25 Liturgia e religiosidade popular Encontros de Formao

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25. – Liturgia e religiosidade popular Encontros de Formação Cristã Paróquia de Santa Maria

25. – Liturgia e religiosidade popular Encontros de Formação Cristã Paróquia de Santa Maria de Carreço «A Liturgia é o cume para o qual se dirige a actividade da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte de onde provém toda a sua força» (SC 10) «A vida espiritual, porém, não se reduz unicamente à participação na sagrada Liturgia…Os actos de piedade do povo cristão, desde que estejam de acordo com as leis e normas da Igreja, são muito recomendados…» (SC 12). (Constituição Sacrosanctum Concilium – Vaticano II)

25ª sessão – Liturgia e religiosidade popular 2. Sumário: 1. A Liturgia 2. A

25ª sessão – Liturgia e religiosidade popular 2. Sumário: 1. A Liturgia 2. A religiosidade popular 1. 1 – O que é a liturgia? 3. 1. 2 – A Assembleia Litúrgica 4. 1. 3 – Liturgia e Mistério Pascal 5. 1. 4 – Liturgia, presença especial de Cristo 6. 1. 5 – O Domingo, Dia do Senhor 7. 1. 6 – O Ano Litúrgico 8. 1. 7 – Ministros litúrgicos 9. 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos 10. 1. 9 – A Liturgia das Horas 11. 1. 10 – Os ritos 12. 1. 11 – A pastoral litúrgica 2. 1 – Conceitos 2. 2 – características da piedade popular 2. 3 – Formas de piedade popular 2. 4 – Liturgia e religiosidade popular 2. 5 – Para uma correcta pastoral 3. Bibliografia recomendada (EFC 25)

1. A liturgia

1. A liturgia

1. A liturgia 1. 1 – O que é a liturgia? • A palavra

1. A liturgia 1. 1 – O que é a liturgia? • A palavra liturgia vem do grego (leitourgia) e significa serviço público, acção do povo. É o encontro de Deus com o Seu Povo para celebrar a relação de aliança, é Deus que tem a iniciativa da aliança e de suscitar uma resposta do povo. • O Vaticano II define assim liturgia: «acção sagrada pela qual através de ritos sensíveis se exerce, no Espírito Santo, o múnus sacerdotal de Cristo, na Igreja e pela Igreja, para a santificação do homem e a glorificação de Deus» (cf Sacrossanctum Concilium, Constituição Litúrgica, nº 7, 4/12/1963).

1. A Liturgia 1. 2 – A Assembleia litúrgica • Assembleia Litúrgica: É um

1. A Liturgia 1. 2 – A Assembleia litúrgica • Assembleia Litúrgica: É um povo convocado por Deus para responder à sua Palavra em atitude de fé. No Antigo Testamento, Javé convoca o povo em assembleia junto ao Sinai, onde sela uma Aliança (Cf. Ex 19, 24). O termo hebraico «Qahal» significa «assembleia convocada por Javé» ; o termo grego «ekklesia» é a sua tradução, que designa a comunidade que surgiu de Cristo a Igreja.

1. A Liturgia 1. 3 – Liturgia e Mistério Pascal • Na Liturgia celebram-se

1. A Liturgia 1. 3 – Liturgia e Mistério Pascal • Na Liturgia celebram-se os mistérios de Deus, as Suas intervenções salvadoras ao longo da História da Salvação, projectos que se realizam em Cristo (redenção, salvação…); é salvação celebrada, actualizada, acontecida e vivida. • Cristo é o litúrgico por excelência, congrega todo o povo; o Mistério pascal de Cristo, Sua paixão, morte e ressurreição é o centro das celebrações; é «passagem» da morte à vida; unidos a Ele, também o Povo de Deus está em Páscoa.

1. A Liturgia 1. 4 – Liturgia, presença especial de Cristo São cinco os

1. A Liturgia 1. 4 – Liturgia, presença especial de Cristo São cinco os momentos litúrgicos que o Concílio aponta para referir esta presença de Cristo: q A presença de Cristo na assembleia reunida no seu nome. q A presença de Cristo na Palavra proclamada. q A presença de Cristo no sacrifício eucarístico. q A presença de Cristo nos outros sacramentos. q A presença de Cristo na oração e súplica da Igreja.

1. A Liturgia 1. 5 – O Domingo, Dia do Senhor § Nomes: primeiro

1. A Liturgia 1. 5 – O Domingo, Dia do Senhor § Nomes: primeiro dia (Cristo ressuscitou no primeiro dia), dia do Sol (Cristo, sol da justiça; para os romanos era o dia do sol), oitavo dia (transcende o sete da semana e converte-se no dia novo), Dia do Senhor (dies dominica), nome adoptado. §O sentido do Domingo: os judeus guardam o sétimo dia, o Sábado; mas Cristo ressuscitou num Domingo, que desde o início se tornou no dia da reunião cristã, da Assembleia eucarística, da alegria e do repouso; o Domingo é a «Páscoa semanal» .

1. A Liturgia 1. 6 – O Ano Litúrgico • Chama-se Ano Litúrgico ou

1. A Liturgia 1. 6 – O Ano Litúrgico • Chama-se Ano Litúrgico ou Ano Cristão à organização do ano como celebração progressiva do mistério de Cristo. O centro do ano litúrgico é Jesus Cristo • Fundamentos: • o Domingo; • O ritmo «temporal» , próprio do tempo, que segue os mistérios de Cristo. • O ritmo «santoral» , próprio dos santos, que recolhe as celebrações da Virgem e dos santos.

1. A Liturgia 1. 6 – O Ano Litúrgico (cont. ) • O Ano

1. A Liturgia 1. 6 – O Ano Litúrgico (cont. ) • O Ano litúrgico não corresponde ao ano civil, nem ao ano escolar. Consta de três ciclos temporais: Páscoa, Natal e Tempo Comum (Ordinário), e de um conjunto de solenidades e de festas do Senhor, de Maria e dos Santos. • Os tempos fortes, em que se celebra de modo especial os mistérios de Cristo são o Advento, o Natal, a Quaresma e a Páscoa. Ao tempo Comum também se chama de Tempo dos santos. • Para melhor se situarem as celebrações no tempo, utilizase o calendário litúrgico.

1. A liturgia 1. 6 – O Ano Litúrgico (cont. ) Esquema do Ano

1. A liturgia 1. 6 – O Ano Litúrgico (cont. ) Esquema do Ano Litúrgico: • Além do Natal, tem relevo a Epifania. . Os dias mais importantes do ano são o Tríduo pascal: 5ª feira santa, dia da instituição da Eucaristia; a 6ª feira Santa, em que se medita a paixão do Senhor, a adoração da cruz, não há Missa; no Sábado Santo não há Missa; apenas à noite, fazendo parte do Domingo, a Vigília pascal, que é a mãe de todas as celebrações, para dar lugar ao Domingo de Páscoa, dia da ressurreição de Jesus. Depois assume relevo a Ascensão e 50 dias após a Páscoa, a Solenidade do Pentecostes. O Ano Litúrgico acaba no 33º ou 34º Domingo Comum (Solenidade de Cristo Rei). Na primeira parte do tempo Comum foca-se a pregação do Jesus histórico; na segunda parte do tempo Comum foca-se a experiência do Reino que a Igreja pós-pascal deve fazer.

