A Arte desenvolvida pela cultura egpcia refletiu suas

A Arte desenvolvida pela cultura egípcia refletiu suas crenças fundamentais. Segundo essas crenças, a vida humana podia sofrer interferência dos deuses. Além disso, a vida após a morte era considerada mais importante do que a existência terrena. Assim, desde seu início a arte egípcia concretizou-se nos túmulos e nos objetos, como estatuetas e vasos deixados junto aos mortos. A hierarquia social e religiosa traduz-se, na representação artística, na atribuição de diferentes tamanhos aos diversos personagens, consoante a sua importância. Como exemplo, o faraó será sempre a maior figura numa representação bidimensional e a que possui estátuas e espaços arquitetônicos monumentais. Todas as representações estão repletas de significados que ajudam a caracterizar figuras, a estabelecer níveis hierárquicos e a descrever situações. Do mesmo modo a "simbologia" serve à estruturação, à simplificação e clarificação da mensagem transmitida criando um forte sentido de ordem e racionalidade extremamente importantes. O tempo e os acontecimentos históricos encarregaram-se de ir eliminando os vestígios desta arte ancestral, mas, mesmo assim, foi possível redescobrir algo do seu legado no século XIX, em que escavações sistemáticas trouxeram à luz obras capazes de fascinar investigadores, colecionadores e mesmo o olhar amador.

Alto-relevo do Sarcófago de Amenófis Capela de Hathor

No Antigo Egito a pintura aplica-se a espaços arquitetônicos, especialmente àqueles relacionados com o culto dos mortos, como túmulos de faraós. Contudo, egípcios ricos tinham murais em casa, elaborados em estilos de rica textura. A arte egípcia apreciava muito as cores. As estátuas, o interior dos templos e dos túmulos eram profusamente coloridos. As cores não cumpriam apenas a sua função primária decorativa, mas encontravam-se carregadas de simbolismo. Tumba de Nefertari

Pintura na câmara tumular de Nefertari, mulher de Ramsés II

Sala do Sarcófago Tumba de Nakht

Tumba de Seti - Vale dos Reis Pintura em um Sarcófago A pintura cerimonial de tumbas é certamente a mais lembrada até hoje. Os antigos egípcios criaram pinturas para fazer da vida pós-morte um lugar agradável. Os temas incluíam a jornada para o outro mundo ou divindades protetoras que apresentavam o morto para os deuses do pós-morte. Estes desenhos eram feitos de maneira que as figuras eram mostradas de perfil. Os egípcios não trabalhavam com a técnica da perspectiva (imagens tridimensionais). Os desenhos eram acompanhados de textos, feitos em escrita hieroglífica. As tintas eram obtidas na natureza: pó de minérios, substâncias orgânicas, etc.

Barco no Antigo Egito Colheita da Uva Viagem de um Morto ao Além

Pastores A principal característica da pintura e baixos-relevos egípcios é a representação de figuras humanas segundo a “lei da frontalidade”, que determinava que o tronco da pessoa fosse representado sempre de frente, enquanto sua cabeça, pernas e pés eram vistos de perfil. Deus Toth

Pintura de Oferendas na Câmara Tumular de Menna

Duas Filhas de Akhenaton A tumba de Horemheb - Osíris, Anúbis e Hóros Deuses

Gansos de Medum, Túmulo de Nafermaat Tumba de Tutankhamon

Mural Tumba de Sennedjem Tumba de Ramsés IV

Pintura em Túmulo no Templo de Luxor Sacerdotes de Amon Livro dos Mortos decoram a tumba da rainha Nefertari

A escultura do Antigo Egito foi demarcada na Antiguidade sobretudo pela escultura de grandes dimensões, associada à arquitetura pelo relevo descritivo (hieróglifos), pelo busto e pela estatuária de pequenas dimensões, onde dominam não só as representações de deuses e faraós, como também as de animais. Os escultores egípcios representavam os faraós e os deuses em posição serena, quase sempre de frente, sem demonstrar nenhuma emoção. Pretendiam com isso traduzir, na pedra, uma ilusão de imortalidade. Com esse objetivo ainda, exageravam frequentemente as proporções do corpo humano, dando às figuras representadas uma impressão de força e de majestade. Deusa Hathor Akhenaton Uma Filha de Akhenaton Hatshepsut

