PRINCPIOS DA ENTREVISTA MOTIVACIONAL cap V ENTREVISTA MOTIVACIONAL
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PRINCÍPIOS DA ENTREVISTA MOTIVACIONAL cap. V “ENTREVISTA MOTIVACIONAL” MILLER & ROLLNICK CURSO DEPENDÊNCIA QUÍMICA ALUNA: MARGARIDA MIHNEA
“Se você tratar um indivíduo como ele é, ele permanecerá assim, mas se você tratá-lo como se ele fosse o que deveria e poderia ser, ele se tornará o que deveria e poderia ser” Johann Wolfgang von Goethe
ENTREVISTA MOTIVACIONAL - FOCO PRÁTICO APLICABILIDADE E UTILIDADE CLÍNICA DEFINIÇÃO: Um meio para reconhecimento e atitude frente aos problemas presentes ou potenciais. ÚTIL: Para relutância e ambivalência quanto à mudança. Resolver a ambivalência é colocar a pessoa em movimento no caminho para a mudança. para algumas pessoas: tudo o que elas precisam para outras: um prelúdio para o tratamento
terapeuta não autoritário • responsabilidade para o indivíduo - liberdade • poder do terapeuta - influências para mudança • estratégias mais persuasivas que coercitivas mais encorajadoras que argumentativas • atmosfera positiva que conduza a mudança • meta final: aumentar a motivação intrínseca • é o paciente quem apresenta argumentos para mudança
• algumas estratégias da Terapia Centrada no Paciente • terapeuta inativo? • trabalha com forte noção de objetivos e estratégias claras e habilidade para atingir tal fim • noção de “timing”para intervenções
Confronto da Negação - Entrevista motivacional CN: ênfase na aceitação da existência de um problema, aceitação do diagnóstico como essencial para mudança EM: não há ênfase em rótulos, aceitação do rótulo como desnecessária para que ocorra mudança CN: ênfase na patologia da personalidade , que reduz a escolha, o julgamento e o controle pessoal EM: ênfase na escolha pessoal e na responsabilidade pela decisão quanto ao comportamento futuro CN: o terapeuta apresenta evidências percebidas para tentar convencer o paciente a aceitar o diagnóstico EM: o terapeuta conduz avaliações objetivas, mas concentra-se em elicar as preocupações do paciente
CN: a resistência é vista como “negação”, um traço que deve ser confrontado EM: a resistência como padrão de comportamento interpessoal, influenciado pelo comport. do terapeuta CN: a resistência é tratada com argumentação e correção EM: a resistência é tratada com reflexão CN: as metas do tratamento e as estratégias são prescritas para o paciente pelo terapeuta, o paciente é visto como incapaz de tomar decisões devido a“negação” EM: as metas e estratégias de mudança são negociadas entre paciente e terapeuta, baseadas em dados e aceitabilidade, o envolvimento e aceitação das metas são vistos como vitais
Treinamento de Habilidades e Entrevista Motivacional TH: pressupõe que o paciente esteja motivado; nenhuma estratégia direta é usada para estimular a motivação EM: emprega princípios e estratégias específicas p/ estimular a motivação do paciente para a mudança TH: busca identificar, modificar cognições desadaptadas EM: explora e reflete as percepções sem rotular ou corrigir TH: prescreve estratégias específicas de enfrentamento EM: elicia estratégias possíveis de mudança do paciente e outros significativos
TH: ensina comportamentos de enfrentamento por meio da instrução, da modelagem, da prática dirigida e do feedback EM: a responsabilidade pelos métodos de mudança é do paciente, não há treinamento, modelagem ou prática TH: são ensinadas estratégias específicas de solução de problemas EM: processos naturais de solução de problemas são eliciados do paciente e de seus familiares Entrevista Motivacional Preparação para o Treino de Habilidades
NÃO DIRERTIVA E ENTREVISTA MOTIVACIONAL ND: permite ao paciente determinar o conteúdo e o direcionamento ao aconselhamento EM: direciona sistematicamente o paciente para a mudança ND: evita injetar os conselhos e o feedback do próprio terapeuta EM: oferece o feedback e os conselhos do terapeuta quando for adequado ND: a reflexão empática é usada de forma ñ contingente EM: a reflexão empática é usada seletivamente, para reforçar certos processos
