FILOSOFIA INICIAO FILOSOFIA Marilena Chaui 1 ano ensino

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FILOSOFIA

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INICIAÇÃO À FILOSOFIA Marilena Chaui 1º ano ensino médio

INICIAÇÃO À FILOSOFIA Marilena Chaui 1º ano ensino médio

Sérgio Dotta Jr. /Arquivo da editora CAPÍTULO 7 - OS VÁRIOS SENTIDOS DA PALAVRA

Sérgio Dotta Jr. /Arquivo da editora CAPÍTULO 7 - OS VÁRIOS SENTIDOS DA PALAVRA RAZÃO • Razões e cotidiano • Falando a razão • Razão e razões: os seres humanos como seres racionais • As razões do coração Os sentidos da palavra razão no contexto filosófico podem ser notados mesmo em nosso cotidiano. Se alguém duvida de minha identidade e mostro um documento com minha fotografia e meu nome, como o homem da imagem acima, de 2016, a outra pessoa dirá que tenho razão. Por que razão a pessoa aceitou que esse documento prova minha identidade? Porque, como veremos neste capítulo, nele opera um dos princípios da razão, o princípio de identidade. Apenas nesse pequeno exemplo, a palavra foi usada em três sentidos diferentes. INICIAÇÃO À FILOSOFIA| Volume 1 – 3º Bimestre

CAPÍTULO 7 - OS VÁRIOS SENTIDOS DA PALAVRA RAZÃO NA PRÓPRIA REALIDADE • Razão

CAPÍTULO 7 - OS VÁRIOS SENTIDOS DA PALAVRA RAZÃO NA PRÓPRIA REALIDADE • Razão objetiva • Razão subjetiva A razão da palavra razão: Na cultura da chamada sociedade ocidental, a palavra razão origina-se de suas fontes: • Ratio • Lógos e ratio: lógos vem do verbo grego legein quer dizer contar, reunir, calcular. Ratio vem do verbo latino reor, quer dizer contar, reunir, medir, juntar, separar, calcular. INICIAÇÃO À FILOSOFIA| Volume 1 – 3º Bimestre

CAPÍTULO 7 - OS VÁRIOS SENTIDOS DA PALAVRA RAZÃO E SEU USO NA MATEMÁTICA

CAPÍTULO 7 - OS VÁRIOS SENTIDOS DA PALAVRA RAZÃO E SEU USO NA MATEMÁTICA • Conhecimento ilusório: isto é ao conhecimento da mera aparência das coisas que não alcança a realidade ou verdade delas. • Às emoções, aos sentimentos, às paixões que são cegos. INICIAÇÃO À FILOSOFIA| Volume 1 – 3º Bimestre

CAPÍTULO 7 - OS VÁRIOS SENTIDOS DA PALAVRA RAZÃO João Caldas/Reprodução A ORIGEM DA

CAPÍTULO 7 - OS VÁRIOS SENTIDOS DA PALAVRA RAZÃO João Caldas/Reprodução A ORIGEM DA PALAVRA RAZÃO • À crença religiosa para a qual a verdade nos é dada pela fé numa revelação divina • Ao êxtase místico dos santos, dos profetas no qual o espírito acredita entrar em relação direta com o ser divino A atriz Denise Fraga no papel-título da peça Galileu Galilei, adaptação de Cibele Forjaz para o texto A vida de Galileu, de Bertolt Brecht. Foto de 2015. INICIAÇÃO À FILOSOFIA| Volume 1 – 3º Bimestre

CAPÍTULO 7 - OS VÁRIOS SENTIDOS DA PALAVRA RAZÃO • Princípio da identidade: cujo

CAPÍTULO 7 - OS VÁRIOS SENTIDOS DA PALAVRA RAZÃO • Princípio da identidade: cujo enunciado pode parecer surpreendente: A é A ou O que é é ? • Princípio da não contradição(também conhecido como princípio da contradição) Detalhe da obra Performance de um ano, do artista taiwanês Tehching Hsieh, apresentada na 30 a Bienal de São Paulo, em 2012. Segundo o princípio da não contradição, não é possível afirmar e negar algo ao mesmo tempo e na mesma relação. Essas duas condições fundamentais do princípio dizem respeito tanto a coisas submetidas ao tempo (como o ser humano) quanto a algo não submetido ao tempo (uma figura geométrica, por exemplo). INICIAÇÃO À FILOSOFIA| Volume 1 – 3º Bimestre Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo/Agência Estado OS PRINCÍPIOS RACIONAIS