1. A Liturgia 1. 6 – O Ano Litúrgico (cont. ) Solenidades, Festas e

1. A Liturgia 1. 6 – O Ano Litúrgico (cont. ) Solenidades, Festas e Memórias § As celebrações ao longo do ano, tanto as do Senhor como as da Virgem Maria ou dos Santos, «segundo a importância que lhes é atribuída, distinguem-se e são denominadas desta forma: solenidade, festa, memória (pode ser obrigatória ou facultativa). § SOLENIDADES E FESTAS DO SENHOR. Estão relacionadas com os tempos litúrgicos específicos que lhes são mais próximos: com o Natal estão relacionadas a Apresentação do Senhor (2/2)e a Anunciação (25/3); com a Páscoa estão relacionadas a Santíssima Trindade, o Corpo de Deus (na 5ª feira a seguir à Santíssima Trindade), o Sagrado Coração de Jesus, a Transfiguração, a Exaltação da Santa Cruz, etc. A solenidade de Cristo Rei, que abre e prepara o Advento e lembra a última vinda do Senhor, relaciona-se com os dois ciclos e serve de ponte entre o ano que termina e o ano que começa. § SOLENIDADES E FESTAS DA VIRGEM MARIA: No culto a Maria a Igreja admira e honra o fruto mais esplêndido da obra da redenção, na qual ela teve uma participação activa. As suas relações com o Ano Litúrgico são: com o Advento relacionam-se a Imaculada Conceição (Solenidade – 8/12), a Anunciação e a Visitação; com o Natal-Epifânia relacionam-se a Mãe de Deus, (Solenidade-1/1) Natividade de Nossa Senhora, Sagrada Família, Apresentação de Nossa Senhora; com a Páscoa relacionam-se: a Assunção (solenidade-15/8), a Senhora das Dores, o Coração Imaculado de Maria, a Senhora do Carmo e muitas outras invocações com as quais o povo venera a Virgem Maria. § Solenidades e festas dos santos: celebram-se normalmente na data da sua morte (excepto S. João Baptista): São José, 19/3 – Solenidade; 24/6 - Nascimento de São João Baptista; 29/6 – S. Pedro e S. Paulo; 1/11 – Todos os Santos.

1. A liturgia 1. 6 – O Ano Litúrgico (cont. ) • O dia

1. A liturgia 1. 6 – O Ano Litúrgico (cont. ) • O dia litúrgico começa à meia noite e termina na meia noite seguinte, excepto a celebração do domingo e solenidades que começa na tarde do dia precedente. Os dias de semana que seguem ao Domingo chamam-se férias. • O Domingo é a festa primordial «não deve ser sacrificado a outras celebrações que não sejam da máxima importância» (cf. SC 106), ou seja, as solenidades e as festas do Senhor. Contudo, os domingos de Advento, Quaresma e Páscoa têm precedência sobre todas as festas do Senhor e sobre todas as Solenidades. • «Quando no mesmo dia coincidem várias celebrações, faz-se aquela que na tabela dos dias litúrgicos tem precedência» (cf. EDREL 690). Em termos muito resumidos, têm precedência: o Tríduo Pascal, Natal, Epifania, Ascensão e Pentecostes; Domingos de Advento, Quaresma, Páscoa, Quarta-feira de Cinzas, etc. Solenidades do Senhor; Solenidades próprias; Festas do Senhor; Memórias obrigatórias; Memórias facultativas. No último lugar das precedências estão as férias do Tempo Comum.

1. A liturgia 1. 6 – O Ano Litúrgico (cont. ) • Para facilitar

1. A liturgia 1. 6 – O Ano Litúrgico (cont. ) • Para facilitar a proclamação da riqueza dos diversos evangelhos e do Antigo testamento, dispôs-se uma rotação de Ciclos: • • • Para as leituras dominicais (prevê três leituras): ANO A: centrado no evangelho de Mateus; ANO B: centrado no evangelho de Marcos; ANO C: centrado no evangelho de Lucas. O evangelho de João está presente durante o tempo quaresmal, pascal, e em alguns domingos do Ano B, que por ser um evangelho mais breve, durante alguns domingos tornam-se evangelhos do evangelista João. • Para as feriais (prevê duas leituras): • ANOS PARES • ANOS ÍMPARES. Nota: no próximo EFC – A Missa, será aprofundado este tema.

1. A liturgia 1. 7 – Os ministros litúrgicos • Ministerium significa «serviço» .

1. A liturgia 1. 7 – Os ministros litúrgicos • Ministerium significa «serviço» . Ministro quer dizer servidor. O primeiro grande servidor foi Cristo que não veio para servir, mas para servir. Podem ser: a) Ordenados: diaconado (diáconos: de transição ou permanentes), presbiterado (padres ou presbíteros) e episcopado (bispos), configurados a Cristo como pastor e mestre, através do sacramento da ordem; são os mais importantes na celebração litúrgica; b) Instituídos: o documento Ministeria Quaedam, de Paulo VI, em 1972, estabelece dois ministérios instituídos (que suprimem a prima tonsura, as ordens menores: ostiário, exorcista e também suprime o subdiaconado), que passam a ser confiados a leigos – laicais: leitores e acólitos; c) Não instituídos, mas reconhecidos: por exemplo, os Ministros extraordinários da Comunhão ou outros que as Conferências Episcopais definam como necessários (da Palavra, nas Assembleias Dominicais na Ausência de Presbíteros; da catequese e outros). d) «De facto» : exercem de forma mais ou menos estável os ministérios de cantor, leitor, etc. , tanto por homens como por mulheres, mas os instituídos só o podem ser por varões. e) Serviços : são funções exercidas na comunidade pelos diversos membros, mas de forma menos estável e ocasional. A Assembleia litúrgica precisa de ministros para a servir, pelo menos quatro: o presidente, o leitor, o acólito e o cantor.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos • OS SÍMBOLOS LITÚRGICOS:

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos • OS SÍMBOLOS LITÚRGICOS: Toda a liturgia é acção simbólica. É todo um universo simbólico, que nos convida a mergulhar cada vez mais no mistério infinito do amor de Deus. A Palavra, o espaço celebrativo, a ornamentação, as vestimentas, os objectos litúrgicos, os símbolos, a expressão corporal e os sentidos, etc. , são realidades que comunicam, tudo nos fala de como é a nossa fé, nossa teologia, nosso respeito em relação aos mistérios que celebramos. • Veremos em seguida os símbolos mais importantes na liturgia ligados à natureza e as principais alfaias litúrgicas (conjunto dos objectos litúrgicos usados nas celebrações; destas também faz parte a Arte Sacra),

