O EMPREENDEDORISMO HOJE POR QUE PARA QUE E

O EMPREENDEDORISMO, HOJE? POR QUE , PARA QUE E COMO. ORIGENS ü VEM DA ECONOMIA: SAY – 1827 ( clássica) E SCHUMPETER - 1934 (desenvolvimento econômico) Mc. CLELLAND (Psicologia Moderna) ü Say (pai do empreendedorismo) e Schumpeter: associam o empreendedor ao desenvolvimento econômico, à inovação e ao aproveitamento de oportunidade em negócio. ü Controvérsias: muitos dirigentes com sucesso sem lançar algo verdadeiramente novo. ü Usa a palavra empreendedorismo para designar os estudos relativos ao empreendedor, seu perfil, origens, seu sistema de atividade, seu universo de atuação.

O EMPREENDEDORISMO -Variadas definições devido estudiosos de diferentes áreas. -Palavra foi popularizada do inglês, o empreendedorismo vem de entrepreneur, palavra francesa antes usada no séc. XII para conceituar aquele que incentivava brigas. -Final séc 18: pessoa que criava e conduzia projetos e empreendimentos. -Principais correntes e Pioneiros do campo: -Economistas (Cantillon (1755) e Say (1803)): empreendedor associado à inovação. -Comportamentalistas: associa o empreendedor à criatividade e intuição.

O EMPREENDEDORISMO CONSIDERAÇÕES: -Cantillon: referia à pessoas que compravam matéria-prima. (geralmente um produto agrícola e vendiam a terceiros, depois de processá-las) -Say: desenvolvimento econômico como resultado da criação de novos empreendimentos. Concepção de empreendedor: alguém que inova e é agente de mudanças. PERMANECE ATÉ HOJE - Schumpeter: projetou o tema associando definitivamente o empreendedor ao conceito de inovação e apontando-o como o elemento que dispara e explica o desenvolvimento.

O EMPREENDEDORISMO A MOTIVAÇÃO SEGUNDO OS COMPORTAMENTALISTAS: -Economistas não usaram modelos clássicos de desenvolvimento econômico (baseados em funções matemáticas): inadequados para explicar o comportamento dos empreendedores - Recentemente os sistemas de valores começaram a ser considerados como elemento fundamental no desenvolvimento regional = empreendedor como peça-chave -Tentando entender razões que levam uma pessoa a empreender, estudou-se: -Traços de personalidade e atitudes do empreendedor

O EMPREENDEDORISMO A QUEM RECORRERAM? -Weber (1930) - sistema de valores - David Mac. Clelland (1961) - história: a razão para existência de grandes civilizações (vê o empreendedor como o gerente das grandes organizações, alguém que exerce controle sobre uma produção que não é de consumo pessoal apenas) -Outros estudaram a necessidade de auto-realização, mas não conseguiram estabelecer conexões entre esta e o sucesso dos empreendedores - Por 20 anos até déc. 80, os comportamentalistas dominaram o campo do empreendedorismo - grandes quantidades de pesquisas e publicações procuravam definir as características dos empreendedores (diferentes resultados e alguns contraditórios)

O EMPREENDEDORISMO -Sem perfil psicológico do empreendedor científico - inúmeras variáveis que concorrem na sua formação -Perfil diferente em função do tempo que cada um está no mercado -Influencia também: experiência de trabalho, região, de origem, nível de educação, religião, cultura familiar que devem ser considerada nos estudos mais não foram pelos comportamentalistas TENDÊNCIAS PÓS-COMPORTAMENTALISTAS -O que predomina entre as várias tentativas de teorização do Campo de Empreendedorismo – Schumpeter (vinculação entre empreendedor e Inovação)

O EMPREENDEDORISMO -Uma corrente de autores, propõe modelo diferente dos estáticos: -Empreendedor aprendem à partir do que fazem -O que fazem está em constante mudança e evolução -Precisam mudar e aprender a assumir diferentes papéis, de acordo com a evolução de seus negócios Após década 80 – empreendedorismo expande para várias ciências humanas e gerenciais

O EMPREENDEDORISMO ANTECEDENTES INSTITUCIONAIS SURGIU: • 1981 NA FGV/SP – prof Ronald Degen (nome: “Novos Negócios”) • CURSO DA FEA/USP; • CURSO EMPRETEC (SEBRAE)

