Universidade Fernando Pessoa Faculdade de Cincia e Tecnologia

Universidade Fernando Pessoa Faculdade de Ciência e Tecnologia Engenharia do Ambiente 3º Ano Gestão e Tratamento de Resíduos Sólidos Incineração e Co-Incineração Ivan Vasconcelos, nº 18944

Tratamentos de Resíduos Sólidos Urbanos - O que são? - Vulgarmente denominado lixo urbano - Resultantes da actividade domestica e comercial das populações - Varia de população para população - Podem ser classificados de diversas formas [1]

Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos Classificações de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU): • Matéria Orgânica • Papel e Papelão • Plásticos • Vidro • Metais • Tóxicos • Outros [2]

Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos Algumas considerações: • Estima-se que cada pessoa produza, em média, 1, 3 kg de resíduo sólido por dia • A colecta destes pode ser Indiferenciada ou Selectiva • Após a colecta os RSU podem ser encaminhados para diversos lugares: ü Aterro Sanitário ü Incineração ou Co-Incineração ü Valorização e Tratamento de Resíduos [3]

Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos Aterros Sanitários: - RSU de colecta Indiferenciada - RSU que não precisa de tratamentos especiais

Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos Valorização e Tratamento de RSU: • Tem como objectivo o reaproveitamento de embalagens, papel, vidro, etc • Processos de limpeza e reestruturação

Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos Incineração: • RSU que não podem ser descarregados em aterro • RSU que apresentam algum tipo de perigosidade

Incineração O que é? • Destruição de RSU por via térmica (800ºC a 3000ºC) • Geralmente apresenta recuperação de energia • Redução de volume inicial dos resíduos até 90% • Implementadas em zonas de grande produção de lixo [4]

Incineração Considerações: • Usado especialmente na eliminação de resíduos combustíveis • Não há vantagem em incinerar vidro nem metais • Não há vantagem em incinerar matéria orgânica devido ao baixo poder calorífico

Incineração O que resulta? • Cinzas • Aguas residuais • Escorias • Gases • Energia térmica (convertida em energia eléctrica ou vapor)

Incineração O destino final do resultado da incineração: • Cinzas: Colocadas em aterro pois já não apresentam qualquer perigo após a incineração • Aguas Residuais: Tratamento em ETAR própria • Gases: Utilização de precipitadores ciclónicos de partículas, precipitadores electrostáticos e lavadores de gases • Energia Térmica: Produção de electricidade [5]

Incineração Vantagens Desvantagens Redução de 70% do peso e 90% do volume dos RSU Apesar dos dispositivos, as chaminés emitem fumos tóxicos As partículas sólidas ficam retidas nos filtros, sendo encaminhadas para aterros sanitários juntamente com as cinzas A sua construção e manutenção são muito dispendiosas Os filtros ou precipitaores electrostáticos retiram os gases ácidos e as partículas para que as emissões não contaminem a atmosfera As cinzas podem ter metais e outras substanciais perigosas pelo que tem que ser depositadas em aterros seguros Quase todas as estações de incineração estão concebidas para produzirem electricidade Para se produzir electricidade é necessária matéria e energia pelo que algumas incineradoras competem por materiais como o papel impedindo a sua reciclagem [6]

Co-Incineração O que é? • Incineração de resíduos gerados na industria utilizando a energia resultante da incineração para as actividades que se realizam nessa mesma industria. [4]

Co-Incineração Pré-Tratamento: - Separação de fases por decantação, fragmentação ou trituração, etc - No caso dos óleos, separação de sedimentos e desidratação do óleo [7]

Co-Incineração Pré-Tratamento – Objectivo: - Permitir o manuseamento dos resíduos no processo industrial - Transforma-los num composto homogéneo - Características físicas e químicas que os habilitam para utilização combustíveis

Co-Incineração Onde é utilizada a co-incineração? • Vidreira • Siderúrgica • Cimenteira

Co-Incineração Vantagens da co-incineração face à incineração: • O facto de os fornos terem uma grande quantidade de matéria-prima que será utilizada na formação de clínquer (cimenteira) • As variações de temperatura dentro do forno são mais pequenas e pode-se controlar mais facilmente • As temperaturas atingidas nestes fornos são mais elevadas que nos fornos de incineração • O Volume dos resíduos não é condicionante