CAPÍTULO 7 - OS VÁRIOS SENTIDOS DA PALAVRA RAZÃO Luiz Costa/Jornal Hoje em Dia/Futura

CAPÍTULO 7 - OS VÁRIOS SENTIDOS DA PALAVRA RAZÃO Luiz Costa/Jornal Hoje em Dia/Futura Press PRINCÍPIOS DA RAZÃO • Princípio do terceiro excluído cujo enunciado é: Ou A é x ou não é x, e não há terceira possibilidade • Princípio da razão suficiente que afirma que tudo o que existe e tudo o que acontece tem uma razão causa ou motivo O princípio da razão suficiente afirma relações ou conexões internas entre as coisas, entre fatos ou entre ações e acontecimentos. Assim, o pescador pesca por uma causa (alimentar-se, vender o peixe, divertir-se), e o peixe come a isca por outra causa (alimentar-se). O fato de este peixe ter sido pescado por estes pescadores, em lagoa de Belo Horizonte (MG), em 2009, se deve ao encontro acidental de duas séries causais necessárias. INICIAÇÃO À FILOSOFIA| Volume 1 – 3º Bimestre

CAPÍTULO 8 - A ATIVIDADE RACIONAL • A razão no cotidiano • As modalidades

CAPÍTULO 8 - A ATIVIDADE RACIONAL • A razão no cotidiano • As modalidades da atividade racional • A intuição: é uma compreensão completa e imediata de um objeto ou de um fato. Quando vamos comprar legumes, entramos em contato com suas características sensíveis; com isso, percebemos se está verde ou maduro; pela disponibilidade, pela qualidade e pelo preço do legume, podemos imaginar se é época de safra e se esta foi boa ou ruim; a partir daí, podemos pensar nas consequências disso para o produtor daquele legume. Assim, em uma simples ação do dia a dia, desempenhamos diferentes modalidades de atividade racional. Na imagem, mulher escolhe legumes em feira, em Salvador (BA), em 2015. INICIAÇÃO À FILOSOFIA| Volume 1 – 3º Bimestre Ana Macedo/Futura Press PRINCÍPIOS DA RAZÃO

CAPÍTULO 8 - A ATIVIDADE RACIONAL Gerson Gerloff/Pulsar Imagens OS TIPOS DE INTUIÇÃO Intuição

CAPÍTULO 8 - A ATIVIDADE RACIONAL Gerson Gerloff/Pulsar Imagens OS TIPOS DE INTUIÇÃO Intuição racional pode ser de dois tipos: • Intuição sensível ou empírica • Intuição intelectual. Quando um gato se aproxima de nós, num só ato, captamos que ele é um gato: vemos seu formato, percebemos sua posição no espaço, reconhecemos a textura de seu pelo, aspiramos seu cheiro, o ouvimos arfar, ronronar; temos o gato por inteiro e de uma só vez na intuição empírica. Foto de 2014, em Salto do Jacuí (RS). INICIAÇÃO À FILOSOFIA| Volume 1 – 3º Bimestre

CAPÍTULO 8 - A ATIVIDADE RACIONAL • Dois exemplos mais célebres de intuição intelectual

CAPÍTULO 8 - A ATIVIDADE RACIONAL • Dois exemplos mais célebres de intuição intelectual encontram-se em Platão século IV a. C e em Descartes século XVII. • O cogito artesiano: cogito em latim o verbo cogitare significa pensar cogito é a primeira pessoa do singular Caricatura do cartunista Liberati que retrata o filósofo e matemático francês René Descartes, tendo ao fundo uma de suas contribuições à Matemática, o plano cartesiano. A filosofia do cogito baseia-se na dúvida metódica, instrumento que visa alcançar princípios indubitáveis, tais como “Penso, logo existo”. INICIAÇÃO À FILOSOFIA| Volume 1 – 3º Bimestre Liberati/Acervo do artista MITO DA CAVERNA