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos OS SÍMBOLOS LITÚRGICOS ÁGUA

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos OS SÍMBOLOS LITÚRGICOS ÁGUA O dom da vida, comunhão com os irmãos, mas também da morte, da purificação… A água simboliza a vida (remete-nos sobretudo ao nosso baptismo, onde renascemos para uma vida nova). Pode simbolizar também a morte (enquanto por ela morremos para o pecado). Nesse sentido, ela é mãe e sepulcro, de acordo com os Santos Padres.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos OS SÍMBOLOS LITÚRGICOS (cont.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos OS SÍMBOLOS LITÚRGICOS (cont. ) FOGO Símbolo da iluminação, purificação, de consumir as vidas ao serviço de Deus e dos outros… O fogo ora queima, ora aquece, ora brilha, ora purifica. Está presente na liturgia da Vigília Pascal do Sábado Santo e nas incensações, como as brasas nos turíbulos. O fogo pode multiplicar-se indefinidamente. Daí, sua forte expressão simbólica. É símbolo sobretudo da acção do Espírito Santo (Cf. Eclo 48, 1; Lc 3, 16; 12, 49; At 2, 3; 1 Ts 5, 19), e do próprio Deus, como fogo devorador (Cf. Ex 24, 17; Is 33, 14; Hb 12, 29).

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos OS SÍMBOLOS LITÚRGICOS (cont.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos OS SÍMBOLOS LITÚRGICOS (cont. ) A LUZ Símbolo da fé em Jesus Cristo A luz brilha, em oposição às trevas, e mesmo no plano natural é necessária à vida, como a luz do sol. Ela mostra o caminho ao peregrino errante. A luz produz harmonia e projecta a paz. Como o fogo, pode multiplicar-se indefinidamente. Uma pequenina chama pode estender-se a um número infinito de chamas e destruir, assim, a mais espessa nuvem de trevas. É o símbolo mais expressivo do Cristo Vivo, como no Círio Pascal. A luz é, pois, a expressão mais viva da ressurreição.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos OS SÍMBOLOS LITÚRGICOS (cont.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos OS SÍMBOLOS LITÚRGICOS (cont. ) O PÃO Alimentar a vida, a comunhão – é este o conteúdo da realidade simbólica do pão eucarístico. . Destinado à Eucaristia significa união, alimento e vida. Como o alimento se torna “um” com o homem, Deus quer unir os homens em comunhão. Na Páscoa era o ázimo, que para o povo judeu o pão sempre expressou a bênção de Deus. Comido sem fermento significa a pressa que o povo tinha para sair do Egipto. O pão ázimo sendo o pão da Eucaristia guarda característica de alimento: «Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. O pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo» (Jo 6, 51).

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos OS SÍMBOLOS LITÚRGICOS (cont.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos OS SÍMBOLOS LITÚRGICOS (cont. ) Lembra a generosidade de Deus. Significa alegria, felicidade. Aproxima as pessoas. Feito de muitas uvas exprime a união, fusão dos corações. Na ceia de Jesus Ele se torna «o sangue da nova aliança e eterna aliança» , cf. Lc 22, 20, a antiga aliança foi selada no sangue das vítimas: «Eis, disse Moisés, o sangue da Aliança que o Senhor fez connosco» (cf. Ex 24, 8). Jesus é a nova vinha, cujo sangue sela a Aliança definitiva, sinal de alegria para toda a humanidade redimida. VINHO Associado ao sangue, ao sacrifício, mas também à alegria. .

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos OS SÍMBOLOS LITÚRGICOS (cont.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos OS SÍMBOLOS LITÚRGICOS (cont. ) Significava purificação e protecção. Mais tarde, tornouse símbolo da oração que se eleva a Deus. No Judaísmo simboliza adoração e sacrifício. O odor do incenso devia servir para aplacar a ira de Javé. O sacrifício do incenso e adoração em muito se identificam, sendo ambos um sacrifício a Deus. Nos dias actuais, o incenso ainda tem o sentido de oração e sacrifício de presença de Deus. INCENSO Significa oração, sacrifício, louvor a Deus…

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos OS SÍMBOLOS LITÚRGICOS (cont.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos OS SÍMBOLOS LITÚRGICOS (cont. ) A unção com o óleo atravessa toda a história do Antigo Testamento, na consagração de reis, profetas e sacerdotes, e culmina no Novo, com a unção misteriosa de Cristo, o verdadeiro Ungido de Deus (Cf. Is 61, 1; Lc 4, 18). A palavra Cristo significa, pois, ungido, o Ungido, por excelência. ÓLEO Significa a bênção de Deus para uma missão específica… torna-se símbolo do Espírito de Deus…

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos OS SÍMBOLOS LITÚRGICOS (cont.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos OS SÍMBOLOS LITÚRGICOS (cont. ) As cinzas, principalmente na celebração da Quarta-Feira de Cinzas, são para nós sinal de penitência, de humildade e de reconhecimento de nossa natureza mortal. Mas estas mesmas cinzas estão intimamente ligadas ao Mistério Pascal. São fruto das palmas do Domingo de Ramos do anterior, geralmente queimadas na Quaresma, para o rito quaresmal das cinzas. CINZAS Significa humildade, reconhecimento da nossa natureza mortal.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos OUTROS SÍMBOLOS IMPOSIÇÃO DAS

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos OUTROS SÍMBOLOS IMPOSIÇÃO DAS MÃOS Símbolo transmite missão… de um bênção, cargo ou É símbolo de bênção. (cf. Gn. 48, 14); transmitir um cargo ou missão (cf. Lv. 16, 21). No Novo Testamento, Jesus impõe as mãos às crianças (Mc 10, 16); curando doentes (Lc 13, 13; Mc. 6, 2). Pedro e João transmitem o dom do Espírito Santo pela imposição das mãos (Act 8, 17). Na liturgia dos sacramentos está bastante presente: no Baptismo, na Confirmação, na Reconciliação dos Penitentes (Confissão), na Eucaristia antes da consagração, nas Ordenações (diaconal, presbiteral ou episcopal), na Unção dos Enfermos e no Matrimónio.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos OUTROS SÍMBOLOS (cont. )

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos OUTROS SÍMBOLOS (cont. ) Para nós, é sinal de vitória. Por ela nos somos identificados. Somos marcados pelo amor de Cristo por meio do sinal da cruz a partir do nosso Baptismo. Sinal de vitória… CRUZ OUTROS SÍMBOLOS: IHS - Iniciais das palavras latinas Iesus Hominum Salvator: Jesus Salvador dos homens. Empregam-se em paramentos litúrgicos, em portas de sacrário e nas hóstias; ALFA E ÔMEGA - Primeira e última letra do alfabeto grego; aplicam-se a Cristo, princípio e fim de todas as coisas; INRI - iniciais das palavras latinas Iesus Nazarenus Rex Iudaerum, querem dizer: Jesus Nazareno Rei dos Judeus, mandadas colocar por Pilatos na crucifixão de Jesus; XP - Estas letras, do alfabeto grego, correspondem em português a C e R. Unidas, formam as iniciais da palavra CRISTÓS (Cristo).