Co-Incineração Riscos: - Emissões de metais pesados sendo que a maior parte é fixado no clinquer - Somente a Hg não é fixada no clinquer mas pode ser adsorvida nos filtros de carvão - Emissão de COV’s resultantes da combustão incompleta - Emissões de SOx quando se utiliza carvão combustível

Co-Incineração Controlo de emissões: • As emissões são evitadas através do controlo de parâmetros de funcionamento das diversas unidades Como? • Utilização de precipitadores ciclónicos de partículas, precipitadores electrostáticos e lavadores de gases

Co-Incineração Vantagens Desvantagens Atingem temperaturas elevadas e apresentam elevados tempos de residência ao mesmo tempo que as variações de energia são fáceis de controlar A co-incineração produz um dos gases mais tóxicos com efeito a longo prazo. A Dioxina. As moléculas orgânicas que compõe os resíduos A co-incineração só pode ser realizada em são totalmente destruídas e os metais são unidades já existentes, o que não permite uma incorporados e fixados no produto final flexibilidade de escolha de local Custos de investimento baixos Aumenta a competitividade entre as cimenteiras por se poder utilizar um combustível mais barato Melhora o desempenho Ambiental Não produz novos resíduos Permite economizar combustíveis não renováveis

Incineração Enquadramento de Portugal: Porto: LIPOR II • Capacidade de tratamento de 400 000 toneladas de resíduos por ano • Produzindo cerca de 200 000 MWh de energia eléctrica por ano Lisboa: VALORSUL • Capacidade de tratamento de 570 000 toneladas de resíduos por ano [8]

Conclusões • Existem diversos tipos de finalidade que se pode dar a um resíduo sólido urbano • Existem dois tipos de Incineração: Incineração dedicada e Co-Incineração • A incineração é um método de tratamento de resíduos sólidos urbanos perigosos como resíduos hospitalares • A Co-Incineração é um método de valorização dos resíduos sólidos urbanos onde a energia gerada é reutilizada na própria industria • Ambos os tratamentos apresentam custos consideráveis • Há geração de gases perigosos que em rendimentos deficientes podem ser libertados para atmosfera • Havendo da mesma geração de resíduos no final da incineração, este tratamento de RSU deve ser visto como o ultimo da lista tal e qual como os aterros sanitários • Em Portugal existem dois grandes centros de Incineração situado um na capital e outro no Porto.

[1] Incineraçao online (n. d). “Residuos Solidos Urbanos”. [Em Linha]. Disponivel em http: //www. incineracao. online. pt/residuos-solidos-urbanos [Consultado em 20/05/2010] [2] Valor Ambiente (n. d). “Tipos de Residuos”. [Em Linha] Disponivel em http: //www. valorambiente. pt/tiposresiduos [Consultado em 20/05/2010] [3] Setubal, Peninsula Digital (2009). “Residuos Solidos Urbanos”. [Em Linha]. Disponivel em http: //www. setubalpeninsuladigital. pt/pt/conteudos/ambiente/residuos/rsu/ [Consultado em 20/05/2010] [4] Incineração online (n. d). “Incineração”. [Em Linha]. Disponivel em http: //www. incineracao. online. pt/incineracao-incineracaoonlinept [Consultado em 19/05/2010] [5] Europa, Sinteses da Legislação da EU (2000). “Incineração de Residuos”. [Em Linha]. Disponivel em http: //europa. eu/legislation_summaries/environment/waste_management/l 28072_pt. htm [Consultado em 20/05/2010] [6] Incineração Online (n. d). “Desvantagens da Incineração”. [Em Linha]. Disponivel em http: //www. incineracao. online. pt/desvantagens-da-incineracao [Consultado em 21/05/2010] [7] BRENHAS, Maria José [et al. ]. – Co-incineração em fornos de cimenteiras. Analise de caso. Revista da Faculdade de Ciencias e Tecnologia. Porto: Ediçoes Universidade Fernando Pessoa. ISSN 16460499. 6(2009) 82 -94 [8] Lemos, Luis (n. d). “Incineração de Resíduos Sólidos Urbanos: qual a melhor opção de aproveitamento energético? ”. [Em Linha]. Disponivel em http: //www. ipv. pt/millenium/ect 7_ltl 1. htm [Consultado em 21/05/2010]