Paleta de Narmer A Paleta de Narmer refere-se a uma placa cerimonial egípcia com inscrições e relevos representando o acontecimento histórico da unificação do Alto e Baixo Egito sob o rei Narmer e que data de, aproximadamente, 3100 - 3200 a. C. Face posterior Deusa do Vaso da Amamentação Face anterior

Deus Bés Uma Tríade de Menkauré - Rei da IV Dinastia

Podem ser estabelecidas diferenças de concepção entre a escultura estatuária real e a estatuária de particulares, tais como funcionários e escribas. Na primeira verifica-se um desejo de imponência, enquanto que a segunda tende para um maior realismo. A escultura foi marcada pela escolha de materiais resistentes, como o basalto, o pórfiro, xisto, diorito e o granito. Amenhotep III Nefertiti Escriba - Sepulcro da Necrópole de Sacará 2620 e 2350 a. C.

Sobre a face das múmias era colocada uma máscara com as feições do morto, de forma idealizada. Estátua da Deusa Bastet

Os vasos canopos eram utilizados para guardar as vísceras embalsamadas durante o processo de mumificação. As tampas desses exemplares representam os Quatro Filhos de Hórus. A tampa com cabeça de chacal representa o deus Duamutef, e nesse vaso era guardado o estômago. A peça com cabeça de babuíno representa o deus Hapy. e guardava os pulmões. A com cabeça de falcão representa o deus Qebehsenuef, e guardava os intestinos. Imset, com cabeça de homem, guardava o fígado. Vasos Canopos

A arquitetura egípcia realizou-se, sobretudo nas tumbas e nas construções mortuárias. Era dividida em três categorias: Pirâmide - túmulo real, destinado ao faraó; Mastaba - túmulo para a nobreza; e Hipogeu - túmulo cavado em rocha destinado à gente do povo. Mastaba Pirâmides do deserto de Gizé Hipogeu

As pirâmides do deserto de Gizé são as obras arquitetônicas mais famosas e foram construídas por importantes reis do Antigo Império: Quéops, Quéfren e Miquerinos. Junto a essas três pirâmides está a esfinge mais conhecida do Egito, que representa o faraó Quéfren. Esfinge do faraó Quéfren Recinto de Amon

Templo de Hórus Templo de Isis Esfinge Templo de Ramsés II

As pirâmides tinham base quadrangular e eram feitas com pedras que pesavam cerca de vinte toneladas, medindo dez metros de largura, além de serem admiravelmente lapidadas. A porta da frente da pirâmide voltava-se para a estrela polar, a fim de que seu influxo se concentrasse sobre a múmia. O interior era um verdadeiro labirinto que ia dar na câmara funerária, local onde estava a múmia do faraó e seus pertences. Pirâmide de Menkaure A Pirâmide Quadrada de Djoser

Mapa do Vale dos Reis Colunas - Templo de Karnak

Os egípcios apreciavam os belos objetos de uso diário, em especial artigos como pentes, colheres de unguentos, caixas de kohl (para a maquiagem dos olhos), vasos e espelhos. Gostavam de se rodear de mobiliário elegante (cadeiras, bancos, camas, arcas e caixas) e davam valor ao bonito vestuário, às cabeleiras e às jóias. Trono de Tutankhamon Cadeira Cerimonial da Princesa Sitamon, Filha do Faraó Akhenaton

Cama de Tutankhamon Cadeira Cerimonial Encontrada na Tumba de Tutankhamon Descanso de Cabeça

Máscara Funerária de Tutankhamon Máscara Funerária de Psusennes I

Barca Votiva - Tumba de Tutankhamon Vaso

O trabalho era efetuado em oficinas, onde se reuniam os executores e os seus mestres nas diferentes tipologias artísticas, escultores, pintores, carpinteiros e mesmo embalsamadores. Os artesãos trabalhavam muito bem com madeira, cobre, bronze, ferro, ouro e marfim. Peitoral com a Barca Solar Peitoral de Udjat Peitoral com Escaravelho Sagrado

Bracelete de Sheshonq II Braceletes de Ramsés II Diadema de ouro de Sithathoriunet Bracelete de Tutankhamon Colar