ND: explora os conflitos e emoções do paciente em sua forma atual EM: busca criar e ampliar a discrepância do paciente, de modo a aumentar a motivação para a mudança
5 PRINCÍPIOS GERAIS 1º EXPRESSAR EMPATIA 2º DESENVOLVER DISCREP NCIA 3º EVITAR A ARGUMENTAÇÃO 4º ACOMPANHAR A RESISTÊNCIA 5º PROMOVER A AUTO-EFICÁCIA
EXPRESSAR EMPATIA • característica essencial e definidora da EM • “empatia apurada” C. Rogers • aceitação empática + • escura reflexiva início e durante o processo • aceitação do outro como ele é liberta para mudança • aliança terapêutica • estimula a auto-estima do paciente
a aceitação facilita a mudança a escuta reflexiva habilidosa é fundamental a ambivalência é natural
DESENVOLVER DISCREP NCIA • pelo menos um sentido de “confrontar”o paciente com uma realidade desagradável • criar e ampliar discrepância entre o comportamento presente e as metas mais amplas • dissonância cognitiva
onde se está e onde se quer estar conscientização dos custos do comportamento atual comportamento conflitante + metas pessoais = probabilidade de mudança evento da vida <> muda a percepção de um hábito aproximação X evitação
DESENVOLVER DISCREP NCIA • fazer uso dela, amplificá-la • estratégias para dependerem de motivadores internos do que externos • esclarecer metas importantes para o paciente explorar as conseqüências que entram em conflito com suas metas • EM muda as percepções do paciente sem criar pressões • o paciente apresenta as razões para a mudança
DESENVOLVER DISCREP NCIA • a conscientização das conseqüências é importante • a discrepância entre o comportamento presente e as metas importantes motivará a mudança • o paciente deve apresentar os argumentos para mudança
EVITAR ARGUMENTAÇÃO EM é confrontadora em seu objetivo confrontação “soft” a resistência é afetada pelo modo que o terapêuta responde a ela evitar abordagens que evoquem resistência quando a resistência é encontrada o terapeuta muda de estratégia
EVITAR A ARGUMENTAÇÃO argumentação é contraproducente defender gera atitudes de defesa a resistência é um sinal para mudança de estratégia a rotulação é desnecessária
ACOMPANHAR A RESISTÊNCIA • o paciente não é um oponente a ser derrotado • “judô psicológico” • as declarações do paciente podem ser ligeiramente modificadas ou reformuladas de modo a criar-se uma nova força de mudança • respeito pelo paciente • relutância e ambivalência como naturais e compreensíveis
• não impor novas visões ou metas • convidar a considerá-las • orientação permissiva • o próprio paciente é capaz com insights, a solução para seus problemas • acompanhar a resistência: envolver o paciente ativamente no processo de solução do problema
ACOMPANHAR A RESISTÊNCIA • a força pode ser usada em benefício próprio • as percepções podem ser alteradas • novas perspectivas são oferecidas mas não impostas • o paciente é um recurso valioso na busca de soluções
PROMOVER A AUTO - EFICÁCIA • auto - eficácia: crença na capacidade de realização e sucesso • elemento chave na motivação para mudança • indicativo do resultado no tratamento de dependências • esperança e fé • aumentar as percepções quanto à capacidade de enfrentar obstáculos e ter êxito na mudança • “Você é capaz de fazer isso; você pode ter sucesso”.
“ Acredita-se que as pessoas possuem um potencial para as mudanças, sua tarefa como terapeuta é libertar esse potencial, como um facilitador dos processos já inerentes ao indivíduo. A Entrevista Motivacional pretende ajudar a liberar as pessoas da ambivalência que as aprisionam. É mais que um conjunto de técnicas, é uma maneira de estar com o paciente, provavelmente muito diferente da maneira como outros podem tê-los tratados no passado”.
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