Treinamento Bsico para o Atendimento das Treinamento Pessoas
. Treinamento Básico para o Atendimento. das Treinamento Pessoas Trans. Básico para o Atendimento das Pessoas Trans. Clique no Avançar para iniciar.
. Treinamento Básico para o Atendimento das Pessoas Trans. Professoras Amanda de Araújo Laudier Karen de Marca Seidel Carga horária: 30 horas Tela 01 de 26
. Treinamento Básico para o Atendimento das Pessoas Trans. Boas vindas Gostaríamos de parabenizá-los pela escolha do curso, ele foi desenvolvido em função de uma grande demanda por profissionais qualificados, sensibilizados e empáticos às demandas do público transgênero, que sabemos sofrer preconceitos diversos, maus tratos e negligência quando tentam ter acesso ao sistema de saúde. Durante a nossa jornada de aprendizagem, abordaremos os temas mais relevantes em busca da excelência no cuidado das pessoas trans, como: os principais termos e definições, o que diz a legislação vigente e como funciona o fluxo de encaminhamento tanto no âmbito público quanto no privado. Tela 02 de 26
. Treinamento Básico para o Atendimento das Pessoas Trans. Justificativa Além do preconceito e da violência que sofre no dia-adia, a população trans está vulnerável à negligência e imperícia nos serviços de saúde, o que acarreta em um grande comprometimento nos cuidados desse público. Este fato acontece tanto pela falta de infraestrutura adequada para o seu atendimento, quanto pelo despreparo dos profissionais. Faltam oportunidades de reflexão para as equipes de saúde sobre o tema, além de informações sobre direitos, promoção da saúde e qual a forma correta de encaminhar as pessoas trans quando chegam à unidade básica de saúde. Dados Ministério da saúde Tela 03 de 26
. Treinamento Básico para o Atendimento das Pessoas Trans. Objetivos Geral Capacitar os alunos para um atendimento de excelência às pessoas trans, favorecendo a formação crítica e criativa, destacando seu papel profissional nesse contexto. Específicos • Compreender a vulnerabilidade desse grupo; • Aprender conceitos relacionados às questões de gênero; • Conhecer estratégias de organização de serviços relacionados e a orientação para o encaminhamento; • Contribuir para a transformação social através do conhecimento científico e da formação de profissionais qualificados para trabalhar com essa temática. Tela 04 de 26
. Treinamento Básico para o Atendimento das Pessoas Trans. Avaliações Ao final de cada Unidade, vocês serão submetidos à avaliação formativa por meio de questões de múltipla escolha, objetivando avaliar o aprendizado adquirido. Sendo fornecido gabarito comentado após cada questão. Além disso, haverá um fórum de discussão para cada unidade de estudo com materiais que servirão de “gatilhos mentais” para o surgimento de reflexões e debates. Tela 05 de 26
. Treinamento Básico para o Atendimento das Pessoas Trans. Sumário Unidade 1 Aula 1. 1 – Conceitos e definições sobre identidade de gênero e sexualidade. Aula 1. 2 – Processo transexualizador - Panorama Brasil Aula 1. 3 - Equipe multidisciplinar Unidade 2 Aula 2. 1 – Legislação LGBT + Aula 2. 2 – Saúde em situações especiais: idoso LGBT + e o paciente soropositivo HIV Aula 2. 3 - Cuidado multidisciplinar Unidade 3 Aula 3. 1 - Fluxo de encaminhamento pelo SUS Aula 3. 2 - particular (ONGs, consultório) Tela 06 de 26
. Treinamento Básico para o Atendimento das Pessoas Trans. Unidade I Nesta unidade, você se familizará com os termos utilizados atualmente após diversas mudanças ao longo dos anos. Terá conhecimento do panorama atual do transgênero no Brasil e entenderá o significado de equipe multidisciplinar e como ela atua no contexto ambulatorial. Tela 07 de 26
. Treinamento Básico para o Atendimento das Pessoas Trans. Aula 1. 1 – Conceitos e definições sobre identidade de gênero e sexualidade – identidade de gênero A partir do esquema ao lado, percebemos que a identidade de gênero é construída a partir de influência de diversos fatores. Tela 08 de 26
. Treinamento Básico para o Atendimento das Pessoas Trans. Identifica-se como pertencente ao gênero: Identidade de gênero Expressão de gênero Cisgênero Não – binário Cross- dressing Intersexo Orientação sexual Transgênero Travesti Masculino Feminino Outra categoria Comportamento social Aparência física Vestimentas Identidade congruente com gênero biológico Não se identifica completamente nem com o gênero feminino e nem com o masculino ou se identifica com ambos. . Prática de vestir roupas e acessórios do gênero oposto. Pessoa com um transtorno do desenvolvimento sexual Assexual Heterossexual Homossexual Bissexual Transição social e/ ou somática do gênero biológico a fim de adequarse com a identidade de gênero Amplo espectro de indivíduos cuja identidade de gênero difere em diversos graus do sexo designado Adotam expressão de gênero do sexo oposto, mas não necessariamente se consideram transgênero Tela 09 de 26 Termos Podemos perceber, na tabela ao lado, a diferença entre os termos mais usados sobre esta temática.
