Importncia do treinamento de pessoal para aplicao do

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Importância do treinamento de pessoal para aplicação do método de autopsia verbal e resultados

Importância do treinamento de pessoal para aplicação do método de autopsia verbal e resultados da aplicação do questionário reduzido de AV em estudo de validação Ana Luiza Bierrenbach 4/10/2017

Contexto • Projeto de validac a o do questiona rio reduzido de auto psia

Contexto • Projeto de validac a o do questiona rio reduzido de auto psia verbal em sa o Paulo – Causa básica AV X Autópsia Convencional – Questionário aplicado em sala separada no SVO, enquanto família espera liberação do corpo – Duração prevista 20 minutos

Entrevistadores • Profissionais da Saúde – – Enfermeiros Biomédicos Psicólogos. . • Nem todos

Entrevistadores • Profissionais da Saúde – – Enfermeiros Biomédicos Psicólogos. . • Nem todos têm treinamento para realizar anamnese e resumos clínicos 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Anamnese Identificação Queixa inicial História da doença atual História de doenças pessoais História de doenças familiares Exame físico Exames complementares Diagnóstico

Treinamento • Reuniões em pequenos grupos • Presença de entrevistadores e supervisores experimentados durante

Treinamento • Reuniões em pequenos grupos • Presença de entrevistadores e supervisores experimentados durante treinamento dos novos • Leitura conjunta do Manual do Entrevistador • Simulação de entrevistas / jogo de RPG • Importante haver reuniões seriadas

Ponto chave: Entender motivo da AV • Lacunas atuais nas estatísticas de mortalidade e

Ponto chave: Entender motivo da AV • Lacunas atuais nas estatísticas de mortalidade e na causa da morte • Metodologia da declaração de óbito: – O que é causa básica – Partes I e II e linhas a, b, c, d – CID • Autópsia verbal como ferramenta para obter dados sobre a causa da morte

Ponto chave: Abordagem do entrevistado • Momento crítico • Familiares tristes, emocionados, cansados, frustrados,

Ponto chave: Abordagem do entrevistado • Momento crítico • Familiares tristes, emocionados, cansados, frustrados, com raiva. . . • Entrevistador deve rapidamente: – Identificar-se – Indicar qual é o estudo – Estabelecer relação do entrevistado com falecido e capacidade de responder perguntas – Tempos: “curto” da entrevista AV X “longo” para liberação do corpo

Ponto chave: Questionário eletrônico - SISAUT • Facilita preenchimento das questões fechadas, particularmente questões

Ponto chave: Questionário eletrônico - SISAUT • Facilita preenchimento das questões fechadas, particularmente questões condicionadas e com menu para seleção de respostas • Permite conferências de consistência automáticas • Considerações: – Entrevistador : mais rápido, mais preciso – Entrevistado : mais “oficial”, mais tecnológico • Relato aberto: – No computador: fácil escrever/corrigir relato – No tablet/smartphone: precisará ser testado

Questões fechadas

Questões fechadas

Questões fechadas

Questões fechadas

Ponto chave: Relato • Parte da entrevista considerada mais importante pelo médico responsável por

Ponto chave: Relato • Parte da entrevista considerada mais importante pelo médico responsável por estabelecer causa de óbito • Depende: – Capacidade narrativa do entrevistado: • Muitas vezes foca na circunstância do óbito, na falta de atendimento, no descaso, no papel que ele/a exerceu, . . . • E não na sequência de agravos e doenças que levaram ao óbito! – Capacidade do entrevistado de: • Conduzir sem interferir, de escrever, de resumir, de valorizar pontos principais da narrativa extrair causa de óbito