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos VINHO HÓSTIA PÃO E

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos VINHO HÓSTIA PÃO E VINHO É o pão de trigo puro sem fermento. A hóstia grande (Hóstia Magna – significa «vítima que será sacrificada) é para o Presidente da Celebração e as pequenas (chamadas de partículas) são para o povo, que já estão fraccionadas, para que não se perca nenhum elemento e por questões práticas. A do Presidente é maior pois destina-se a ser vista de longe, na elevação, e ser repartida entre alguns participantes da Celebração. Depois da consagração, torna-se Corpo do Senhor. É vinho puro, de uva, sem acréscimo de álcool, apenas o álcool natural da própria uva. Após a consagração tornar-se-á o sangue de Jesus Cristo.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos CÁLICE Usado por Jesus

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos CÁLICE Usado por Jesus na última Ceia, o cálice é um dos mais importantes objectos usados. Destina-se a receber o sangue de Jesus, sob a espécie do vinho. Geralmente é revestida a ouro a prata, mas convém que ao menos o interior da copa do cálice sejam banhados a ouro. PATENA OS VASOS SAGRADOS Prato (normalmente raso) onde é colocada a Hóstia Grande que será consagrada e apresentada aos fiéis. Acompanha o estilo do cálice, pois é complemento.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos CAIXACIBÓRIO PÍXIDE ou CIBÓRIO

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos CAIXACIBÓRIO PÍXIDE ou CIBÓRIO ou MBULA OS VASOS SAGRADOS (cont. ) Vaso com tampa, destinado a conservar as hóstias consagradas no sacrário. Também se chama píxide à taça onde se colocam as hóstias para a comunhão. Pequena caixa, utilizada para levar a comunhão aos doentes, fora da celebração da Eucaristia.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos TECA Receptor utilizado na

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos TECA Receptor utilizado na Exposição Solene do Santíssimo Sacramento. Dentro dele situase a LÚNULA, semi-círculo em metal nobre que suporta a hóstia na posição vertical. MBULAS CUSTÓDIA ou OSTENSÓRIO OS VASOS SAGRADOS (cont. ) Vasos que se destinam a conter os santos óleos: do Crisma, dos Catecúmenos e para a Unção dos Doentes. Pequeno estojo, geralmente de metal, onde se leva a eucaristia aos doentes. É usada também na celebração eucarística para conter as partículas.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos LAVANDAS GALHETAS OS VASOS

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos LAVANDAS GALHETAS OS VASOS SAGRADOS (cont. ) São recipientes para apresentar no altar a água e o vinho. Durante toda a celebração litúrgica elas devem encontrar-se na credencia. Não devem em qualquer momento ficar em cima do altar. As lavandas servem para purificar os dedos do sacerdote e ministros da comunhão. são as coisas necessárias para que o sacerdote possa lavar as mãos antes de dar início à Oração eucarística: a bacia, a jarra com água e a toalha.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos Usados nas aspersões com

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos Usados nas aspersões com água benta. Caldeira ou caldeirinha: É um recipiente para levar a água-benta para as aspersões. Hissope: Hissope ou aspersório – é o objecto de metal com o qual se asperge a água benta sobre as pessoas, os lugares e as coisas. Está habitualmente dentro da caldeirinha de água benta. PURIFICADOR ou VASO DE ABLUÇÕES CALDEIRA E HISSOPE OS VASOS SAGRADOS (cont. ) Encontra-se com água, junto ao sacrário, para os sacerdote ou os MEC, purificarem os dedos quando dão a comunhão fora da Missa.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos NAVETA TURÍBULO ou INCENSÁSRIO

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos NAVETA TURÍBULO ou INCENSÁSRIO OS VASOS SAGRADOS (cont. ) É o queimador de incenso, para as incensações litúrgicas. O incenso é extraído de várias plantas, para se colocar sobre brasas nas celebrações. Pequeno vaso de metal, em forma de nave, para guardar o incenso.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos BANDEJA DA COMUNHÃO OS

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos BANDEJA DA COMUNHÃO OS VASOS SAGRADOS (cont. ) Durante a distribuição da comunhão, cada ministro é acompanhado por um acólito, que leva uma bandeja.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos PANOS LITÚRGICOS OS PANOS

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos PANOS LITÚRGICOS OS PANOS DO ALTAR • TOALHAS DA ALTAR: pano que se coloca sobre o altar e que o cobre dignificando-o. • CRISMAL (Pano que, nos altares consagrados, em sinal de respeito pelas unções, se coloca entre o altar e a toalha. ). • CORPORAL (Pano quadrado de linho, sobre o qual são colocados directamente a patena e o cálice, e também a custódia durante a exposição do SS. Quando não está a ser utilizado, pode guardar-se, devidamente dobrado, na Bolsa. Chama-se corporal porque sobre ela coloca-se o Corpo do Senhor, no centro do altar. O Corporal recorda também o sudário onde foi envolvido Jesus logo que foi descido da cruz. Quando a comunhão é levada a doentes em hospitais ou em suas residências, os ministros cobrem a mesa com o corporal e colocam sobre ela a Teca com as hóstias já consagradas (cápsula de metal pequena, com interior banhado a ouro com uma tampa onde é colocada as hóstias que serão levados aos

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos PANOS LITÚRGICOS OS PANOS

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos PANOS LITÚRGICOS OS PANOS DO ALTAR (cont. ) • PALA (Cobertura quadrangular para o cálice. Um quadrado de cartolina revestido de tecido branco, normalmente de linho e serve para cobrir o cálice para não cair impurezas durante a Missa. É de colocação facultativa. )… • SANGUÍNEO ou SANGUINHO (toalhinha branca. Pano destinado a enxugar o cálice depois das abluções, bem como a boca e os dedos do sacerdote que o sangue e o Corpo de Cristo tocaram. • MANUSTÉRGIO (Vem da palavra latina Manus quer dizer mão. Toalha usada para purificar as mãos antes, durante e depois do acto litúrgico; apresentada pelo acólito ao sacerdote no momento em que este lava as mãos).