O EMPREENDEDORISMO ATUALIDADE FIM DO EMPREGO X EXPANSÃO DO AUTO – EMPREGO REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA DAS EMPRESAS NA ECONOMIA ATUAL BENEFÍCIOS PESSOAS ADMINISTRARÃO SEU PROPRIO ESPAÇO/ IMAGEM, CARREIRA E / OU NEGÓCIO NOVOS ATORES: ENTREPRENEUR X INTRAPRENEUR

O EMPREENDEDORISMO -Deve conduzir ao desenvolvimento econômico, gerando e distribuindo riquezas e benefícios para a saúde -É visto como um ramo da administração -Primeiro mundo: vários estudos com área de concentração no empreendedorismo EMPREENDEDOR: Área de negócio: moeda medida de desempenho Área pesquisa ensino: potencial de agregação de valores gerados por novo conhecimento ou tecnologia e/ou a sua propagação como medida de desempenho Era do conhecimento como principal fator de produção. O empreendedor é quem gera esse conhecimento

O EMPREENDEDORISMO • Significado da palavra muda de acordo com o país e a época • Fim século 17 “firme resolução de fazer qualquer coisa” • Fim séc 19 e início séc 20 • Atualmente grandes capitães de indústria (Ford/ EUA; Peugeot/ França; Cadburg/ Inglaterra; Toyota/ Japão Atividades de toda pessoa que está na base de uma empresa, desde o franqueado, um dono de oficina mecânica, até aquele que criou e desenvolveu um multinacional

O EMPREENDEDORISMO • “pessoa capaz de transformar um sonho, um problema, ou uma oportunidade de negócio em uma empresa viável” (Fortin, 1992) • “pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões” (Filion, 1991) • alguém que define por si mesmo o que vai fazer e em que contexto será feito. Ao definir o que fazer leva em conta seus sonhos, desejos, preferências, estilo de vida quer ter. • Consegue dedicar-se intensamente, já que seu trabalho confunde com o prazer • Pesquisas dizem que ele é um ser social – produto do meio em que vive (época e lugar) = fenômeno regional

O EMPREENDEDORISMO • Seu perfil varia de lugar para lugar • Donabela considera empreendedor: • Uma pessoa que cria uma empresa, qualquer que seja • Uma pessoa que compra uma empresa e introduz inovações, agregando valores a mais • Um empregado que introduz inovações em uma organização, agregando valores a mais. • Não é empreendedor: Quem só gerencia.

Empreendedor é alguém capaz de desenvolver uma visão, mas não só. Deve saber persuadir terceiros, sócios, colaboradores, investidores, convencê-los de que sua visão poderá levar todos a uma situação confortável no futuro. Além de energia e perseverança, uma grande dose de paixão é necessário para construir algo à partir do nada e continuar em frente, apesar de obstáculos, armadilhas e da solidão. É alguém que acredita, que pode colocar a sorte a seu favor, por entender que ela é produto do trabalho duro.

ATIVIDADES DO EMPREENDEDOR -Disseminação da cultura empreendedora no sistema de ensino formal em todos os níveis -Disseminação da cultura empreendedora e o apoio à ação empreendedora entre grupos sociais (desempregados, minorias, etc) -Empreendedorismo comunitário: sociedade desfavorecidas (articulam para enfrentar adversidades) -Sensibilização das forças da sociedade para importância do empreendedorismo e da pequena empresa - Geração do auto-emprego -Criação de empresas -Identificação, criação e busca de oportunidade do empreendedorismo e da pequena empresa

ATIVIDADES DO EMPREENDEDOR -financiamento de organizações emergentes e daquelas ameaçadas de desaparecimento -Estudo do papel do empreendedorismo em grandes organizações (intra-empreendedorismo) -Promoção do desenvolvimento econômico local -Concepção e adoção de política pública de apoio e suporte à criação de empresa, abrangendo práticas econômicas, legais, tributárias, de financiamento etc. -O estabelecimento de redes de relação com universidade e com todas as forças sociais

AS CARACTERÍSTICAS DE COMPORTAMENTO DO EMPREENDEDOR Comprometimento Exigência de qualidade e eficiência Independência e Autoconfiança Busca de Informações Planejamento e Monitoramento Sistemáticos Estabelecimento de Metas Correr Riscos Calculados Persistência Busca de Oportunidades e Iniciativa Persuasão e Rede de Contatos