CAPÍTULO 8 - A ATIVIDADE RACIONAL André Dib/Pulsar Imagens A RAZÃO DISCURSIVA: DEDUÇÃO, INDUÇÃO

CAPÍTULO 8 - A ATIVIDADE RACIONAL André Dib/Pulsar Imagens A RAZÃO DISCURSIVA: DEDUÇÃO, INDUÇÃO E ABDUÇÃO • Razão discursiva ou o raciocínio: ao contrário da intuição o raciocínio é o conhecimento que exige provas e demonstrações e se realiza igualmente Pedra do Ingá, em Ingá (PB), com inscrições rupestres (as itacoatiaras). Foto de 2014. O arqueólogo parte de indícios para depois chegar a uma conclusão sobre fatos e hábitos de outras épocas históricas. INICIAÇÃO À FILOSOFIA| Volume 1 – 3º Bimestre

CAPÍTULO 8 - A ATIVIDADE RACIONAL DEDUÇÃO E INDUÇÃO • A dedução: consiste em

CAPÍTULO 8 - A ATIVIDADE RACIONAL DEDUÇÃO E INDUÇÃO • A dedução: consiste em partir de uma verdade já conhecida e que funciona como um princípio geral. • A indução: realiza um caminho exatamente inverso ao da dedução. • A abdução INICIAÇÃO À FILOSOFIA| Volume 1 – 3º Bimestre

CAPÍTULO 8 - A ATIVIDADE RACIONAL SPL/Latinstock PEIRCE E OS PROCEDIMENTOS RACIONAIS • Dedução:

CAPÍTULO 8 - A ATIVIDADE RACIONAL SPL/Latinstock PEIRCE E OS PROCEDIMENTOS RACIONAIS • Dedução: Todos os feijões desta saca são brancos • Indução: Estes feijões eram desta saca • Abdução: Todos os feijões desta saca são brancos Charles Sanders Peirce também exemplificou sua teoria da abdução com o cálculo da órbita de Marte pelo astrônomo alemão Johannes Kepler (1571 -1630). Ao notar que as posições de Marte não coincidiam com uma órbita circular, Kepler supôs que essa órbita era elíptica, o que posteriormente comprovou em cálculos mais precisos. INICIAÇÃO À FILOSOFIA| Volume 1 – 3º Bimestre

CAPÍTULO 8 - A ATIVIDADE RACIONAL • Realismo a posição filosófica que afirma a

CAPÍTULO 8 - A ATIVIDADE RACIONAL • Realismo a posição filosófica que afirma a existência da razão objetiva • Idealismo afirma apenas a existência da razão subjetiva • A razão subjetiva possui princípios e modalidades Representação do modelo molecular da melamina. Os procedimentos da Química orgânica combinam aspectos relacionados ao realismo (por exemplo, a suposição da existência de massa e quantidade das substâncias) e ao idealismo (formulando hipóteses para aquilo que não pode ser diretamente observado). INICIAÇÃO À FILOSOFIA| Volume 1 – 3º Bimestre Science Photo Library/Latinstock REALISMO E IDEALISMO

CAPÍTULO 8 - A ATIVIDADE RACIONAL Continuidade: A teoria crítica afirma que existe a

CAPÍTULO 8 - A ATIVIDADE RACIONAL Continuidade: A teoria crítica afirma que existe a continuidade temporal ou histórica entre as formas da racionalidade. • Descontinuidade • O valor da razão Metalúrgicas em Sheffield, Inglaterra, no início do século XX. De acordo com os filósofos influenciados pelo estruturalismo, não é possível falar em progresso ou retrocesso da razão, pois a história é descontínua. INICIAÇÃO À FILOSOFIA| Volume 1 – 3º Bimestre Arquivo de História Universal/UIG/Getty Images A RAZÃO NA FILOSOFIA CONTEMPOR NEA CONTINUIDADE OU DESCONTINUIDADE?