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos CÍNGULO TÚNICA ou ALVA

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos CÍNGULO TÚNICA ou ALVA AS VESTES LITÚRGICAS ou PARAMENTOS • Veste branca que cobre todo o corpo e é comum a todos os ministros da celebração litúrgica. Lembra a túnica de Jesus “sem costura de alto a baixo”, sobre a qual os soldados tiraram sortes, para ver a quem caberia. • Cordão que ajusta a alva à cintura. Veste comum a todos os ministros.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos CASULA AMITO AS VESTES

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos CASULA AMITO AS VESTES LITÚRGICAS (cont. ) Espécie de lenço, utilizado para envolver o pescoço, caso a alva seja decotada. Veste-se antes da túnica ou alva. É uma veste ampla, branca ou de outra cor, aberta dos lados e sem mangas. Usam-na o bispo e o presbítero na Missa. É a veste usada pelo sacerdote durante as acções sagradas, usada geralmente nas Missas Semanais, Dominicais, solenidades e festas. É usada sobre a alva e a estola. Chama-se casula (pequena casa) por semelhante a uma tenda e flutua à deriva nas extremidades. A sua cor varia consoante o tempo litúrgico e as várias festividades.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos ESTOLA AS VESTES LITÚRGICAS

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos ESTOLA AS VESTES LITÚRGICAS (cont. ) É uma peça comprida e estreita de pano, da cor litúrgica do dia, que se põe sobre a alva. O bispo e o presbítero deixam-na cair sobre o peito… Tira de pano usada pelos ministros ordenados em funções litúrgicas: • Celebração da Eucaristia • Baptismo • Unção dos Doentes • Sacramento da Penitência • Procissões. Os diáconos usam a estola a tiracolo, atravessando-a do ombro esquerdo, sobre o peito, e prendendo-a do lado direito do corpo. Simboliza o poder sacerdotal.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos É uma veste solene,

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos É uma veste solene, com meias mangas, que o diácono pode usar. É parecida com a casula, mas tem mangas. VÉU DE OMBROS OU UMERAL DALMÁTICA AS VESTES LITÚRGICAS (cont. ) Veste usada para o Sacerdote ou o Diácono darem a Bênção do Santíssimo. É usada também nas procissões com o Santíssimo Sacramento.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos ROQUETE E SOBREPELIZ PLUVIAL

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos ROQUETE E SOBREPELIZ PLUVIAL OU CAPA DE ASPERGES AS VESTES LITÚRGICAS (cont. ) É usada pelo sacerdote nas procissões e outras funções sagradas, segundo o que as rubricas prevêem. Roquete É uma espécie de alva pequena que os sacerdotes, frades e seminaristas usam por cima da batina, em determinadas funções litúrgicas Sobrepeliz É uma espécie de roquete mas sem braços e mais pequena.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos CABEÇÃO OPA BATINA ou

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos CABEÇÃO OPA BATINA ou SOTAINA OUTRAS VESTES A batina ou sotaina é própria de diáconos, presbíteros, bispos e seminaristas. Tradicionalmente, possui 33 botões de alto a baixo, representando a idade de Cristo, e cinco botões em cada punho, representando as cinco chagas de Cristo. Sua cor mais comum é o preto, com um colarinho branco. O preto representa a morte para o mundo, e o branco, a pureza. Não é um paramento ou veste litúrgica. Roupa usada pelos ministros extraordinários da Eucaristia. Espécie de capa sem mangas, mas com aberturas para enfiar os braços, usada pelos membros de irmandades e confrarias em actos solenes. Colarinho usado pelos clérigos.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos ANEL Símbolo da fidelidade

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos ANEL Símbolo da fidelidade Igreja, sua esposa. BÁCULO É uma espécie de cajado que o bispo usa, quando caminha ou quando fala, segura na mão, sinal do múnus pastoral. MITRA INSÍNIAS EPISCOPAIS É a insígnia com que os bispos cobrem a cabeça em certos momentos das celebrações litúrgicas. à

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos CRUZ PEITORAL Insígnia litúrgica,

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos CRUZ PEITORAL Insígnia litúrgica, que consiste numa faixa adornada com usado em torno do pescoço por arcebispos e pelo papa em cerimónias pontificais. SOLIDÉU É uma cruz que os bispos ocidentais levam pendente sobre o peito, ou o medalhão que de forma semelhante levam os bispos orientais. PÁLIO INSÍNIAS EPISCOPAIS (cont. ) Pequeno barrete de cor violeta para os bispos, vermelha para os cardeais e branca para o Papa.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos Sobre o altar ou

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos Sobre o altar ou acima dele deve haver um crucifixo, para lembrar que a Ceia do Senhor é inseparável do seu sacrifício Redentor. Na ceia, Jesus deu aos discípulos o «Sangue da Aliança, que ia ser derramado por muitos para o perdão dos pecados. CÍRIO PASCAL CRUCIFIXO OUTROS OBJECTOS DO CULTO Vela grande que é benzida e solenemente introduzida na Igreja no início da vigília pascal; em seguida é colocada ao lado da mesa da palavra ou ao lado do altar. O Círio permanece aceso durante as acções litúrgicas do tempo pascal (até à festa do Pentecostes). Em muitos lugares costuma-se colocar o círio, fora do tempo pascal, junto à fonte baptismal, acendendo-o em cada celebração baptismal. O círio pascal aceso simboliza Cristo ressuscitado.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos Sobre o altar estão

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos Sobre o altar estão as velas. A chama da vela é o símbolo da fé que recebemos de Jesus, «Luz do mundo» , no Baptismo e no crisma. É um sinal de que a Missa só tem sentido para quem vive a fé. Grande castiçal com ramificações, a cada uma delas corresponde um foco de luz. CASTIÇAL CANDELABRO VELAS OUTROS OBJECTOS DO CULTO (cont. ) Utensílio que serve para o suporte de uma vela.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos VELAS DE ALTAR Ladeiam

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos VELAS DE ALTAR Ladeiam acesas a cruz na procissão litúrgica. Colocam-se junto do altar. CRUZ PROCESSIONAL OUTROS OBJECTOS DO CULTO (cont. ) Símbolo de todo o mistério pascal, encabeça procissão litúrgica. A cruz do altar pode ser levada na procissão de entrada.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos PÁLIO Um “sobre-céu” portátil,

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos PÁLIO Um “sobre-céu” portátil, suspenso por meio de varas, usado sobretudo nas Procissões Eucarísticas para proteger o Santíssimo Sacramento ou o Santo Lenho. UMBELA OUTROS OBJECTOS DO CULTO (cont. ) Espécie de chapéu de sol com as mesmas funções do Pálio, para utilizar dentro de uma igreja, por exemplo na Trasladação do Santíssimo.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos FLORES CESTOS OUTROS OBJECTOS

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos FLORES CESTOS OUTROS OBJECTOS DO CULTO (cont. ) Pequenos recipientes, destinados a receber as oferendas dos fiéis. Em dias festivos podem colocar-se flores. Na Quaresma não se colocam flores O certo não é sobre o altar, mas ao lado dele, pois o altar não é para colocar flores…