VISÃO, CRIATIVIDADE E OPORTUNIDADE • VISÃO: imagem projetada no futuro. Lugar que se quer ver ocupado VISÃO pelos seus produtos no mercado. • CRIATIVIDADE: surge durante o processo de solução problema, que CRIATIVIDADE depende do conhecimento (fruto de um esforço extremo), que permite compreender situações rápida e produtivamente • OPORTUNIDADE: sua identificação é importante e central na OPORTUNIDADE atividade empreendedora. Atrás dela sempre tem uma idéia • Saber diferenciar idéia de oportunidade (para não ter insucesso) • Oportunidade: idéia que está vinculada a uma produção ou serviço que agrega valor ao seu consumidor, pela inovação ou diferenciação • Tem algo novo e atende uma demanda dos clientes representando uma nicho mercado • É atrativa - potencial para gerar lucros • Ver e agarrar a oportunidade – no momento propício, ter condições para desenvolve-la (capacidade, recursos e saber gerenciar)

O EMPREENDEDOR PARA IDENTIFICAR AS OPORTUNIDADES DEVE CRIAR UMA ESTRUTURA DE PENSAMENTO SISTEMÁTICO E VISIONÁRIA ESTABELECE ALVO DESENVOLVE FARO

VISÃO, CRIATIVIDADE E OPORTUNIDADE • Pessoa só realiza algo quando se acha capaz: autoimagem, energia, liderança, compreensão do setor e relações = formação da visão. • É a principal fonte de criação • Influência fortemente no desempenho do indivíduo. • Contém: seus valores, forma de ver o mundo, motivação

• Quantidade e qualidade de tempo dedicado ao trabalho (energia influenciada pelo conceito de si e pelos valores que vão determinar o quanto estamos dispostos a investir em determinado momento) • Dá forças para compreender um setor, desenvolver uma visão, e estabelecer as relações necessárias • É um dos elementos fundamentais na formação das condições para o exercício de liderança

• Decorrente do conceito de si, da energia, da compreensão do setor, da visão e das relações. • Também influencia cada um desses elementos • Tem importância no processo visionário • No processo empreendedorial – a liderança decorre, principalmente da visão e da capacidade de sua realização • Liderança adquirida confere ao empreendedor, maior capacidade de estabelecer e de tornar concreta sua visão

SABER: • Como são estruturadas e como funcionam as empresas que atuam naquele ambiente • Como os negócios se processam • Quem são os clientes • Como se comportam e qual o seu potencial • Pontos fortes e fracos da concorrência • Fatores críticos do sucesso • Vantagens competitivas • Tecnologias envolvidas • Tendências a curto e longo prazo • Sensibilidade do setor em relações oscilações econômicas • Intuição é melhor quanto mais conhecer o setor, ter maior aprendizagem e experiências

• Primeiro motivo para empreender surge das relações familiares • Necessária para desenvolver, implementar sua visão. • Interação contínua conforme vai mudando o foco do produto • Relações internas – seleção colaboradores – fundamental para o sucesso da empresa

NÍVEIS DE RELAÇÕES -Primária: Relações com o conceito de si. Familiares, Primária: próximos (mais de um tipo de atividade). -Secundária: Aprofundamento no processo visionário. Pode Secundária: virar primária. Amizades e conhecimento ligado a uma atividade precisa. -Terciária: Aprofundamento no processo visionário. Terciária: Escolhemos para preencher uma necessidade. Não são necessariamente relações entre pessoas, mais contatos com um campo de interesse (por meio de: cursos, viagem, exposições, feiras, congressos)

PRINCIPAIS ATRIBUTOS DO EMPREENDEDOR -Identificar oportunidades, agarrá-las e buscar os recursos para transformá-las em negócio de lucratividade -Não é indispensável que ele possua os meios necessários à criação de sua empresa, mas deve ser capaz de atrair tais recursos, demonstrando o valor de seu projeto e que tem condições de torná -lo realidade -Empreendedor tem a moeda como medida de desempenho, não como objetivo fim -Ele evolui através de um processo de tentativa e erro, avança mediante descobertas feitas (de um infinidade de elementos, que são as novas oportunidades, novas formas comercialização, vendas tecnologias, gestão, etc. ).

COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR: . Ø Quando a empresa procura substituir os produtos e os mercados obsoletos por novos que oferecem maior potencial para lucros futuros Ø Identificação de novas áreas de demanda, do desenvolvimento de produtos aceitáveis, de tecnologia de produção e marketing mais adequadas, testando o mercado e introduzindo novos produtos nesse mercado e tirando de circulação os obsoletos Ø Preocupa-se com as tendências sociais e políticas.