. Treinamento Básico para o Atendimento das Pessoas Trans. Principais Termos • FTM - transgênero masculino – Homem trans. Indivíduo do sexo biológico feminino que deseja que seu corpo se alinhe ao gênero masculino. • MTF - transgênero feminino – Mulher trans. Indivíduo do sexo biológico masculino que deseja que seu corpo se alinhe ao gênero feminino. • Mulher cis/ Homem cis. Congruência (compatibilidade) entre o sexo determinado ao nascimento e o gênero de identificação. Tela 10 de 26
. Treinamento Básico para o Atendimento das Pessoas Trans. Conceitos e definições Podemos perceber, nas figuras ao lado, de forma mais clara a diferença entre os termos que muitas vezes gera grande confusão. Termos que expressam nossa sexualidade/afetividade. Tela 11 de 26
. Treinamento Básico para o Atendimento das Pessoas Trans. Mandala da Diversidade Sexual Nesta figura ao lado, fica evidente a variedade de possibilidades de combinações em relação a cada item apresentado. Tela 12 de 26
. Treinamento Básico para o Atendimento das Pessoas Trans. Classificações CID- 10 • Transexualismo: F 64. 0 • Travestismo: F 64. 9 CID-11 • Incongruência de gênero do adolescente/adulto: HA. 60 • Incongruência da infância: HA. 61 • Incongruência de gênero inespecífico: HA. 62 Tela 13 de 26
. Treinamento Básico para o Atendimento das Pessoas Trans. Notas Importantes • Saber diferenciar bem os seguintes termos: identidade de gênero, expressão de gênero e orientação sexual; sexo biológico. • Saber a diferença entre os termos Transgênero x Cisgênero x intersexo. • Diferenciar travestismo x transgeneralidade. Tela 14 de 26
. Treinamento Básico para o Atendimento das Pessoas Trans. Exemplos I - Pessoa nasce com os órgãos sexuais masculinos, possui o cariótipo XY e se vê como homem. Esta pessoa tem a identidade de gênero masculina e é uma pessoa cisgênero. Porém se esta mesma pessoa se identificar como mulher, sua identidade será feminina e será considerada trangênero. II - Pessoa nasce com características femininas, material genético compatível com o sexo feminino, se vê como mulher, mas na sua família e na sociedade exerce papel masculino. Considera-se uma mulher CIS com expressão de gênero masculino. III - Pessoa nasce com material genético XX (sexo biológico feminino), porém características genitais externas masculinas. Esta pessoa trata-se de um indivíduo intersexo, por possuir características femininas e masculinas em seu corpo. Tela 15 de 26
. Treinamento Básico para o Atendimento das Pessoas Trans. Exemplos IV - Homem, com todas as características compatíveis com o sexo de nascimento, que se vê como uma menina e sente conectado emocionalmente e sexualmente por um homem; trata-se se uma pessoa trasngênero feminino heterossexual. Mas, se sentisse o mesmo por uma mulher seria homossexual. V - Homem que se veste como mulher, porém que se identifica como homem, consideramos como travesti. Acesse, no Material de Apoio, a reportagem do “Fantástico – Quem sou eu? ”. Tela 16 de 26
. Treinamento Básico para o Atendimento das Pessoas Trans. Aula 1. 2 – Processo Transexualizador - Panorama Brasil Definição: termo utilizado pelo Ministério da saúde para definir os procedimentos necessários para o atendimento aos transgêneros. O Processo Transexualizador no Sistema Único de Saúde foi instituído por meio da Portaria nº 1. 707/GM/MS, de 18 de agosto de 2008 e da Portaria nº 457/SAS/MS, de 19 de agosto de 2008. Estas portarias estavam pautadas na habilitação de serviços em hospitais universitários e na realização de procedimentos hospitalares. Tela 17 de 26
. Treinamento Básico para o Atendimento das Pessoas Trans. Panorama Brasil Pela portaria n° 2. 803 de 2013 definiu-se as seguintes diretrizes: I - integralidade da atenção a transexuais e travestis, não restringindo ou centralizando a meta terapêutica às cirurgias de transgenitalização e demais intervenções somáticas; II - trabalho em equipe interdisciplinar e multiprofissional; III - integração com as ações e serviços em atendimento ao Processo Transexualizador, tendo como porta de entrada a Atenção Básica em saúde, incluindo-se acolhimento e humanização do atendimento livre de discriminação, por meio da sensibilização dos trabalhadores e demais usuários e usuárias da unidade de saúde para o respeito às diferenças e à dignidade humana, em todos os níveis de atenção. Tela 18 de 26