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos Lugar onde se celebra

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos Lugar onde se celebra e se consagra o corpo e sangue de Cristo. representa a mesa da Ceia do Senhor, onde Jesus instituiu a Eucaristia juntamente com seus discípulos. Geralmente fica num plano mais elevado para que possa ser visto por todos presentes. AMBÃO ou MESA DA PALAVRA ALTAR ou MESA ESPAÇO CELEBRATIVO Estante de onde se proclama a Palavra de Deus. Simboliza o sepulcro vazio de Cristo, de onde parte a boa-nova da ressurreição.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos NAVE da IGREJA SACRÁRIO

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos NAVE da IGREJA SACRÁRIO ou TABERNÁCULO ESPAÇO CELEBRATIVO (cont. ) Espécie de pequena urna ou caixa onde se guarda o Santíssimo Sacramento após a Celebração (Santa Reserva ou Reserva eucarística). Deriva da palavra latina Palavra latina Sacrarium, significa lugar onde se guardam as coisas sagradas. Deve ser um recipiente seguro, bem fechado (à chave) e ornamentado. Deve ser colocado em lugar de honra nas Igrejas e capelas. Deve ter uma luz sempre acesa ao lado do sacrário, normalmente vermelha, que significa que Jesus está ali presente: a LAMPARINA. Espaço reservado aos fiéis.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos PRESBITÉRIO Espaço ao redor

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos PRESBITÉRIO Espaço ao redor do altar, geralmente um pouco elevado, onde se realizam os ritos sagrados. CREDENCIA ESPAÇO CELEBRATIVO (cont. ) Mesinha onde se colocam os objectos litúrgicos que serão utilizados na celebração.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos SACRISTIA PRESIDÊNCIA ESPAÇO CELEBRATIVO

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos SACRISTIA PRESIDÊNCIA ESPAÇO CELEBRATIVO (cont. ) Lugar simbólico, porque é o próprio Cristo que preside à assembleia na pessoa do ministro. A cadeira deve dignificar o serviço daquele que é a imagem de Cristo. Deve ser única porque um só é o nosso Pai e Mestre. Deve situar-se no fundo do presbitério, de frente à assembleia. À sua volta estão os assentos para outros sacerdotes e servidores do altar, mas a cadeira deve distinguir-se das demais. Espaço de silêncio circundante da Igreja onde se guardam as vestes e alfaias litúrgicas.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos PIA BAPTISMAL PIA DE

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos PIA BAPTISMAL PIA DE ÁGUA BENTA ESPAÇO CELEBRATIVO (cont. ) Podemos molhar a mão ao entrar na igreja na pia de água benta e fazer com ela o sinal da cruz, como recordação do nosso baptismo. Espaço onde se celebram os baptismos.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos PÚLPITO Lugar nas igrejas

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos PÚLPITO Lugar nas igrejas antigas de onde o presidente fazia a pregação. Hoje, praticamente não é usado. GENUFLEXÓRIO ESPAÇO CELEBRATIVO (cont. ) Banquinho, com encosto, sobre o qual as pessoas se ajoelham para rezar.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos MISSAL É um livro

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos MISSAL É um livro onde consta o rito da Missa, menos as leituras, que estão no Leccionário. Diz-se «Missal Romano» porque é aprovado por Roma. LECCIONÁRIOS OS LIVROS LITÚRGICOS Livro que contem as leituras para a celebração eucarística. Livro que contém as leituras para a celebração. São três: I - Lecionário dominical - Contém as leituras domingos e de algumas solenidades e festas. II - Lecionário semanal - Contém as leituras dos dias de semana. A primeira leitura e o salmo responsorial estão classificados por ano par e ímpar. O evangelho é sempre o mesmo para os dois anos. III - Lecionário santoral - Contém as leituras para as celebrações dos santos. Nele também constam as leituras para uso na administração de sacramentos e para diversas circunstâncias.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos ORAÇÃO UNIVERSAL EVANGELIÁRIO OS

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos ORAÇÃO UNIVERSAL EVANGELIÁRIO OS LIVROS LITÚRGICOS (cont. ) É o livro que contém o texto do evangelho para as celebrações dominicais e para as grandes solenidades. Livro que contem as leituras para a celebração eucarística.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos RITUAIS OS LIVROS LITÚRGICOS

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos RITUAIS OS LIVROS LITÚRGICOS (cont. ) São os livros que contêm as fórmulas e os ritos que o sacerdote e a assembleia devem seguir para administrar e celebrar os sacramentos. Por exemplo, o do Baptismo, da Iniciação Cristã dos Adultos, da Confirmação, da Penitência, da Dedicação da Igreja e do Altar, da Profissão Religiosa, das Exéquias, etc. Ou seja, de todos os sacramentos e sacramentais. Para além do Ritual Geral da Igreja, há Rituais particulares de famílias religiosas, de dioceses ou regiões. Em seguida, veremos as cores litúrgicas…

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos AS CORES LITÚRGICAS VERMELHO

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos AS CORES LITÚRGICAS VERMELHO BRANCO As cores dizem respeito à toalha do altar e do ambão e às vestes litúrgicas. São elas: Simboliza a vitória, a paz, a alma pura, a alegria. Usa-se: na Quinta-feira Santa, na Vigília Pascal do Sábado Santo, em todo o Tempo Pascal, no Natal, no Tempo do Natal, nas festas dos santos (quando não mártires) e nas festas do Senhor (excepto as da Paixão). É a cor predominante da ressurreição. Simboliza o fogo, o sangue, o amor divino, o martírio. É usado: no Domingo de Ramos e da Paixão (Domingo de Ramos), na Sexta-Feira da Paixão, no Domingo de Pentecostes, nas festas dos apóstolos, dos santos mártires e dos evangelistas.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos VERDE É a cor

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos VERDE É a cor da esperança. Usa-se no Tempo Comum. (Quando no Tempo Comum se celebra uma festa do Senhor ou dos santos, usa-se então a cor da festa). ROXO Simboliza a penitência. Usa-se no Tempo do Advento e da Quaresma. Pode-se também usar nos ofícios e missas pelos mortos. (Quanto ao Advento, está havendo uma tendência a se usar o violeta, em vez do roxo, para distingui-lo da Quaresma, pois Advento é tempo de feliz expectativa e de esperança, num viver sóbrio, e não de penitência, como a Quaresma). No tempo do Advento hoje em dia há a tendência de usar o violeta em vez do roxo, para diferenciá-lo do tempo da Quaresma (penitência). AZUL AS CORES LITÚRGICAS (cont. ) Pode ser usado, por antigo privilégio de algumas igrejas, na Solenidade da Imaculada Conceição - 8 de Dezembro. Quase não é usado hoje em dia.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos PRETO É símbolo de

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos PRETO É símbolo de luto. Pode ser usado nas missas pelos mortos, mas nessas celebrações pode-se usar também o branco, dando-se então ênfase não à dor, mas à ressurreição. ROSA AS CORES LITÚRGICAS (cont. ) Simboliza também a alegria. Pode ser usado no 3º Domingo do Advento, chamado "Gaudete" , e no 4º Domingo da Quaresma, chamado aqui "Laetare", ambos domingos da alegria. Aparece dentro dos tempos de preparação (Advento e Quaresma) servindo como anunciadora da proximidade de grandes celebrações (Natal e Páscoa).