COMPORTAMENTO COMPETITIVO: Fontes da Vantagem Competitiva: Ø Qualidade do produto, custo, localização geográfica conveniente, tecnologia, estilo do comprador, periodicidade de produtos novos, nome e marca, proporcionar aos compradores um valor maior pelo preço pela combinação de boa qualidade, bom serviço e bom preço. Objetivo da Vantagem Competitiva: Ø Proporcionar aos compradores o que eles querem como valor: bom produto pelo menor preço ou um produto que vale a pena pagar mais.

COMPORTAMENTO COMPETITIVO: Estratégia Competitiva: Ø Abordagem de negociação e iniciativas que ela executa para atrair clientes, pressões e posição no mercado, trata exclusivamente do plano de ação da gerência para competir com sucesso e criar valor ao cliente. Categoria de Abordagens de Estratégia Competitiva mais freqüentes: Ø Estratégia de liderança de custos baixos Ø De grande diferenciação Ø De fornecedor de melhor custo Ø De enfoque ou nicho de mercado – custo menor Ø De enfoque ou nicho de mercado – diferenciação

Modelo Competitivo é gerador de lucros: Empresa envolver – enquanto os potenciais de seus mercados atuais forem adequados e satisfazerem os objetivos de lucro e crescimento Modelo Empreendedor: é absorvedor de lucros: Empresa envolver – quando sentir ameaçada por seus concorrentes e se reposicionar quanto a seus negócios e horizontes de mercados.

1950 Saturação do ambiente fez o comportamento competitivo enfraquecer, não bastava apenas o lucro, era preciso inovar para sobreviver e crescer • Elevar comportamento empreendedor para uma posição principal DESAFIO • Assegurar uma coexistência pacífica, dentro da empresa, das atividades competitivas e empreendedoras

Em 1970, percebe-se a diferença entre ambos: • Desafios competitivos e Desafios empreendedoriais: ATRIBUTO COMPETITIVO EMPREENDEDOR Ocorrência Em série e contínua Aleatória e episódica Direção de mudanças Contínua do passado Descontinuidade Magnitude da mudança em relação ao passado Pequena Grande Relevância das potencialidades tradicionais Grande Pequena Familiaridade do problema Relacionado à experiência anterior Novo Custo de informação Reduzido Elevado Estrutura do problema Bem estruturado Mal-estruturada Previsibilidade do problema Risco e incerteza Desconhecimento parcial e total riscos Baixo a médio Médio a muito alto

ADMINISTRAÇÃO EMPREENDEDORA -Cada empresa ou organização tem característica específica que necessita de uma prática empreendedora diferente -Estudo inicial com uma empresa em funcionamento DILEMA Competência Empreendedora “destruição criativa” Ameaça social ao emprego, estabelecimento financeiro, ordem social e responsabilidade governamental

ADMINISTRAÇÃO EMPREENDEDORA -Empresa tem que aprender como sobreviver e prosperar diante da realidade que mostra uma diminuição das pessoas a um terço e um elevado aumento da produção -Só se aprenderem a ser empreendedoras bem sucedidas -A empresa de médio porte e em operação, está mais capacitada à liderança empreendedora = possui recursos necessários (principalmente humanos)

Para Instituições de serviço público, e especialmente para aquelas que desempenham funções não políticas, sejam elas de propriedades do governo e financiadas por recursos de impostos, ou não, para hospitais, escolas e universidades, para serviços públicos de governo municipais, agências comunitárias e organizações voluntárias etc Mudanças rápidas do mercado Obsoleto velhos estabelecimentos ou ineficaz um grande nº de meios que estes têm sido dirigidos Simultaneamente: cria oportunidade para atacar novas tarefas para experimentação e Inovação social

EMPREENDIMENTO NA INSTITUIÇÃO DE SERVIÇOS -A maior parte das inovações em instituições de serviços público são impostas a elas por quem está fora delas e ou por catástrofe -Em governo, a maior reformulação inovadora na história política recente, o New Deal dos Estados Unidos de 193336, foi ativada por uma Depressão tão severa que quase arrasou a estrutura social do país -As forças que obstruem o empreendimento e a inovação numa instituição de serviço público são inerentes a ela, integram-se nela, e são inseparáveis dela.

A SOCIEDADE EMPREENDEDORA -Teorias, valores e artefatos de mentes humanas e mãos humanas realmente envelhecem e rigidificam, tornando-se obsoletos. . . -Inovação e espírito empreendedor são necessários na sociedade e na economia, no público e no privado, por serem enfocados em oportunidades e necessidades que desaparecem se não produzirem resultados esperados. -Isto requer executivos em todas as instituições que façam inovações e empreendam como prática diária e normal. -Necessidade do indivíduo: aprendizado e reaprendizado continuados, diferente do aprendizado tradicional.