Prof Valmir F Juliano QUI 221 INTRODUO AOS
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Prof. Valmir F. Juliano QUI 221 INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS ELETROANALÍTICOS – III
Química Eletroanalítica Métodos Eletroanalíticos Métodos interfaciais Métodos não interfaciais Dinâmicos Estáticos (i=0) (i>0) Titulação potenciométrica (vol) Potenciometria (E) Voltametria i = f(E) Condutometria (G=1/R) Potencial controlado Titulações amperométricas (vol) Titulações condutométricas (vol) Corrente constante Eletrogravimetria (m) Coulometria com E constante (Q = It) Titulações coulométricas (Q = It) Eletrogravimetria (m)
Eletrólise x Eletrogravimetria x Coulometria • Eletrólise: • Quebra ou separação de espécies e transformação (reação) por ação da eletricidade – f. e. m. . A reação ocorre na superfície de um eletrodo (no cátodo – reação catódica ou no ânodo – reação anódica). São reações não espontâneas que ocorrem de modo inverso ao das células galvânicas. • Eletrogravimetria: • Reação eletródica com obtenção de um produto sólido que pode ser quantificado através da medição da massa. • Coulometria: • Reação eletródica com a formação de um produto, sólido ou não, não que será quantificado mediante à medida da corrente elétrica consumida em um determinado tempo – CARGA.
Eletrólise – Processo não espontâneo • A eletrólise é amplamente utilizada comercialmente para produzir coberturas metálicas atraentes para objetos - ELETRODEPOSIÇÃO: ELETRODEPOSIÇÃO • para-choques de caminhões - cromagem; • talheres – recobertos com prata; • joias e semi-joias, que podem ser recobertas com vários metais preciosos; • Oscar: brintânio (liga de estanho, cobre e antimônio) recoberto de cobre, níquel, prata e finalmente ouro. • A eletrólise é usada para obtenção de metais (Na, K, Mg, Al) ou de não metais (Cl, F) a partir de sais de ocorrência natural. • A eletrólise tem uso em química analítica? • Sim! São vários métodos eletroanalíticos quantitativos.
Histórico • André Marie Ampère (1775 -1836), matemático e físico francês: • Primeiro a aplicar a matemática em estudos com corrente elétrica; • Definiu uma corrente positiva como sendo o sentido do fluxo de cargas positivas, embora hoje saibamos que são os elétrons quem carregam a corrente em metais. • A unidade de corrente elétrica é Ampere (A), em homenagem a ele. • O fluxo de corrente no tempo define a quantidade de carga – Q, cuja unidade é o Coulomb (C), em homenagem ao físico francês Charles Augustin de Coulomb (1736 – 1806).
Eletrogravimetria e Coulometria • São métodos eletroanalíticos quantitativos: • Diferentemente do potenciométrico, são métodos eletrolíticos, com uma corrente líquida e uma reação líquida de célula. • A eletrogravimetria e a coulometria são métodos correlatos nos quais a eletrólise é realizada por um tempo suficiente para assegurar a oxidação ou redução completa do analito a um produto de composição conhecida. • Na eletrogravimetria, o objetivo consiste em se determinar a quantidade de analito presente por meio da sua conversão eletrolítica a um produto que é pesado na forma de um depósito sobre um dos eletrodos. • Em procedimentos coulométricos, estabelecemos a quantidade de analito pela medida da quantidade de carga elétrica necessária para convertê-lo completamente a um dado produto.
