www. gripedasaves. pt>. [Consultado em 24 -3 -2007]. [3] wikipedia (2004). Gripe das aves. [Em linha]. Disponível em <http: //pt. . org/wiki/Gripe_avi%C 3%A 1 ria>. [Consultado em 24 -3 -2007] [4] DGS (2004). Direcção geral de saúde. [Em linha]. Disponível em <http: //www. dgs. pt>. [Consultado em 27 -3 -2007] [5] Agroportal (2003). Agroportal. [Em linha]. Disponível em < http: //www. agroportal. pt/x/agronoticias/2005/10/23 f. htm >. [Consultado em 27 -3 -2007 [6] DGS (2004). Direcção geral de saúde. [Em linha]. Disponível em <http: //www. dgs. pt>. [Consultado em 2 -4 -2007]