Espelhos Varetas, recipientes e potes para aplicação de Kohl, o produto de beleza mais famoso dos egípcios Pentes Tubo de Kohl em madeira e espátula de osso, pote e aplicador em pedra-sabão e colher cosmética de madeira e marfim

Figura Macrofálica Usada como Amuleto Tipos de Amuletos Olho de Hórus - Amuleto

Sapatos encontrados em uma tumba do Antigo Egito

Os egípcios escreviam usando desenhos e desenvolveram três formas de escrita: Hieróglifos - escrita detalhada e meticulosamente gravados, os hieróglifos geralmente associavam símbolos fonéticos com imagens de objetos reais. Era comumente lida da direita para a esquerda, ou de cima para baixo. Hierática - escrita cursiva, usada pelos sacerdotes em textos sagrados. Era geralmente gravada em papiro, madeira ou couro. Demótica - escrita cursiva, simplificada, usada em cartas, registros, documentos. Gravada predominantemente no papiro. Demótica Hierática Hieróglifos

Os escritos em geral se inspiravam em temas morais, poéticos ou religiosos, como o "Texto das Pirâmides" e o "Livro dos Mortos" escrito em rolos de papiro e colocados nos túmulos junto das múmias. O objetivo destes textos era ajudar o morto em sua viagem para o outro mundo, afastando eventuais perigos que este poderia encontrar na viagem para o Além. Livro dos Mortos

Livro dos Mortos

Livro dos Mortos no Papiro de Nani

A descoberta da Pedra de Roseta foi crucial para a compreensão moderna dos hieróglifos egípcios. Apresenta três inscrições com o mesmo texto: o superior está na forma hieroglífica do egípcio antigo, o trecho do meio em demótico, variante escrita do egípcio tardio, e o inferior em grego antigo. Pedra de Roseta

Os egípcios usavam muito a música em todas as ocasiões religiosas ou da sociedade, como casamentos, festas, canções de guerra, de vitória, ou para expressar sentimentos de melancolia e de luto. Como parte dos instrumentos musicais, conhecemos o sistru (chocalho feito em bronze), a harpa, o crotalo, as flautas de bambu, pandeiros, oboés e uma espécie de Rebab ainda encontrado nas manifestações populares das margens do Nilo. Flauta Crotalo Harpa Sistru Alaúde

Pintura de jovens egípcias com seus respectivos instrumentos Afresco encontrado em Tebas

Créditos Música: Song of the Pharaohs Omar Faruk Tekbilek, 1951 Pesquisa e Formatação: Julia Zappa juliazappa@uol. com. br Revisão: Ida Aranha sabercultural@sabercultural. com http: //www. sabercultural. org Junho 2011

Fontes: http: //antigoegito. org/? p=228 http: //www. egito. templodeapolo. net/ http: //antigoegito. tripod. com/index 2. htm http: //www. misteriosantigos. com/egito. htm http: //www. fascinioegito. sh 06. com/escrita. htm http: //artistoria. wordpress. com/category/egito/ http: //www. egito. fernandofelix. com. br/arte. php http: //www. fascinioegito. sh 06. com/instrume. htm http: //www. suapesquisa. com/egito/arte_egipcia. htm http: //pt. wikipedia. org/wiki/Arte_do_Antigo_Egito http: //www. bepeli. com. br/arte_egipcia_gravuras. htm http: //www. coljxxiii. com. br/webquest/caio. htm http: //pt. wikipedia. org/wiki/Pintura_do_Antigo_Egito http: //www. arteeeducacao. net/historia/egipcia/texto. htm http: //giscreatio. blogspot. com/2010/07/arte-no-egito. html http: //diversidadevisual. blogspot. com/2010_06_01_archive. html http: //historiadaarte 2009. blogspot. com/2009_08_01_archive. html http: //artistoria. wordpress. com/2010/06/23/joias-no-antigo-egito/ http: //nerdezasaleatorias. blogspot. com/2009/08/cultura-egipcia. html http: //pointdaarte. webnode. com. br/news/a-historia-da-arte-do-antigo-egito/ http: //www. museunacional. ufrj. br/Museu. Nacional/arqueologia/egito_antigo/EGITO%20 ANTIGO. htm