Eletrogravimetria e Coulometria A eletrogravimetria e a coulometria são moderadamente sensíveis e estão entre as técnicas mais exatas e precisas disponíveis aos químicos. Assim como as técnicas gravimétricas convencionais, a eletrogravimetria não requer calibrações preliminares contra padrões químicos porque a relação funcional entre a grandeza medida e a concentração do analito pode ser estipulada a partir da teoria e dados de massa atômica. Na coulometria mede-se a quantidade de eletricidade requerida para reduzir ou oxidar, em uma célula eletrolítica, a substância de interesse. m = QM / n. F Q = i x t; F = 96487 coulombs; M = massa molar da substância; n = nº de elétrons
Coulometria m = QM / n. F Para uma corrente constante Para uma corrente variável (E const. )
Eletrólise – Processo não espontâneo • Eletrólise em uma solução aquosa: aquosa é necessário investigar se a oxidação ou a redução ocorre com a água ou com o soluto. A água pode ser oxidada (produzindo O 2) ou reduzida (produzindo H 2). • Não se pode preparar sódio metálico pela eletrólise do Na. Cl em água. A água se reduz com mais facilidade do que os íons Na+: – 2 H 2 O + e- → H 2(g) + 2 OH– Na+ + e- → Na(s) Ered = - 0, 83 V Ered = - 2, 71 V – O 2(g) + 4 e- + 4 H+ → 2 H 2 O – Cl 2(g) + 2 e- → 2 Cl- Ered = • E a oxidação? A oxidação da água para produzir oxigênio requer um potencial maior que a oxidação dos íons cloreto a cloro (lembre-se que tem que olhar com o sinal trocado). 1, 23 V 1, 36 V Assim, a eletrólise de uma solução de Na. Cl produz H 2 no cátodo e Cl 2 no ânodo. Ecel = Ered(cátodo) – Ered(ânodo) = (-0, 83) – (1, 36) = -2, 19 V
Eletrólise – Processo não espontâneo SIGNIFICA QUE, NO MÍNIMO, MÍNIMO É NECESSÁRIO APLICAR UM POTENCIAL DE 2, 19 V PARA QUE ESTA REAÇÃO OCORRA Na realidade, veremos que é necessário um valor maior que este, mas antes precisamos discutir outras coisas. . . Assim, a eletrólise de uma solução de Na. Cl produz H 2 no cátodo e Cl 2 no ânodo. Ecel = Ered(cátodo) – Ered(ânodo) = (-0, 83) – (1, 36) = -2, 19 V
Potencial de decomposição O potencial a partir do qual o processo de eletrólise segue de forma contínua chama-se potencial de decomposição (Ed) e depende da natureza da solução eletrolítica. É obtido através do prolongamento da parte da curva de correntes ascendentes. O potencial de decomposição é devido à força eletromotriz de retorno ou contra eletromotriz (f. c. e. m. ), que surge da célula galvânica que se forma devido aos reagentes e eletrodos. Assim, Ea > Ed e haverá uma corrente que flui: sendo R a resistência interna da célula. ;
Potencial de decomposição O potencial aplicado (Ea) será sempre maior que potencial de decomposição (Ed) No entanto, na prática observa-se um potencial de decomposição maior que o determinado pelas equações, sendo a diferença chamada de sobretensão ou sobrevoltagem. Assim, o potencial de decomposição compreende a f. e. m. de retorno e uma sobretensão originária da polarização dos eletrodos (mesmo que inertes): Eaplic = Ed + IR = (Eretorno + Esobretensão) + IR
Célula eletrolítica • são dispositivos nos quais a aplicação de uma f. e. m. externa provoca um fluxo (não espontâneo) espontâneo de íons dentro da solução. Ø os cátions se dirigem para o polo negativo (eletrodo negativo), o cátodo. Ø os ânions se dirigem para o polo positivo (eletrodo positivo), o ânodo. • como consequência ocorre a decomposição das espécies iônicas na solução (eletrólise), eletrólise mas devem ser considerados. . . • A queda ou potencial ôhmico (IR) • Efeito de polarização Eaplicado = Ecélula + IR + P onde P = Esobrevoltagem
Queda IR e Polarização Devido ao fluxo de corrente, o potencial medido entre os dois eletrodos não corresponde simplesmente à diferença entre os dois potenciais de eletrodo, da maneira como calculado pela equação de Nernst. • A queda ôhmica IR e a polarização devem ser considerados. Por causa desses fenômenos, potenciais superiores aos potenciais termodinâmicos são necessários para operar uma célula eletrolítica. Ø Quando presentes em uma célula galvânica, galvânica a queda IR e a polarização resultam no desenvolvimento de potenciais menores que aqueles previstos. • O sobrepotencial (P) é o grau de polarização. É a diferença de potencial entre o potencial teórico da célula (Eaplicado = Ecélula - IR) e o potencial verdadeiro da célula a um determinado nível de corrente. Ø Acredita se que a sobretensão seja fruto de reações de baixa velocidade, ou seja um efeito cinético, e não termodinâmico.