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos AS POSIÇÕES CORPORAIS PÉS

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos AS POSIÇÕES CORPORAIS PÉS MÃOS Na liturgia toda a pessoa é chamada a participar. Sentido, corpo, espírito. Assim, os gestos corporais são também vivamente litúrgicos. E como no corpo humano cada membro tem uma função própria, a serviço, porém, de todo o corpo, assim, na liturgia, cada gesto do corpo recebe um simbolismo próprio, a serviço de todo o acto celebrativo. Assim, temos: Que ora se erguem em louvor; ora se estendem em abertura e oferecimento; ora se elevam em súplica; ora se juntam em recolhimento; ora se abrem em oferta. Também se faz a imposição de mãos nas ordenações. Não só caminham nas procissões litúrgicas, em sentido simbólico de peregrinação, como também se prestam para o ritmo de danças. Na missa da Quinta-Feira Santa são lavados em memória do mandamento novo da última Ceia do Senhor com seus discípulos. Podemos pensar nos pés do Cristo Peregrino, nas estradas difíceis da Palestina, identificados com os nossos pés, na difícil caminhada de nossa vida.

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos OLHOS Na Liturgia da

1. A liturgia 1. 8 – Símbolos e objectos litúrgicos OLHOS Na Liturgia da Palavra, nosso sentido auditivo é chamado a participar mais vivamente. Trata-se de ouvir, como no Antigo Testamento: "Ouve Israel. . . ", a oração judaica mais preciosa (o Chemá judaico, no convite de Dt 6, 4). OUTRAS Na leitura eucarística, principalmente, os olhos devem ver, enxergar, contemplar. Aqui o mistério é "visto". Daí, a atenção que se requer para os movimentos litúrgicos que se realizam no altar. OUVIDOS AS POSIÇÕES CORPORAIS Podemos falar ainda: de ajoelhar-se, de prostrar-se, de sentar-se, de ficar de pé, como também de persignar-se, de traçar o sinal da cruz. Ainda falamos de genuflexão, do gesto sereno da vénia, este como reverência diante do Santíssimo e de autoridades eclesiásticas. Atente-se pelo fato de a posição "de pé", na liturgia, ser a mais expressiva, por indicar prontidão e nos revelar a atitude de ressuscitados. É como Cristo se mostra depois da ressurreição (Cf. Jo 20, 14; 21, 4; Ap 5, 6).

1. A liturgia 1. 9 – A Liturgia das Horas § A Liturgia das

1. A liturgia 1. 9 – A Liturgia das Horas § A Liturgia das Horas (o tradicional Breviário, Ofício Divino) é a santificação das horas do dia pela oração oficial que a Igreja, em união com Cristo e animada pelo Espírito Santo, eleva à Trindade. É obrigação dos sacerdotes rezá-las, mas qualquer fiel também a pode rezar. § É constituída: por duas Horas principais, Laudes, no início do dia, e Vésperas, ao entardecer. A Hora de Prima foi suprimida, manteve-se a de Completas no fim do dia; Matinas, louvor nocturno quando em coro, mas adaptadas como oração meditativa a qualquer hora do dia; e as Horas de Tercia, Sexta e Noa, que se pode optar por uma (Hora Intermédia) na recitação fora do coro. Os Salmos (acrescidos em certos casos de Cânticos do AT ou do NT), enquadrados por antífonas, formam o núcleo central das Horas; estas abrem com o Hino e incluem leituras da Escritura e da Tradição em Matinas, e de leituras breves da Escritura nas restantes Horas; cada leitura é depois iluminada pelo Responsório; Laudes e Vésperas terminam com Preces (invocações e súplicas, respectivamente) concluídas pelo Pai. Nosso (completando com o da Missa as tradicionais três recitações oficiais da Oração Dominical), e pela Oração Conclusiva.

1. A liturgia 1. 10 – Os ritos ü Os ritos litúrgicos latinos, também

1. A liturgia 1. 10 – Os ritos ü Os ritos litúrgicos latinos, também chamados de ritos litúrgicos ocidentais, são os ritos litúrgicos utilizados pela Igreja Católica de rito latino (cerca de 98% dos fieis católicos de todo o mundo). O principal é o rito romano, mas também podem ser usados outros, como o rito ambrosiano, o rito bracarense, o rito galicano, o rito moçárabe, o rito dos Cartuxo. . ü Dentro do rito romano, existem duas formas: ü A forma ordinária (da Missa de Paulo VI); ü A forma extraordinária (a Missa Tridentina). Para além do rito romano padronizado nestas duas formas, existem também várias variantes deste rito litúrgico, destacando-se o Uso Anglicano. Dos aproximadamente 16 milhões de católico de rito oriental, cerca de 7, 65 milhões seguem o chamado “rito bizantino”, rito usado na antiga Constantinopla.

1. A liturgia 1. 11 – A Pastoral litúrgica § A Pastoral litúrgica deve,

1. A liturgia 1. 11 – A Pastoral litúrgica § A Pastoral litúrgica deve, de uma forma sintética, incidir o seu campo de acção em cinco domínios: O domingo A liturgia sacramental A religiosidade popular A oração comunitária O ano litúrgico

2. A religiosidade popular

2. A religiosidade popular

2. A religiosidade popular 2. 1 - Conceitos A definição dos termos seguintes não

2. A religiosidade popular 2. 1 - Conceitos A definição dos termos seguintes não é muito clara e por vezes são utilizados como sinónimos: • Religião popular: usada e para indicar, segundo a ideologia marxista, uma religião de classe subalterna em oposição à outra dominante ou oficial. • Fé popular: é o termo que indica as expressões práticas das pessoas segundo a fé professada. • Religiosidade popular: é esta tendência manifestada colectivamente sob a forma de expressões cultuais de grande significado humano e espiritual; é a natural sensibilidade do espírito humano à dimensão religiosa da vida; trata-se de uma experiência universal. • Piedade popular: É o nome dado às várias expressões de culto privado (pessoal ou comunitário) prestado a Deus, aos Santos e às coisas santas que, no âmbito da fé cristã, se revestem, não tanto das formas próprias da liturgia, mas das que resultam da cultura dum povo ou grupo social. Por vezes mesmo em documentos da Santa Sé se identifica com religiosidade popular. Exprime-se em exercícios de piedade ou exercícios piedosos ou actos de piedade. • Devoções populares: Chamam-se devoções as práticas piedosas exercidas, privada ou publicamente, como regra aprovadas pela Igreja. • Paraliturgia: Celebrações à margem da liturgia, mas nela inspiradas, pondo o acento na palavra de Deus. Mantêm-se as celebrações da Palavra, sobretudo na ausência de presbítero. • Catolicismo popular: é a religiosidade popular no âmbito da Igreja Católica.