. Treinamento Básico para o Atendimento das Pessoas Trans. Panorama Brasil – Evolução Resolução no CFM 1997/1998 • HC- SP • HUFURG -RS • HUCFFRJ 2013 1999 • IEDE-RJ 2008 2011 • Cirurgia regularizad a pelo SUS • TH cruzada regularizad a pelo SUS Tela 19 de 26 • Portaria 2803 que redefine e amplia o processo transexualizador a transexuais e travesties 2016 • Cadastramento de + 4 centros para atendimento
. Treinamento Básico para o Atendimento das Pessoas Trans. Panorama Brasil – Serviços Habilitados no Brasil Para realizá-las, embora inicialmente fossem somente 5 hospitais que oferecem estas cirurgias e demais acompanhamentos no Brasil, felizmente muitos municípios e estados se organizaram para ampliar essa rede de referência e, hoje, não dispomos de um levantamento de todos os serviços do país. Para conhecer a disponibilidade atual no município em que você atua, assim como o protocolo de encaminhamento a ser seguido, é recomendado consultar a SMS ou a SES local. • Porto Alegre (HCUFRGS) - ambulatorial e cirúrgico • Curitiba (CPATT) - ambulatorial • Rio de janeiro (IEDE) - ambulatorial • Rio de Janeiro (HUPE) - ambulatorial e cirúrgico • Uberlândia (HC- UFU) - ambulatorial • São Paulo (FMUSP) - ambulatorial e cirúrgico • São Paulo (CRT-DST-AIDS) - ambulatorial • Recife (HFPE) – ambulatorial e cirúrgico • Goiânia (HCG – UFG) - ambulatorial e cirúrgico • Brasília (DF) – ambulatorial • João Pessoa (PB) - ambulatorial Tela 20 de 26
. Treinamento Básico para o Atendimento das Pessoas Trans. Aula 1. 3 - Equipe Multidisciplinar Segundo o Ministério da Saúde, pela portaria n° 2. 803 de 2013, definiu-se como equipe multidisciplinar o grupo que reúne pelo menos os seguintes profissionais: Tela 21 de 26
. Treinamento Básico para o Atendimento das Pessoas Trans. Equipe Multidisciplinar • Torna-se missão da equipe a comunicação constante a partir de grupos presenciais e não presenciais. • Os encontros presenciais podem ser diários, semanais ou mensais a depender da demanda dos casos. • São discutidos casos mais difíceis de manejar, necessidades de mudanças no fluxo, protocolos, trabalhos de pesquisas. Tela 22 de 26
. Treinamento Básico para o Atendimento das Pessoas Trans. Equipe Multidisciplinar Veja, ao lado, exemplo do IEDE Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia, de interação entre profissionais no atendimento ao transgênero. Lembrando que cada serviço possui suas particularidades. Acolhimento (alívio da disforia) Reuniões Multiprofissionais Referenciar para outros serviços (ex. Laserterapia) Aval. Clínica, Psicológica e Psiquiátrica Atribuições da Equipe Multiprofissional Hormonioterapia Orientações: Fonoaudiologia Tela 23 de 26 Direitos, Requalificação Civíl e Mercado de Trabalho
. Treinamento Básico para o Atendimento das Pessoas Trans. Reuniões Multiprofissionais Objetivos • Maior integração entre equipe e pacientes. • Ampliar o acolhimento e conhecimento destes usuários. • Formar subgrupos para discussão das dificuldades na transição de gênero. • Informar de forma mais abrangente. • Trazer informações sobre cirurgias, cuidados, • Promover interação entre pacientes e parentes e troca de experiências pessoais. direitos e requalificação civil através da participação de especialistas e convidados. Tela 24 de 26
. Treinamento Básico para o Atendimento das Pessoas Trans. Efeitos Observados das Reuniões (Segundo experiências vivenciadas pela equipe do IEDE) • Alívio psicológico com a troca de experiências. • Sentir-se respondido com esclarecimentos das dúvidas. • Sentir-se mais à vontade com a equipe, aumentando sua adesão ao tratamento endocrino-psicológico. • Construir um círculo de relacionamentos. • Fortalecimento da unidade do grupo. Tela 25 de 26
. Treinamento Básico para o Atendimento das Pessoas Trans. Você concluiu a Unidade 1! Volte para sala de aula, acesse os documentos complementares e entre no módulo de exercícios. Boa sorte! Tela 26 de 26
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