Queda IR e Polarização • Queda ôhmica (ou potencial ôhmico): ôhmico) • Se deve à resistência da solução. Ø É minimizada com uma força iônica elevada ou pelo uso de 3 eletrodos. • Polarização: Polarização é o desvio do potencial do eletrodo de seu valor teórico (equação de Nernst) sob a passagem de corrente. Região ôhmica Ø De concentração: concentração A polarização de concentração ocorre por causa da velocidade finita de transferência de massa da solução para a superfície do eletrodo. Ø Cinética: Cinética a grandeza da corrente é limitada pela velocidade de uma ou das duas reações do eletrodo – isto é, a velocidade de transferência de elétrons entre os reagentes e o eletrodo. Para contrabalançar a polarização cinética, um potencial adicional, ou sobrevoltagem, sobrevoltagem é requerido para superar a energia de ativação da semi-reação.
Reações Catódicas ⇌ K Na + e ⇌ Na 2 H + 2 e ⇌ H Cu + 2 e ⇌ Cu Ag + e ⇌ Ag K+ + e + (s) - - 2+ - - E 0 = -2, 714 V (s) + + E 0 = -2, 925 V 2(g) E 0 = 0, 000 V (s) E 0 = 0, 337 V (s) E 0 = 0, 799 V Quando há vários íons (cátions) metálicos ou não, as reações catódicas ocorrem em ordem decrescente dos seus potenciais catódicos, ou seja, dos mais positivos aos mais negativos
Reações Anódicas Pb 2+ + 2 H 2 O ⇌ Pb. O 2(s) + 4 H+ + 2 e- E 0 = -1, 455 V 2 Cl- ⇌ Cl 2(g) + 2 e 2 H 2 O H 2(g) E 0 = -1, 359 V ⇌ O 2 (g) + 4 e- + 4 H+ E 0 = -1, 229 V ⇌ 2 H+ + 2 e- E 0 = 0, 000 V As reações anódicas ocorrem em ordem crescente dos seus potenciais anódicos, ou seja, dos mais negativos aos mais positivos
Eletrogravimetria • Sem controle do potencial Os procedimentos eletrolíticos nos quais nenhum esforço é realizado no sentido de controlar o potencial do eletrodo de trabalho utilizam equipamentos simples e de baixo custo e requerem pouca atenção do operador. Nesses procedimentos, o potencial aplicado à célula é mantido em um nível mais ou menos constante durante a eletrólise. Célula com 2 eletrodos O processo deve ser realizado sob agitação constante para garantir um depósito homogêneo e aderente
Eletrogravimetria • Com potencial controlado. O ajuste manual do potencial é tedioso (particularmente no início) e, acima de tudo, demorado. As eletrólises de potencial controlado modernas são realizadas com instrumentos chamados potenciostatos, os quais mantêm automaticamente o potencial do eletrodo de trabalho em um valor controlado em relação ao eletrodo de referência. A corrente de eletrólise flui entre o eletrodo de trabalho e um contra -eletrodo. O contra-eletrodo não tem efeito na reação que ocorre no eletrodo de trabalho.
Eletrogravimetria
Eletrogravimetria Resultados da prática Notas: 1) Os valores mencionados representam limites máximos por elemento químico, salvo quando apontados intervalos entre mínimo e máximo. 2) Os valores indicados não implicam garantia formal.
Célula com 2 ou 3 eletrodos
Voltametria • Métodos voltamétricos consistem na aplicação de uma diferença de potencial variável entre um eletrodo de referência (ex Ag/Ag. Cl) e um eletrodo indicador, chamado de eletrodo de trabalho. Sobre sua superfície uma reação do tipo Ox + ne→ Red (ou a inversa) é induzida. Quando o potencial do eletrodo de trabalho atinge o valor no qual a espécie (o despolarizador) presente na solução em estudo é oxidada ou reduzida, a corrente através do circuito externo aumenta acentuadamente • Na prática, para impedir a passagem de corrente pelo eletrodo de referência, um terceiro eletrodo, chamado de eletrodo auxiliar (ou contra eletrodo), feito de metal inerte ou carbono é usado em conjunto com um eletrólito suporte para proporcionar um meio condutor.
Voltametria linear cíclica
Voltametria de pulso diferencial
Voltametria de onda quadrada
Voltametria de redissolução Passos A: Limpeza B: Eletrodeposição (préconcentração) C: Equilibração D: Redissolução • Voltamogramas obtidos para 1 ml de amostra de peixe digerida (curva 2). • Curva 1 = branco; • Curvas 3 -5: adições sucessivas de 10 ml de Cd(II) 5 ppm e 10 ml de Pb(II) 10 ppm.
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