Biblioteca Nacional da Suécia, Estocolmo/Reprodução CAPÍTULO 9 - IGNOR NCIA E VERDADE • Da

Biblioteca Nacional da Suécia, Estocolmo/Reprodução CAPÍTULO 9 - IGNOR NCIA E VERDADE • Da crença à incerteza: a crença se mostra eficaz na explicação de algo até o momento em que a incerteza permite que nos afastemos do estado de ignorância e busquemos a verdade. Sereias, dragões, lulas-gigantes. . . Monstros povoavam os mares nos mapas europeus durante a Idade Média e o início da Idade Moderna, como este detalhe da Carta marina de Olaus Magnus, de 1539. Mais do que mero produto da imaginação, essas figuras faziam parte de crenças que buscavam explicar o que acontecia aos navios que naufragavam e nunca mais retornavam. A crença se mostra eficaz na explicação de algo até o momento em que a incerteza permite que nos afastemos do estado de ignorância e busquemos a verdade. INICIAÇÃO À FILOSOFIA| Volume 1 – 3º Bimestre

CAPÍTULO 9 - IGNOR NCIA E VERDADE Adilson B. Liporage/Opção Brasil Imagens IGNOR NCIA,

CAPÍTULO 9 - IGNOR NCIA E VERDADE Adilson B. Liporage/Opção Brasil Imagens IGNOR NCIA, INCERTEZA E INSEGURANÇA • Ignorar é não saber alguma coisa • A ignorância pode ser tão profunda que bem sequer a percebemos • A incerteza é o momento em que descobrimos que somos ignorantes, que há falhas naquilo que nos servia de referência para pensar e agir. Desejo da verdade Quando a criança brinca de palhaço ou outra brincadeira imaginativa, ela sabe distinguir o mundo que inventa do mundo em que vive. Foto de 2012, Rio de Janeiro (RJ). INICIAÇÃO À FILOSOFIA| Volume 1 – 3º Bimestre

CAPÍTULO 9 - IGNOR NCIA E VERDADE DIFICULDADES PARA A BUSCA DA VERDADE •

CAPÍTULO 9 - IGNOR NCIA E VERDADE DIFICULDADES PARA A BUSCA DA VERDADE • Para essas pessoas surgem o desejo e a necessidade da busca da verdade. Essa busca nasce não só da dúvida e da M. Cullum/J. Marshall/© 2016 King Features Syndicate/Ipress incerteza, mas também da ação deliberada Tirinha de Cullum e Marshall. INICIAÇÃO À FILOSOFIA| Volume 1 – 3º Bimestre

CAPÍTULO 9 - IGNOR NCIA E VERDADE Andrew Lambert Photography/SPL/Latinstock DESCARTES E A BUSCA

CAPÍTULO 9 - IGNOR NCIA E VERDADE Andrew Lambert Photography/SPL/Latinstock DESCARTES E A BUSCA FILOSÓFICA DA VERDADE • Tipos de busca da verdade • Por que a dúvida cartesiana é metódica? • Se a existência de meu corpo pode ser motivo de dúvida, o mesmo pode ser dito sobre a existência do próprio mundo. À primeira vista, o lápis parcialmente imerso na água parece quebrado – porém, o vemos novamente íntegro quando o retiramos da água. Isso decorre de características próprias do meio líquido, em um fenômeno óptico conhecido como refração. Experiências como essa nos levam a duvidar da precisão dos nossos sentidos para a obtenção de conhecimento verdadeiro. INICIAÇÃO À FILOSOFIA| Volume 1 – 3º Bimestre

CAPÍTULO 9 - IGNOR NCIA E VERDADE AS TRANSFORMAÇÕES NO CONSUMO • Na fase

CAPÍTULO 9 - IGNOR NCIA E VERDADE AS TRANSFORMAÇÕES NO CONSUMO • Na fase inicial do capitalismo industrial na Europa ocidental, no século XIX. Impedindo a verdade: o mundo de ilusão da propaganda comercial • A ilusão de igualdade dos consumidores • Os modos de operação da propaganda • Mudanças na operação da propaganda comercial INICIAÇÃO À FILOSOFIA| Volume 1 – 3º Bimestre