2. A religiosidade popular 2. 2 – Características da piedade popular Quais são as

2. A religiosidade popular 2. 2 – Características da piedade popular Quais são as características da piedade popular? 1. Espontaneidade: Aquela que nasce mais do sentimento de que da razão. 2. Festiva: Supera o monótono, da rotina quotidiana. 3. Experiência do transcendente: Une directamente a uma experiência do transcendente, muito além de cada discurso racional. 4. Memória e partilha: porque a piedade popular é uma mistura de recordações, da própria experiência, do desejo daquilo que a une; fundamenta-se sobre a fé recebida (memória) e sobre aquela que se comunica de modo colectivo ou particular (partilha).

2. A religiosidade popular 2. 3 – Formas de piedade popular Como se expressa

2. A religiosidade popular 2. 3 – Formas de piedade popular Como se expressa e quais são as formas da piedade popular? São múltiplas e diversas. Podem ser reunidas em torno de algumas formas: • linguagem orante: aparece nas orações, nos cantos, nas práticas devocionais que exprimem louvor, agradecimento, suplica e pedido de perdão; • momentos celebrativos: acontecem nas ocasiões de festa. Entre eles podemos recordar os exercícios de devoção ou praticas de novenas, tríduos e coisas semelhantes; • a ritualidade extralitúrgica e paralitúrgica: como a representação da via-sacra, que acompanham os tempos litúrgicos; • os itinerários: penitência, sobretudo as peregrinações aos santuários; • os gestos oblativos: formas de promessas, ofertas. Como actos de fé e expressões de oração-invocaçãogratidão, tais gestos revelam um itinerário espiritual, uma memória; • objectos de consagração: uso de hábitos, escapulários, como sinal de pertença e forma de consagração.

2. A religiosidade popular 2. 3 – Formas de piedade popular Mais concretamente podem

2. A religiosidade popular 2. 3 – Formas de piedade popular Mais concretamente podem estar ligadas a: • Deus: por exemplo, a consagração do dia… • Jesus Cristo: Visita ao Santíssimo Sacramento, Viasacra, Lausperene… • Nossa Senhora (são inúmeras as devoções marianas, o que mostra o amor do povo pela Mãe de Deus): Angelus, Mês de Maria, Ave Maria, Salve Rainha, Rosário, Escapulário de Nossa Senhora do Carmo e medalhas, novenas, visitas aos santuários marianos, promessas, etc. • Anjo da Guarda: orações ao Anjo da Guarda… • Santos: veneração das relíquias, peregrinações, procissões, imagens sagradas…

2. A religiosidade popular 2. 4 – Liturgia e religiosidade popular Algumas vezes, o

2. A religiosidade popular 2. 4 – Liturgia e religiosidade popular Algumas vezes, o que começou como devoção popular integrou-se, mais tarde, na celebração litúrgica: como as antífonas marianas, no final da recitação litúrgica, a renovação das promessas baptismais, na Vigília Pascal, e muitos elementos da Semana Santa, no tempo da reforma carolíngia. Contudo, a relação entre devoções, religiosidade popular e liturgia nem sempre foi pacífica. CIC nº 1675. Estas manifestações são um prolongamento da vida litúrgica da Igreja, mas não a substituem. «Devem ser organizadas, tendo em conta os tempos litúrgicos e de modo a harmonizarem-se com a liturgia, a dimanarem dela de algum modo e a nela introduzirem o povo; porque, por sua natureza, a liturgia lhes é, de longe, superior» . CIC 1676. Para manter e apoiar a religiosidade popular, é necessário um discernimento pastoral. O mesmo se diga, se for caso disso, para purificar e corrigir o sentimento religioso subjacente a essas devoções e para fazer progredir no conhecimento do mistério de Cristo. A sua prática está submetida ao cuidado e às decisões dos bispos e às normas gerais da igreja.

2. A religiosidade popular 2. 5 – Para uma correcta pastoral • • •

2. A religiosidade popular 2. 5 – Para uma correcta pastoral • • • Conseguir uma correcta pastoral no catolicismo popular não é fácil, porque lida com factores que entram na “alma dos povos”; para uma correcta pastoral deverá actuar-se em duas frentes: descobrir aquilo que tem de positivo e valorizá-lo, purificá-lo; mas também expurgar daquilo que revela de negativo. Mais concretamente: Não promover o que diz respeito a esquemas sócio-culturais do passado. Substituir tudo o que apareça como caduco, dando-lhe um conteúdo mais actualizado. Valorizar a experiência intuitiva, simbólica, festiva, vivencial que, com frequência, essa religiosidade encerra. Suprimir os elementos de carácter mágico ou supersticioso. Desenvolver os valores evangélicos. «Acabemos com as nossas festas religiosas, tanto nas igrejas paroquiais, como nas capelas mais ermas! Deixemos de praticar certos ritos (toques de sinos em momentos determinados pela tradição local mais do que pela liturgia)! Deixemos de cumprir tradições ligadas aos sacramentos e à morte!. . . Veremos então as reacções!. . . Quase todos nós conhecemos histórias de mordomos de festas que, embora não estejam presentes na hora da missa, provocariam os maiores problemas caso a procissão não se realize conforme os usos e costumes da terra. (…) Limitemo-nos a evangelizar, celebrando apenas as liturgias conforme as prescrições rituais, e vemos a reacção dos nossos cristãos! O mínimo a dizer é que os padres estão a acabar com a religião» , (DOMINGUES, Valdemiro Barreiros - «O fenómeno religioso no Alto Minho» , in Memória, Vol. I, Ano I, Viana do Castelo (1994)).

2. A religiosidade popular 2. 5 – Para uma correcta pastoral O CULTO: O

2. A religiosidade popular 2. 5 – Para uma correcta pastoral O CULTO: O culto privado da veneração, que é voltado aos santos (chama-se dulia), sendo a veneração especial à Virgem Maria denominado de hiperdulia. O culto privado de adoração ou latria, que é unicamente dirigido e prestado à Santíssima Trindade (Deus). É preciso salientar que a piedade popular, mais concretamente as várias expressões devocionais, não é igual à idolatria, que é o culto de adoração que se presta a uma criatura, tributando-lhe a honra que é devida só a Deus. Apesar da Igreja Católica insistir a diferença entre a adoração e a veneração, vários grupos religiosos, entre os quais os protestantes, acusam o culto e as devoções de veneração como um acto de idolatria. Todos os exercícios de piedade devem estar sempre orientados, em última análise para a Santíssima Trindade.

3. Bibliografia recomendada (E. F. C. 25)

3. Bibliografia recomendada (E. F. C. 25)