Relato 1 • Fem. – 47 anos • No dia 26/09/2017 queixou-se de dor

Relato 1 • Fem. – 47 anos • No dia 26/09/2017 queixou-se de dor de cabec a, vomito com colorac a o amarelada, na o estava falando mais, na o abria os olhos. No hospital foi medicada e voltou para casa. Durante o percurso vomitou. Em casa a dor de cabec a piorou, desmaiou. Foi acionado o Samu encaminhado para o hospital onde teve parada cardiorrespirato ria declarado o bito. Ha 15 dias estava se queixando de dor de cabec a, sem apetite, teve perda de peso. Foi encaminhada para o hospital onde foi constatado ca ncer na cabec a. Ha um ano ela tratava de ca ncer mama rio, pulma o, coluna total. Fazia uso de dipirona, dramin, paco. Ocupac a o: Costureira sem tempo de deslocamento pois trabalhava em sua reside ncia. Aposentada ha 6 meses. Ex tabagista fumou por 23 anos 20 cigarros por dia. Sem tabagismo passivo.

Relato 2 • Masc. – 58 anos • Etilista e fumante. Nos últimos meses

Relato 2 • Masc. – 58 anos • Etilista e fumante. Nos últimos meses apresentou inchaço no rosto e nos pés repentinamente e progressivamente. Referiu dor ao lado do abdome (lado direito), na última semana. Estava trabalhando em uma obra da construção civil, pois era pedreiro e se sentiu mal com dores fortes no peito. Foi até a banca de jornal pedir socorro ao jornaleiro e desmaiou. Como o hospital era próximo, os próprios funcionários deste foram socorrê-lo. Tentaram reanimá-lo sem sucesso. Foi a óbito.

Relato 3 • Masc. – 84 anos • Fazia acompanhamento com médico em casa.

Relato 3 • Masc. – 84 anos • Fazia acompanhamento com médico em casa. Foi solicitado exame e verificou-se hemoglobina / hematócritos baixos. Foi para o hospital. Sentiu falta de ar. Tomou dipirona, fez inalação com Atrovent, tomou chá com bolacha. Então perdeu o reflexo, olho aberto e com saliva saindo da boca, nesse instante levou para a sala de choque e faleceu. Mieloma múltiplo há mais de 5 anos e por isso foi piorando e ficando acamado. Fazia tratamento contínuo no Santa Casa com corticoide. Membros inferiores atrofiados há 5 anos devido ao mieloma. Estava com sonda nasoenteral e sonda vesical de demora há 1 ano. Em casa desmaiou e o filho levou-o ao hospital e verificou que estava com febre alta e anemia profunda devido ao mieloma. Edema na cabeça por bater no armário há 4 meses, sem dor. Antes do falecimento estava ofegante, com falta de ar. Possuía úlcera por pressão (UPP) nas costas, desde que ficou acamado, sempre tratando.

Relato 4 • Fem. – 94 anos • Senhora nonagenária portadora de Alzheimer, assistida

Relato 4 • Fem. – 94 anos • Senhora nonagenária portadora de Alzheimer, assistida pela família; apresentou-se debilitada nos últimos 30 dias com inapetência, havendo necessidade de adaptação de dietas (cremosa).

Ponto chave: Relato • Foco no processo da doença que levou ao óbito –

Ponto chave: Relato • Foco no processo da doença que levou ao óbito – Se a família menciona a doença escrever – Não é jogo de adivinhação! • Mencionar comorbidades, cirurgias, medicamentos, tabagismo/etilismo/drogas, (tempo de deslocamento ao trabalho) • Atendimento médico (busca, qualidade, . . ) pode ser relatado, mas não é o foco

Destaques - resultados • Necessidade de treinamento e de re-treinamento seriado • Importante presença

Destaques - resultados • Necessidade de treinamento e de re-treinamento seriado • Importante presença do supervisor de campo para feed-back - retroalimentação imediata • Uso de formulário eletrônico melhora qualidade da entrevista • Entrevistadores vão melhorando ao longo do tempo • Escrita do relato é ponto de maior dificuldade e mais importante para o estabelecimento da causalidade do óbito

OBRIGADA!

OBRIGADA!